
Problemas que infernizam a vida dos passageiros do metrô serão o tema de audiência pública hoje, às 10h, na Alerj. Em uma sala de 90 metros quadrados, deputados e um promotor tentarão saber do presidente da Metrô Rio, José Gustavo de Souza Costa, como mais de sete passageiros se espremem em um metro quadrado nos vagões. O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, também será confrontado pelo promotor Carlos Andresano, que pediu na Justiça o fim da conexão Pavuna-Botafogo. Os atrasos, a má conservação das composições e o ar-condicionado falho também estão na pauta.
Para o vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), o engenheiro de Transportes Luiz Antonio Cosenza, a superlotação das composições está acima do limite adotado por normas internacionais de qualidade. O padrão ideal é de 4 passageiros por metro quadrado. A concessionária Metrô Rio afirma que registra média de 5,8, mas vistoria do Ministério Público em janeiro constatou 7,7 passageiros por metro quadrado.
O DIA comparou as medidas de 4 e 8 usuários nesse espaço com foto de vagão superlotado. O que se nota é que o desconforto na situação real é ainda maior. “Aqui, o espaço é maior que no vagão. Lá, nem consigo me mexer”, contou Amélia Martins, 37 anos, que dividiu um metro quadrado com outras sete pessoas diante da Estação Saens Peña.
TROCA POR TREM
“Qualquer média acima de 5 está fora do padrão. A média de 7 ou 8 passageiros por metro quadrado é inadmissível. Infelizmente daqui a pouco o metrô do Rio vai ficar igual ao de Tóquio, onde existem funcionários para empurrar os passageiros para dentro. Nem gado deveria ser transportado como é aqui”, afirma Cosenza. Ele embarcou no metrô na hora do rush, mês passado, e contesta a medida de 5,8 usuários por metro quadrado.
A auxiliar de serviços gerais Rosângela Vieira, 49, que diariamente faz o trajeto Engenho da Rainha-Botafogo, diz que por causa da superlotação ‘passou do ponto’. “Já perdi a estação por não consegui chegar até a porta para desembarcar”. A universitária Juliane do Nascimento, 25, que viajava da Pavuna ao Maracanã, conta que trocou o metrô pelo trem: “O metrô é mais rápido, mas não conseguia subir nos vagões abarrotados de gente”.
por Amanda Pinheiro e Diego Barreto
Fonte: Jornal O Dia
Link: http://www.molon.com.br/website/noticia.asp
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