Tiago Costa escreveu:Essa era a situação das frota patrimonial da CPTM no ano de 2001:
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Série Linha Qtd TUE Oper. Paralis.
1100 7/10 23 18 5
1400 7 19 15 4
1600 11/12 22 14 8
1700 7 25 15 10
2000 11 30 29 1
2100 9/10 48 44 4
4400 11 38 26 12
4800 9 7 5 2
5000 8/9 96 84 12
5500 9 50 24 26
Total 358 274 84
Oper.: TUEs Operacionais = trens disponíveis + trens em manutenção leve (preventiva e corretiva)
Paralis.: TUEs paralisados = em reparo na oficina + em terceiros + avariados aguardando reparos
A disponibilidade da frota é a média de 2001, sendo que ela variou ao longo do ano. Praticamente todas as séries tiveram uma queda de disponibilidade no final do segundo semestre.
As séries por linha:
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Linha Séries
7 1100, 1400 e 1700
8 5000
9 2100, 4800, 5000 e 5500
10 1100 e 2100
11 1600, 2000 e 4400
12 1600
Nessa época, a extensão operacional da Linha 8 (na época, Linha B) estava desativada. Somente a extensão operacional da Linha 9 (na época, Linha C) até Varginha estava ativa, sendo desativada em dezembro de 2001. Os trens da série 3000 estavam em testes ainda, sendo que alguns entraram em operação plena em 22 de dezembro de 2001.
Na minha opinião pessoal, eu acho que a situação da frota da CPTM nessa época era uma verdadeira calamidade comparado com o que temos hoje, pois parece que eles não tinham dinheiro para investir em manutenção. O resultado disso eram frotas mal conservadas, e a indisponibilidade de trens até então bastante novos (séries 2000 e 2100).
Valeu Tiago, estava atrás desses dados já faz um bom tempo
(eu tinha o número de TUEs, mas só o total, e não por séries)
Mas olhando esses dados, fiquei um pouco assustado, pois algumas séries apresentam mais unidades inativas do que hoje
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| 2001 | 2008
Série | Qtde Ativos Inat. | Qtde Ativos Inat.
1100 | 23 18 5 | 22 20 2
1400 | 19 15 4 | 17 8 9
1600 | 22 14 8 | 19 13 6
1700 | 25 15 10 | 25 21 4
2000 | 30 29 1 | 30 28 2
2100 | 48 44 4 | 48 45 3
4400 | 38 26 12 | 32 26 6
4800 | 7 5 2 | 3 3 0
5000 | 96 84 12 | 96 76 20
5500 | 50 24 26 | 47 20 27
Total | 358 274 84 | 334 260 74
Obs.: alguns dados foram atualizados em relação ao levantamento da RF, considerando as unidades que voltaram das oficinas. Na prática, ao invés de serem de março/2008, as informações são de setembro/2008.
As séries 1100, 1400, 1600, 4400 e 5500 tiveram baixas de composições. A frota dos 5000 ativa passou de 84 para 76, ou seja duas composições a menos. Não considerei a 4800 porque as baixas foram devido a venda de composições para Salvador.
A série 5500 sempre foi problemática, tanto pelas linhas aonde rodam (considerando a época em que a maioria foi baixada) quanto pela configuração (o segundo reboques costumavam decarrilar, tanto que hoje rodam sem eles, em formação de 8 ao invés de 12 carros).
Os 1600 até que estão bem das pernas, mas há muito menos TUEs ativos do 1400, praticamente metade. Sobre a série 1700, boa parte da frota estava em reforma, pelo PQMR I, então dá para desconsiderá-los. Os dados do 4400 da RF deste ano também desconsidero, pelo mesmo motivo dos 1700.
Generalisando, o que fiquei mais preocupado foi com a frota das Séries 1400, 1600 e 5000, visto que as três apresentaram uma grande queda no número de composições ativas.
Sobre o 4400, cheguei a uma conclusão e uma dúvida:
1. Isso explica o porque de não existirem as unidades 4432, 4433 e 4434, porém existe a unidade 4435.
2. Segundo o site "A Eletrificação nas Ferrovias Brasileiras" (
http://www.tsfr.org/~efbrazil/electrobras.html), foram adquiridos, no total, 60 unidades da Série 400:
Entre 1964 e 1965 foram recebidos mais 60 TUEs, dando algum alívio ao sistema. Essas unidades, conhecidas como Série 400 ou Wanderley Cardoso, foram projetadas com base nos antigos TUEs Série 100 e 200. Suas caixas, em aço carbono, foram feitas no Brasil pela Fábrica Nacional de Vagões, Cobrasma e Santa Matilde, enquanto que o equipamento elétrico foi fornecido pela General Electric. Sua potência uni-horária por carro-motor era de 1200 HP. Esses TUEs se caracterizavam por um sacolejo excessivo e ventilação interna muito eficiente. Suas principais características técnicas estão descritas na tabela abaixo:
Obs.: esse "mais" referem-se aos trens Série 200
Porém, já ouvi dizer que foram 70 unidades.
No levantamento da RF sobre o número de TUEs braileiros em 2006 indicam a existência de 70 TUEs dessa série, sendo 38 da SuperVia, e 32 da CPTM, que chegava exatamente a 70 que eu já li alguma vez, mas não lembro onde. Com essas informações "novas" que você passou, fiquei perdidaço. Não sei de nenhuma transferência de TUEs Série 400 da CPTM para a SuperVia, então suponho que ambas as empresas possuíam, no mínimo, 38 TUEs cada uma na época, totalizando 76, o que estrapola as duas informações que obtive (60 e 70).
Afinal, quantos TUEs dessa série foram fabricados? Todos foram fabricados para o Rio de Janeiro (e alguns transferidos para São Paulo, como todos sabem), ou também houve fabricação de algumas unidades diretamente para São Paulo?