Mensagem não lida
por NANDORJ » 11 Set 2010, 15:43
Boa tarde Dado, como professor de geografia vim trazer a luz alguns questionamentos, vou usar mais historia e logica que propriamente fatos, primeiro aquela passarela apos a estaçao da Penha no sentido de quem vai para Olaria e o cruzamento da Linha norte da Leopoldina hoje ramal de Saracuruna com o antigo ramal da Penha da Rio d'Ouro, e exatamente ali, que eu e a Nina tao veementemente viemos aqui defendido, como eu ja havia dito anteriormente meu pai chegou no Brasil em 1958 oriundo de Lisboa, nesse ponto havia uma passagem de nivel de pedestres e veiculos, essa passagem existiu ate 64 ou 65 ele nao conseque ser exato, ali outrora como os mapas da SMU demonstra, ali sofreu uma intervençao urbanistica, que alterou uma cruz de Santo Andre que outrora existia ali, meu pai testemunhou essa passagem, que outrora concerteza era o cruzamento da Rio d'Ouro também, aqueles mapas que Nina obteve, so nao mostram o exato ponto, mas se existia uma estaçao no Largo da Penha, e a linha tinha de cruzar para poder alcançar a Baia de Guanabara do outro lado, tinha de ocorrer ali, pois se a mesma sequisse correria em paralelo com a LEOPOLDINA ate Olaria ou Ramos e isso e impossivel, outro detalhe Dado nao tente pensar uma ferrovia no passado como e hoje em dia, uma ferrovia no passado ainda era mais dispendiosa do que hoje, hoje buscamos uma linha retilinia, na epoca abriasse mao dessa economia para se atender mais demanda de carga e passageiros, no caso especifico do ramal da Penha era cargas, esse ramal atendia prioritariamente 4 coisas no tocante cargas, cargas vivas para o matadouro que existiu ate o incio da decada de sessenta, o Curtume Carioca que funcionou ali ate o fim dos anos noventa, as grandes olarias que batizaram o bairro de Olaria com esse nome, atraves do tranbordo dos produtos ceramicos e também da chegada de lenha para os fornos dessas olarias, e por fim ao proprio porto de Maria Angu em homenagem a uma ave endemica daquela regiao, porto esse usado para escoar horti-fruti-granjeiros produzidos na regiao e embarcados ate o porto do Rio, ou seja na epoca nao importava traçado logico ou com uma grande curva, o que importava era transportar o maior numero possivel de carga, outra coisa qu você tem de contextualizar que traçados de rua na regiao da Leopoldina foram alterados dos anos 20 ate os 50, ou seja o ramal podia passar onde hoje e meio de quarteiroes e casas atuais. Ultimo detalhe a fazenda da PENHA ou fazenda Grande e a mesma coisa, era uma sesmaria uma fazenda dado pelo governo colonial portugues como validade hereditaria ou seja de pai para filho, a igreja da Penha na verdade, outrora era uma capela ou erminia particular, como existem ou existiam em muitas fazendas historicas pelo Brasil, a partir do final do seculo 19 e inicio do de 20, descentendes do donatario original dessa sesmaria começaram a lotear trechos dessa fazenda, em sitios menores, que ate hoje batizam areas da Penha, como Grota que outrora era um sitio, Fazendinha, Chatuba etc, alem de uma vila que se constituiu o germe fundador da Penha que e o Largo da Penha e demais imediaçoes, desse periodo o termo fazenda da Penha caiu em desuso, passou a se chamar fazenda GRANDE, sendo que essa se limitou ao outro lado da Linha Norte, com as sequintes desapropriaçoes, urbanizaçao e loteamento a mesma desapareceu por completo nos anos sessenta, onde havia ainda alguns terrenos. Em sintese o cruzamento era onde e a passarela, detalhe esse omitidos por eu e a Nina por esquecimento, fazenda Grande ou fazenda da Penha era a mesma coisa e ao atravessar a linha norte o ramal ia ate Olaria para atender as olarias. Um abraço.
136 anos da Estrada de Ferro Rio D'ouro.