VHarlamov escreveu:
Ôpa, claro que serve, valeu mesmo
! Eles rodaram por quais linhas? E por quê não permaneceram aqui?
No final da década de 70, a então RFFSA - DES (Divisão Especial Subúrbios do Grande Rio) encomendou a aquisição de 150 trens unidades elétricos, onde a encomenda foi dividida da seguinte forma:
- 30 TUE's de 4 carros, a serem fabricados pelo consórcio Mafersa / Hitachi / Toshiba (Série 700);
- 60 TUE's de 4 carros, a serem fabricados pelo consórcio Santa Matilde / MAN / GEC / Villares (Série 800);
- 60 TUE's de 4 carros, a serem fabricados pelo consórcio Francorail / MTE / JS / BBC / Cobrasma (Série 900).
Entretanto, junto à aquisição de todos esses carros, deveriam sofrer intervenções o sistema de sinalização, assim como a melhoria das estações e via permanente.
Porém, o que ocorreu nào foi exatamente o que estava previsto: muitas das melhorias nào foram implantadas, e devido a isso, a RFFSA - DES passou de falta a ter sobre de trens. Por causa disso a RFFSA congelou o contrato de fornecimento com o CCTU (consórcio Construtor de Trens Unidades, representado no Brasil pela Cobrasma).
Em 1984, uma nova empresa era criada para gerir os sistemas de trens urbanos na esfera federal: nascia assim a CBTU - Companhia Brasileira de Trens Urbanos). Como o sistema gerido pela CBTU em São Paulo (STU-SP) estava apresentando um grave crise na oferta de transporte (subsistema Noroeste - Sudeste - antiga EFSJ), a CBTU tomou duas atitudes:
- adquiriu sem licitação um total de 25 trens junto ao consórcio Mafersa / Hitachi / Toshiba (o projeto desses trens seria semelhante ao dos 30 trens previamente fornecidos à RFFSA, entretanto sofreiam alterações para rodarem em São Paulo, como por exemplo o ATC);
- descongelou o contrato com o CCTU, alocando assim os últimos trens faltantes do contrato de fornecimento da série 900.
Assim, tinha início a saga dos TUE's da Série 900 em São Paulo.
Eles circularam prioritariamente no subsistema Noroeste - Sudeste (atuais linhas 7 & 10), fazendo a maior parte do tempo a linha entre as estações Pirituba e Mauá. (Naquela época, a CBTU manteve o sistema de operação com oera praticado pela EFSJ / RFFSA, ou seja, os trens não eram somente Luz - francisco Morato e Luz - Rio Grande da Serra como é hoje.)
No final da década de 80 a CBTU decidiu pelo envio definitivo dos trens da Série 900 para a Superintendência de Trens Urbanos do rio de Janeiro (STU-RJ).
Algumas pessoas afirmam que as unidades que circularam em São Paulo são as dez últimas (E950 - ER950 - ER1950 - E1950 até E960 - ER960 - ER1960 - E1960). Mãs não sei dizer se realmente só os dez últimos TUE's dessa série circularam na STU-SP.
Ufa, acho que assim expliquei um pouco da saga dos 900 em Sampa!!!