projeto: Ferrovia NovaTransNordestina (CFN / CSN)

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projeto: Ferrovia NovaTransNordestina (CFN / CSN)

Mensagem não lida por cataclism2 » 05 Jun 2008, 14:08

Fonte: Portal da CFN/CSN
Mapa
A CFN abrange sete estados do Nordeste, mas sua ação não se limita a estes estados. Com o nosso serviço porta-a-porta e a parceria com transportadores rodoviários atuamos também no Pará, Bahia, Sergipe e Tocantins. E, em alguns casos, São Paulo, Paraná, Goiás e Minas Gerais. É isso que chamamos transporte intermodal. Confira no mapa por onde passam nossos trilhos.
A ferrovia opera hoje 4.238 quilômetros de ferrovia em bitola métrica, sendo que 17,5 quilômetros, dentro do porto de Itaqui (MA), são em bitola mista para permitir o acesso dos trens da Estrada de Ferro Carajás que operam em bitola larga (1,60m).
Imagem
Projeto
A ferrovia Nova Transnordestina (NTN) já nasceu grande, com quase 2 mil quilômetros de extensão. E tem uma missão de enorme responsabilidade: dar início a um longo ciclo de desenvolvimento para o Nordeste.
A Nova Transnordestina é uma ferrovia que liga os portos de Pecém (CE) e Suape (PE) ao cerrado do Piauí, no município de Eliseu Martins. O objetivo é elevar a competitividade da produção agrícola e mineral da região com uma moderna logística que une uma ferrovia de alto desempenho e portos de calado profundo que podem receber navios de grande porte.
A nova ferrovia terá 1.860 quilômetros, sendo que 905 serão de linhas novas em Pernambuco, Ceará e Piauí. Os outros 955 quilômetros já pertencem à Companhia Ferroviária do Nordeste, empresa que tem a concessão da malha ferroviária nordeste.
Até se chegar à concepção do traçado atual, a CFN contratou experientes consultorias em pesquisas agrícolas e minerais para identificar cargas potenciais que pudessem dar suporte ao crescimento da CFN. O que mais chamou a atenção foi o crescimento agrícola no cerrado nordestino e a dificuldade futura para escoar toda a produção, fato que poderia estancar o crescimento regional. Na safra de 2004/5, a região formada pelo Norte do Tocantins, Oeste da Bahia e Leste do Piauí produziu 5,3 milhões de toneladas de grãos.
Isto, somado ao fato de que existem no nordeste dois portos novos e de grande calado, levou à solução: construir uma ferrovia de classe mundial que, junto aos trechos existentes, pudesse dar uma respeitável vantagem competitiva aos produtos do cerrado. A soja, que cresce a taxas superiores a 17% ao ano entre 1992 e 2004, no cerrado nordestino, junto com o milho e o algodão, pode se transformar na carga-âncora que vai tornar o novo empreendimento sustentável.
No meio do caminho, uma imensa e já conhecida jazida de gipsita ganha também um sopro de competitividade capaz de revitalizar a região. A estas duas cargas adicionem-se os combustíveis e o biodiesel, com excelente perspectiva de crescimento, o pólo produtor de frutas em Pernambuco mais a produção de álcool que se inicia no cerrado. Está pronto um mix de cargas capaz de sustentar um empreendimento rentável.
As projeções da CFN apontam para o transporte de 17 milhões de toneladas de cargas em 2010 e cerca de 27 milhões em 2020. A construção poderá ser iniciada em seis meses após a aprovação final do Governo Federal e deve durar pelo menos três anos até a conclusão. O investimento total foi orçado em 4,5 bilhões de reais.

Kilometragem dos trechos da Transnordestina:
Missão Velha - Salgueiro 95,46 km
Peçém -Missão Velha 520 km
Salgueiro - Suape 537 km
Salgueiro - Trindade 162,88 km
Trindade -Elizeu Martins 420,7 km
Total 1.736,04 km

Projeto: estrutura societária
O surgimento da Nova Transnordestina foi possibilitado por uma interessante engenharia financeira. Empresas privadas participarão R$ 950 milhões do capital total, um sinal inequívoco de sua confiança no projeto. O restante virá do Finor (Fundo de Investimento do Nordeste) e do FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste). Estes fundos, administrados pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), participam com recursos que serão transformados em participação acionária. No caso do FINOR os incentivos são transformados em ações em favor do BNDES. Sendo que no caso do FNDE, metade do valor é, na verdade, um financiamento a ser pago com juros, à medida que a ferrovia for construída e a outra metade é transformada em ações em favor do FDNE.
Além dos recursos dos fundos, no valor de R$ 3.550 milhões, a CFN, por meio da sua controladora, a CSN participará com R$ 300 milhões, além de contrair financiamento de R$ 400 milhões junto ao BNDES. A CSN se compromete ainda a atrair novos sócios com capital equivalente a R$ 250 milhões.
Uma vantagem excepcional dessa forma de financiar a Nova Transnordestina é a garantia de continuidade do empreendimento. Isso evitará o risco de ter suas obras paralisadas, o que já ocorreu em diversas obras que contavam exclusivamente com o orçamento do governo. Toda a responsabilidade recai sobre os sócios, representados pela Transnordestina S.A. , que terá o controle do empreendimento. É importante notar que a ferrovia continua sendo uma concessão, logo, pertence à União.
A Transnordestina S.A., uma empresa criada em 1991 para administrar o projeto anterior, será a nova controladora da CFN de acordo com a Resolução 1.211 de 25/11/05, que aprovou a reestruturação acionária desta companhia. Esta resolução foi assinada no mesmo dia que o Protocolo de Intenções que reafirma a parceria entre os Ministérios da Integração, Transportes e Planejemento; Banco do Nordeste; BNDES; e a CFN para a construção da nova ferrovia.
Projeto: NTN em números
» Capacidade para transportar 30 milhões de toneladas de carga por ano;
» 1.860 quilômetros de extensão. Sendo que 955 são compartilhados com a CFN;
» 110 locomotivas (em 2020);
» 2.700 vagões (em 2020);
» 260 mil toneladas de trilhos;
» 3,7 milhões de dormentes;
» Tempo de construção: 3 anos;
» Empregos gerados durante a construção: 70 mil;
» Empregos gerados: 550 mil (diretos e indiretos);
» 900 mil toneladas de capacidade estática de armazenagem para grãos nos terminais portuários.
Projeto – Principais Cargas
» Álcool
» Algodão (caroço e pluma)
» Argila
» Arroz
» Biodiesel
» Cal
» Cimento
» Contêineres
» Diesel
» Farelo de Soja
» Fertilizantes
» Gasolina
» Gesso
» Gipsita
» Milho
» Óleo de Soja
» Soja



Benefícios Sociais

A Nova Transnordestina é um sistema de transportes formado por ferrovia, terminais portuários e estradas que vão alimentar este sistema. Na sua operação, o mais importante é tirar proveito máximo de cada uma de suas partes, fazendo o que se chama de logística integrada.
Integração leva à eficiência e esta é passada a vários setores. Um deste é o têxtil que voltará a contar com algodão nacional para manter sua competitividade no mercado mundial. Mas, sem dúvida, um dos maiores beneficiados será o segmento chamado de protéico. Parte dos grãos cultivados no cerrado será consumida por empresas brasileiras que produzem carnes, seja de aves, suínos ou bovinos.
A carne é a forma de se agregar valor à proteína contida, por exemplo, no farelo de soja adicionado às rações animais. Dessa forma, o país gera mais empregos internamente e exporta produtos de maior valor agregado.
Outra forma de estimular a economia regional é fornecer serviços logísticos para os sistemas locais de produção (SLP) já instalados na região. Eles atuam em vários setores produzindo tijolos, roupas, cal, gesso, mel, calçados, móveis, frutas, minerais e dezenas de outros produtos.
O SLP, também conhecido como cluster, nada mais é do que um grupo de pequenos empresários (produtores ou prestadores de serviços) que juntos conseguem ser mais competitivos do que separados, assim trabalham de forma cooperativa dentro de um espaço geográfico definido onde têm acesso facilitado a mão-de-obra, mercado ou insumos. Com a infra-estrutura adequada estes SLP podem empregar mais pessoas e serem aperfeiçoados.
Desenvolvimento Regional
Podemos ainda citar outras importantes contribuições à economia regional deste novo sistema de transportes:
» Redução dos custos logísticos de exportação
» Aumento do valor das terras do cerrado nordestino
» Reorganização espacial da produção agrícola
» Atração de novos empreendimentos para a região
» Estímulo ao projeto nacional de Biodiesel
Benefícios Sociais
É importante lembrar que desenvolvimento social não depende apenas do sucesso econômico. Sem distribuir os ganhos de forma sustentável e igualitária um projeto pode fracassar. Entre os principais benefícios sociais da Nova Transnordestina podem citar:
» Desenvolvimento regional equilibrado no Nordeste
» Geração de empregos com a construção e a viabilização de novos empreendimentos
» Melhoria do meio ambiente com o uso intensivo de um meio de transporte menos poluente, o trem; e o estimulo à produção de álcool (cana-de-açúcar) e biodiesel.
» Geração de impostos. A atividade econômica aumenta a arrecadação de impostos, o que dá meios aos governos locais de investir em educação, saúde e melhorias sociais capazes de potencializar os ganhos econômicos.


Logística Integrada
Terminais Portuários de Primeira Linha: Pecém e Suape


A Nova Transnordestina, uma ferrovia de primeira classe, precisa ser acompanhada de terminais portuários também de primeira linha. Para isso, serão construídos dois terminais graneleiros nos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco, com capacidade de estocagem de 900 mil toneladas de grãos e farelos.
Os terminais poderão receber navios graneleiros de grande capacidade do tipo capesize com até 150 mil toneladas por porte bruto (tpb), que podem transportar até 105 mil toneladas de soja, por exemplo. Cada um dos terminais terá dois transportadores com capacidade para 1,5 mil toneladas/hora, o que permitirá que um navio deste tipo seja carregado em apenas um dia e meio.
Capesize são navios graneleiros com capacidade que vai de 80 mil a 199 mil toneladas. Atualmente, os mais navios de transporte de soja que aportam em Santos e Vitória têm, no máximo, 125 mil tpb e carregam 85 mil toneladas de soja.
A proximidade de Pecém e Suape do mercado europeu, um dos principais destinos da soja brasileira, é um reforço às vantagens deste sistema de transportes. Velocidade de carregamento, navios de grande porte e posição geográfica garantem o sucesso deste empreendimento em que serão investidos cerca de R$ 400 milhões.
Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), os portos brasileiros devem embarcar, este ano, 20,5 milhões de toneladas de soja, isto é, 10% do total movimentado no mercado mundial. Quando concluídos, estes terminais portuários poderão movimentar 30 milhões toneladas de grãos e minérios.


As cidades e a ferrovia
A lista completa de municípios por onde passará a ferrovia Nova Transnordestina será conhecida apenas quando todos os projetos executivos, isto é o projeto final da ferrovia, estiverem prontos.
Atualmente, constam desta lista somente os seguintes municípios:
» Piauí:
Eliseu Martins
» Pernambuco:
Trindade
Salgueiro
Serrita
Recife
Cabo de Santo Agostinho
Ipojuca (onde fica o porto de Suape).
» Ceará:
São Gonçalo do Amarante (onde fica o porto de Pecém)
Caucaia
Fortaleza
Maranguape
Pacatuba
Guaiúba
Redenção
Aracoiaba
Itapiúna
Baturité
Capistrano
Quixadá
Quixeramobim
Senador Pompeu
Piquet Carneiro
Acopiara
Iguatu
Cedro
Lavras da Mangabeira
Aurora
Missão Velha
Nota: estas cidades do Ceará já contam com ferrovia da CFN.


Acompanhe a construção
Acesse diretamente o Portal da obra.

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Esbarrou em burocracias

Mensagem não lida por cataclism2 » 30 Jul 2008, 17:27

Estava demorando... parou nas burocracias.

Notícia, aqui. :cry:

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