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Metrô de Curitiba

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HGP
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Metrô de Curitiba

Mensagem não lida por HGP » 14 Fev 2009, 09:56

Metrô de Curitiba 'enterra' parte da cidade-modelo idealizada na década de 70


Marcus Vinicius Gomes
Especial para o UOL Notícias
Em Curitiba (PR)




O metrô de Curitiba, que, segundo a prefeitura, começa a ser construído em 2010, "enterra" parte da cidade-modelo idealizada, na década de 1970, em que se destacava o sistema de transporte urbano de linhas integradas e canaletas exclusivas.

Projeto da linha

O projeto concebido pelo Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), órgão do município responsável pelo metrô, prevê que 19 dos 90 quilômetros de canaletas por onde trafegam atualmente os ônibus serão transformados em bulevares ou parques lineares de lazer e sob eles, a cerca de seis metros de profundidade, circulará o metrô curitibano.

Em março, o grupo de empresas que venceu a licitação para a realização do projeto básico de engenharia e de estudo de impacto ambiental dará início aos trabalhos que devem ser entregues até o fim do ano. A previsão da prefeitura é que as obras sejam concluídas em 2017, mas há a perspectiva de que um trecho seja inaugurado em 2014, caso a capital do Paraná seja escolhida como uma das 12 subsedes da Copa do Mundo de Futebol.

A Linha Azul, nome pelo qual foi batizada a obra do Metrô, terá 22 quilômetros de extensão em trecho que liga o bairro Santa Cândida, no Norte da capital, a CIC (Cidade Industrial de Curitiba), localizada na região Sul, com 21 estações.


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Um dos estudos feitos para o metrô de Curitiba

Além dos 19 quilômetros, que serão subterrâneos e escavados sob a canaleta dos ônibus, num sistema chamado de "cut and cover" (cave e cubra), haverá ainda três quilômetros que correrão parte em superfície, na região da CIC, onde será construído um complexo que contará com pátio de estacionamentos e um serviço de aluguel de bicicletas, e parte sobre um elevado de 500 metros, na avenida Winston Churchill, que corta a rodovia federal BR-476.

A prefeitura não informa o custo do projeto, porém, segundo projeções do Banco Mundial, cada quilômetro de metrô subterrâneo custa cerca de US$ 75 milhões, enquanto as estações são avaliadas em US$ 100 milhões. O cálculo perfaz um investimento no valor de cerca de US$ 3,7 bilhões.

Segundo o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), os recursos para a execução da obra ainda não foram viabilizados. As possibilidades estão nas parcerias públicos-privadas, no financimento externo e em investimentos do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), do governo federal.

O alto custo do empreendimento é um dos motivos pelo qual o ex-governador Jaimer Lerner já se manifestou diversas vezes contrário ao projeto. Em entrevista recente a uma emissora de rádio da capital, Lerner, responsável pela implantação dos projetos de transporte urbano de Curitiba, disse que a cidade comporta soluções mais viáveis e econômicas, que contemplem ainda o uso do ônibus. Para ele, as administrações recentes foram omissas ao não investir na infraestrutura viária, priorizando apenas o aumento da frota de ônibus.

O ex-prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (1997-2004), que idealizou o eixo metropolitano, rebatizado de Linha Verde na administração de Beto Richa, também se diz contrário ao projeto do metrô e sustenta que a obra é de longo prazo e não resolve o problema imediato do transporte urbano da capital, que estaria à beira do colapso.


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Outro estudo feito para o metrô de Curitiba

Consultado pelo UOL Notícias, o engenheiro civil e rofessor titular do Departamento de Transportes da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Eduardo Ratton, se diz favorável à construção do metrô, mas assinala que ele não representa solução.

"Não dá para imaginar que o metrô vá resolver o problema do trânsito em Curitiba. É preciso, que junto com o metrô, venha também o investimento na infraestrutura viária, coisa que os governos não vêm fazendo", afirmou Ratton.

De acordo com o professor, a precariedade das linhas de ônibus, que provoca superlotação e atrasos, levou à migração do usuário para o veículo particular. Ele cita como exemplo um dos bairros da cidade, o Batel, em que a proporção de veículos por habitante é de 10 carros para cada 9 moradores, ou seja, a frota é maior do que a população.

Ratton criticou a oposição de Jaimer Lerner em relação ao metrô e o tachou de "equivocado". Segundo o professor, ainda que a visão de arquiteto e urbanista do ex-governador seja reconhecida mundialmente, falta-lhe a perspectiva do engenheiro de tráfego. "Ora, se é preciso dar mais vazão à agua, por exemplo, aumenta-se a tubulação. No caso do trânsito é a mesma coisa, é preciso aumentar as alternativas de transporte para atender a população", afirmou.

O urbanista e professor de arquitetura da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), Carlos Hardt, elogiou o projeto do metrô, que propõe enterrar as linhas de trens subterrâneos e criar parques lineares na superfície, onde hoje passam as canaletas de ônibus. Mas lembrou, a exemplo de Ratton, que o metrô deve somente ser considerado uma alternativa de transporte, tal como ocorre em outras capitais do país.

"Se estão tentando vender o metrô como uma solução, então eu assino embaixo as palavras do Lerner. Eu digo que o que está se fazendo é apenas aperfeiçoar o transporte urbano. Se o metrô conseguir reduzir em dez minutos o tempo de deslocamento de 1 milhão de pessoas que se utilizam do sistema, a economia será enorme", afirmou.

Hardt disse ainda que a complexidade do sistema viário de Curitiba exige a construção de viadutos. Segundo ele, há situações em trechos urbanos da capital que, mais cedo ou mais tarde, exigirão obras deste porte e é preciso incorporá-las aos projetos, mesmo que eles "enfeiem" a cidade.

Copa pode acelerar recursos para o metrô curitibano
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O professor Eduardo Ratton cita o caso da Linha Verde inaugurada no ano passado, que, ao longo do trecho de 23 quilômetros apresenta 23 semáforos. "A resistência à construção de viadutos ou trincheiras num trecho de grande fluxo de carros e ônibus vai obrigar a prefeitura, mais cedo ou mais tarde, a rever o projeto", afirmou.

Ratton defende a adoção de soluções alternativas, como o aluguel de bicicletas, para deter o fluxo de automóveis, principalmente no quadrilátero da capital, e não descarta a implantação de um pedágio urbano em um futuro próximo.

Sobre o adoção de rodízio, como em São Paulo, Hardt diz que estudos indicam que a regra acabou por aumentar a frota de carros na cidade, uma vez que alguns motoristas adquiriram um segundo carro com placa diferente para contornar a lei.

O UOL procurou o presidente do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), Cléver Ubiratan Almeida, responsável pelo projeto do metrô na capital, e foi orientado por sua assessoria de imprensa a encaminhar as perguntas por e-mail. Até o fechamento desta reportagem, no entanto, as perguntas não haviam sido respondidas.


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Copa pode acelerar recursos para o metrô curitibano

Mensagem não lida por HGP » 14 Fev 2009, 10:14

A escolha de Curitiba como uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014 pode acelerar o processo de liberação de recursos para o início das obras do metrô curitibano a partir de 2010.

A exigência do serviço de linhas de metrô para atender os torcedores durante o torneio mundial integra a lista do cadernos de encargos entregue pela Fifa às capitais do país que disputam as oito vagas restantes para abrigarem os jogos da Copa do Mundo - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre já foram escolhidas.

Na semana passada, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), que é do Paraná, disse que espera o anúncio das subsedes da Copa, em 20 de março, para começar a tomar as providências. "Primeiro vamos torcer, depois vamos trabalhar", afirmou.

Projeto da linha

Parte dos recursos para a construção do trecho do metrô que deve estar pronto até 2014 deve vir do PAC (Plano de Aceleração de Crescimento) implantado pelo governo federal, o que corresponderia a cerca de 11 quilômetros do trecho central do metrô, próximo ao estádio da Arena do Atlético, onde as partidas deverão ser realizadas.

Paulo Bernardo, no entanto, se disse cético sobre a viabilização do projeto. "Demorou-se mais de um ano para que a Prefeitura conseguisse licitar o projeto básico, não dá para ter certeza de que esse prazo (até 2014) será cumprido".

O prefeito de Curitiba, Beto Richa, garante, em resposta ao ministro, que tem "plena certeza" de que isso ocorrerá.

"Nós estamos conversando como vários setores da iniciativa pública e privada, no Brasil e no exterior, e esperamos, em breve, conseguir os recursos necessários para o início das obras. Os curitibanos podem ter certeza que, até 2014, o trecho necessário do metrô para servir ao torcedor que estiver na capital, estará pronto integralmente. Isso eu posso garantir", afirmou.

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Vicente
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Mensagem não lida por Vicente » 14 Fev 2009, 13:47

Curitiba, realmete, como está dito no texto, possui uma enorme resistência ao uso de viadutos ou trincheiras, porque "enfeia a cidade planejada".
Pois bem, se os governantes continuarem pensando como falsos arquitetos, que só pensam em estética, Curitiba entrará em colapso, e pode ficar tão difícil andar por lá quanto em SP. E isso não demora muito.

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Mensagem não lida por HGP » 14 Fev 2009, 14:03

Muitos defendem uma Curitiba sem trilhos, que metrô não seria necessário em Curitiba porque a cidade planejou bem seus ônibus, corredores, Que Metrô em Curitiba não se justifica, etc...
Pelo visto, o tempo mostrou que não se pode privilegiar apenas um sistema em detrimento de outros. A integração planejada entre modais é a melhor saída para o fluxo de grandes cidades, nas quais Curitiba hoje se incera


Tiago Costa
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Mensagem não lida por Tiago Costa » 15 Fev 2009, 01:27

A questão é que uma linha de metrô não seria necessária caso o sistema atual não estivesse saturado. Existe sim a possibilidade de melhorar o sistema atual e deixá-lo como o Transmilenio, que tem capacidade bem maior que o sistema de Curitiba. Só que ele viria com um problema: o prazo de validade seria bem menor, pois a demanda está muito alta para o sistema atual.

Quando o sistema de Curitiba foi planejado, ele era perfeito para a cidade de menos de 500.000 habitantes da época. Se Curitiba tivesse lá seus 700.000-800.000 habitantes, ao invés dos seus 1.800.000 (aproximadamente) atuais, dificilmente precisaria de uma linha de metrô, pois uma adaptação do sistema para aumentar sua capacidade, para ficar como o Transmilenio (que tem maior capacidade porque permite que trafeguem em um mesmo corredor linhas paradoras e expressas), seria a melhor alternativa. Só que Curitiba cresceu muito mais que o planejado, então os corredores ficaram saturados. Aliás, alguns, não todos. E é por isso que se planeja construir, por enquanto, apenas uma linha, e não várias, para substituir todos os corredores. O sistema de Curitiba continuará sendo ótimo e exemplar, mesmo com a implantação da Linha 1, pois mostrou que mesmo com a demanda muito acima do planejado, consegue, ainda de forma precária, funcionar sem um caos completo, o que já é um grande avanço.

O erro não foi construir em 1970 um sistema baseado nos ônibus. Foi demorar para adaptar o sistema existente para uma realidade para o qual ele não foi planejado. A Linha 1 deveria ter sido construída antes, pois o sistema começou a ficar saturado há mais de 5 anos.

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HGP
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Mensagem não lida por HGP » 15 Fev 2009, 05:47

Concordo com o que você falou Tiago. Espero que ao menos façam uma linha e uma integração entre os 2 sistemas que tenha racionalidade


Pablo ITT
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Mensagem não lida por Pablo ITT » 15 Fev 2009, 15:06

No site da CBTU saiu esta matéria também.

http://www.cbtu.gov.br/noticias/destaqu ... 10209c.htm


Tiago Costa
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Mensagem não lida por Tiago Costa » 15 Fev 2009, 19:45

HGPFILHO escreveu:Concordo com o que você falou Tiago. Espero que ao menos façam uma linha e uma integração entre os 2 sistemas que tenha racionalidade
Bom, isso eu acredito plenamente que vai acontecer, pois estão planejando muito bem o sistema, e Curitiba sabe fazer uma rede integrada, eheheh.


EduPR
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Mensagem não lida por EduPR » 27 Fev 2009, 15:20

Eu já postei esse mapa no SSC, mas vou postar aqui também pra ficar mais completo. :D

Movimentação nos horários de pico:
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Em cinza, a soma das linhas de fastvisiteitor ônibus que só param em alguns terminais e que utilizam um trecho do corredor.
Em vermelho, as linhas de bi-articulado, ônibus que param em todas as estações tubo e que utilizam toda a extensão dos corredores.

Aqui está o link para o mapa da linha 1 no google earth:
http://www.mediafire.com/download.php?zzjgckxn5rw

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Mensagem não lida por HGP » 27 Fev 2009, 15:21

Valeu Du! Não se esqueça de fazer sua apresentação para darmos as boas vindas a você!

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André Vasconcellos
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Mensagem não lida por André Vasconcellos » 28 Fev 2009, 14:28

Acho q meio passo já está andado q são os corredores viários e acho q já está na hora de Curitiba rever um plano viário de mais de 40 anos.Já passou da hora de Curitiba ter um metrô,e pela análise das demandas pelo Edu já se torna necessária a construção do Metrô ''por debaixo'' dos atuais corredores,principalmente os Corredores Sul e Norte e o do Boqueirão
O amor nos conecta...

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Mensagem não lida por EduPR » 28 Fev 2009, 18:16

^^ Eu não tenho muita noção com números de demanda, aqueles 23mil/hora pico do bi-articulado sul dão uma boa demanda pra um metrô?
Pode ser que dê pra operar sempre com composições de 4 carros ou talvez precise de 6 carros no horário de pico.

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Vicente
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Mensagem não lida por Vicente » 28 Fev 2009, 20:08

Dá uma demandinha repeitável, sim... se considerarmos que cada carro Budd do metrô de SP leva perto de 250 pessoas, quando lotado, 23 mil pessoas por hora dá um tráfego de 92 carros por hora. Isso quer dizer que, com trens de 6 carros, seriam pelo menos 16 trens rodando. É uma frota acho que praticamente igual à da linha verde daqui, a da Av. Paulista. :rl:
Pô, da última vez que estive em Araucária a trabalho, me senti em SP no congestiomento pro aeroporto, que fica em SJ dos Pinhais... A região metropolitana de Curitiba precisa parar de pensar que só ônibus resolve. Não dá pra esperar muito!


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Mensagem não lida por EduPR » 01 Mar 2009, 11:37

Então o trecho mais urgente é o corredor sul, que eu acho que vai ser o trecho pra copa 2014.
A proposta inicial é de construir as estações para 4 carros, com plataformas de 90 metros. Mas talvez seja necessário plataformas com 125 metros, para 6 carros, por causa do horário de pico. A não ser que nos horários de pico os trens de 4 carros operem com headway de 150 segundos, aí 90 metros seria suficiente caso a demanda permanecer em 23mil.


Tiago Costa
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Mensagem não lida por Tiago Costa » 01 Mar 2009, 13:10

Eu ainda acho que trens com a capacidade por volta de 1000 passageiros (com as dimensões dos do Metrô-DF, por exemplo, que têm 4 carros e cerca de 90 metros) será melhor para o caso de Curitiba, pois a demanda atual aponta para 30.000-40.000 passageiros/hora/sentido no futuro, o que sugere trens a cada 120 segundos atualmente (oferta de 30.000 lugares/hora/sentido), e a cada 90 segundos no futuro (oferta de 40.000 lugares/hora/sentido). Para mim, esse é um intervalo bastante confortável, pois no vale, aos sábados e domingos, seria bom se os intervalos pudessem ser de menos de 10 minutos.


EduPR
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Mensagem não lida por EduPR » 03 Mar 2009, 19:47

Publicado em 03/03/2009 às 14:52

Richa assina contratos para projeto do metrô

O prefeito Beto Richa assinou nesta terça-feira (3) os contratos com as empresas que venceram a concorrência pública para a realização dos estudos e projetos de engenharia para a construção do metrô de Curitiba (lote 1) e o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente - EIA-Rima (lote 2). Os trabalhos do lote 1 serão feitos pelo consórcio Novo Modal, formado pelas empresas Trends, Engefoto, Esteio e Vega. A empresa Ecossistema Consultoria Ambiental fará os trabalhos previstos no lote 2.

"Curitiba terá um sistema de metrô que será um dos melhores do país. A assinatura dos contratos para os estudos de engenharia e o estudo de impacto ambiental são o início da materialização de um sonho", disse Richa. Ao lado do vice-prefeito Luciano Ducci e do presidente do Ippuc, Cléver Almeida, Richa ressaltou a importância da parceria existente entre a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Prefeitura para a realização desta fase dos trabalhos.

O prefeito também destacou que, se Curitiba for escolhida uma das sedes da Copa de 2014 - decisão que será anunciada no próximo dia 20 -, a cidade terá mais agilidade na busca por recursos para as obras do metrô. "O governo federal e estadual têm compromissos assumidos para dotar a cidade das condições necessárias à realização dos jogos. Mantemos nossa previsão inicial de darmos início às obras do metrô de Curitiba em 2010", afirmou Richa

A ordem de serviço deverá ser emitida nos próximos dias autorizando o início dos trabalhos ainda no mês de março. Os estudos e projetos de engenharia começam deverão ser concluídos em até 270 dias. O EIA-RIMA deverá ficar pronto em até 240 dias.

A assinatura do contrato teve a presença de representantes da CBTU, empresa de serviços de transporte ferroviário de passageiros ligada ao Ministério das Cidades. Participaram da assinatura o Diretor de Planejamento, Expansão e Marketing da CBTU, Raul De Bonis, e a chefe do Departamento de Planejamento e Estudos de Transportes da Companhia, Luciana Costa Brizon.

Representaram o Consórcio Novo Modal os executivos Marlus Coelho e Albuíno Azeredo, da Trends, empresa líder do consórcio. Para representar a empresa Ecossistema, participou Gisele Cristina Rocha. Estiveram presentes à assinatura dos contratos o vereador Serginho do Posto, os secretários do Governo, Rui Hara, do Planejamento, Alceni Guerra, o presidente da Urbs, Marcos Isfer, e o assessor de projetos especiais da Prefeitura, Maurício Ferrante.

A CBTU, que tem um convênio de cooperação com a Prefeitura, fará parte do grupo de acompanhamento dos trabalhos junto com os técnicos da Prefeitura de Curitiba.

Projeto de Curitiba tem o apoio da CBTU
O projeto para a implantação do metrô de Curitiba está sendo acompanhado de perto pela equipe técnica da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa de serviços de transporte ferroviário de passageiros ligada ao Ministério das Cidades, que financiará parte do custo dos dois contratos assinados nesta terça-feira (3).



Durante a assinatura dos contratos com as empresas que farão os estudos e projetos de engenharia e o estudo de impacto ambiental, o Diretor de Planejamento, Expansão e Marketing da CBTU, Raul De Bonis, falou do entusiasmo da CBTU em poder participar da implantação do metrô. “O projeto para implantação do metrô de Curitiba é um dos principais projetos existentes no Brasil em relação ao sistema de transporte de alta capacidade. Vocês são uma referência no desenvolvimento urbano. Nós, na CBTU, entendemos que Curitiba precisa dar este passo”, declarou o representante da Companhia.



Em entrevista aos jornalistas presentes à assinatura do contrato, De Bonis lembrou que o metrô de Curitiba terá alcance também para os municípios da Região Metropolitana e afirmou que a Companhia vê uma sucessão de aspectos positivos para a implantação do novo modal de transporte. Ele ressaltou que o momento é extremamente favorável, diante da possibilidade de Curitiba estar entre as cidades que sediarão os jogos da Copa de 2014.



A especialista e chefe do Departamento de Planejamento e Estudos de Transportes da CBTU, Luciana Costa Brizon, enfatizou ainda a forma como a cidade cresceu. “Curitiba cresceu de forma estruturada. A cidade já vivencia um sistema semelhante a um metrô, já possui integração, condição essencial para o funcionamento do novo sistema. Sozinho, o metrô não funciona. Ele precisa ser alimentado por outras linhas do transporte coletivo. E o metrô só funciona bem se houver integração. O projeto de Curitiba é inovador e as características da cidade farão toda diferença”, declarou.



A CBTU participa nesta quarta-feira (4), junto com o presidente do Ippuc, Cléver Almeida, de uma reunião técnica em Brasília para a apresentação do projeto do metrô de Curitiba e do Plano de Mobilidade da cidade. A apresentação será feita na Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O encontro foi marcado há um mês, quando o prefeito Beto Richa esteve em Brasília em reunião com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.O que acontece a partir de agora - O consórcio Novo Modal fará estudos topográficos, geotécnicos, geológicos, hidrológicos e de interferência, projetos geométrico, de terraplenagem, de obras viárias subterrâneas, superestrutura ferroviária, de edificações (estações, terminais, centro de controle e prédio administrativo), sistemas fixos e material rodante e elaboração do orçamento.

Os especialistas da empresa Ecossistema prepararão o Estudo de Impacto Ambiental, documento técnico que reúne informações sobre o que existe na cidade antes da implantação do metrô, como a obra poderá interferir na vida da cidade e as medidas que podem ser tomadas para a redução de eventuais impactos negativos. Já o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente traduzirá, de forma simples, as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental, de forma que qualquer cidadão possa compreender.

Enquanto os trabalhos dos dois lotes estiverem sendo feitos, a Prefeitura de Curitiba, em parceria com a CBTU, desenvolverá o estudo de viabilidade econômico-financeira. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) desenvolverá também os projetos básicos de comunicação visual e projetos geométricos, sinalização horizontal, vertical, semafórica e paisagismo da via estrutural sob a qual o metrô será implantado.

Canaletas dos Eixos Norte e Sul

serão usadas por ciclistas e pedestres

A implantação do metrô em Curitiba vai transformar as canaletas, hoje usadas exclusivamente para o tráfego dos ônibus biarticulados do sistema xpresso, em um grande espaço de convivência. Denominadas Vias Parques, as atuais pistas exclusivas para os ônibus darão lugar a um extenso calçadão para pedestres, ciclovia, arborização e equipamentos de lazer. O metrô funcionará sob as canaletas e o espaço onde hoje passam ônibus será para uso das pessoas.

O conceito inovador para a implantação do metrô em Curitiba, mantendo a prioridade ao transporte coletivo e privilegiando o pedestre e o ciclista, foi traçado durante os estudos preliminares do metrô, feitos em 2005 em parceria com a CBTU.

Estes estudos também indicaram o trecho a ser implantado o novo modal de transporte (Eixos Norte e Sul), a extensão (22km), o número de estações (entre 21 e 23), o sistema a ser utilizado (cut and cover na maior parte). A primeira linha do metrô - do Santa Cândida ao CIC Sul - terá 22km, dos quais 19km serão subterrâneos. Denominada também de Linha Azul, o metrô de Curitiba deverá transportar cerca de 500 mil passageiros no início da operação.

A idéia é que o metrô seja o mais superficial possível, mesmo sendo subterrâneo. Detalhes como a profundidade do metrô em cada ponto serão definidos durante os estudos e projetos de engenharia. O sistema que se pretende utilizar - cut and cover - é mais barato do que um sistema convencional (de túnel).

O sistema cut and cover é um método construtivo mais simples e, consequentemente, mais barato que a implantação de outros tipos de obras viárias subterrâneas. Consiste na execução das paredes de contenção a partir da superfície através do cravamento de estacas nas laterais da via, as escavações só acontecem depois da construção da laje superior e por último, os acabamentos nas paredes e o piso.

Desde 1978 - A implantação de um metrô em Curitiba já é objeto de estudo da Prefeitura desde 1978, quando o Ippuc começou a analisar alternativas para ampliação da capacidade de transporte de seus eixos principais. Na época, a primeira proposta estudada foi a de utilização de um Veículo Leve sobre Trilhos.

Durante os estudos mais recentes, foram analisados sistemas de metrô de superfície e elevado. Como os eixos estruturais Norte e Sul contam com uma significativa ocupação residencial e comercial, possuem 62 cruzamentos semaforizados e exigem travessias seguras, concluiu-se que a melhor opção para Curitiba seria o metrô subterrâneo em sua maior parte.

O principal objetivo do metrô é ampliar a capacidade da Rede Integrada de Transporte e ele fará parte da RIT, ou seja, não será um sistema paralelo e não concorrerá com o sistema de ônibus existente na cidade.

A implantação da Linha Azul (metrô) faz parte de um conjunto de medidas que estão sendo tomadas para a melhoria, modernização e adequação da RIT às necessidades da população de Curitiba e dos municípios integrados. Além da Linha Verde, fazem parte destas medidas, o desalinhamento das estações-tubo da Avenida Marechal Floriano Peixoto, reformas nos terminais e renovação da frota.

Em valores atuais, a expectativa de investimento na primeira linha de metrô em Curitiba é de R$ 2 bilhões, valor que será definido com mais exatidão após a conclusão dos Estudos e Projetos de Engenharia.

Metrô de Curitiba

• Extensão - 22 km, do Terminal Santa Cândida ao futuro Terminal CIC-Sul (próximo ao contorno). São 19 km subterrâneos, 1 km elevado na Winston Churchill e 2 km de superfície (próximo ao Terminal CIC Sul).

• Integração - O metrô também beneficia a Região Metropolitana de Curitiba. Diretamente, serão atendidos passageiros dos municípios de Colombo, Almirante Tamandaré, Araucária e Fazenda Rio Grande. Indiretamente, todos os 12 municípios integrados à RIT poderão utilizar o metrô de Curitiba.

• Estações: de 21 a 23

• O metrô de Curitiba passará por 7 terminais de de ônibus: Santa Cândida, Boa Vista, Cabral, Portão, Capão Raso, Pinheirinho e CIC Sul.

• Custo estimado - R$ 2 bilhões (em valores atuais)

• Previsão para o início das obras - 2010


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Mensagem não lida por EduPR » 04 Mar 2009, 19:14

Curitiba, 04 de Março de 2009
Projeto do metrô de Curitiba é apresentado em Brasília

http://ippucnet.ippuc.org.br/noticias/main.asp?Seq=196

O projeto para a implantação da primeira linha do metrô em Curitiba e o Plano de Mobilidade Urbana e Transporte Integrado foram os principais assuntos de uma reunião técnica realizada nesta quarta-feira (4), em Brasília. O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Cléver Almeida, falou do Plano de Mobilidade, que define as diretrizes para a cidade até 2020, e apresentou detalhes da proposta de implantação do metrô à equipe da Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Com a presença do secretário Afonso Oliveira de Almeida, do diretor do Departamento de Planejamento de Programas Sociais da Secretaria, Mauro Ceza Nogueira do Nascimento, e técnicos da Secretaria de Planejamento e Investimento, a reunião teve ainda a colaboração de representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa de serviços de transporte ferroviário de passageiros ligada ao Ministério das Cidades. O assessor de projetos especiais da Prefeitura de Curitiba, Maurício Ferrante, também participou do encontro.

O Diretor de Planejamento, Expansão e Marketing da CBTU, Raul De Bonis, fez uma análise positiva da reunião, que durou cerca de três horas. "O Ministério do Planejamento é passagem obrigatória para uma cidade, como Curitiba, que está em busca de recursos para o projeto de implantação do metrô. A reunião foi muito boa e as condições de Curitiba, que já possui um sistema integrado, tem alcance na Região Metropolitana e pretende implantar o sistema debaixo das canaletas que já existem, são extremamente favoráveis", avaliou. De Bonis participou da implantação de outros sistemas de metrô no Brasil.

O presidente do Ippuc também respondeu às perguntas feitas pelos técnicos do Ministério sobre o metrô de Curitiba, que viram na proposta da cidade uma substituição de modal. Isto porque o atual sistema de transporte é operado por meio dos eixos estruturais, consolidados em canaletas exclusivas para os ônibus biarticulados, e o metrô será construído sob as canaletas existentes em dois eixos - Norte e Sul.

O encontro entre os técnicos da Prefeitura foi agendado no início de fevereiro, quando o prefeito Beto Richa se encontrou, em Brasília, com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Plano de Mobilidade - O Plano de Mobilidade Urbana e Transporte Integrado foi elaborado entre 2006 e 2007 e aprovado pelo Conselho da Cidade de Curitiba - Concitiba, em 2008. Dividido em quatro temas - Acessibilidade, Circulação e Sistema Viário, Transporte Coletivo e Comercial e Transporte de Cargas -, o plano traça um diagnóstico atual e estabelece propostas para a cidade. O metrô de Curitiba faz parte do Plano de Mobilidade.


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Mensagem não lida por EduPR » 11 Mar 2009, 20:06

Publicado em 11/03/2009 às 18:32

Grupo de trabalho do Metrô se reúne na CBTU

A primeira reunião do grupo de trabalho que vai acompanhar os estudos e projetos de engenharia do metrô curitibano se reuniu pela primeira vez na tarde desta quarta-feira (11) na Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU, empresa de serviços de transporte ferroviário de passageiros ligada ao Ministério das Cidades. A empresa que tem sede no Rio de Janeiro financia, junto com a Prefeitura de Curitiba, os trabalhos que começarão a ser feitos ainda no mês de março pelas empresas vencedoras da licitação dos estudos e projetos e do Estudo de Impacto Ambiental. Os contratos com as empresas já foram assinados.

Durante o encontro que teve a participação de técnicos do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), Urbs (Urbanização de Curitiba S/A), da assessoria de projetos especiais da Prefeitura de Curitiba e das diretorias Técnica e de Planejamento da CBTU foram definidos aspectos técnicos da rotina de trabalho do grupo que vai acompanhar os estudos e projetos de engenharia para que o prazo para a realização dos estudos (270 dias) seja aproveitado da melhor forma.

A Prefeitura de Curitiba possui um convênio de cooperação com a CBTU e o acompanhamento dos trabalhos das empresas vencedoras da concorrência pública garantirá a qualidade dos estudos e projetos e do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA). Isto porque, mesmo antes do fim dos trabalhos, será possível fazer os ajustes necessários.

Nos próximos dias, especialistas da CBTU virão a Curitiba para atualizar, junto com os demais técnicos do grupo de trabalho, os dados levantados durante os estudos preliminares do metrô, feitos pela Companhia em 2005. Eles visitarão a Urbs e percorrerão os eixos sob os quais o metrô será implantado – Norte e Sul. Estas informações serão úteis para o consórcio Novo Modal, responsável pelos estudos e projetos de engenharia do metrô. Cerca de 30 dias após o início dos trabalhos do consórcio, começará a ser feito o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA-RIMA), neste caso pela empresa Ecossistema Consultoria Ambiental.

Entre os participantes da primeira reunião do grupo de trabalho estavam os presidentes do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), Cléver Almeida, e da Urbs (Urbanização de Curitiba S/A), Marcos Isfer, o assessor de projetos especiais da Prefeitura de Curitiba, Maurício Ferrante, o diretor de Planejamento Expansão e Marketing da CBTU, Raul De Bonis e a chefe do Departamento de Planejamento e Estudos de Transportes da Companhia, Luciana Costa Brizon. Ao todo, cerca de 20 técnicos participaram da reunião de trabalho.

A CBTU tem larga experiência na implantação de sistemas de metrô no Brasil. Atualmente, a empresa opera os trens de passageiros nas cidades de Recife, Belo Horizonte, João Pessoa, Natal e Maceió.

http://www.curitiba.pr.gov.br/Noticia.aspx?n=15699

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HGP
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Mensagem não lida por HGP » 01 Ago 2009, 12:18

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Re: Metrô de Curitiba

Mensagem não lida por Renanfsouza » 04 Ago 2009, 09:36

^^ 21 estações !

Se realmente for executado, Curitiba se firmará mais ainda como uma cidade realmente planejada, que não espera inflar como as maiores capitais pra começar a construir metrô.

Estou torcendo ! :Y:
Central-Caxias: 1:30 de trânsito pela Linha Vermelha. Ou 29 minutos pela Supervia.

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