Dormentes de Aço

Área para discussões sobre aspectos técnicos e de Engenharia dos elementos que compõem as ferrovias e seu material rodante.

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Landrail
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Dormentes de Aço

Mensagem não lida por Landrail » 18 Jan 2009, 21:44

A utilização pelas ferrovias dos Dormentes de Aço apresenta vantagens econômicas, operacionais, ecológicas e de segurança, em relação aos dormentes de madeira e de concreto. Eis algumas vantagens:
• Menor custo no assentamento dos dormentes na linha férrea.
• Menor quantidade de dormentes por km de ferrovia.
• Menor custo de reparação ou substituição de dormentes.
• Menor peso, oferecendo maior facilidade, rapidez e menor custo no transporte e manuseio do dormente.
• Maior vida útil, estimada acima de 60 anos, enquanto os dormentes de madeira tem uma vida de 20 anos e os de concreto, de 35 anos, em média.
• Ganhos com o lastro ferroviário, com menor volume de brita ou de escória.
• Intervalos maiores de manutenção da linha férrea obtendo-se maior produtividade.
• O aço é reciclável e imune ao ataque dos fungos e ao risco de incêndios.
• Assistência técnica permanente.

Pelos fatores acima, os Dormentes de Aço certamente representam economia de custo e aumento de produtividade. O Dormente de Aço é um produto duplamente ecológico, pois é reciclável, não agredindo a natureza e elimina a necessidade do corte de florestas para a produção dos dormentes de madeira.
A entrada da Hidremec neste segmento representa uma melhoria na balança cambial brasileira, pela substituição de importações.

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DORMENTE DE AÇO - UIC 865


Peso Linear = 28,46 Kg

Área = 3.625,4 mm²

Jx = 277,5 cm4

Jy = 2.393 cm4

Wo = 103,16 cm³

Wu = 43,98 cm³


POR BITOLA

• ESTREITA
distância entre trilhos 1m
(comp. dormente 2.200mm)
• STANDARD
distância entre trilhos de 1,435m
(comp. dormente 2.700mm)
• LARGA
distância entre trilhos 1,6m
(comp. dormente 2.800mm)
• MISTA
utilizado para bitolas estreita, larga ou standard
PARA AMV

POR FIXAÇÃO

• COM OMBREIRAS SOLDADAS
(Deenik ou Pandrol)
• SEM OMBREIRAS
(4 ou 8 furos)

Propriedades


Produzidos de acordo com a norma UIC 865, os Dormentes de Aço Hidremec poderão, mediante consulta, atender a características e necessidades de cada cliente. Apresentam superfície limpa e plana, livre de defeitos. As bordas são arredondadas e os furos estampados a frio.
Os Dormentes de Aço Hidremec foram também avaliados e aprovados pelo Centro de Tecnologia da UNICAMP através dos seguintes testes, que simulam as condições e necessidades de operações da via permanente:

• Teste de Torque do Inserto, conforme item 1.9.1.9B da Norma AREMA, com torque de 340N.m.
• Teste de Arrancamento do Inserto, conforme item 1.9.1.9A da Norma AREMA, com carga de 54kN.
• Teste de resistência sob carga oblíqua, à carga de 14,1 a 141 kN, a uma frequência de 5 Hz até 3.000.000 de ciclos.
• Verificação visual e dimensional



Créditos do Texto:http://www.hidremec.com.br/produtos.asp?pag=316

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Créditos das fotos: Rogério Horácio
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Vicente
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Mensagem não lida por Vicente » 18 Jan 2009, 23:11

Caramba, Land!
Até os dados de momentos de inércia (Jx, Jy, Wu e Wo)! o0
Me senti nas aulas de Resistência de Materiais na faculdade! (ô materiazinha complicada!)
Se sem tratamento podem durar até 60 anos, imagino com um bom tratamento superficial (boa pintura, galvanização, metalização)...
Ah, antes que perguntem: não é viável fazer de inox, ficaria extremamente caro!


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Landrail
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Mensagem não lida por Landrail » 19 Jan 2009, 00:05

"Mecânica dos solos" e por incrível que pareça é o básico em estradas :@:

Os dormentes são politicamente e ambientalmente corretos, mas quando quebram ou amassam o bixo pega!!!!!!!!!!! :X:
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Haiser
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Mensagem não lida por Haiser » 19 Jan 2009, 00:09

metropolitano escreveu:
Os dormentes são politicamente e ambientalmente corretos, mas quando quebram ou amassam o bixo pega!!!!!!!!!!! :X:
Eu estranhei que você nao tenha comentado isso ! :lol: :lol:

Tinha que ser um aço super ultra mega resistente [:P]


Correia431M
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Mensagem não lida por Correia431M » 19 Jan 2009, 00:12

Land, não fica muito caro implantar dormentes de aço em transporte ferroviário suburbano (no caso da CPTM)?
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AGV
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Mensagem não lida por AGV » 19 Jan 2009, 10:20

Para a escolha da implantação, no caso dos dormentes de linhas metroferroviárias, provavelmente, chegou-se a uma conclusão, levando-se em consideração todas as variáveis dos materiais a serem empregados, e, avaliados todos os prós e contras, além do custo final, de manuteção e etc, pois lembremos que por exemplo, dormentes de concreto, com ou sem alma de aço, estão substituindo largamente os de madeira, no mundo todo, o que é bom. (apesar de a madeira utilizada ser de manejo, reflorestada e etc... coisa que os eco chatos não falam...), apesar de não ser nenhum "crime" utilizar o material em questão, que aliás não agride o meio ambiente por ser natural, mas não dura tanto.

No fim das contas, acredito que a tendência é o uso do dormente de concreto, salvo aplicações específicas, dos de madeira e aço, estes últimos, em ferrovias com tráfego de pesadas cargas e longas composições, como de minério, por exemplo.
Editado pela última vez por AGV em 19 Jan 2009, 12:50, em um total de 1 vez.


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Mensagem não lida por Landrail » 19 Jan 2009, 12:42

É por aí!!!

E rodrigo, a opção pelo dormente de aço pelo de madeira é que o de aço é mais resistente em relação a madeira e os dormentes de concreto danificam as locomotivas por serem muito rígidos, por isso os de aço são mais usados nas ferrovias em geral.
No caso dos metropolitanos os dormentes de concreto são os melhores, talves as linhas 7 e 10 sejam uma exceção.
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Mensagem não lida por AGV » 19 Jan 2009, 12:48

O que conheço sobre a rigidez dos dormentes de concreto é que normalmente eles são danificados pelo peso do material rodante e não ao contrário. :O

Eles (dormentes) tem esse "puder" todo? o0


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Landrail
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Mensagem não lida por Landrail » 19 Jan 2009, 12:56

Pois é, creio que seja os dois casos, "alguém tem que ceder" :lol: um vez eu vi um vídeo mostrando um via com uma ótima manutenção e uma Dash- 9 a uma velocidade de 60km/h, você tinha que ver os pulos da locomotiva. <O>
PS: DAsh-9= peso 195 toneladas o0 b )
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Mensagem não lida por AGV » 19 Jan 2009, 13:03

Hmmmm <_<

Só vendo pra entender.

Se estava um ''tapete'', a via, acho que não deveria contecer isto........

Sei lá, com a palavra, os Engenheiros da área. tnk


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Mensagem não lida por Landrail » 19 Jan 2009, 13:22

Eu não sou engenheiro,mas pelo que pude perceber o tráfego intenso em uma via (na EFVM é um "tapete" mas 35 trens de minério por dia fora os de cargas gerais e passageiros) acabam saturando e deformando a via outra coisa que deforma via é a chuva, o excesso de água diminui a resistencia do solo é como se a via "atolasse" em alguns pontos.

A Vale mantém "reflorestamentos" ao longo da EFVM para usar como dormentes, veja no alto dessa foto:
Imagem
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Mensagem não lida por AGV » 19 Jan 2009, 14:27

^^ Mas peraí... o0

Pra fazer o dormente de madeira, tem todo um processo, (corte preciso [-+ o0 ], tratamento anti fungos/cupins - eles são imersos em cupinicida por um tempo, não sei quanto, mais alguns procedimentos, para durar mais...) então nem precisava manter tais árvores ali, provavelmente estao ali para ajudar a manter o solo.

Obs.: Não pude ver a foto ainda. <_<


Lopes
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Mensagem não lida por Lopes » 19 Jan 2009, 18:38

Olha, no Brasil pelo q sei de dormentes de aço, só existe em um ramal métrico abandonado ao lado da estação Julio Prestes
Rodrigo Lopes


Gustavodc
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Mensagem não lida por Gustavodc » 19 Jan 2009, 19:03

Onde essas fotos foram feitas?


Tiago Costa
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Mensagem não lida por Tiago Costa » 19 Jan 2009, 19:04

Lopes escreveu:Olha, no Brasil pelo q sei de dormentes de aço, só existe em um ramal métrico abandonado ao lado da estação Julio Prestes
Isso é só o que você viu pessoalmente, eheheheh. Dormentes de aço existem na EFVM, e pelo visto estão sendo utilizados amplamente por lá, como foi comentado pelos outros foristas. Vi muitos trechos com esses dormentes lá.


Lopes
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Mensagem não lida por Lopes » 19 Jan 2009, 19:07

ah ta!

Mas algum de vocês tem fotos desse local de que estou falando?

Eu estou sem câmera, mas dá para tirar dos trens da 7 oriundos de Fco.Morato
Rodrigo Lopes


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Mensagem não lida por Landrail » 20 Jan 2009, 12:56

AGV escreveu:^^ Mas peraí... o0

Pra fazer o dormente de madeira, tem todo um processo, (corte preciso [-+ o0 ], tratamento anti fungos/cupins - eles são imersos em cupinicida por um tempo, não sei quanto, mais alguns procedimentos, para durar mais...) então nem precisava manter tais árvores ali, provavelmente estao ali para ajudar a manter o solo.

Obs.: Não pude ver a foto ainda. <_<
Eu creio que seja uma parceria entre a Vale e a ARACRUZ celulose, pte vai para dormentes e parte para celulose/papel, o fato de estar próximo a ferrovia é pela logística, por ser mais próximo de transportar.


Ps: não consegue ver as fotos por causa do firewall né!!!São fotos do orkut!!
Editado pela última vez por Landrail em 20 Jan 2009, 13:06, em um total de 1 vez.
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Mensagem não lida por Landrail » 20 Jan 2009, 13:01

gustavodc escreveu:Onde essas fotos foram feitas?
As fotos dos dormentes de aço foram tiradas no interior do estado do Rio de Janeiro na malha da MRS, já foto que tem uma dash-9 "remota" é em Minas Gerais na malha da EFVM (Estrada de Ferro Vitória a Minas).
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Mensagem não lida por Landrail » 20 Jan 2009, 13:25

Lopes escreveu:ah ta!

Mas algum de vocês tem fotos desse local de que estou falando?

Eu estou sem câmera, mas dá para tirar dos trens da 7 oriundos de Fco.Morato
Lopes escreveu:Olha, no Brasil pelo q sei de dormentes de aço, só existe em um ramal métrico abandonado ao lado da estação Julio Prestes

Dormentes de aço não é novidade no Brasil a EFVM já usava esse tipo de dormente desde 1979 quando a ferrovia foi duplicada.
A Ferrovia do aço, que hoje pertence a MRS também tem dormentes de aço.


Tem um forista com fotos de dormentes de aço para bitola métrica assentados no lastro, mas ele não quer postar. :P
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Roberto
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Mensagem não lida por Roberto » 20 Jan 2009, 23:22

1. Trecho da EFVM com Dormentes de Madeiras.
Imagem

2. Trecho da EFVM com Dormentes de Aço.
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3. Trecho da EFVM com os Dormentos de Madeira, Dormentes de aço a beira do leito.
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