AMTRAK ACELA
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Olhando a página da Bombardier no rrpicturerchives eu encontrei essas fotos
Meu facebook, se for adicionar favor se identificar:
http://www.facebook.com/landerson.egg
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Belas fotos pessoal!!!
O Acela Express tem uma característica bem interessante... Pois pode-se chamá-lo de trem híbrido!!!!
Calma, eu explico... Quando a Amtrak decidiu pela instalação de um trem de alta velocidade ligando Washington, Filadélfia, Nova York e Boston, ela encomendou ao consórcio Alstom / Bombardier a encomenda.
Sim, pois a Alstom é líder mundial no segmento dos TGV's, porém por causa de leis americanas, os carros tinham que ser construídos em aço inoxidável. Dessa forma, a éncomenda ficou dividida da seguinte forma:
- A Alstom fabricaria a locomotiva (projetada e fabricada na França, na unidade de Belfort);
- A Bombardier fabricaria os carros, utilizando o aço inoxidável.
Como a Bombardier adquiriu por volta de 1987 a Transit America (até outrora a famosérrima The Budd Company, e como esses carros foram montados na unidade fabril da Bombardier nos EUA, podemos afirmar que o Acela tem a sua chamada "parcela Budd"!!!!
Só uma pequena contribuição para enriquecer o tópico...
O Acela Express tem uma característica bem interessante... Pois pode-se chamá-lo de trem híbrido!!!!
Calma, eu explico... Quando a Amtrak decidiu pela instalação de um trem de alta velocidade ligando Washington, Filadélfia, Nova York e Boston, ela encomendou ao consórcio Alstom / Bombardier a encomenda.
Sim, pois a Alstom é líder mundial no segmento dos TGV's, porém por causa de leis americanas, os carros tinham que ser construídos em aço inoxidável. Dessa forma, a éncomenda ficou dividida da seguinte forma:
- A Alstom fabricaria a locomotiva (projetada e fabricada na França, na unidade de Belfort);
- A Bombardier fabricaria os carros, utilizando o aço inoxidável.
Como a Bombardier adquiriu por volta de 1987 a Transit America (até outrora a famosérrima The Budd Company, e como esses carros foram montados na unidade fabril da Bombardier nos EUA, podemos afirmar que o Acela tem a sua chamada "parcela Budd"!!!!
Só uma pequena contribuição para enriquecer o tópico...
Avatar: Trem Cobrasma/Francorail/Société MTE da Companhia do Metropolitano de São Paulo, composição C-311 no PIT (Páteo Itaquera).
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Hehehehe...Tiago Costa escreveu:Caramba, o Acela então foi um projeto um tanto interessante, hein! Até um pouquinho de Budd foi nele, ehehehe. Obrigado pelas informações, erick!
Isso ocorreu pelo fato de que, nos EUA, é obrigatório o seguimento às normas AAR (American Association Railroads)
Como o TGV francês segue à norma UIC (Union International des Chemins de Fer), a saída foi fazer esse híbrido.
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Re: AMTRAK ACELA
a questão da imposição das normas da FRA sobre as da UIC é pertinente, mas a isso sobrepôe-se algo mais importante: o designado de "buy american". O mercado norte-americano é proteccionista e a defesa de abertura dos mercados internacionais parece muitas vezes funcionar apenas num sentido. Os exemplos são muitos em diversas áreas chegando a situações tão ridiculas como a que se passou recentemente com o concurso que a USAF abriu para o fornecimento de aviões de reabastecimento. Concurso por duas vezes ganho pela Airbus e por duas vezes anulado à revelia das decisões da própria Força Aerea.
No que respeita ao caminho de ferro, os Acela e as BB HHP-8, são apenas exemplos que ainda por cima não correram muito bem. Antes, já a Amtrak tinha sofrido com a questão dos ICE e X2000, e ainda antes com as Alsthom CC21000 vs ASEA RC4 com esta ultima a acabar por dar origem às series AEM-7 e ALP-44, usadas pela Amtrak, New Jersey Transit, SEPTA e MARC.
E tudo isto resulta da inexistência em solo americano do know-how e capacidade industrial para construir uma locomotiva ou uma unidade multipla diesel ou electrica apta a boas e consistentes prestações em serviço de passageiros. Esse saber perdeu-se quando a ultima GG1 saiu da montagem e começou a rodar com a PRR. Os metroliners da Budd já foram um verdadeiro descalabro e as tristemente celebres GE E60CP "a cereja em cima do bolo".
Para todos os interessados nestas matérias, aconselho a leitura do fascículo 2008 da revista americana Locomotives onde estes temas são bem detalhados ou dar uma olhada aqui para a aventura da x996:
http://www.amtrakhistoricalsociety.org/x996.html
Abraços
rp
No que respeita ao caminho de ferro, os Acela e as BB HHP-8, são apenas exemplos que ainda por cima não correram muito bem. Antes, já a Amtrak tinha sofrido com a questão dos ICE e X2000, e ainda antes com as Alsthom CC21000 vs ASEA RC4 com esta ultima a acabar por dar origem às series AEM-7 e ALP-44, usadas pela Amtrak, New Jersey Transit, SEPTA e MARC.
E tudo isto resulta da inexistência em solo americano do know-how e capacidade industrial para construir uma locomotiva ou uma unidade multipla diesel ou electrica apta a boas e consistentes prestações em serviço de passageiros. Esse saber perdeu-se quando a ultima GG1 saiu da montagem e começou a rodar com a PRR. Os metroliners da Budd já foram um verdadeiro descalabro e as tristemente celebres GE E60CP "a cereja em cima do bolo".
Para todos os interessados nestas matérias, aconselho a leitura do fascículo 2008 da revista americana Locomotives onde estes temas são bem detalhados ou dar uma olhada aqui para a aventura da x996:
http://www.amtrakhistoricalsociety.org/x996.html
Abraços
rp
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Re: AMTRAK ACELA
É, Racia, estes capítulos do protecionismo desta turma, conhecemos muito bem por aqui.
Tínhamos um carro de Combate aqui, que se chamava Osório, que deu um show encima do "deles", numa licitação (concurso), feita por países árabes à época.
Mas isto é oooutra estória.
abs!
Tínhamos um carro de Combate aqui, que se chamava Osório, que deu um show encima do "deles", numa licitação (concurso), feita por países árabes à época.
Mas isto é oooutra estória.
abs!
Re: AMTRAK ACELA
Olá,
Na thread sobre as GE "Genesis" foi feita uma breve referência à real paternidade do Acela. Bom, a verdade é que a ideia de que o Acela descende do TGV francês é uma pura irrealidade e, muito provavelmente, resultará de dois factores:
1) de uma mensagem de marketing;
2) ou do facto de que, para as pessoas em geral, tudo o que é Alta Velocidade é TGV e vice-versa.
O que se passou foi que a aplicação das normas da FRA a um comboio com as caracteristicas que se pretendiam, junto com a necessidade de integração de tecnologia "made in america", tornaram o projecto tão caro que foi difícil conseguir quem se interessasse por ele. No fim foi possível obter um acordo entre a Bombardier e a Alstom numa proporção de 3/4 para a primeira e o restante para a segunda. Sabe-se que, na altura, a experiencia que a Bombardier tinha de comboios AV se limitava ao LRC canadiano. Pois foram precisamente os principios usado nesse comboio que foram aplicados ao Acela. O sistema de pendulação a 6.8º (limitado a 4.2º por imposição da FRA), o método construtivo das carruagens em aço e não em alumínio como o material europeu e japonês, etc. provêm desse projecto. A Alstom limitou-se a fornecer os motores electricos assincronos de tracção. E forneceu 4 motores para cada unidade motora. O Acela é Bo-Bo enquanto o TGV é B'B' (a Amtrak não aprecia especialmente o material monomotor... ) No fim temos um híbrido, com uma relação peso/potência pior que tudo o que circula pelos países com experiencia no transporte rápido de passageiros, que resultou em tempo e custos de "tune-up" mais elevados que o que se previa, o que levou a sérios problemas entre a Amtrak e o consorcio construtor. Mesmo assim não deixa de ser o material mais performante que eles por lá têm e, tambem se sabe que poderia fazer melhor caso não existissem as condicionantes que existem em termos de infraestrutura (sinalização, via e catenária).
Abraços
rp
Na thread sobre as GE "Genesis" foi feita uma breve referência à real paternidade do Acela. Bom, a verdade é que a ideia de que o Acela descende do TGV francês é uma pura irrealidade e, muito provavelmente, resultará de dois factores:
1) de uma mensagem de marketing;
2) ou do facto de que, para as pessoas em geral, tudo o que é Alta Velocidade é TGV e vice-versa.
O que se passou foi que a aplicação das normas da FRA a um comboio com as caracteristicas que se pretendiam, junto com a necessidade de integração de tecnologia "made in america", tornaram o projecto tão caro que foi difícil conseguir quem se interessasse por ele. No fim foi possível obter um acordo entre a Bombardier e a Alstom numa proporção de 3/4 para a primeira e o restante para a segunda. Sabe-se que, na altura, a experiencia que a Bombardier tinha de comboios AV se limitava ao LRC canadiano. Pois foram precisamente os principios usado nesse comboio que foram aplicados ao Acela. O sistema de pendulação a 6.8º (limitado a 4.2º por imposição da FRA), o método construtivo das carruagens em aço e não em alumínio como o material europeu e japonês, etc. provêm desse projecto. A Alstom limitou-se a fornecer os motores electricos assincronos de tracção. E forneceu 4 motores para cada unidade motora. O Acela é Bo-Bo enquanto o TGV é B'B' (a Amtrak não aprecia especialmente o material monomotor... ) No fim temos um híbrido, com uma relação peso/potência pior que tudo o que circula pelos países com experiencia no transporte rápido de passageiros, que resultou em tempo e custos de "tune-up" mais elevados que o que se previa, o que levou a sérios problemas entre a Amtrak e o consorcio construtor. Mesmo assim não deixa de ser o material mais performante que eles por lá têm e, tambem se sabe que poderia fazer melhor caso não existissem as condicionantes que existem em termos de infraestrutura (sinalização, via e catenária).
Abraços
rp
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