ALL em busca de oportunidades

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Isaias
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ALL em busca de oportunidades

Mensagem não lida por Isaias » 23 Out 2010, 16:48

Estão convergindo as posições do governo (ANTT) e das operadoras acerca da revisão nas normas de exploração ferroviária no Brasil. Ontem, durante entrevista à Imprensa na Bolsa de Valores de São Paulo, o presidente da empresa, Paulo Basílio, falou da mudança como uma “oportunidade para entrarmos em novas malhas”, e informou que a ALL está considerando participar na construção do trecho sul da EF Norte Sul quando este for licitado para participação privada. “Todas as novas ferrovias precisarão chegar aos portos, o que singifica, na maior parte dos casos, passar pelas malhas existentes e já concessionadas. Isto abre para nós uma grande oportunidade. Afinal, a gente numa pára”, respondeu, brincando com o slogan da companhia que preside. Paulo Basílio falou após o anúncio da entrada da ALL no Novo Mercado da Bovespa.

A ALL foi, e continua sendo, a pioneira entre as concessões ferroviárias a abrir capital na bolsa de valores, o que aconteceu em 2004. Para se enquadrar, agora, nas normas do Novo Mercado -- o que implica em dissolver o grupo de controle – a empresa converteu todas as suas ações preferenciais em ordinárias, na razão de uma ação ordinária por uma preferencial. O novo modelo visa oferecer maior transparência e liquidez para acionistas se investidores, mas não muda a distribuição do capital. A ALL continua tendo o BNDESPar como maior acionista, com 15,78 % das ações, seguido pelo fundo de investimento Brz ALL, sucessor do GP, com 11,58 %, e pelo fundo Judori, com 6,46 %. Em posse do público estão 42,77 % das ações.

Paulo Basílio previu para meados de 2012 a chegada da Ferronorte a Rondonópolis (muito), e para meados de 2010 a chegada a Itiquira (muito), a 160 km de Alto Araguaia (muito), onde haverá captação de carga. Estimou que a ALL manterá em 2011 o nível de investimento deste ano, da ordem de R$ 700 milhões, e que durante o próximo ano será tomada a decisão de entrar no projeto de contêineres ou, alternativamente, de desenvolver o transporte de minério de ferro de Corumbá para Santos pela Novoeste. Se esta for a opção, a ALL, que hoje quase não transporta minério, e ainda assim em curta distância, até Porto Esperança (MS), verá o seu volume de carga e seu TKU crescerem extraordinariamente, disse Paulo. “Só o minério de Corumbá para Santos deverá representar – se este for o projeto adotado – mais 15 a 25 milhões de toneladas por ano. Comparando, este ano vamos fazer cerca de 55 milhões de toneladas”.

Sobre a mudança na regulamentação, Paulo Basílio disse que a ANTF e a ANTT continuam conversando, e que falta ainda esclarecer vários pontos, entre os quais como administrar a presença de várias operadora na mesma malha. “É complicado, e ainda não chegamos a uma conclusão. Mas já está estabelecido que o direito de passagem será remunerado e ordenado. De modo geral, acho que a discussão pode ser positiva”.

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