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ICE entre Colônia e Frankfurt
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ICE entre Colônia e Frankfurt
A construção da nova linha ferroviária de alta velocidade entre as cidades de Colônia e de Frankfurt do Meno demorou seis anos e custou seis bilhões de euros. O trecho será a espinha dorsal das conexões norte-sul na Alemanha, integrando a futura rede ferroviária de alta velocidade da Europa.
Embora a inauguração oficial tenha ocorrido nesta quinta-feira (25/07), os trens-balas ICE (InterCity Express) só percorrerão regularmente o trecho entre Colônia e Frankfurt, com uma velocidade média de 300 quilômetros por hora, a partir do dia 1º de agosto. O tempo de viagem entre as duas metrópoles será então de cerca de 75 minutos: uma hora menos que antes.
Para a companhia alemã Deutsche Bahn (DB), a construção do novo trecho foi não apenas um vultoso investimento de 6 bilhões de euros, mas também uma medida imprescindível: os antigos trilhos às margens do rio Reno – um dos trechos ferroviários mais bucólicos e pitorescos de toda a Europa – não ofereciam condições para o trânsito de trens-balas, nem a possibilidade técnica para a necessária ampliação e modernização. Sem uma nova conexão norte-sul, a Alemanha não poderia integrar-se inteiramente à rede européia de trens de alta velocidade.
A construção demorou cerca de seis anos, um ano mais que o previsto inicialmente. Foi preciso abrir um total de 30 túneis (o mais extenso deles com 4,5 quilômetros) e construir 18 viadutos (o mais alto, com 992 metros). Ao longo dos trilhos foram também foram levantadas barreiras de som, a fim de reduzir a poluição sonora nas áreas habitadas.
Alternativa para o avião
O ICE não ligará apenas o centro de Colônia com o de Frankfurt do Meno: também os aeroportos das duas cidades serão servidos pela nova linha ferroviária. Espera-se, com isto, que os passageiros aéreos entre as duas cidades – a menor conexão aérea interna na Alemanha – prefiram futuramente embarcar no trem-bala. O pouco tempo de viagem, sem a espera corriqueira do check in e dos controles de segurança, fazem a opção do trem mais atraente, em especial para os executivos em curtas de viagens de trabalho.
Entre os dois aeroportos, o ICE só pára em três estações, construídas especialmente para ele, nas cidades de Siegburg, Montabaur e Limburg. A viagem rápida tem, porém, o seu preço: uma passagem simples de segunda classe entre Colônia e Frankfurt (ou no sentido contrário) custará cerca de 54 euros. Atualmente, paga-se 39 euros para o percurso de 177 quilômetros. Ou seja, um aumento de preço de mais de 38%. Além disto, uma reserva antecipada de lugar será imprescindível.
Executivos em vez de turistas
Apesar do aumento de preços, a Deutsche Bahn espera que cresça o número de usuários até 2003. Até agora, cerca de 12 milhões de pessoas viajam pelo trecho todos os anos. Parte delas tem como destino os povoados e centros turísticos localizados às margens do Reno e que não serão servidos pelos trens de alta velocidade. No lugar de tais turistas, o ICE deverá transportar outro tipo de viajantes: aqueles que optarem pelo conforto ferroviário, em lugar da demora nos aeroportos ou dos engarrafamentos nas auto-estradas.
O setor econômico alemão – em especial as áreas do turismo e da gastronomia – ainda vê a nova conexão com uma certa desconfiança. Teme-se que o pequeno número de estações ao longo do percurso faça cair o movimento turístico e a importância econômica de inúmeras cidades e micro-regiões. Uma das críticas mais freqüentes diz respeito à cidade de Bonn: durante muitas décadas sede do governo federal alemão, ela acabou sendo ignorada no planejamento da Deutsche Bahn.
A partir de 1º de agosto, o ICE fará a conexão entre Colônia e Frankfurt a cada duas horas. Dependendo da aceitação, a freqüência de circulação aumentará a partir de setembro, passando a ser de hora em hora. E, se tudo correr como está planejado, a partir de meados de dezembro, o trem-bala correrá a cada 20 minutos entre as duas metrópoles alemãs.
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