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Espero que curtam
Moderador: Caco
Essa máquina poderia ser aproveitada para algo? Dá pena, é praticamente zero, rodou muito pouco...visitante escreveu:Hoje resolvi fazer um passeio e trouxe uns presentinhos. São pequenos e singelos, mas espero que curtam:
Acredito que essas locomotivas elétricas encaixotadas são as que estão num galpão da antiga RFFSA em Cruzeiro, no Vale do Paraíba. Juntamente com as locomotivas, estão milhões de peças que seriam utilizadas na eletrificação da Ferrovia do Aço, que nunca viu uma faísca na vida.Jorge Luis escreveu:em alguma parte do forum existe um topico falando das locomotivas encaixotada e do interesse da Cptm, pesquisei mas não consegui encontrar, o forista que fez o topico poderia passar para nos em que pagina esta, principalmente para os novos foristas tomarem conhecimento.
não, essas locomotivas foram compradas para a Fepasa, mas por motivos politicos elas elas continuam em agum galpão de Bauru ou Piracicaba, vou pesquisar no site da globo que eles tem essa informaçãoHGP escreveu:Acredito que essas locomotivas elétricas encaixotadas são as que estão num galpão da antiga RFFSA em Cruzeiro, no Vale do Paraíba
Prezados foristas,Jorge Luis escreveu:não, essas locomotivas foram compradas para a Fepasa, mas por motivos politicos elas elas continuam em agum galpão de Bauru ou Piracicaba, vou pesquisar no site da globo que eles tem essa informaçãoHGP escreveu:Acredito que essas locomotivas elétricas encaixotadas são as que estão num galpão da antiga RFFSA em Cruzeiro, no Vale do Paraíba
Pranda escreveu:![]()
Se pretendia a eletrificação de um grande trecho, até Riberão Preto, e utilizar estas locomotivas elétricas no transporte de carga, tudo isto como resposta a crise do petróleo.
Aqui a reportagem do Fantástico sobre o caso feita em 18/03/2007
Texto do programa :
Nossos repórteres entram no galpão onde estão as locomotivas que custaram US$ 500 milhões ao governo de São Paulo na década de 70 e que nunca saíram do lugar.
Em Araraquara, interior de São Paulo, o que encontramos não é um depósito comum. Escondida no lugar, entre centenas de caixotes, está a parte visível de um negócio que desperdiçou US$ 500 milhões, quer dizer, mais de R$ 1 bilhão.
As caixas estão empoeiradas. Algumas, comidas por cupins. A história da compra de 80 locomotivas elétricas começa em 1976, quando Paulo Egydio Martins governava o Estado de São Paulo.
“Essas locomotivas chegaram na forma de kits, para serem montadas”, diz João Bosco Setti, da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária.
Na época, o mundo ainda vivia os efeitos da primeira crise do petróleo. Para tentar diminuir os custos do transporte ferroviário, o governo decidiu ampliar a eletrificação das ferrovias, ou seja, aposentar as velhas locomotivas a diesel e comprar novas locomotivas, movidas a eletricidade.
As locomotivas compradas eram produzidas pela empresa francesa Alsthon. Elas iriam funcionar em um trecho entre Uberaba, em Minas, e o Porto de Santos. Segundo o contrato, as locomotivas começariam a chegar, desmontadas, a partir de 1982.
Fazia parte do acordo, também, a compra de milhares de peças para a montagem de subestações de energia, para alimentar toda a rede.
Mas antes que o primeiro navio carregando a encomenda saísse da Europa, o governo paulista mudou de mãos. Paulo Maluf assumiu o cargo e fez a primeira das muitas alterações no contrato.
As locomotivas seriam montadas pela Emaq, uma empresa com sede no Rio de Janeiro - 38 chegaram a ser parcialmente construídas. Mas, em 1986, mais um problema: a Emaq pediu falência.
“Nós tínhamos dado dinheiro à Emaq, para fazer as locomotivas e, como ela tinha ido à falência, precisávamos achar outra empresa que fizesse locomotivas”, conta Washington Matias, ex-diretor financeiro da Fepasa.
No ano seguinte, o consórcio europeu contratado pela Fepasa enviou duas locomotivas para o Brasil para que fossem usadas nos testes das linhas. Atrasos nos pagamentos, discussões intermináveis continuavam atrasando os prazos.
Em 1995, uma nova diretoria da Fepasa tomou a decisão: o ambicioso projeto de eletrificação não sairia papel.
“A tecnologia mudou, as condições econômicas mudaram e o projeto virou economicamente inviável”, diz Washington Matias.
As duas locomotivas que chegaram ao país para testes estão abandonadas, pichadas e paradas. As outras 78 locomotivas que deveriam hoje estar circulando entre Minas e o Porto de Santos, para aumentar as exportações brasileiras, tiveram um destino ainda mais triste: nunca foram terminadas.
“Elas nunca vão mais funcionar, só se vai vender isso como ferro velho. Infelizmente o dinheiro já foi gasto, já foi perdido”, acrescenta Alberto del Bianco, da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária.
Hoje todo o caso está na Justiça. O presidente da Fepasa na época acha que o consórcio que deveria entregar as locomotivas deve ser responsabilizado.
“A rede ferroviária tem uma ação, cobrando indenização do consórcio, entre US$ 80 milhões e US$ 110 milhões de ressarcimento. O pessoal levantou e acha que pagaram a mais”, diz Aírton Santiago, diretor da rede ferroviária federal.
“Uma tragédia, uma tragédia em um país pobre”, lamenta Washington Matias.
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/ ... 05,00.html
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