Página 1 de 1

[Notícia] Santa Teresa - Novos Bondes não se Adaptam

Enviado: 18 Jun 2009, 11:57
por Pablo ITT
O eterno problema de remendo novo em pano velho.

Imagem

Todo mundo que trabalha com restauração e mesmo as pessoas que tem sensibilidade sabem que para consertar algum objeto de valor tem que ser usado material compatível (pode ser roupa, pinturas, carros, edificações, trens).
Meu Deus, será que niguém sabia que naqueles trilhos os bondes pulam, e é por isto que são atrativos no seu jeito antigo de se locomover? Estamos falando de um transporte que só precisa andar direito e na velocidade que lhe permite. Os moradores de Santa Teresa sabem disso e se adaptam ao tempo de percursso do sistema e são seus maiores defensores.
Parece que colocaram tecnologia de ponte pra mais tarde dizerem:
Fizemos o melhor possível, até informatizar nós informatizamos, mas o paciente não tem cura.
O resto da história todos já sabem.
wll wll wll wll
Só espero que saia tudo certo e eu estaja errado.

Re: [Notícia] Sta Teresa Novos Bondes não se Adaptam

Enviado: 18 Jun 2009, 16:42
por Lopes
Entendi bem?

Os VLT com "carcaça" de bonde não aguentam as rampas??
:D :D :D

Que modernização é essa?


Olha, deveria ter 2 tipos de trabalhos nos bondes:

Modernização dos equipamentos
Restauração da "carroceria"

Mas, desde que sejam aptos a subirem rampas fortes...

Re: [Notícia] Sta Teresa Novos Bondes não se Adaptam

Enviado: 18 Jun 2009, 19:08
por Pranda
^^

Não sei não, associação de bairro não custuma ser a melhor fonte de informação técnica.

Vejo o processo da reforma dos antigos e da entrega dos novos trens do Metrô São Paulo, um trem não é uma automóvel que sai pronto da fabrica para ser utilizado, requer muitos ajustes e adequações.

Acredito que isso deva ser um problema maior quando se trata de reformar bondes de 100 anos que rodam em um bairro que tem uma via permanente tão antiga quanto o bairro e tão ingrime como é em Santa Tereza.

Talves este tempo todo para fabricação, testes e modificações necessárias não seja tanto tempo assim para tarefa tão complexa.

Re: [Notícia] Santa Teresa - Novos Bondes não se Adaptam

Enviado: 23 Jun 2009, 11:35
por Renanfsouza
Essa associação de moradores de Santa Teresa é complicada... Tem um grande histórico de ser contra qualquer modificação no bairro.

Que o sistema VLT deve ser melhor, deve. Falta adequar. Cabe agora fiscalizar pra não termos bondes praticamente novos parados por não rodarem na via.

Re: [Notícia] Santa Teresa - Novos Bondes não se Adaptam

Enviado: 24 Jun 2009, 16:42
por Pranda
^^
Acho até que eles tem que ser chatos com a preservação do bairro.

Mas é complicado para um leigo entender porque um trem é entregue pela fabrica em uma data e só começa a rodar 5 meses depois em horário comercial em uma linha de Metrô como é o caso de São Paulo e dos trens novos da L2, e ainda assim requerendo mais ajustes.

Então suspeito que isto possa estar ocorrendo em Santa Tereza, mas nada como uma informação mais próxima ao processo, mas que não fosse da Associação para sabermos o que realmente ocorre.

Re: [Notícia] Santa Teresa - Novos Bondes não se Adaptam

Enviado: 07 Jul 2009, 14:40
por Pablo ITT
Bondes de Santa Teresa. A novela continua.
Capítulo 2: Olimpíadas 2016 - categoria JOGOS de Empurra espectativa de todos os lugares do pódio inclusive a maioria de atretas na competição.

RF 07/07/09
http://www.revistaferroviaria.com.br/index.asp
__________________________________________________________________________
Concessão de bondes causa polêmica no Rio
07/07/2009 - Valor Econômico

O sistema de bondes de Santa Teresa, inaugurado em 1896 - há 113 anos -, e que funciona hoje em condições precárias, é alvo de polêmica entre o governo do Estado, políticos da Assembleia Legislativa e moradores do bairro, situado em um morro na região central do Rio de Janeiro. As secretarias estaduais do Planejamento e Fazenda estudam um modelo para repassar o sistema de bondes ao setor privado em regime de concessão. Os moradores do bairro, em sua maioria, se opõem ao projeto e acusam o governo de querer "privatizar" os bondes, considerados patrimônio cultural da cidade.
O sistema transporta atualmente entre 50 mil e 60 mil passageiros por mês, entre moradores de Santa Teresa e turistas, tem custo fixo mensal de cerca de R$ 250 mil, mas fatura cerca de R$ 30 mil, calcula Fábio Tepedino, diretor de engenharia da Secretaria de Transportes do Estado. São operados pela Central, empresa de economia mista ligada à secretaria.
Tepedino disse que o sistema opera com quatro bondes, dois reformados e dois antigos, mas há divergências até sobre o número de veículos em circulação. Há dias em que a manutenção deixa mais de um bonde parado e a espera aumenta. Se o passageiro chegar na estação Carioca, de onde o bonde parte, e o veículo estiver lotado, ele pode ser obrigado a esperar uma hora até o próximo carro.
A passagem custa R$ 0,60, mas muita gente não paga. Nos horários de maior movimento, é comum que, além dos 32 passageiros sentados, dezenas de pessoas se pendurem nas laterais do bonde, que é aberto, e viajem em pé nos estribos, numa versão menos perigosa dos "surfistas" de trem da década de 90 da linhas da região metropolitana do Rio.
O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, diz que o governo tenta dar sustentabilidade ao sistema. Ele disse que se o modelo de concessão, a cargo da secretarias da Fazenda e Planejamento, não atrair empresas privadas, o governo poderá terceirizar a operação e a manutenção dos serviços. Nesse caso, seria aberta licitação para contratar o operador do sistema considerando-se aspectos técnicos e de preço. Poderiam ser criadas tarifas diferentes para turistas e moradores. Lopes estimou a necessidade de investir entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões para melhorar o sistema, incluindo parte dos bondes ainda não reformados, rede elétrica e malha de trilhos, além da montagem de estruturas de manutenção e conservação e de cobrança de passagens.
A prioridade da administração de Sérgio Cabral neste tema foi concluir a reforma de uma parte dos 14 bondes que o governo anterior fechou com a empresa TTrans, em contrato de R$ 14 milhões financiados pelo Banco Mundial. Dos 14 bondes, sete foram reformados e entregues, ganhando tecnologia de última geração, disse Paulo Munck, gestor do contrato dos bondes na TTrans.
Entre as melhorias, os bondes ganharam sistemas de freio e de tração modernos, disse Munck. O problema é que parte da rede elétrica não foi reformada, o que já causou pane nos bondes. Segundo Munck, a TTrans recebeu R$ 7 milhões pelos serviços prestados. Dos outros sete bondes do contrato original, quatro devem ser mantidos com os equipamentos antigos e três reformados com recursos do Estado, obra que depende da decisão sobre a concessão.
O deputado estadual Alessandro Molon (PT), que preside a Comissão de Cultura da Assembleia, organizou, no fim de junho, a pedido dos moradores de Santa Teresa, audiência pública para discutir o assunto. "Pelo que ouvi o Estado está gastando dinheiro para piorar um sistema que já operou com 19 bondes e hoje opera com dois", disse. Ele não vê razões nem para a concessão nem para a terceirização da operação dos bondes. "Será que o Estado não tem condições de operar um sistema de bondes como já fez no passado?", perguntou. O deputado federal Chico Alencar (PSOL), morador de Santa Teresa, também é contrário à concessão dos bondes. "A alternativa é voltar ao que já existiu: ter pelo menos dez bondes operando."
_____________________________________________________________________________
:brrb:

Re: [Notícia] Santa Teresa - Novos Bondes não se Adaptam

Enviado: 07 Jul 2009, 14:41
por Pablo ITT
Enquanto isso no lado de riba do hemisfério.

RF 07/07/09
http://www.revistaferroviaria.com.br/index.asp
________________________________________________________________________
EUA fabricam seu primeiro bonde após 60 anos
06/07/2009 - Railway Technology

A norte-americana United Streetcar e a tcheca Skoda, ambas fabricantes de bondes elétricos, desenvolveram juntas o bonde 10T3 para a cidade de Portland (estado do Oregon), presenteando os Estados Unidos com o primeiro bonde elétrico nacional após 60 anos.
O veículo foi construído com a tecnologia 10T dos carros Skoda que estão operando atualmente em Portland.
O bonde, financiado com recursos federais, está em conformidade com a lei Buy America, da Federal Transit Administration (FTA), que prevê que um veículo deva ter pelo menos 60% de componentes nacionais para poder ser financiado com recursos do governo.
A United Streetcar, uma subsidiária da Oregon Iron Works, vai fabricar um total de seis bondes para a cidade, sob contrato que já está em fase final de execução.
______________________________________________________________________________

Até o Tio Sam távendo que o caminho dos trilhos em época de crise é o melhor trajeto, enquanto isso...........................
ptz