Tiago Costa escreveu:E as obras do PAC no Estado de São Paulo? Cadê? Meia dúzia de obras e olhe lá
. O PAC privilegia muito mais os estados fora do sudeste, especialmente o Norte e o Nordeste. Até que no fim das contas, não acho muito errado (apesar que tem obras aqui que precisam ser feitas, eheheheh), mas bem que poderiam investir mais, pois o Sudeste precisa e muito dos investimentos federais, né?
Tiago a obra do ramal de pirapora já está sendo executada, sempe sai uma notícia sobre o andmento da reconstrução do trecho.
Uma reportagem da Isto é dinheiro de julho de 2008:
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RITMO ACELERADO: trabalhadores trocam dormentes de um trecho da linha Corinto-Pirapora
Cento e cinquenta e nove quilômetros de trilhos separam atualmente a região do noroeste de Minas Gerais da possibilidade de ter um futuro próspero. Em uma das extremidades desta linha, ao norte, está a cidade de Pirapora, de 50 mil habitantes, banhada pelo rio São Francisco, e na outra ponta, o município de Corinto, localizado a 200 quilômetros de Belo Horizonte. Atualmente, quase não se vê trem nesta linha férrea. Mas este cenário vai mudar: trabalhadores e máquinas da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), empresa controlada pela Vale, já deram início a uma completa reforma da linha, que prevê a troca dos dormentes, dos trilhos e obras de reforço das estruturas de quatro pontes. Uma nova ferrovia deverá surgir em março de 2009 nesta região. Será algo capaz de suportar o peso de seis locomotivas puxando 90 vagões, cada um repleto com cerca de sete mil toneladas de grãos, como soja e milho. O caminho estará aberto, portanto, para cargas pesadas seguirem de Pirapora a Belo Horizonte e daí para o porto de Tubarão, no Espírito Santo, uma porta de exportação do País. Neste novo cenário, os atuais e futuros produtores do noroeste de Minas Gerais terão como escoar a produção sem que precisem dar uma volta enorme por rodovias até Uberlândia e dali embarcar a carga em trens. Para se ter uma idéia, 90 vagões carregados correspondem a 600 caminhões.
A infra-estrutura vai chegar na frente da produção e incentivar o desenvolvimento do agronegócio e da indústria na região", diz Marcello Spinelli, presidente da FCA e diretor de logística da Vale. A seu ver, o projeto vai deslanchar o desenvolvimento de uma área de grande potencial econômico. "Vamos garantir competitividade aos produtores locais", acrescenta ele. A Vale e a FCA informam estar investindo R$ 300 milhões no projeto, que conta com o apoio do governo do Estado. O objetivo final é ganhar com o transporte de até 2,7 milhões de toneladas de grãos por ano, se tudo der certo. É um caso de empresa que não fica esperando os clientes baterem à sua porta. A iniciativa no noroeste de Minas é inspirada em outras fronteiras abertas pela Vale no País, como a da estrada de ferro Carajás, a ferrovia Norte-Sul, no Maranhão, e a Litorânea Sul, que trouxeram oportunidades de negócios para estas regiões.
Produtores de soja acompanham de perto o trabalho na linha férrea. Eles não têm dúvidas de que se beneficiarão do projeto, mas preferem ver tudo concluído para comemorar. Isso porque será preciso construir também um terminal de carga em Pirapora. Estas obras ainda não tiveram início. O diretor técnico da fazenda de soja Agromen, Leonardo Mendonça Tavares, antecipa que, com a nova ferrovia, não precisará dar mais aos compradores desconto de 5% na venda das sacas. No momento, sua soja viaja 260 quilômetros por rodovias para chegar ao terminal de trem mais próximo. "A ferrovia vai melhorar muito a nossa situação", diz ele. "Mas várias coisas precisam ainda ser feitas." Spinelli, porém, tranqüiliza: "Garantimos a realização do projeto porque acreditamos no Brasil e temos musculatura para isso." Segundo ele, se depender da ferrovia, o futuro próspero do noroeste de Minas está assegurado. O desenvolvimento deverá chegar sem danos ao meio ambiente. "Há muitas terras degradadas na região, fazendas cujos negócios não evoluíram, que poderão ser cultivadas", afirma Spinelli.
O engenheiro agrônomo Luiz Antonio Soave, da Campo Consultoria, fez um estudo que aponta existir 1,5 milhão de hectares já disponíveis para a agricultura. "Não é preciso desmatar áreas", diz ele. Ao que tudo indica, o trem no século 21 chega anunciando o progresso com sustentabilidade."
(IstoE Dinheiro- 18/7/2008)