Com a crise mundial setores têm repensado a importância da logística no custo do produto
A forte queda do comércio internacional tem estimulado as ferrovias brasileiras a expandir sua atuação em setores voltados ao mercado interno - até então atendido apenas por caminhões. Entre eles está a cadeia de fornecedores da construção civil, segmento petroquímico, alimentos e produtos florestais.
A estratégia de diversificação ganhou força nos últimos meses com os prejuízos causados pela retração da economia mundial, já que o comércio exterior responde por 82% de toda movimentação de carga feita pelas concessionárias. O corredor exportação/importação ainda é o conceito da nossa ferrovia, destacou o diretor executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça.
Mas, segundo ele, a movimentação interna tem ganhado cada vez mais espaço no transporte ferroviário, especialmente com a expansão da malha nacional (a expectativa é de 10 mil quilômetros de novos trilhos até 2015). Por enquanto, a adesão tem contado com grandes nomes como Cosan, Votorantim, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Camargo Corrêa, entre outras.
Com o cenário adverso, vários setores têm repensado a importância da logística no custo do produto, observa o diretor de cargas industrializadas da América Latina Logística (ALL), Sergio Nahuz. A concessionária tem apostado na movimentação interna de produtos, como madeiras, material de construção, papel e celulose, MDF (matéria-prima para móveis) e papelão.
No setor de consumo, que inclui arroz, açúcar e mercadorias frigorificadas (carnes), o transporte da empresa aumentou 50% só no primeiro trimestre deste ano. Outra aposta da ferrovia é a expansão do transporte de contêineres, que também cresceu 150% no período.
Em meados de abril, a ALL anunciou a construção de um terminal em Alto Taquari, no Mato Grosso, para atrair novos clientes, como os frigoríficos e agricultores. Dois terços dessa movimentação será destinada ao mercado externo e o restante para o consumo no País. Para isso, a ALL, adaptou a malha para a recarga dos contêineres frigorificados, com pontos em Campinas e Santos. Outros seis terminais serão construídos em Cruz Alta, Ponta Grossa, Araraquara, Telêmaco Borba, Passo Fundo e Campinas.
Na MRS Logística, cujo volume de cargas caiu cerca de 40%, em especial por causa do recuo das exportações de minérios, a saída foi encontrar alternativas voltadas ao mercado interno. A empresa firmou parceria com a CSN para escoar a produção da cimentos da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda. Os trens da concessionária levarão o produto ensacado até terminais localizados nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. A expectativa é movimentar 1,4 milhão de toneladas por ano.
De olho nesse mercado, a Amsted Maxion desenvolveu o vagão cegonheiro para transporte de veículos. A primeira produção, com capacidade de 12 carros, foi vendida para a Arábia Saudita. Para o mercado interno, segundo Vicente Abate, diretor da empresa, o vagão será totalmente fechado.
Fonte: Agência Estado
BEM VINDOS, MEMBROS E USUÁRIOS DO TGVBR
CONTATO PARA REATIVAÇÃO DE LOGIN OU QUALQUER DÚVIDA: tgvbr.org@gmail.com
ATUALIZE SEU E-MAIL DE CONTATO!
CONTATO PARA REATIVAÇÃO DE LOGIN OU QUALQUER DÚVIDA: tgvbr.org@gmail.com
ATUALIZE SEU E-MAIL DE CONTATO!
Ferrovias expandem áreas de atuação no Brasil
Moderador: cataclism2
-
Autor do tópico - MEMBRO PLENO 2.0
- Mensagens: 560
- Registrado em: 05 Jun 2008, 14:13
- Localização: Belo Horizonte
Quem está online
Usuários navegando neste fórum: Nenhum usuário registrado e 0 visitante