[Notícia] Metrô de Salvador sob nova investigação
Enviado: 06 Jun 2009, 19:21
06/06/2009 às 01:23
Os soteropolitanos devem se preparar para assistir a mais um capítulo da “novela” em que se transformou a construção do metrô de Salvador. Talvez o mais dramático. O procurador da República na Bahia, Israel Gonçalves, promete entrar, na próxima semana, com medida cautelar pedindo a paralisação das obras.
Confirmadas as denúncias do Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo, que acusam empresários do Consórcio Metrosal de formação de cartel, fraude em licitação e formação de quadrilha, todo o processo será anulado, exigindo uma nova licitação. Foram denunciados funcionários das empresas Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, a partir de investigações iniciadas na Operação Castelo de Areia.
Agora, investigações adiantadas, o MPF apura esquema fraudulento que envolve as empreiteiras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Alstom e Constram, participantes da seleção.
A denúncia do MPF paulista, fortalecida por farta documentação apreendida no escritório de um dos investigados pela Polícia Federal, revela a estratégia utilizada pelas empresas para vencer a licitação realizada em 1999.
O material colhido na Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, indica que o Consórcio Cigla, formado pela empresa italiana Impregilo e a brasileira Soares da Costa, “vendeu” a condição de vencedor da licitação para receber cerca de R$ 11 milhões da Metrosal.
Mas essa era apenas a ponta do “iceberg”. Estranhando que o Consórcio Cigla resolvesse desistir depois de ter garantido o primeiro lugar na licitação, o MPF-SP e a Polícia Federal resolveram investigar e descobriram detalhes do acordo fraudulento firmado por Pietro Francesco Giavina Bianchi e Saulo Thadeu Vasconcelos, então diretores da Construções e Comércio Camargo Corrêa (CCCC), e Márcio Magalhães Pinto e Casildo Quintino, da Construtora Andrade Gutierrez. Foi forjada uma venda de caminhões da desistente, que teriam sido comprados pela CCCC, tentando justificar a quantia recebida.
Acordo – Mais: as demais empreiteiras participantes do processo formavam um consórcio oculto e ilegal, segundo o qual, saindo uma delas como vencedora, todas as outras participariam da execução da obra e da sua remuneração. Fizeram parte desse acordo Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Alstom e Constram, que celebraram um contrato de gaveta, que foi encontrado pela Polícia Federal.
É a posse desse documento que garantirá ao procurador Israel Gonçalves o argumento para entrar com a medida cautelar que pode suspender as obras do metrô de Salvador. O contrato está entre os documentos que serão encaminhados à capital baiana na segunda-feira.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1161348
Os trens já estão aqui,só falta os trilhos...
Os soteropolitanos devem se preparar para assistir a mais um capítulo da “novela” em que se transformou a construção do metrô de Salvador. Talvez o mais dramático. O procurador da República na Bahia, Israel Gonçalves, promete entrar, na próxima semana, com medida cautelar pedindo a paralisação das obras.
Confirmadas as denúncias do Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo, que acusam empresários do Consórcio Metrosal de formação de cartel, fraude em licitação e formação de quadrilha, todo o processo será anulado, exigindo uma nova licitação. Foram denunciados funcionários das empresas Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, a partir de investigações iniciadas na Operação Castelo de Areia.
Agora, investigações adiantadas, o MPF apura esquema fraudulento que envolve as empreiteiras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Alstom e Constram, participantes da seleção.
A denúncia do MPF paulista, fortalecida por farta documentação apreendida no escritório de um dos investigados pela Polícia Federal, revela a estratégia utilizada pelas empresas para vencer a licitação realizada em 1999.
O material colhido na Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, indica que o Consórcio Cigla, formado pela empresa italiana Impregilo e a brasileira Soares da Costa, “vendeu” a condição de vencedor da licitação para receber cerca de R$ 11 milhões da Metrosal.
Mas essa era apenas a ponta do “iceberg”. Estranhando que o Consórcio Cigla resolvesse desistir depois de ter garantido o primeiro lugar na licitação, o MPF-SP e a Polícia Federal resolveram investigar e descobriram detalhes do acordo fraudulento firmado por Pietro Francesco Giavina Bianchi e Saulo Thadeu Vasconcelos, então diretores da Construções e Comércio Camargo Corrêa (CCCC), e Márcio Magalhães Pinto e Casildo Quintino, da Construtora Andrade Gutierrez. Foi forjada uma venda de caminhões da desistente, que teriam sido comprados pela CCCC, tentando justificar a quantia recebida.
Acordo – Mais: as demais empreiteiras participantes do processo formavam um consórcio oculto e ilegal, segundo o qual, saindo uma delas como vencedora, todas as outras participariam da execução da obra e da sua remuneração. Fizeram parte desse acordo Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Alstom e Constram, que celebraram um contrato de gaveta, que foi encontrado pela Polícia Federal.
É a posse desse documento que garantirá ao procurador Israel Gonçalves o argumento para entrar com a medida cautelar que pode suspender as obras do metrô de Salvador. O contrato está entre os documentos que serão encaminhados à capital baiana na segunda-feira.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1161348
Os trens já estão aqui,só falta os trilhos...