[Notícia] Metrô Lotado Irrita Usuários no Rio

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Landrail
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[Notícia] Metrô Lotado Irrita Usuários no Rio

Mensagem não lida por Landrail » 12 Set 2008, 19:02

Metrô lotado irrita usuários no Rio

11/09/2008 - O Globo Online

A superlotação nas estações do metrô já está virando rotina na vida dos usuários, que constantemente precisam enfrentar a multidão, o forte calor e até a falta de educação de outros passageiros para conseguir chegar aos seus destinos. O contador Sergio Paulo Pereira, usuário da linha 1 desde 1993, conta que de um ano para cá tem visto de tudo no metrô, desde pessoas sendo jogadas para fora dos carros lotados, até alguns embarcando no sentido contrário para pegar uma composição mais vazia. Tudo para evitar o empurra-empurra nas viagens.

- Há cerca de um ano venho reparando que as estações estão inchadas. Às vezes, nas horas de rush da manhã e da noite, eu preciso esperar até quatro composições do metrô passarem antes de conseguir entrar num e seguir da Central até a estação da Glória. Já vi a porta não conseguir fechar, e os seguranças da estação tendo que chutar para ela fechar - afirmou o contador.

O administrador de empresa Ângelo Mascia, que mora em Irajá, onde existe uma estação, precisou dar o seu jeitinho para conseguir usar o transporte: ele vai todos os dias de carro até o Engenho da Rainha para pegar um trem extra, que, segundo ele, sai mais vazio.

- O problema é quando eles colocam o 'trem curto' saindo de lá, porque fica lotado. É um absurdo, mas se eu fosse pegar o metrô na estação de Irajá, eu esperaria até oito carros antes de conseguir entrar em algum, e ainda me estressaria. Uma vez uma pessoa se jogou em cima de mim e quase machucou um casal de idosos só para não perder o metrô - afirmou o administrador, que salta no Estácio e ainda pega a linha 1 para a Carioca.

O Metrô Rio transporta atualmente 550 mil pessoas por dia, cerca de 6% maior que 2007, que já havia registrado um aumento de 10% em relação ao número de usuários em 2006. De acordo com a concessionária o motivo desse aumento de passageiros, que tem deixado as estações lotadas principalmente nos horários de rush, foi a falta de renovação da frota, ou seja, apesar do aumento no número de estações, não houve um aumento no número de carros.

Para o professor Rômulo Orrico, do departamento de engenharia de transportes da Coppe/UFRJ, no entanto, além do número de carros, a falta de priorização do transporte público também pode explicar em parte o problema.

- Todo o sistema viário da cidade foi pensado para carros particulares. Um exemplo são as construções de garagens públicas recentes, que passam a seguinte mensagem: 'venha para o trabalho de carro'. Sem um investimento ou uma rede pensada para o transporte público, o número de carros nas ruas aumenta e, conseqüentemente, o trânsito piora. Não é o transporte público que causa congestionamento, mas são os carros. Ou seja, o usuário acaba pagando pelo engarrafamento que não causou - afirmou.

Além disso, o professor ressaltou ainda a falta de um planejamento dos corredores viários da cidade, que continuam da mesma forma que eram quando o coração administrativo e financeiro da cidade ficava quase que exclusivamente no Centro.

- A cidade se desenvolveu, mas a rede de transporte público não acompanhou. Antigamente, a cidade era monocêntrica, ou seja, a tendência era que o deslocamento fosse todo para o Centro, onde tudo ficava. Hoje em dia, isso mudou, ela é policêntrica. As coisas estão muito mais espalhadas. Um exemplo disso é o volume de usuários de trem, que diminuiu. Isso porque mudou a relação do transporte com a cidade. O problema é que os corredores viários não foram mudados - disse, lembrando que o Rio está num bom momento para começar a fazer essa discussão:

- Muitas concessões estão começando a vencer. Ou seja, é hora de começar a debater sobre esses contratos e repensar essas rotas.

Alívio só começa a partir do final do ano que vem

A direção do Metrô Rio reconhece que o problema da superlotação nas estações é crítico. De acordo com o diretor de Relações Institucionais do Metrô Rio, Joubert Flores, no entanto, a vida dos passageiros só deve começar a melhorar no fim do ano que vem, quando ficar pronta a obra que vai criar duas novas estações, o que vai acabar com a transferência da linha 1 para a linha 2 no Estácio.

- Quando assumimos o metrô, há dez anos, nosso contrato previa apenas a operação dos carros. O investimento em novas composições era contrapartida do governo. Apesar disso, não foi exatamente o que aconteceu. Para cada estação que era inaugurada, o governo deveria comprar novos carros, mas até hoje não recebemos os carros novos para as estações Siqueira Campos e do Cantagalo. Com o aumento do número de usuários, a gente percebeu a necessidade desse investimento em mais carros, mas só a partir do fim do ano passado que nós assumimos esse papel, com a renovação do nosso contrato de concessão - afirmou Joubert, que lembrou que a compra de novos carros já está prevista:

- Estamos comprando 114 novos carros, o que vai aumentar a nossa frota em 66%, acabando com os trens curtos. Além disso, com a construção das novas estações, só quem precisa ir para Copacabana ou para a Tijuca vai fazer a transferência no Estácio, o que vai diminuir muito o fluxo de passageiros, que vai ficar mais bem distribuído. O problema é que nada disso é rápido. A ligação Pavuna-Botafogo, que vai diminuir a viagem em até 13 minutos, só deve ficar pronta no fim do ano que vem. A instalação dos novos carros também só deve ser concluída em três anos.

Em nota, a secretaria de Transportes afirmou que a responsabilidade de comprar novos trens para as estações de Siqueira Campos e do Cantagalo, que foi inaugurada em 2007, durante o governo Sérgio Cabral, seria das administrações anteriores, e afirmou que prefere não se pronunciar sobre o assunto. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, a solução adotada pelo governo atual para ampliar o sistema metroviário, considerando as restrições orçamentárias, foi buscar um acordo com a concessionária visando investimentos privados que englobam não só um aumento de 60% na frota de carros, mas também a construção de duas novas estações, além de melhorias nos sistemas elétrico, de sinalização e segurança, entre outros pontos.

Depois que as obras estiverem prontas, a previsão é que o metrô possa receber o dobro de passageiros que transporta por dia, que atualmente chega a 550 mil. Por enquanto, a concessionária afirma que está reformando os carros antigos, além de investir em campanhas educacionais, como a que orienta os passageiros a não ficar na frente da porta.

A falta de educação, aliás, é uma das principais reclamações de uma usuária do carro das mulheres, que preferiu não se identificar:

- O vagão das mulheres deveria funcionar o dia inteiro. Já vi uma mulher prender o braço na porta por causa da superlotação do carro, que estava com homens dentro. Ela deu um grito, e depois a porta abriu e ela saiu. Nem sei como ficou o braço dela - disse.

Outra leitora, que não quis se identificar, relatou que já viu até desmaios dentro do metrô por causa do forte calor:

- O ar-condicionado pára de funcionar quando o vagão está superlotado, e não mantém a temperatura agradável como deveria. Graças a Deus eu nunca tive problemas com o excesso de calor, mas é muito freqüente, nos horários de grande movimento (manhã e noite), uma ou outra pessoa desmaiar. Quando isso acontece, os passageiros acionam o alarme de emergência e na estação mais próxima os seguranças retiram a pessoa para que seja atendida fora do vagão - relatou.

Segundo o diretor de relações institucionais do metrô, com a reforma dos carros, a idéia é que o problema com o ar condicionado melhore. Segundo ele, o problema, que afeta principalmente os passageiros da linha 2, acontece porque os carros têm um sistema de ar condicionado planejado para funcionar em uma área subterrânea. O problema, de acordo com ele, é que parte do trajeto da linha 2 é feito ao ar livre, sob o sol.

- Os novos carros terão um sistema de ar condicionado projetado para isso. Enquanto isso estamos mexendo no sistema dos carros antigos, que estão sendo reformados.

Diário de uma usuária fiel da Linha 2 do metrô

Durante cinco dias, uma usuária do metrô, que preferiu não se identificar, montou um diário no qual detalhou todos os problemas que enfrentou durante o trajeto entre sua casa, em Thomaz Coelho, e a Praça XI. Usuária do metrô desde a sua inauguração, a leitora relatou que a maior dificuldade que enfrentou durante os cinco dias que registrou a viagem foi a superlotação dos carros, que se agravava, principalmente, com o uso do trem curto (quatro carros apenas) na linha 2.

- Além da rapidez, sempre optei pelo metrô, até pela segurança que o transporte me dá, já que a probabilidade de acontecer algo de 'sinistro' é menor. Até nos fins de semana eu procuro usar o metrô para sair. O problema é que ultimamente tem sido difícil continuar usando por causa da superlotação - afirmou.

Dos cinco dias que ela registrou, em apenas um ela contou que não precisou esperar mais de uma composição antes de conseguir embarcar. Nos outros quatro dias, ela relatou que a estação estava tão cheia, que ela foi obrigada a esperar pelo menos duas composições.

- É raro eu pegar ônibus, mas quando não dá para entrar na estação de Tomaz Coelho, acabo tendo que pegar um táxi até a estação da Praça Onze para vir trabalhar. Exatamente por causa da lotação nas estações, além das passagens que sempre sofrem reajustes, que não vejo porque eles não podem investir cada vez mais em melhorias e novos trens. Além disso, pelo número de usuários no dia-a-dia, é inviável eles insistirem em colocar trem curto para rodar, principalmente nos horários de grande movimento - disse, ressaltando que outro problema que ela percebeu foi no carro das mulheres, além da falta do ar-condicionado:

- Se é um direito adquirido, temos que fazer por onde para manter. Lutar pelo que já conquistamos. Particularmente, eu não faço tanta questão de viajar nele, muitas vezes esse vagão é a pior opção para seguir viagem - relatou.

Confira o diário preparado pela leitora:

.Dia 25/8- Peguei o trem da linha 2 às 18h50m na estação Estácio, no sentido Pavuna. Só consegui pegar o segundo trem, pois o que estava na estação não tinha como entrar de tão cheio.

.Dia 26/8- Peguei o trem das 8h50m na estação de Thomaz Coelho, no sentido Estácio. O trem estava lotado, mas tive que entrar, pois se esperasse o próximo eu iria me atrasar. Na volta, peguei o trem das 18h40m, no Estácio. Quando eles colocam o trem curto nesse horário dificulta muito o fluxo de passageiros, por isso só consegui entrar no terceiro trem, pois a estação estava superlotada.

.Dia 27/8 - pela manhã não usei o Metrô. Na volta para casa não tive dificuldades para embarcar no trem da linha 2, no Estácio.

.Dia 28/8 - Peguei o trem extra às 7h, que sai da estação Vicente de Carvalho vazio e segue até o Estácio. Ele, no entanto, estava cheio, mas sem muito atropelos. Na volta, peguei o trem das 18h50m. Encontrei a estação do Estácio muito cheia, e tive que esperar bastante. Só consegui pegar o quarto trem, que mesmo assim saiu lotado da estação.

.Dia 29/8 - Sai às 7h55m da Estação de Thomaz Coelho, que estava muito cheia. Esperei o terceiro trem antes de poder embarcar. Voltei para casa por volta das 15h. O metrô estava cheio, mas sem grandes problemas

Fonte: http://www.revistaferroviaria.com/index ... teria=6915
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André Vasconcellos
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Mensagem não lida por André Vasconcellos » 12 Set 2008, 20:31

A direção do Metrô Rio reconhece que o problema da superlotação nas estações é crítico. De acordo com o diretor de Relações Institucionais do Metrô Rio, Joubert Flores, no entanto, a vida dos passageiros só deve começar a melhorar no fim do ano que vem, quando ficar pronta a obra que vai criar duas novas estações, o que vai acabar com a transferência da linha 1 para a linha 2 no Estácio.
Ou seja,a MetrôRio PREGA NAS CABEÇAS IRRACIONAIS DO POVÃO que a Linha 1Akhda vai resolver o problema,visto que a situação vai piorar demais e vaiu acabar por forçar o que a MetrôRio deveria ter feito há tempo para solucionar o problema:
O Lote 29:A Expansão da Linha 2 Até o Estácio!

Que a Linha 1A sature após 8 meses de funcionamento wll wll wll wll wll wll wll wll wll wll wll wll wll wll wll !!!!!!!!!!!!!!!
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Guilherme Pinho
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Mensagem não lida por Guilherme Pinho » 12 Set 2008, 21:32

eu não acho o metrô superlotado, tenho pego o metrô da Central até Siqueira Campos todos os dias para ir trabalhar na ultima semana e o unico problema que vi é por causa dos própios usuários que bloqueiam a passagem ficando perto das portas acarretando na má distribuição dos usuários pelo interior dos carros :brv: wll wll wll .

Pior é na ida ,na estação central, onde eu tenho que me apertar na porta vendo espaço de sobra no meio e nas estremidades do carro e esperar até a estação Carioca para me desapertar, mas nesse momento eu me inspiro na linha 3 do metrô de São Paulo :D .


Não acredito que eles acreditem mesmo que a linha 1A vá resolver esse problema, estamos careca de saber que a solução é: comprar novos carros e levar a linha 2 até a Carioca wll wll wll wll wll wll wll wll wll :brv: nnoo

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André Vasconcellos
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Mensagem não lida por André Vasconcellos » 12 Set 2008, 22:14

Guilherme Pinho escreveu:Não acredito que eles acreditem mesmo que a linha 1A vá resolver esse problema
Pra falar a verdade,vale qualquer coisa pra dizer que algo está sendo feito para ''melhorar'' o serviço prestado pela Metrô-Rio,como o novo interior dos carros,em breve o novo layout das estações...Como eles vêem que vai ser impossível trazer novos carros tão cedo assim(pra ser mais exato,antes das eleições pra governador)eles pregam na cabeça do povão e do governo qualquer coisa,eles devem ter pensado:''Vamos jogar essa gambiarra pra acabar com a transferência no Estácio,o povão vai aceitar qualquer merda que a gente falar que é bom...''.

O projeto da expansão da linha 2 até a Carioca fazia parte do projeto inicial da época que o Metrô do Rio fazia parte da estatal,é como se o Metrô estivesse funcionando hoje incompletamente,como se fosse duas partes,a primeira parte(a linha 1) funcionando em pleno vapor e a segunda parte que seria a da linha 2 não foi concluída mas mesmo assim colocaram ela pra funcionar do jeito q a deixaram,a Estácio nunca foi feita para ser uma estação de transferência e a que foi feita(a Carioca 2)está lá,inutilizada a espera da inteligência do MetrôRio pra concluir o hipernecessário Lote 29!!!!!!!!!!!
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