Metrô de BH expõe Arte em Grafite
A CBTU METRÔ BH expõe, até o próximo dia 30.09, a mostra ‘Arte em Grafite’, que pode ser vista no túnel de acesso as plataformas da Estação Central. Compõe a exposição, 17 painéis grafitados por alunos do Instituto Undió. Fundado há 30 anos, o Undió, atua em comunidades carentes de diferentes bairros de Belo Horizonte. Tem 120 alunos e já recebeu importantes prêmios, entre eles o Itaú-Unicef, com o 1º lugar regional em Minas e Menção Honrosa na rodada nacional disputada por três mil entidades de todo o país.
A exposição Arte em Grafite é mais uma ação de responsabilidade social da CBTU METRÔ BH e integra o projeto ‘Estação Arte e Cidadania’, lançado pela Gerência de Atendimento ao Usuário (GEUSU), em 2008. A gerente de Atendimento, Heloísa Doche, explica que o objetivo do projeto é incentivar e valorizar os trabalhos artísticos produzidos em parceria com instituições públicas ou organizações não-governamentais. “Essa é a segunda mostra promovida pelo ‘Estação Arte e Cidadania’ e, até o final do ano, teremos outras já programadas”, destaca.
A artista plástica e coordenadora do Instituto Undió, Júlia Portes, ressaltou que “a parceria com o Metrô de BH tem singular importância, não só pelo valor que o sistema vem ganhando como galeria de arte, como também pela conexão histórica do metrô com o tema da exposição”.
Já o educador e orientador da mostra, Tiago Gato Santos, lembrou que, desde as primeiras aparições, os trabalhos em grafite encontraram nos sistemas metroviários, em particular no METRÔ de Nova York, um espaço privilegiado. “Nossa proposta é fazer um resgate dessa origem, que tem tudo a ver com o metrô, desde quando o grafite ainda era visto como uma arte marginal”.
A exposição
Grafitados por dez alunos do Instituto Undió, os painéis retratam o cotidiano da cidade, além de incluir temática variada, com paisagens, rostos, olhares, costumes. A maior parte dos artistas têm em comum o fato de estarem expondo seus trabalhos pela primeira vez.
Ronald Nascimento, aluno do instituto há três anos, se disse emocionado com a primeira exposição pública de seus trabalhos. “O reconhecimento mostra que fiz a opção certa pela arte”. Já Claudinei de Carvalho, espera que a mostra lhe abra novas portas.
Outro que também guarda expectativas é um dos caçulas da turma, Josimar NR3, que comemorou os nove meses de Instituto com a seleção de seus três quadros para a exposição: “o Metrô vai me dar suporte e maturidade para participar de outros trabalhos”, afirma.
A recepcionista, Daniela Soares, que tem o desenho livre como hobby, disse que “a exposição ajuda a esquecer a pressa do dia-a-dia”. Já a supervisora de enfermagem, Vilma Cupertino, observou o crescimento das atividades culturais no Metrô de BH. “Em 2008, vi pelo menos quatro exposições e sempre reservo tempo para conferir as atividades culturais, que crescem a cada dia”.
Fonte: CBTU