Viabilização do Pólo da Moda será um dos benefícios trazidos pelo projeto
O sonho brasileiro de ligar os oceanos Atlântico e Pacífico por ferrovia, passando por Minas Gerais, vai se tornar realidade. O estado, de história fortemente vinculada a locomotivas e vagões, receberá o segundo maior trecho dos 4,4 mil quilômetros de trilhos a serem assentados da Estrada de Ferro 354 (EF 354), que se conectará ao sistema ferroviário do Peru. Embora ainda no papel, o projeto, batizado de Ferrovia Transcontinental, com custo estimado de R$ 10 bilhões, revigora a esperança de maior desenvolvimento de regiões e municípios que cresceram em torno de estações de trens ou que viveram o auge político, econômico e social nas idas e vindas das composições.
O corredor mineiro da ferrovia, que será a maior do país, contempla, inicialmente, as cidades de Muriaé (Zona da Mata), Ipatinga (Vale do Aço) e Paracatu (Região Noroeste).
Muriaé é o único município da Zona da Mata previamente definido no eixo mineiro da Transcontinental. A Lei 11.772, que redefiniu o Plano Nacional de Viação e os pontos de passagens primários da ferrovia, foi promulgada em setembro do ano passado e coincide com um momento de transformação da economia local. Dos anos 1980 para cá, a cidade vem deixando a agropecuária para se transformar em polo regional da indústria do vestuário.
Na Zona da Mata, a EF 354 cortará linhas e ramais da primeira ferrovia de Minas, a Estrada de Ferro Leopoldina, que começou a ser construída no fim do Império, em 1872. No fim do século 19, o controle acionário foi transferido para credores britânicos, que a rebatizaram de The Leopoldina Railway Company. A malha voltou para o controle do governo brasileiro somente em 1950, com o declínio da lavoura cafeeira na Zona da Mata.
Hoje, os trilhos são explorados pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), empresa que surgiu depois da desestatização da RFFSA. Recreio sedia uma das oficinas da companhia, que transporta bauxita de Itamarati de Minas, embarcada em Cataguases, para o interior de São Paulo. Já a estação foi transformada em museu ferroviário.
Levantamento feito em 2005, pelo Instituto Euvaldo Lodi, ligado à Fiemg, mostra que as fábricas já respondiam por quase 50% da riqueza local. A cidade ganhou o Centro de Desenvolvimento da Moda (CD Moda) para incrementar os negócios das mais de 550 empresas do polo confeccionista que abrange Eugenópolis, Laranjal, Miraí, Patrocínio de Muriaé e Recreio.
Fonte: UAI
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MG aguarda projeto batizado de Ferrovia Transcontinental
Moderador: cataclism2
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Re: MG aguarda projeto batizado de Ferrovia Transcontinental
No começo do ano passado a turma havia chutado o balde pra tocar adiante esse projeto, e logo! Mas aí, provavelmente devido a redirecionamentos de verba, acabou não dando em nada. Mas também, se não me engano eles não sabiam nem com qual das ferrovias estrangeiras poderiam contar para fazer a ligação.
Tomara mesmo que, agora, esse "projeto no papel" esteja pronto pra receber umas assinaturas porque, se continuarem se amarrando, depois pega algum mau momento do governo do Peru e lá vai a proposta, novamente ao vinagre...
Tomara mesmo que, agora, esse "projeto no papel" esteja pronto pra receber umas assinaturas porque, se continuarem se amarrando, depois pega algum mau momento do governo do Peru e lá vai a proposta, novamente ao vinagre...
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Re: MG aguarda projeto batizado de Ferrovia Transcontinental
É como diz um conhecido meu. O Brasil é muito pouco ambicioso. Os EUA chegaram ao pacífico no século XIX e nós paramos ao comprar o Acre da Bolívia!!!cataclism2 escreveu:Tomara mesmo que, agora, esse "projeto no papel" esteja pronto pra receber umas assinaturas porque, se continuarem se amarrando, depois pega algum mau momento do governo do Peru e lá vai a proposta, novamente ao vinagre...
A esperança é de que a UNASUL seja um projeto mais que uma simples cooperação e sim um projeto de um país novo, por um pacto federativo entre os estados da região que delegariam sua soberania a um Estado maior e mais forte para fazer frente às potências mundiais.
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