Metrô Rio compra novos trens para tentar resolver o problema de superlotação
O relógio digital marca 18h02 e um mar de gente se espreme à espera do embarque. Depois que o sinal indica o fechamento das portas, dezenas de pessoas continuam do lado de fora. Dentro, a capacidade de 329 passageiros por vagão encontra-se próxima do limite. "Ou vamos que nem sardinhas enlatadas, ou esperamos mais duas horas, até os trens ficarem menos cheios", reclama o estudante de engenharia João Bernardo Martins. A queixa é levada a sério. De seis em seis meses, 700 passageiros avaliam dezessete itens do metrô, como segurança, atendimento e limpeza, em pesquisa feita pelo Ibope. É uma obrigação determinada no contrato de concessão. Quatro quesitos estão abaixo das notas mínimas exigidas. O pior deles é o conforto. O metrô carioca opera hoje no limite.
Desde a privatização, em 1998, o número de passageiros dobrou. Atualmente, o transporte é usado por 550.000 pessoas por dia – eram 280.000 há dez anos. A linha cresceu de 25,3 para 36,7 quilômetros, com a inauguração de nove estações. Para atender à demanda, aquecida também pela integração com empresas de ônibus, 99% da frota é usada durante os horários de pico – a taxa mais alta do mundo. "Todos os nossos trens circulam durante o horário de pico. Não temos mais de onde tirar", afirma Joubert Flores, diretor de relações institucionais. A esperança de dias melhores, ou menos apertados, está na construção da Linha 1A, e na aquisição de dezenove trens novos, um projeto orçado em 1,15 bilhão de reais. Enquanto não se chega lá, há alguns paliativos. Uma nova configuração dos assentos dos vagões (com dois lugares a menos) aumentou o espaço na área próxima à porta, onde se concentram os usuários. É na central de manutenção, um enorme galpão, onde trabalham 450 empregados – 220 deles durante as madrugadas –, que as mudanças são feitas.
Quando as composições param de circular, o lugar vira o centro nervoso do sistema. Numa movimentação intensa, técnicos limpam todos os 182 vagões que, durante o dia, percorreram sem parar os 36,7 quilômetros da rede. Duas vezes por semana, os trens passam também por uma limpeza externa. A cada 10.000 quilômetros – distância percorrida pelos carros ao longo de um mês, em média –, é hora da revisão completa. Na escala de trabalho incessante dos técnicos da central, isso significa que, a cada dia, duas composições completas são vistoriadas. "Conferimos aproximadamente 800 itens em cada trem", diz o gerente de manutenção, Pedro Augusto Cardoso da Silva. Com número de baias suficiente para atender a até nove trens por noite, a oficina guarda vagas para aqueles que apresentaram algum problema durante o dia. No quesito técnico, o serviço sem dúvida melhorou. Há dez anos, ocorriam interrupções por falhas mecânicas nos carros a cada 50.000 quilômetros rodados. Hoje, o índice é de uma falha a cada 400.000 quilômetros.
Fonte: BHTrans
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