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[Notícia] As locomotivas viraram sucata
Moderador: Caco
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Autor do tópico - COORDENADOR
- Mensagens: 2508
- Registrado em: 05 Jun 2008, 10:54
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[Notícia] As locomotivas viraram sucata
As locomotivas viraram sucata
06/05/2009 - Portal Exame
Este é mais um dos exemplos gritantes de desperdício de dinheiro público. Estão encaixotadas num depósito da antiga Rede Ferroviária Federal, em Campinas, 68 locomotivas importadas da França em 1976.
É isso mesmo: há mais de 30 anos, esses trens foram comprados e nunca foram montados. Eles faziam parte do Plano de Eletrificação da Fepasa, ferrovia paulista que depois foi incorporada à rede nacional.
Na época, a crise do petróleo impulsionou a busca de energias alternativas para a movimentação de cargas. E, com o baixo custo da energia elétrica nos anos 70, surgiu a ideia de eletrificar o trecho ferroviário que ligava Ribeirão Preto, Campinas e Santos.
O plano não saiu do papel, mas o dinheiro para implantá-lo sim. Foram gastos 500 milhões de dólares na aquisição das locomotivas e da infraestrutura das subestações elétricas.
Hoje, mais de três décadas após o malfadado plano, as máquinas praticamente viraram sucata. As 68 locomotivas são parte do inventário da Rede Ferroviária Federal — extinta após a privatização — e serão transferidas para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte.
O órgão será responsável por dar destino às máquinas francesas — provavelmente um ferro-velho.
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Fonte: Newsletter da Revista Ferroviária
06/05/2009 - Portal Exame
Este é mais um dos exemplos gritantes de desperdício de dinheiro público. Estão encaixotadas num depósito da antiga Rede Ferroviária Federal, em Campinas, 68 locomotivas importadas da França em 1976.
É isso mesmo: há mais de 30 anos, esses trens foram comprados e nunca foram montados. Eles faziam parte do Plano de Eletrificação da Fepasa, ferrovia paulista que depois foi incorporada à rede nacional.
Na época, a crise do petróleo impulsionou a busca de energias alternativas para a movimentação de cargas. E, com o baixo custo da energia elétrica nos anos 70, surgiu a ideia de eletrificar o trecho ferroviário que ligava Ribeirão Preto, Campinas e Santos.
O plano não saiu do papel, mas o dinheiro para implantá-lo sim. Foram gastos 500 milhões de dólares na aquisição das locomotivas e da infraestrutura das subestações elétricas.
Hoje, mais de três décadas após o malfadado plano, as máquinas praticamente viraram sucata. As 68 locomotivas são parte do inventário da Rede Ferroviária Federal — extinta após a privatização — e serão transferidas para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte.
O órgão será responsável por dar destino às máquinas francesas — provavelmente um ferro-velho.
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Fonte: Newsletter da Revista Ferroviária
Central-Caxias: 1:30 de trânsito pela Linha Vermelha. Ou 29 minutos pela Supervia.
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- MEMBRO FREQUENTE
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- Registrado em: 16 Fev 2009, 11:38
- Localização: Sâo Bernardo do Campo
Re: [Notícia] As locomotivas viraram sucata
Mais uma vergonha ferroviária.
Na foto: 3XX em Barra Funda. A 12 anos atrás.
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- MODERADOR GLOBAL
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- Localização: São Bernardo do Campo
Re: [Notícia] As locomotivas viraram sucata
São as Alstom EMAQ, não?
A da foto do cachorro, aqui...
http://www.tgvbr.seuhost.net/phpBB3/vie ... =72&t=2188
A da foto do cachorro, aqui...
http://www.tgvbr.seuhost.net/phpBB3/vie ... =72&t=2188
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- MEMBRO PLENO
- Mensagens: 342
- Registrado em: 04 Abr 2009, 20:14
- Localização: São Paulo - Capital
Re: [Notícia] As locomotivas viraram sucata
Este sem dúvida nenhuma é o caso mais escandaloso da Fepasa.
Ao invés de economizar petróleo e desenvolver a ferrovia, este caso contribuiu e muito para acabar de vez com tudo
Ao invés de economizar petróleo e desenvolver a ferrovia, este caso contribuiu e muito para acabar de vez com tudo
O trem que chega É o mesmo da partida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar
Re: [Notícia] As locomotivas viraram sucata
Esse escândalo se une ao da Vasp que curiosamente teve Paulo Maluf no meio. Quem autorizou a comora dessas máquinas francesas foi o então secretário de transportes de SP Paulo Maluf.Pranda escreveu:Este sem dúvida nenhuma é o caso mais escandaloso da Fepasa.
Ao invés de economizar petróleo e desenvolver a ferrovia, este caso contribuiu e muito para acabar de vez com tudo
Quando governador no início dos anos 80, Maluf justificou como uma simples evaporação o desaparecimento de 2 bilhões de litros de querosene aeronáutica de tanques de armazenamento da Vasp.
Llevamos um pedazo de país em cada vagón. . .
Ferrocarriles Argentinos
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Re: [Notícia] As locomotivas viraram sucata
Ramos, esta da querosene eu não sabia.
abs!
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- MEMBRO FREQUENTE
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Re: [Notícia] As locomotivas viraram sucata
Ele deve ter desviado o querosene prauma conta na Suíca. Ou então bebido tudo!:lol:!
Na foto: 3XX em Barra Funda. A 12 anos atrás.
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- MODERADOR GLOBAL
- Mensagens: 1160
- Registrado em: 15 Jun 2008, 17:32
- Localização: São Caetano do Sul, São Paulo.
Re: [Notícia] As locomotivas viraram sucata
Ao menos em parte este erro será reparado. A CPTM está requisitando ao inventário da RFFSA todo este material que está em Campinas.
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- MEMBRO FREQUENTE
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- Localização: Barueri \o/
Re: [Notícia] As locomotivas viraram sucata
Quais seriam os planos da CPTM para este material?
Meus Vídeos de trens no Youtube:
http://br.youtube.com/user/Fepasa
http://br.youtube.com/user/Fepasa
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- MEMBRO PLENO
- Mensagens: 342
- Registrado em: 04 Abr 2009, 20:14
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Re: [Notícia] As locomotivas viraram sucata
Se pretendia a eletrificação de um grande trecho, até Riberão Preto, e utilizar estas locomotivas elétricas no transporte de carga, tudo isto como resposta a crise do petróleo.
Aqui a reportagem do Fantástico sobre o caso feita em 18/03/2007
Texto do programa :
Nossos repórteres entram no galpão onde estão as locomotivas que custaram US$ 500 milhões ao governo de São Paulo na década de 70 e que nunca saíram do lugar.
Em Araraquara, interior de São Paulo, o que encontramos não é um depósito comum. Escondida no lugar, entre centenas de caixotes, está a parte visível de um negócio que desperdiçou US$ 500 milhões, quer dizer, mais de R$ 1 bilhão.
As caixas estão empoeiradas. Algumas, comidas por cupins. A história da compra de 80 locomotivas elétricas começa em 1976, quando Paulo Egydio Martins governava o Estado de São Paulo.
“Essas locomotivas chegaram na forma de kits, para serem montadas”, diz João Bosco Setti, da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária.
Na época, o mundo ainda vivia os efeitos da primeira crise do petróleo. Para tentar diminuir os custos do transporte ferroviário, o governo decidiu ampliar a eletrificação das ferrovias, ou seja, aposentar as velhas locomotivas a diesel e comprar novas locomotivas, movidas a eletricidade.
As locomotivas compradas eram produzidas pela empresa francesa Alsthon. Elas iriam funcionar em um trecho entre Uberaba, em Minas, e o Porto de Santos. Segundo o contrato, as locomotivas começariam a chegar, desmontadas, a partir de 1982.
Fazia parte do acordo, também, a compra de milhares de peças para a montagem de subestações de energia, para alimentar toda a rede.
Mas antes que o primeiro navio carregando a encomenda saísse da Europa, o governo paulista mudou de mãos. Paulo Maluf assumiu o cargo e fez a primeira das muitas alterações no contrato.
As locomotivas seriam montadas pela Emaq, uma empresa com sede no Rio de Janeiro - 38 chegaram a ser parcialmente construídas. Mas, em 1986, mais um problema: a Emaq pediu falência.
“Nós tínhamos dado dinheiro à Emaq, para fazer as locomotivas e, como ela tinha ido à falência, precisávamos achar outra empresa que fizesse locomotivas”, conta Washington Matias, ex-diretor financeiro da Fepasa.
No ano seguinte, o consórcio europeu contratado pela Fepasa enviou duas locomotivas para o Brasil para que fossem usadas nos testes das linhas. Atrasos nos pagamentos, discussões intermináveis continuavam atrasando os prazos.
Em 1995, uma nova diretoria da Fepasa tomou a decisão: o ambicioso projeto de eletrificação não sairia papel.
“A tecnologia mudou, as condições econômicas mudaram e o projeto virou economicamente inviável”, diz Washington Matias.
As duas locomotivas que chegaram ao país para testes estão abandonadas, pichadas e paradas. As outras 78 locomotivas que deveriam hoje estar circulando entre Minas e o Porto de Santos, para aumentar as exportações brasileiras, tiveram um destino ainda mais triste: nunca foram terminadas.
“Elas nunca vão mais funcionar, só se vai vender isso como ferro velho. Infelizmente o dinheiro já foi gasto, já foi perdido”, acrescenta Alberto del Bianco, da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária.
Hoje todo o caso está na Justiça. O presidente da Fepasa na época acha que o consórcio que deveria entregar as locomotivas deve ser responsabilizado.
“A rede ferroviária tem uma ação, cobrando indenização do consórcio, entre US$ 80 milhões e US$ 110 milhões de ressarcimento. O pessoal levantou e acha que pagaram a mais”, diz Aírton Santiago, diretor da rede ferroviária federal.
“Uma tragédia, uma tragédia em um país pobre”, lamenta Washington Matias.
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/ ... 05,00.html
O trem que chega É o mesmo da partida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar
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