LONGO CURSO PORTUGUESES

Discussões sobre ferrovias no mundo, em geral.

Jasm1976
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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 20 Set 2010, 00:42

Linha do Norte: Mais de 30 casas demolidas e seis apeadeiros deslocados

O projecto de renovação da Linha do Norte entre Ovar e Vila Nova de Gaia implica a demolição de dezenas de casas (pelo menos 120 pessoas serão afectadas), de quatro armazéns industriais e a mudança de localização de cinco apeadeiros e uma estação.

A esmagadora maioria das casas a expropriar (32) e fica em Ovar. Naquele concelho, também irão abaixo quatro armazéns. Já em Espinho deverão ser derrubadas quatro habitações, e (parcialmente) duas estufas.

"Com base no número de habitações afectadas e na sua localização, procedeu-se à estimativa do número de residentes, tendo-se contabilizado 120 pessoas. O número de habitantes residentes e as suas características, em cada uma das habitações afectadas, deverá ser aferido em fase de projecto de execução", lê-se no estudo de impacto ambiental solicitado pela Refer à empresa Gibb.

O documento está em discussão pública até ao dia 5 de Novembro e admite que "serão efectuados estudos complementares no sentido de verificar a possibilidade de evitar algumas demolições de edificações habitadas".

A obra em 35 quilómetros de ferrovia é profunda, mas não se prevê que seja preciso interromper a circulação. Admite-se, contudo, aumento nos tempos de viagem, complicações no trânsito na envolvente à linha e mais dificuldades no acesso às estações e apeadeiros. Até porque a empreitada (ainda em fase de estudo prévio) prevê mudanças na localização de várias plataformas.

Os apeadeiros de Carvalheira /Maceda e de Coimbrões vão mudar 100 metros para Norte; os de Miramar e de Francelos deslocam-se para Sul 150 e 100 metros, respectivamente; e o de Cortegaça também se move para Sul, mas apenas 90 metros. Mais significativa será a mudança do apeadeiro de Silvalde, que passará a ser uma estação, mas 500 metros a Sul da actual localização.

As plataformas de Ovar, da Granja e de Valadares também serão alvo de requalificação generalizada. Aliás, todas as estações integradas no troço deverão passar a ter características que fomentem a intermodalidade: lugares de estacionamento para tomada e largada de passageiros, para táxis e bicicletas; paragens de autocarro; e novos esquemas de circulação rodoviária na envolvente.

No caso de Ovar, prevê-se a construção de um novo terminal de mercadorias, que permitirá "retirar o actual movimento de mercadorias da estação, libertando espaço para o tecido urbano".

O estudo indica que todas as passagens de nível entre Gaia e Ovar serão eliminadas, sendo que algumas já foram extintas entretanto. Entre Ovar e Silvalde serão construídas duas novas vias ao lado da via dupla existente.

fonte:JN


Jasm1976
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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 20 Set 2010, 02:20

perspectiva da nova estação da trofa
http://www.youtube.com/watch?v=4-u_46jjQ5Y


Jasm1976
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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 22 Set 2010, 22:40



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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 01 Out 2010, 23:02

Linha do Norte e Linha de Cintura - Alta Velocidade

Modernização da rede convencional entre as estações de Areeiro e de Sacavém (Linha de Cintura e Linha do Norte) e inserção das linhas da rede de alta velocidade Lisboa / Madrid e Lisboa / Porto – Empreitada Autónoma 2.

Foi consignada a 27 de Setembro a segunda empreitada para a modernização da rede ferroviária convencional, entre a Estação de Areeiro, na Linha de Cintura, e a Estação de Sacavém, na Linha do Norte, incluindo a inserção das linhas de alta velocidade Lisboa – Madrid e Lisboa – Porto.

A denominada Empreitada Autónoma 2, que faz parte do projecto geral de modernização da infra-estrutura ferroviária entre as estações de Areeiro e de Sacavém, foi consignada à empresa Obrecol – Obras e Construções, SA, por 4 729 368,42 euros e um prazo de execução de 310 dias de calendário, e não terá interferências significativas na exploração ferroviária.

Serão concretizadas as seguintes intervenções principais:

• Passagem Inferior Rodoviária da Av. Infante D. Henrique, com 162 metros de extensão, para a materialização das duas futuras linhas de alta velocidade em bitola UIC;

• Passagem Inferior Rodoviária da Av. Infante D. Henrique, com 90 metros de extensão, para acomodação da via descendente da Linha do Norte que, em virtude do alargamento do canal ferroviário da Linha de Cintura, sofrerá uma ripagem;

• 1.ª Fase da Passagem Inferior Rodoviária na Rua José do Patrocínio, ao km 10,183 da Linha de Cintura, que permitirá comportar as novas vias ferroviárias associadas à linha de alta velocidade e a quadruplicação da Linha de Cintura, designadamente duas vias de alta velocidade, três vias da Linha de Cintura e duas vias da Linha de Braça de Prata;

• Passagem Inferior Pedonal da Rua José do Patrocínio, ao km 3,638 da Linha do Norte, para permitir o desvio da circulação pedonal que, actualmente, utiliza a passagem de nível existente ao km 3,593 da Linha do Norte;

• Restabelecimento da Rua José do Patrocínio, que faz a ligação rodoviária e pedonal com a Rua Quinta Marquês de Abrantes e a Av. Infante D. Henrique, e que decorre da necessidade de encerrar a passagem de nível ao km 3,593 da Linha do Norte e de rebaixar o pavimento do arruamento actual sob a Linha de Cintura em cerca de três metros, para permitir acomodar as novas vias associadas à linha de alta velocidade e à quadruplicação da Linha de Cintura;

• Demolições de edificações na Rua José do Patrocínio, nas quais se incluem muros de suporte, três edifícios ferroviários, dois edifícios habitacionais, as instalações da AMI, um conjunto de armazéns e edifícios habitacionais, um edifício de índole agrícola e um conjunto de oficinas e armazéns em condições precárias.

A Fiscalização deste conjunto de obras será assegurada pela REFER.

fonte:REFER



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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 16 Out 2010, 00:03

Refer vai avaliar encerramento de linhas ferroviárias

Uma das propostas do Governo para o Orçamento de Estado 2011 prevê que a Refer faça uma avaliação global da rede ferroviária nacional com o objectivo de averiguar quais as linhas e ramais que possam vir a ser “desclassificados”, isto é, deixem de ser utilizados em regime de serviço público. Segundo a proposta do Governo, revelada pelo "Expresso", esta avaliação terá de ser realizada até final do primeiro trimestre de 2011. O documento, a entregar pela Refer, terá de conter propostas concretas sobre a desclassificação de linhas, troços e ramais, sempre que se verifiquem os pressupostos do artigo 12º da lei de Bases do Sistema de Transportes Terrestres. Este artigo, revela, entre outras, que “serão desclassificados da rede ferroviária nacional as linhas, troços de linha e ramais relativamente aos quais se conclua, com base nos estudos referidos no n.º 4 do artigo 10.º, que os tráfegos actuais e potenciais não atingem os valores mínimos social e economicamente justificativos da manutenção do serviço público ferroviário”. O mesmo documento refere também que “a desclassificação da linha, troço de linha ou ramal, tida em conta a sua articulação com a rede ferroviária nacional, não inviabilizará soluções necessárias à continuidade ou adequação do serviço nesta prestado”, assim como o facto de que “as necessidades de transporte público respectivas podem ser satisfeitas, em condições mais económicas para a colectividade, por outros meios”.

fonte:transporte em revista

o fim da ferrovia lusa esta a vista...


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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 16 Out 2010, 00:06

OE prevê fim da Rave e concessão dos suburbanos de Lisboa e Porto

A reorganização do Sector Empresarial do Estado, prevista na proposta de Orçamento de Estado hoje apresentada pelo Governo, prevê, entre outras, a extinção da Rave.

O objectivo do Executivo é reduzir em cerca de 20% o número de gestores de empresas públicas, actualmente de mais de quatro centenas, a esmagadora maioria executivos.

No sector ferroviário em particular, prevê-se a extinção da Rave e a integração das suas competências na Refer. A Rave, responsável pelo desenvolvimento da Alta Velocidade, já hoje integra o grupo Refer e tem administradores comuns, que não acumulam os salários.

O projecto da Alta Velocidade, que se mantém como previsto no Orçamento para 2011, passará, assim, para a esfera da Refer.

Ainda no que toca ao sector ferroviário, e em linha com o anunciado aquando do PEC II, o Governo propõe avançar ainda em 2011, se possível, com a concessão a privados da exploração dos serviços suburbanos de Lisboa e Porto da CP.

A administração da CP deverá entregar até ao final do primeiro trimestre do próximo ano os estudos preparatórios para a “privatização” daqueles serviços, de modo a que “os respectivos procedimentos pré-contratuais” possam avançar até ao final de 2011, “se os estudos económico-financeiros e as condições na envolvente demonstrarem que este é o calendário mais adequado”.

Barraqueiro, Arriva e e Transdev são três grupos que há muito se manifestaram disponíveis e interessados em concorrer à concessão da exploração dos serviços suburbanos da CP.

O Orçamento de Estado aponta ainda para uma maior aproximação/integração entre os operadores públicos de transporte urbano de passageiros, casos do Metropolitano de Lisbosa e da Carris, na capital, e do Metro do Porto e da SCTP, na Invicta.

O objectivo é obter “sinergias ao nível das estruturas de gestão e operação de empresas, redução de custos operacionais e uma maior racionalidade na oferta de serviços”.

Curiosamente, no Porto, o Metro do Porto e a SCTP já tiveram os mesmos gestores (ao tempo da liderança de Oliveira Marques), na génese do projecto hoje liderado por Ricardo Fonseca.

Condenada parece estar ainda a Metro do Mondego, um projecto que aguarda há muito por uma definição do Estado.

fonte:transportes em revista


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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 13 Nov 2010, 22:16

troca de locomotivas do lusitânia(lisboa-madrid) na estação do entroncamento
http://www.youtube.com/watch?v=MGvYeeop ... re=recentu


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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 23 Nov 2010, 21:20

intercidades chegando a estação do oriente em lisboa
http://www.youtube.com/watch?v=JMY82iNOLsQ


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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 15 Dez 2010, 00:11

Variante de Alcácer

Foi aberta à exploração, no dia 12 de Dezembro, a Variante de Alcácer, na Linha do Sul, um dos investimentos prioritários para a modernização da rede ferroviária nacional previstos pelo Governo, em Outubro de 2006, nas Orientações Estratégicas para o Sector Ferroviário.

É uma das mais importantes obras realizadas pela REFER nos últimos anos, com um custo total de cerca de 159 milhões de euros.
A nova Variante, entre o lado sul da Estação do Pinheiro (km 58,7) e o km 94 da Linha do Sul, numa extensão de aproximadamente 29 km, tem como objectivos principais:
• Reforçar a competitividade do Porto de Sines, através da sua articulação com as plataformas logísticas do Poceirão e de Elvas, com os portos de Setúbal e Lisboa, e com a ligação de Alta Velocidade Lisboa – Madrid;
• Promover a interoperabilidade da rede ferroviária nacional com as redes europeias de transporte de mercadorias, pela sua inserção no Corredor Sines – Elvas e no Eixo Ferroviário Sines/Algeciras – Madrid – Paris (Projecto Prioritário n.º 16);
• Melhorar as condições de viagem dos passageiros de longo curso na ligação Lisboa – Algarve, pela redução do tempo de percurso em cerca de 10 minutos, constituindo um incentivo à transferência do tráfego rodoviário para a ferrovia, com todos os impactos positivos que daí advêm;
• Reduzir os encargos de exploração no domínio da conservação e manutenção.
A Variante de Alcácer incluiu a construção de um diversificado conjunto de infra-estruturas, nomeadamente:
• Via-férrea electrificada, equipada com travessas monobloco de betão polivalentes (apta a uma futura migração para bitola europeia), e que encurta em 7,2 km o traçado existente. O novo traçado e a plataforma ferroviária instalada permitem cargas de 25 toneladas por eixo e velocidades de 200 e 220 km/h para comboios convencionais e comboios basculantes, respectivamente. A infra-estrutura ferroviária – em via única mas com as obras de arte preparadas para a instalação de uma segunda via – está dotada de sistemas electrónicos de sinalização e telecomunicações, e equipada com o sistema Convel para controlo automático da velocidade de circulação dos comboios;
• Nova Ponte sobre o rio Sado e respectivos viadutos de acesso, com 2735 metros de extensão. O atravessamento sobre o rio é a maior obra de arte do género construída até hoje em Portugal, dispondo de uma ponte bowstring de três vãos de 160 metros, em estrutura mista aço-betão, com 480 metros de extensão total. Um sistema de videovigilância, na ponte sobre o Sado e nos viadutos norte e sul, bem como nas estações técnicas do Pinheiro e de Grândola Norte, permite o controlo de eventuais ocorrências em tempo real e uma intervenção imediata com vista à protecção e segurança da infra-estrutura;
• Três viadutos com a extensão total de 1175 metros, sobre as ribeiras de São Martinho e de Água Cova e sobre o IC1, 15 passagens desniveladas e respectivos restabelecimentos, bem como 37 passagens hidráulicas e quatro passagens de fauna;
• Caminho paralelo adjacente à via-férrea e vedação da infra-estrutura em toda a sua extensão.

O planeamento dos trabalhos, que se iniciaram em Fevereiro de 2007, contemplou as seguintes fases construtivas:

Primeira Fase
Execução da Variante entre a Estação do Pinheiro e o km 94 da Linha do Sul
Com base num projecto da Ferbritas, esta empreitada, adjudicada ao consórcio Opway/Teodoro Gomes Alho, consistiu na realização de trabalhos de terraplenagem, drenagem, estruturas de protecção, construção de passagens desniveladas e respectivos restabelecimentos, passagens hidráulicas e de fauna, caminho paralelo à via-férrea, três viadutos, maciços de catenária, infra-estruturas de subsolo dos sistemas de sinalização e telecomunicações, e vedação do espaço canal.

Segunda Fase
a) Atravessamento Ferroviário do Sado
Empreitada adjudicada à empresa Teixeira Duarte, compreendeu a construção da Ponte sobre o rio Sado e os viadutos de acesso norte e sul. O projecto é da autoria da Grid – Consultas, Estudos e Projectos de Engenharia e da Greisch Ingénierie.
b) Superstrutura de Via e Instalações Fixas de Tracção Eléctrica
Adjudicada ao consórcio Somafel/Ferrovias/Fergrupo, esta empreitada incluiu, além da construção da via-férrea e catenária, um conjunto de trabalhos nas zonas de ligação à Linha do Sul e nos encontros da nova Ponte sobre o Sado.
c) Instalação dos Sistemas Tecnológicos
Empreitadas de sinalização electrónica da infra-estrutura ferroviária, do sistema de controlo de velocidade (Convel) e dos sistemas de telecomunicações, incluindo ainda os serviços de informação ao público e de videovigilância, adjudicadas, respectivamente, às empresas Dimetronic Portugal, SA, Bombardier Transportation Portugal, SA e REFER Telecom.

Inserindo-se uma parte do traçado na Reserva Natural do Estuário do Sado, a obra obrigou a cuidados especiais para protecção de diversas espécies, o que foi acompanhado por uma campanha de monitorização da avifauna. A actividade construtiva foi condicionada durante alguns meses para não perturbar a nidificação das aves.

Na gestão ambiental da obra há ainda a destacar os cuidados postos na gestão de resíduos e no licenciamento das áreas de depósito de solos e dragados, promovendo-se a sua reutilização.

A construção da Variante de Alcácer envolveu cerca de 250 empresas e mobilizou mais de 3200 trabalhadores, numa média que se aproximou dos 500 postos de trabalho por dia.

O total do investimento foi de 159 milhões de euros, compreendendo estudos, projectos, expropriações, construção, fiscalização e coordenação de segurança, e aquisição de equipamentos e materiais. Este valor foi co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no âmbito do Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes / Quadro Comunitário de Apoio III, e pelo Fundo de Coesão, no âmbito do Programa Operacional Temático de Valorização do Território / Quadro de Referência Estratégico Nacional.

fonte:REFER


Racia
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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Racia » 16 Dez 2010, 06:14

caro Jasm1976, e porque não completar essa informação com uma foto?


foto de Nuno Morão, publicada no forum Lusocarris
Imagem

Abraços
rp


Jasm1976
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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 18 Dez 2010, 00:41

Governo prepara desmembramento da CP que ficará reduzida ao longo curso

A CP prepara-se para eliminar 450 quilómetros do serviço regional - o mais deficitário da empresa e onde já foram abatidos 144 quilómetros de linhas -, tornando-o residual em termos da sua área de operação.

A CP Carga já é hoje uma empresa autonomizada, que espera 33 milhões de prejuízos no fim do ano e que está na lista das privatizáveis no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), e as CP Lisboa e CP Porto vão ser concessionadas (ver caixa). Ou seja, o desmembramento da CP é agora uma matéria assumida pelo Governo pois, seguindo à risca as intenções do executivo, dentro de um ano dela não restará mais do que a unidade de longo curso e uns restos do serviço regional.

Este último irá acabar em 2011 nos troços Torre das Vargens-Beirã (65 km), Abrantes-Elvas (129), Beja-Funcheira (62), Ermesinde-Leça (11), Setil-Coruche (32), Pinhal Novo-Beja (138) e Casa Branca-Évora (16). Mas a estes há que somar os 144 quilómetros de linhas que já foram encerradas no primeiro mandato deste Governo, o que significa um total de 597 quilómetros sem regionais.

Desde Janeiro de 2009, os comboios deixaram de apitar entre a Figueira da Foz e Pampilhosa (51 quilómetros) e nas linhas do Tua (54), do Tâmega (13) e do Corgo (26).

A falta de segurança nessas linhas foi a razão invocada, tendo-se seguido promessas imediatas de reabilitação dessas vias, mas a única coisa que se fez foi retirar os carris e as travessas em algumas delas. A política de contenção do investimento público ditou, entretanto, que os trabalhos de modernização fossem adiados, faltando agora apenas formalizar o seu encerramento através de um processo de "desclassificação".

Ontem, o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, anunciou que "a actual conjuntura, pelas pressões que coloca, designadamente no plano financeiro, obriga a acelerar algumas das coisas que vinham a ser preparadas" no que diz respeito à desclassificação de linhas férreas que não tenham procura.

Além das linhas onde o serviço regional será simplesmente suprimido, prevêem-se reduções do número de comboios nas linhas do Algarve, do Douro, do Oeste e do Minho.

Em 2009, o serviço regional da CP deu prejuízos de 56,6 milhões de euros, sobretudo nas linhas do interior, onde, muitas vezes, as automotoras circulam com menos de dez passageiros. O PÚBLICO apurou que, por exemplo, no ramal de Cáceres, entre Marvão e Torre das Vargens, cada passageiro transportado custou à CP 68 euros, sendo nesse troço a taxa de cobertura das despesas pelas receitas inferior a seis por cento.

Mesmo alguns dos eixos ferroviários mais representativos do país, como as linhas do Oeste, do Sul, da Beira Baixa e da Beira Alta, têm taxas de cobertura inferiores a 20 por cento, situando-se todo o serviço abaixo dos 50 por cento, com a excepção dos "tomarenses", expressão por que é conhecido o serviço entre Tomar e Lisboa e que serve também Entroncamento, Azambuja e Vila Franca de Xira, cujas receitas quase pagam as despesas.

Mas a fraca procura do serviço regional é também vítima da maneira como a própria CP está organizada, com as unidades de negócios a operaram de costas voltadas ao nível da oferta e do tarifário. Uma viagem do Bombarral para Espinho implica que um passageiro tenha de apanhar cinco comboios, do Rossio para Leiria e do Pinhão para Viana do Castelo quatro comboios.

O tarifário é também desencorajador da procura porque resulta do somatório dos vários comboios que o passageiro apanhar numa só viagem. De Santarém a Mangualde, paga 13 euros num Intercidades. Mas das Caldas da Rainha para Mangualde, que tem uma distância maior, um cliente da CP paga 16 euros e tem de apanhar três composições (um regional, um suburbano e um Intercidades).

Com tarifas e horários desencontrados não surpreende, assim, que o serviço regional tenha pouca procura.

O PÚBLICO perguntou à CP qual a percentagem de passageiros do regional que precediam ou seguiam viagem no longo curso, mas a empresa respondeu que não dispunha dessa informação.

fonte:PÚBLICO


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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 04 Jan 2011, 18:28

Linha de Alta Velocidade Lisboa–Madrid – Estação Internacional de Elvas/Badajoz

O Agrupamento Europeu de Interesse Económico, Alta Velocidade Espanha-Portugal (AEIE-AVEP), formado pelos respectivos gestores da infra-estrutura ferroviária, ADIF (gestor de infra-estrutura ferroviária em Espanha) e RAVE/REFER, lançou um concurso público para a elaboração dos projectos para a Estação Internacional de Elvas-Badajoz, localizada na zona do rio Caia, fronteira entre os dois países.

A estação internacional insere-se na linha de Alta Velocidade Lisboa – Madrid, a qual faz parte das Redes Transeuropeias de Transportes e constitui o elo de ligação dos troços de linha entre Madrid/Badajoz e Lisboa/Poceirão/Elvas-Caia.

Este concurso dá seguimento às resoluções aprovadas na Cimeira Ibérica realizada em Zamora, em Janeiro de 2009, pelo Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Portugal e pelo Ministro do Fomento de Espanha, e inclui os seguintes projectos:

• Estação de passageiros localizada no lado espanhol, incluindo plataforma de vias, cais de embarque, estacionamentos e acessos rodoviários em território espanhol;
• Estação de mercadorias localizada no lado português, incluindo plataforma de vias, instalações para carga e descarga, acessos rodoviários e estacionamento para veículos pesados;
• Acessibilidades rodoviárias à estação de passageiros, a partir de Portugal;
• Dois viadutos de ligação sobre o rio Caia, um para via dupla em bitola europeia e o outro para via única em bitola ibérica;
• As instalações técnicas ferroviárias (via, catenária, sinalização e comunicações) necessárias às intervenções indicadas.

Este troço terá um comprimento total de cerca de 5 km, dos quais 2,6 km estão localizados em Portugal e 2,4 km em território espanhol.

O concurso tem um preço base de 7,5 milhões de euros, incluindo o IVA, e um prazo de 15 meses para a execução dos projectos, sendo suportado em partes iguais pela RAVE e pelo ADIF.

Linha de Alta Velocidade Lisboa – Madrid

A linha de alta velocidade Lisboa – Madrid terá 651 km de extensão e será executada em bitola europeia (UIC), ficando preparada para tráfego de passageiros e de mercadorias.
Esta linha encontra-se em avançado estado de execução, a saber:
• Em Espanha, a maioria dos troços compreendidos entre Badajoz e Talayuela encontram-se já em obra ou em concurso para a sua realização, estando os restantes troços em projecto. Entre Talayuela e Pantoja, onde intercepta a linha de alta velocidade Madrid – Sevilha já em serviço, todos os troços encontram-se em fase de projecto;
• Em Portugal foi já atribuída a concessão entre Poceirão e Caia, numa extensão de cerca de 165 km, estando a Concessionária actualmente a desenvolver os projectos de execução.

Financiamento Europeu

O troço transfronteiriço Évora-Mérida, no qual se insere a Estação Internacional de Elvas-Badajoz, foi objecto de financiamento por parte do Fundo das Redes Transeuropeias de Transportes 2007-2013 que ascende a 312,66 milhões de euros, destinados a co-financiar a realização dos projectos de execução e das obras.

fonte:REFER


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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 11 Jan 2011, 23:37

mais um excelente video de troca de locomotivas do sud-expresso(lisboa-paris)na estação de vilar formoso,linha da beira alta
http://www.youtube.com/watch?v=FgadH5VZY14


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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 15 Fev 2011, 23:39

um PTG com entusiastas a bordo
http://www.youtube.com/watch?v=5UfHT-Hbsi8


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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 18 Fev 2011, 20:03

o sud-expresso saindo do entroncamento a caminho de hendaye
http://www.youtube.com/watch?v=n00S_Hcy ... ture=feedu


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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 18 Fev 2011, 20:05

Linha de Cascais – Estação de São João do Estoril

No âmbito da obra de remodelação da Estação de São João do Estoril, deu-se início à remoção da passagem superior de peões existente.

A partir desta data, a travessia urbana passa a efectuar-se em condições de segurança acrescidas através da nova passagem inferior pedonal, sem comunicação directa com o espaço ferroviário.

O acesso às plataformas de passageiros processa-se a partir de novos locais, devidamente assinalados e que se situam junto aos acessos da nova passagem inferior, mas independentes destes.

As novas acessibilidades e o atravessamento pedonal desnivelado do canal ferroviário vão dispor de elevadores para permitir a sua utilização por pessoas com mobilidade condicionada.

Serão assim eliminados nesta estação os atravessamentos através da passagem de nível, melhorando significativamente as condições de circulação ferroviária e pedonal e a segurança de pessoas e bens.

fonte:REFER


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Re: LONGO CURSO PORTUGUESES

Mensagem não lida por Jasm1976 » 18 Fev 2011, 20:06

Estação de Évora

No âmbito da remodelação da Estação de Évora, foi consignada em Janeiro a empreitada “Modernização do Edifício de Passageiros e Interface” daquela estação, cujos trabalhos compreendem, essencialmente:

. Beneficiação do edifício de passageiros;

. Acessos às plataformas de passageiros através da construção de uma passagem superior pedonal parcialmente coberta, incluindo elevadores e escadas;

. Construção de abrigo de passageiros na plataforma central e instalação de sinalética e mobiliário urbano;

. Instalação de caminhos de cabos nas plataformas, de iluminação, rede de águas e esgotos, e de infra-estruturas para os serviços de telecomunicações;

. Construção de um interface do lado norte, dotado de 52 lugares de estacionamento e de um acesso pedonal sul à estação;

. Vedação na zona da estação.

A empreitada foi consignada à empresa Tecnovia – Sociedade de Empreitadas, SA, por 2.086.571,01 euros, prevendo-se a sua conclusão no início do segundo semestre de 2011. A fiscalização e a coordenação de segurança da obra são realizadas pelo consórcio Gibb/Ferconsult.

A Estação de Évora, além de servir como estação terminus da ligação tradicional Lisboa – Évora do serviço de passageiros, e de estar prevista a sua ligação com a futura Estação de Évora de Alta Velocidade, integra-se no novo Corredor Ferroviário Sines/Elvas-Caia para transporte de mercadorias.

fonte:REFER


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Site da Comboios de Portugal

Mensagem não lida por rodineisilveira » 22 Fev 2011, 17:49

Amigos,

Aproveitem para visitar o site da rede ferroviária portuguesa: a Comboios de Portugal (http://www.cp.pt).


Racia
USUÁRIO JR
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Registrado em: 28 Out 2009, 09:12

Re: Site da Comboios de Portugal

Mensagem não lida por Racia » 22 Fev 2011, 18:20

rodineisilveira escreveu:Amigos,

Aproveitem para visitar o site da rede ferroviária portuguesa: a Comboios de Portugal (http://www.cp.pt).

Caro,

se me permite, do ponto de vista do entusiasta, o site da REFER, a gestora da infrestrutura, é ainda mais interessante:

http://www.refer.pt

Abraços
rp

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