Linha 3 do Metrô será discutida em audiência pública
Danielle Rabello
Depois de anos de espera, o sonho do metrô ligando Niterói a São Gonçalo pode finalmente virar realidade para as 100 mil pessoas que circulam de uma cidade para a outra diariamente, segundo levantamentos da Secretaria de Estado de Transportes (Setrans). O Governo do Estado já definiu o traçado e o tipo de veículo que deve ser utilizado no segundo lote da Linha 3. Nesta quarta e quinta-feiras, a secretaria realiza audiências públicas nas duas cidades para expor o projeto e tirar dúvidas da população. Também começam a ser discutidas as licenças para as obras. A construção do lote 2 irá custar quase R$ 1,3 bilhão.
A Setrans está confeccionando o edital de convocação para as audiências, que contarão com a presença de representantes da Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), da Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente (Feema) e das prefeituras de Niterói e São Gonçalo, que darão apoio técnico, acompanhando o projeto.
O Governo do Estado também está captando recursos para financiar o projeto. As obras serão executadas com recursos dos governos federal e estadual, sendo 80% oriundos da União. A Setrans não descarta a possibilidade de articulação com a iniciativa privada para custear o projeto.
"Já existe um convênio com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), órgão ligado ao Ministério das Cidades, no valor de R$ 7 milhões, para o desenvolvimento do projeto. Agora, estamos negociando o aporte de mais R$ 30 milhões para o início das obras", disse o secretário estadual de Transporte, Julio Lopes.
A audiência pública em São Gonçalo acontece nesta quarta-feira, das 19 horas às 22 horas, no Clube Esportivo Mauá, na Avenida Presidente Kennedy 635, na Estrela do Norte. Já a de Niterói será no dia seguinte, no mesmo horário, no Clube Combinado 5 de Julho, que fica na Avenida do Contorno, no Barreto.
Quatorze estações até Guaxindiba
O lote 2 da Linha 3 começará a ser implantado a partir da antiga Estação Ferroviária do Barreto. Essa primeira fase do projeto terá 22 quilômetros de extensão, e 14 estações entre a Estação Araribóia, no Centro de Niterói, e Guaxindiba, em São Gonçalo. A linha seguirá o traçado original da ferrovia, mas não utilizará os trilhos existentes nos primeiros 18 quilômetros. De Niterói até Alcântara, o metrô será elevado, já a partir de Alcântara será metrô de superfície.
"Inicialmente, chegou-se a cogitar a hipótese de aproveitar o leito ferroviário para a implantação do metrô. Mas levantamentos feitos pelas secretarias de Transportes e Habitação mostraram que, dessa forma, a obra ficaria muito mais cara devido à necessidade de remover mais de 10 mil casas construídas indevidamente às margens da ferrovia. Além disso, os 12 cruzamentos ao longo da linha tornariam necessária a construção de viadutos ou mergulhões, caso o metrô passasse no nível das ruas. As obras trariam impacto maior à rotina da região", explicou Julio Lopes.
A Setrans explicou ainda que as famílias que moram em residências irregulares, às margens da ferrovia, em Alcântara e nas imediações da Estação do Barreto, serão cadastradas e ressarcidas pelas benfeitorias realizadas, já que não possuem título de propriedade.
Pré-metrô – De acordo com a Secretaria de Transporte, as obras do lote 2 já foram licitadas em 2002, e serão executadas pelo consórcio Construtor Fluminense, composto pelas empresas Queiroz Galvão e Carioca Engenharia.
Inicialmente, o transporte será realizado por 28 "pré-metrôs", que circulavam na Linha 2 do Metrô no Rio e, segundo a Setrans, foram substituídos apenas por uma questão de padronização da frota.
"Esse carros estão parados na garagem da Optrans, em perfeito estado de conservação, mas nada impede que, futuramente, eles sejam trocados, de acordo com a demanda", justifica o secretário.
O Governo do Estado afirma que tem interesse em estender a linha até Itaboraí, tendo em vista a construção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo o poder público, o empreendimento demandará uma infra-estrutura de transporte compatível com a demanda de mais de 100 mil trabalhadores, que atuarão na refinaria. A linha para Itaboraí será de superfície.
A Secretaria de Transporte ainda não está negociando a ligação entre Rio de Janeiro e a Estação Araribóia, em Niterói, que deve ser feita através de um túnel submerso a 60 metros de profundidade, construído na Baía de Guanabara.
Em Niterói, as estações serão Araribóia, Jansen de Melo e Barreto. Em São Gonçalo, Neves, Vila Laje, Paraíso, Parada 40, Zé Garoto, Mauá, Trindade, Alcântara, Jardim Catarina e Guaxindiba. Há ainda uma estação sem nome entre Mauá e Trindade.
Fonte: http://www.ofluminense.com.br/noticias/ ... ndSeguro=0
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[Notícia] Linha 3 será Discutida em Audiência Pública
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