TREM TURÍSTICO EM PARANAPIACABA

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cataclism2
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TREM TURÍSTICO EM PARANAPIACABA

Mensagem não lida por cataclism2 » 05 Jun 2008, 17:48

Mensagem original por ATHOS
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Fonte:
http://www.railbuss.com/noticias/view.php?id=1495

Com a fuligem sobre os rostos, mas sem perder o sorriso largo, os maquinistas José Ferreira de Paula Sobrinho, 60 anos, e Aparecido Gonçalves Filho, 55, mais conhecidos por Caçapa e visitante, deram uma pausa na aposentadoria e fazem dobradinha no comando da terceira locomotiva mais antiga do Brasil, que recebeu o nome de Maria Inês. A charmosa Maria-Fumaça
foi construída em 1867 pela empresa britânica SPR (São Paulo Railway) e recuperada recentemente, tornando-se a mais nova atração turística do Museu Tecnológico Ferroviário, da vila de Paranapiacaba, em Santo André,
coordenado pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária).

Apesar do trajeto da locomotiva compreender apenas um quilômetro, os experientes condutores possibilitam aos passageiros o regresso ao túnel do tempo, ao entrar em um carro de madeira de primeira classe também recuperado de 1914, com capacidade para 60 pessoas. Ao acionarem o apito potente da Maria-Fumaça, mostram ao que vieram. O trajeto de ida e volta é realizado entre a parada em frente ao Museu até o início do quinto patamar na Serra do Mar, que, em dias de pouca neblina, possibilita a vista panorâmica da Baixada Santista.

'Estou emocionado, vendo essa velha senhora em funcionamento. Foi bom ser recuperada, para que hoje a juventude possa ver como é essa máquina. Se não tivesse incentivo ela estaria obsoleta', garante Dorival Sebastião, 65 anos, sinalizador da RFFSA (Rede Ferroviária Federal) aposentado, que esteve presente na inauguração do passeio, no último dia 29.

Veteranos dos trilhos

Para o experiente visitante, como o próprio apelido já sugere, operar a locomotiva é um prazer. O simpático maquinista conta que recebeu o codinome
por fazer em 23 minutos o percurso do trem expresso de Santos a São Paulo.
De 1979 a 1983, conduzi a locomotiva na Serra do Mar, que funcionava com a tração do cabo de aço. Depois operei o modelo a diesel. Foram 20 anos nessa vida e me aposentei ano passado, conta saudoso. Nos últimos anos, divide a tarefa de operar a locomotiva do Museu do Imigrante, no bairro do Bresser, em São Paulo. 'Fiquei contente em operar a Maria-Fumaça em Paranapiacaba. Trabalhar no que eu gosto. É uma emoção que fica guardada dentro do coração', confessa visitante, também morador de Rio Grande da Serra.

O companheiro de profissão, Caçapa, carrega também bagagem histórica respeitável. O maquinista conta que sua relação com a ferrovia é de quase três décadas. Chegou a trabalhar na pioneira empresa ferroviária inglesa São Paulo Railway e, depois, na RFFSA. A estatal foi privatizada em 1996 e seu escritório regional de São Paulo está em processo de liquidação, desde 1999.

As recordações são muitas, segundo ele, dos tempos em que preparava café na fornalha da locomotiva. A bebida chegava a borbulhar. Operei a máquina a vapor, de São Paulo ao Rio de Janeiro, que depois passou a diesel.
Atualmente, estava também conduzindo a locomotiva no Museu do Imigrante, diz à reportagem.

Com uma fala mansa, o maquinista afirma que está feliz em participar de um projeto que apresenta às novas gerações o que é uma máquina à vapor. Isso é muito importante para que não se perca a memória da ferrovia, considera.

Homenagem em vida

Segundo o diretor da ABPF, Elias de Araújo, a terceira locomotiva mais antiga do Brasil recebeu o nome de Maria Inês, em homenagem à museóloga Maria Inês Mazzoco, que foi coordenadora de Preservação do Patrimônio Histórico da RFFSA durante 30 anos.

A locomotiva pertenceu à britânica São Paulo Railway, que criou a vila de Paranapiacaba, no século XIX. A máquina posteriormente pertenceu ao Frigorífico Bordon e foi doada à ABPF, nos anos 70. A restauração foi
realizada pela associação e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) em parceria com um dos sócios fundadores da ABPF, Lincoln Palaia.

'Fico agradecida pela homenagem, que acaba sendo extensiva à minha família. Somos tudo que somos, por causa da ferrovia. Meu pai Leonildo, 82 anos,
trabalhou na sinalização da estrada de ferro Santos-Jundiaí. Meu avô José Maria Dias foi diretor da São Paulo Railway Club. Já meus bisavós Martin Rodrigues e Antonio Carrasqueira também foram ferroviários', conta Maria Inês.

Segundo a museóloga, a história de sua família tem raízes em Paranapiacaba. 'Meu bisavô Carrasqueira, de origem portuguesa, conheceu na vila a minha avó,
Virgínia O`Neil, filha de irlandeses. Ela trabalhou como governanta do Castelinho, que era a residência do engenheiro-chefe da ferrovia', conta Maria Inês.

Memória ferroviária tem resgate em Paranapiacaba

A museóloga Maria Inês Mazzoco destaca que o Museu Tecnológico Ferroviário, em Paranapiacaba, tem um importante papel no resgate da memória ferroviária brasileira, seguido dos espaços preservacionistas de Anhumas-Jaguariúna (Campinas) e de São João Del Rey, em Minas Gerais.

Paranapiacaba é o único que apresenta o sistema funicular (mecanismo ferroviário por meio de cabos de aço), que os demais não têm. Na ABPF, estamos trabalhando em um projeto para transformar o espaço em um Museu Aberto da Ferrovia, que contará a história industrial, da ferrovia, do café e de todo o desenvolvimento urbano no entorno, afirma.

A introdução da Maria-Fumaça em funcionamento, segundo a museóloga, recobra a revolução industrial sobre rodas no local, que abriga ainda a segunda mais antiga locomotiva do Brasil, de 1862. A primeira, de 1852, que operava na antiga estrada de ferro Mauá, encontra-se no Rio de Janeiro.

Para o sócio-fundador da ANPF (Associação Nacional de Preservação Ferroviária), Fábio Barbosa, a iniciativa incentiva outros projetos de preservação ferroviária no País. 'Nossa entidade, em parceria com a iniciativa privada, está recuperando uma locomotiva diesel e dois carros de aço carbono, para operar num trecho entre Sabaúna, divisa com Guararema, a partir de 2007', diz.

Segundo o presidente de Preservação Ferroviária, Victor José Ferreira, o passeio com a antiga locomotiva em Paranapiacaba é um aperitivo para quem
aprecia a história ferroviária no Brasil. É extremamente atraente, apesar do percurso ser pequeno, comenta.

Todos os especialistas estiveram presentes na vila de Paranapiacaba, dia 29, quando houve a inauguração do passeio, sob forte chuva, que não deu trégua durante todo o tempo.

O passeio tem o custo de R$7,00, incluindo o ingresso ao Museu, e acontece aos finais de semana e feriados, entre 10h e 16h. Mais informações pelos telefones (11) 6692-2949 e (11) 6695-1151.
Essa eu não sabia.O Ligerinho de Maria-Fumaça nos fins de semana, é? heheheeheh

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Vicente
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Mensagem não lida por Vicente » 17 Set 2008, 21:07

AGV, acho que a locomotiva é essa...
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Lopes
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Mensagem não lida por Lopes » 08 Out 2008, 00:32

Na minha modesta opinião, esse trem deveria ir até Rio Grande da Serra.
Rodrigo Lopes

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Inconfidente
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Mensagem não lida por Inconfidente » 08 Out 2008, 16:57

Paranapiacaba é aquela vila inglesa?


Lipe Andreense
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Mensagem não lida por Lipe Andreense » 08 Out 2008, 19:05

^^

Sim, Paranapiacaba é um distrito de Santo André (não é cidade), situado na Serra do Mar, onde a São Paulo Railway construiu a Vila Ferroviária para operação do sistema funicular de descida da serra, hoje substituído pela cremalheira, e onde hoje a MRS opera um pátio de cargas.
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Inconfidente
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Mensagem não lida por Inconfidente » 08 Out 2008, 19:46

Legal, o acesso é fácil para quem está em SP (capital)?


Lipe Andreense
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Mensagem não lida por Lipe Andreense » 08 Out 2008, 20:02

Tenho a impressão que já expliquei isso, mas repito de novo:



Trem até Rio Grande da Serra e onibus (linha 424 - RGS - Paranapiacaba), que tem integração por R$3,35
O ônibus parde a cada 1 hora em dia de semana e 30 min em fins de semana e feriados
Em época de festival eles partem a cada 10 min.


Mas se você for daquelas pessoas que nem sonha em chegar lá usando transporte público, pode ir pela Anchieta até o trevo do Riacho Grande (KM29) e seguir as placas para Ribeirão Pirs. Seguir pela Estrada Velha de Santos (SP-148) até a intersecção com a Rod. Índio Tibiriçá (SP-31) e seguir as placas para Paranapiacaba

http://www.santoandre.sp.gov.br/bn_conteudo.asp?cod=465





Como eu não tenho carro nem carteira de motorista (e nem pretendo ter nenhum dos dois), eu vou de trem+onibus
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Inconfidente
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Mensagem não lida por Inconfidente » 08 Out 2008, 20:23

Valeu, se for mesmo a SP no final do ano, vou querer ir de trem!


Lipe Andreense
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Mensagem não lida por Lipe Andreense » 08 Out 2008, 20:35

^^
Ve se avisa !!! :D
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L Fernandes
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Mensagem não lida por L Fernandes » 08 Out 2008, 20:45

opa, to vendo encontro???
me chamem tbm!

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Mensagem não lida por Inconfidente » 08 Out 2008, 20:52

Sim, é possível que venha a ocorrer. Mas será depois do III Encontro Interestadual TGVBR. Ou seja, é bem possível que seja lá pelo dia 20 de dezembro. Vou avisar todo mundo através de um tópico.


Gustavodc
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Mensagem não lida por Gustavodc » 16 Jan 2009, 02:19

Senhores, voltando ao assunto do tópico.

A um tempo atrás eu me lembro de ter lido algo sobre o trem de Paranapiacaba(Paranapiacaba, mas também chamada de Paraná).
Sobre acordo com a MRS Logística (empresa FDP) e os demais interessados.
Não sei se já saiu, creio que sim e outro detalhe é que, segundo informaram no começo desse esquema, a prefeitura de Sto André iria reformar a estação da CPTM da Paranapiacaba, o que não ocorria até agora.
O que ocorre: A prefeitura está construindo uma plataforma provisória no local para receber o trem.
Desculpem, mas não achei as fontes.

Para quem já foi, creio que seja ali naquele pátio ao fundo, mas poderia ser também utilizando a plataforma sem uso que fica antes da subestação elétrica.

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Pra quem não conhece, esta plataforma à esquerda, com uma escadinha amarela é a da CPTM e deveria estar reformada. Essa em primeiro plano é do trem turístico que lá opera.
Ao fundo, à direita, veem-se alguns vagões, penso que seria nesse espaço. Se não me engano, esta via onde estão os vagões logo a direita daria na plataforma que mencionei.

Abraços!

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