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TAV nos EUA

Trens americanos de alta velocidade.

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Pablo ITT
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TAV nos EUA

Mensagem não lida por Pablo ITT » 11 Jul 2009, 18:24

Revista Ferroviária
http://www.revistaferroviaria.com.br
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Trem rápido é polêmico no Brasil e nos EUA
09/07/2009 - Yahoo

Pense em um país que possua um amplo programa governamental de investimentos em infraestrutura. Dentre os muitos projetos, um deles consumirá bilhões de dólares na polêmica implantação do trem-bala. Estamos falando do Brasil. Mas também dos Estados Unidos.
Dentre os investimentos previstos pelo programa de recuperação da economia dos EUA, promovido pela gestão de Barack Obama, há o aporte inicial de US$ 13 bilhões no desenvolvimento de um sistema ferroviário de alta velocidade, ligando grande cidades por diversos estados do país.
No Brasil, o projeto do TAV (Trem de Alta Velocidade) ligando o Rio de Janeiro (RJ) a Campinas (SP) é uma das estrelas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), cujo custo é estimado em US$ 11 bilhões, com conclusão prevista para 2014, ano de realização da Copa do Mundo de futebol.

Produto da crise

Atualmente, apenas a região nordeste dos EUA possui um serviço expresso, conectando as cidades de Boston e Washington, DC. No entanto, o serviço atinge velocidades muito inferiores às registradas pela alta velocidade na Europa e na Ásia. O plano do atual governo é criar uma rede com dez corredores principais, em estados como Flórida e Califórnia.
Apenas no que é governado por Arnold Schwarzenegger, uma linha que vai de São Francisco a Anaheim deverá custar US$ 34 bilhões, repartidos entre os governos federal e estadual. Contudo, a severa crise fiscal por que passa o estado poderá adiar o projeto.
Talvez mais que outros pontos do pacote de estímulos, o trem de alta velocidade é polêmico. Embora o transporte ferroviário seja desenvolvido no país, especialmente para cargas, a cultura norte-americana de transporte individual, com ampla utilização de carros e rodovias, também é apontada como um possível empecilho ao programa.
Brasil
Com licitação prevista já para o início do segundo semestre deste ano e estimativas de gastos que variam entre US$ 11 bilhões e US$ 15 bilhões, o projeto de TAV ligará dois dos maiores centros urbanos brasileiros, em um trajeto de 511 quilômetros.
Defendido pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, o trem partiria da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, teria paradas em Volta Redonda (RJ), Aparecida (SP) e São José dos Campos(SP), chegando à cidade de São Paulo na estação da Luz. Um outro ramal seguiria em direção a Campinas, no interior do estado.
Criticado como "pirotécnico" por parte da oposição ao Governo, o projeto segue a tendência global de conexão entre importantes zonas urbanas por meio de trens expressos, integrada à malha de trens metropolitanos. Restam dúvidas, entretanto, sobre o montante de recursos investido em sua implantação e a capacidade de gestão.
Embora Dilma Roussef reforce que o plano é que uma empresa pública seja criada para gerir o TAV, muitos entendem que o melhor caminho seria optar por uma PPP (Parceria Público-Privada) para a construção, ou então conceder sua gestão à iniciativa privada, como ocorre em rodovias.

Em debate

Em todos os projetos, existe um grande debate em torno do emprego de recursos públicos. Muitos são acusados de superestimar a demanda e subestimar as despesas, havendo risco de que não sejam capazes de pagar seus custos operacionais, muitos menos gerar caixa para investimentos necessários em modernização e expansão.
Seus defensores contra-argumentam com exemplos bem sucedidos financeiramente, como no Japão, em que os trens de alta velocidade mostraram-se tão competitivos a ponto de eliminar boa parte da demanda pelo transporte aéreo em trechos de 300 a 800 quilômetros.
A situação parece ser mais grave em um país como o Brasil, em que a carência por infraestrutura transforma em aparente extravagância qualquer investimento de maior vulto. Todavia, o projeto poderia facilitar a conexão entre as cidades, reduzindo a necessidade de aportes em aeroportos e rodovias no trajeto, além de eventuais vantagens ambientais.

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