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Municípios tentam recuperar antigas estações de trem
Moderador: Caco
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Autor do tópico - MEMBRO PLENO 2.0
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Municípios tentam recuperar antigas estações de trem
Para reviver histórias de encontros e despedidas, municípios tentam recuperar e transformar em centros culturais prédios abandonados em Minas. Seminário na capital vai debater proteção de conjuntos
Gustavo Werneck - Estado de Minas
Renato Weil/D.A Press - 9/8/07
Estação do distrito de Miguel Burnier, em Ouro Preto, inaugurada em 1884 para transbordo de ferro-gusa
Minas Gerais tem cerca de 1,5 mil estações ferroviárias, a maioria parada no tempo à espera de de restauração para entrar no eixo da preservação e se tornar espaços de cultura e lazer para as comunidades. Ao lado de São Paulo e Rio de Janeiro, trata-se do maior patrimônio brasileiro à beira dos trilhos, erguido entre o fim do século 19 e o início do 20. Para avaliar a situação desse conjunto arquitetônico, será realizado, de 2 a 5 de junho, em Belo Horizonte, um seminário, que vai também discutir formas de proteção dos bens culturais de propriedade da União e sob guarda do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Participam representantes do Iphan e Ministério Público Estadual (MPE), ambos organizadores do encontro, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Ministério Público Federal (MPF), Secretaria de Patrimônio da União (SPU), concessionárias do transporte – Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e MRS – e organizações não governamentais.
Veja Galeria de Fotos
Beto Novaes/EM/D.A Press
Estação de Sete Lagoas, município no Centro do estado.
Beto Novaes/EM/D.A Press
Estação Gameleira, no bairro de mesmo nome, em Belo Horizonte.
Beto Novaes/EM/D.A Press
Estação de Prudente de Moraes, município no Centro do estado.
Warley Marques/Divulgação
Estação de Lassance, município no Norte do estado.
Um dos exemplos está em Miguel Burnier, na histórica Ouro Preto, a 95 quilômetros de Belo Horizonte. Inaugurado em 1884 e batizado com o nome do engenheiro e diretor da rede ferroviária na época. A fim de evitar a derrocada da construção, o promotor de Justiça da comarca, Ronaldo Crawford, já entrou com um procedimento para apurar responsabilidades e tentar salvar a estação da derrocada – a prefeitura local já manifestou interesse em assumir a estação e fazer dela um equipamento cultural, assim como as de Engenheiro Correia e Rodrigo Silva.
Conforme o dossiê preparado pela Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico/MG, a ferrovia teve papel preponderante no distrito, que, depois da decadência do ouro, encontrou saídas na extração e exportação de manganês e produção de ferro-gusa. Em 1893, o comendador Carlos Wigg, em sociedade com J. Gerspacher e Amaro da Silveira, fundou a Usina Wigg. A estação de Miguel Burnier, portanto, foi o ponto de venda de ferro-gusa – toda a produção saía do forno, a 500 metros da partida dos trens. Em 1995, a usina fechou.
De acordo com o levantamento, o patrimônio ferroviário de Miguel Burnier é formado pela estação, algumas residências, alojamento, galpão, oficinas de trens e caixa-d’água. A construção atual tem estilo eclético, formato retangular, plataforma semicoberta. O imóvel impõe respeito, com a sua arquitetura elegante e piso de pedras. O ar de desolação só não é completo por causa das atividades culturais (feira de artesanato) realizadas pelo Projeto Estação Cultura.
Um contraponto dessa história está em São Sebastião do Rio Verde, no Sul de Minas, informa o titular da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural de Turístico/MG, promotor Marcos Paulo de Souza Miranda. “Sem necessidade de assinatura de termo de ajustamento de conduta (TAC), a prefeitura local se encarregou da recuperação do prédio e da malha ferroviária, onde, num trecho de 20 quilômetros, vai operar uma maria-fumaça. É um exemplo importante, que mostra a ocupação dos prédios históricos para uso da comunidade”, afirma Marcos Paulo. “As estações podem se tornar, depois de restauradas, bibliotecas, centro de cultura, museus e ponto de convívio dos moradores”, acredita o superintendente do Iphan em Minas, Leonardo Barreto de Oliveira. Ele explica que o Iphan está fazendo levantamento dos imóveis – estações ferroviárias, garagens e oficinas de trens, casas e diversas edificações – que pertenciam à antiga Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), para conhecer as condições de conservação e avaliar possibilidades de destinação para fins sociais e culturais.
Fonte: Estado de Minas
Gustavo Werneck - Estado de Minas
Renato Weil/D.A Press - 9/8/07
Estação do distrito de Miguel Burnier, em Ouro Preto, inaugurada em 1884 para transbordo de ferro-gusa
Minas Gerais tem cerca de 1,5 mil estações ferroviárias, a maioria parada no tempo à espera de de restauração para entrar no eixo da preservação e se tornar espaços de cultura e lazer para as comunidades. Ao lado de São Paulo e Rio de Janeiro, trata-se do maior patrimônio brasileiro à beira dos trilhos, erguido entre o fim do século 19 e o início do 20. Para avaliar a situação desse conjunto arquitetônico, será realizado, de 2 a 5 de junho, em Belo Horizonte, um seminário, que vai também discutir formas de proteção dos bens culturais de propriedade da União e sob guarda do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Participam representantes do Iphan e Ministério Público Estadual (MPE), ambos organizadores do encontro, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Ministério Público Federal (MPF), Secretaria de Patrimônio da União (SPU), concessionárias do transporte – Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e MRS – e organizações não governamentais.
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Beto Novaes/EM/D.A Press
Estação de Sete Lagoas, município no Centro do estado.
Beto Novaes/EM/D.A Press
Estação Gameleira, no bairro de mesmo nome, em Belo Horizonte.
Beto Novaes/EM/D.A Press
Estação de Prudente de Moraes, município no Centro do estado.
Warley Marques/Divulgação
Estação de Lassance, município no Norte do estado.
Um dos exemplos está em Miguel Burnier, na histórica Ouro Preto, a 95 quilômetros de Belo Horizonte. Inaugurado em 1884 e batizado com o nome do engenheiro e diretor da rede ferroviária na época. A fim de evitar a derrocada da construção, o promotor de Justiça da comarca, Ronaldo Crawford, já entrou com um procedimento para apurar responsabilidades e tentar salvar a estação da derrocada – a prefeitura local já manifestou interesse em assumir a estação e fazer dela um equipamento cultural, assim como as de Engenheiro Correia e Rodrigo Silva.
Conforme o dossiê preparado pela Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico/MG, a ferrovia teve papel preponderante no distrito, que, depois da decadência do ouro, encontrou saídas na extração e exportação de manganês e produção de ferro-gusa. Em 1893, o comendador Carlos Wigg, em sociedade com J. Gerspacher e Amaro da Silveira, fundou a Usina Wigg. A estação de Miguel Burnier, portanto, foi o ponto de venda de ferro-gusa – toda a produção saía do forno, a 500 metros da partida dos trens. Em 1995, a usina fechou.
De acordo com o levantamento, o patrimônio ferroviário de Miguel Burnier é formado pela estação, algumas residências, alojamento, galpão, oficinas de trens e caixa-d’água. A construção atual tem estilo eclético, formato retangular, plataforma semicoberta. O imóvel impõe respeito, com a sua arquitetura elegante e piso de pedras. O ar de desolação só não é completo por causa das atividades culturais (feira de artesanato) realizadas pelo Projeto Estação Cultura.
Um contraponto dessa história está em São Sebastião do Rio Verde, no Sul de Minas, informa o titular da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural de Turístico/MG, promotor Marcos Paulo de Souza Miranda. “Sem necessidade de assinatura de termo de ajustamento de conduta (TAC), a prefeitura local se encarregou da recuperação do prédio e da malha ferroviária, onde, num trecho de 20 quilômetros, vai operar uma maria-fumaça. É um exemplo importante, que mostra a ocupação dos prédios históricos para uso da comunidade”, afirma Marcos Paulo. “As estações podem se tornar, depois de restauradas, bibliotecas, centro de cultura, museus e ponto de convívio dos moradores”, acredita o superintendente do Iphan em Minas, Leonardo Barreto de Oliveira. Ele explica que o Iphan está fazendo levantamento dos imóveis – estações ferroviárias, garagens e oficinas de trens, casas e diversas edificações – que pertenciam à antiga Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), para conhecer as condições de conservação e avaliar possibilidades de destinação para fins sociais e culturais.
Fonte: Estado de Minas
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- MEMBRO SENIOR
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Re: Municípios tentam recuperar antigas estações de trem
Alguém nesse país ainda pensa em memória.
Isso entra num quesito que o Tiago pode responder melhor, creio.
Sobre as reformas/modernizações das estações da EFSJ parte lado Jundiaí (=P), algumas delas ainda são da época da inauguração.
Não há preocupação em adaptar sem desmanchar o histórico? Como será feito?
(Pode ser que eu tenha visto, mas esqueci... )
Isso entra num quesito que o Tiago pode responder melhor, creio.
Sobre as reformas/modernizações das estações da EFSJ parte lado Jundiaí (=P), algumas delas ainda são da época da inauguração.
Não há preocupação em adaptar sem desmanchar o histórico? Como será feito?
(Pode ser que eu tenha visto, mas esqueci... )
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Autor do tópico - MEMBRO PLENO 2.0
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Re: Municípios tentam recuperar antigas estações de trem
Nossa, é tão legal quando eles preservam as estações antigas nas grandes cidades. Quando eu estava em Londres cheguei a usar algumas vezes as estações de tijolos que eram construídas em vala e tampadas com vigas metálicas, elas estão lá ainda.Gustavodc escreveu:Alguém nesse país ainda pensa em memória.
Isso entra num quesito que o Tiago pode responder melhor, creio.
Sobre as reformas/modernizações das estações da EFSJ parte lado Jundiaí (=P), algumas delas ainda são da época da inauguração.
Não há preocupação em adaptar sem desmanchar o histórico? Como será feito?
(Pode ser que eu tenha visto, mas esqueci... )
O engraçado é que pela proximidade com a rua e a "precariedade" da cobertura da época, dentro destas estações é tão frio quanto na rua.
Eu me sentia na Londres do século XIX, era voltar no tempo só de entrar no metrô. Não dá pra explicar a sensação, só estando lá mesmo pra sentir a atmosfera do tempo vitoriano.
Trazendo pro contexto do Brasil, esta estação Gameleira, que aparece na foto, fica às margens da linha 2 (que iria ao Barreiro) do MetrôBH. Com uma restauração ficaria muito bonita. Só não seria melhor porque a posição da futura estação da linha no bairro não coincide com o local da cosntrução histórica.
O que também não impede de usar o casarão para outra coisa.
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- COORDENADOR
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Re: Municípios tentam recuperar antigas estações de trem
Eu sinto o mesmo quando passo em certas estações da Supervia como Marechal Hermes e Bangu.
São a história do nosso país, contadas por estações que resistem há mais de 100 anos. Preservá-las é garantir uma boa parcela de história e cultura para as novas gerações.
Central-Caxias: 1:30 de trânsito pela Linha Vermelha. Ou 29 minutos pela Supervia.
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- MEMBRO PLENO
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Re: Municípios tentam recuperar antigas estações de trem
O triste é que a maioria para ser preservada tem que ser transformada em Centro Cultural e não em uma parte de uma nova estação ferroviária, ou ser de novo estação ferroviaria
O trem que chega É o mesmo da partida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar
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- MEMBRO PLENO 2.0
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Re: Municípios tentam recuperar antigas estações de trem
Nos seminários que tenho participado o presidente do MPF sr. Victor José Ferreira tem constantemente alertado às prefeituras da facilidade atual em se tombar as estações ferroviárias pelo município, e pedir integração de posse do imóvel e arredores caso vá se fazer preservação e/ou pólo cultural, com total apoio do IPHAN.
Maiores informaçãoes no site:
http://www.trembrasil.org.br/
Victor José Ferreira - victorjferreira@gmail.com
Divulguem em suas cidades. Vale a pena.
Maiores informaçãoes no site:
http://www.trembrasil.org.br/
Victor José Ferreira - victorjferreira@gmail.com
Divulguem em suas cidades. Vale a pena.
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- MEMBRO PLENO
- Mensagens: 342
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Re: Municípios tentam recuperar antigas estações de trem
Poxa isto é muito legal e muito importante.
O trem que chega É o mesmo da partida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar
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- MODERADOR RJ
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Re: Municípios tentam recuperar antigas estações de trem
Olhem só um exemplo:a estação ItaguaíPranda escreveu:
O triste é que a maioria para ser preservada tem que ser transformada em Centro Cultural e não em uma parte de uma nova estação ferroviária, ou ser de novo estação ferroviaria
Foto do site Estações Ferroviárias,ela abandonada:Estação Ferroviária inaugurada em 1910 e desativada no meado dos anos 80, quando foram suspensos os trens de passageiros para além da estação de Santa Cruz.
A estação de Itaguaí ficou abandonada durante 25 anos, exposta a ação de vândalos, sendo depredada a cada dia, apagando assim gradativamente uma história de setenta anos.
No final de 2005, uma iniciativa da Prefeitura de Itaguaí, através da Secretaria de Educação e Cultura, com o objetivo de resgatar parte da história desta cidade, buscou entendimento com RFFSA e iniciou imediatamente as obras de restauração do prédio.
Hoje a estação ferroviária totalmente restaurada e devolvida a comunidade, foi transformada na CASA DE CULTURA DE ITAGUAÍ e se tornou um espaço onde diversas ações culturais são desenvolvidas.
A Casa de Cultura de Itaguaí funciona com quatro divisões:
BIBLIOTECA MUNICIPAL MACHADO DE ASSIS, uma das mais antigas do país, instalada em 02 de dezembro de 1880.
DIVISÃO DE ARTES PLÁSTICAS E ARTESANATO, oferece cursos de pintura, desenho artístico, artesanato e outros conforme a demanda do município.
CENTRO DE MEMÓRIA, tem como o objetivo o resgate de nossa história.
TELECENTRO COMUNITÁRIO, uma lan-house pública onde funcionam 10 computadores em rede, os usuários podem imprimir até 02 folhas e o limite de acesso diário é de 30 minutos.
E hoje,como Casa de Cultura de Itaguaí:
O amor nos conecta...
Droga, estou offline!
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- COORDENADOR
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- Registrado em: 05 Jun 2008, 10:54
- Localização: Rio de Janeiro/RJ
Re: Municípios tentam recuperar antigas estações de trem
É impressionante como algumas estações da EFCB eram lindas... Essa de Itaguaí eu pretendo conhecer um dia. Mas olha só pra ela, Vila Militar original e até mesmo a Ellison! São todas tipo castelinhos hehehe... Eu acho muito legal!
Central-Caxias: 1:30 de trânsito pela Linha Vermelha. Ou 29 minutos pela Supervia.
Re: Municípios tentam recuperar antigas estações de trem
simplesmente uma obra de arte.
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