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[Artigo]UM PANORAMA DO METRÔ NO BRASIL
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Autor do tópico - MODERADOR GLOBAL
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- Registrado em: 12 Set 2008, 23:57
- Localização: São Bernardo do Campo
[Artigo]UM PANORAMA DO METRÔ NO BRASIL
UM PANORAMA DO METRÔ NO BRASIL
Por Marcus Quintella
A revista Rodovias & Vias, em sua edição de set/out-2009, traz como matéria de capa um panorama do sistema de metrô no Brasil, onde faz um paralelo entre os sistemas de metrô no mundo e a realidade nas cidades brasileiras. Como achei essa matéria muito interessante e de suma importância para o desenvolvimento do setor, resolvi transcrever aqui os principais pontos da matéria em questão, para que os leitores conheçam um pouco de um modo de transporte ainda pouco desenvolvido em nosso país, mas que deveria ser prioritário e inquestionável como a solução para o transporte público das grandes cidades brasileiras.
Inicialmente, a matéria toca num ponto fraco da vida urbana do brasileiro, que é o assustador aumento das perdas de tempo nos trânsitos de nossas médias e grandes cidades, a cada ano que passa, pelo excesso de veículos nas ruas. Um dado impressionante, fornecido pelo Denatran, é o tamanho da frota brasileira de automóveis, cerca de 33 milhões de unidades, com tendência de crescimento, face ao aumento da renda média dos brasileiros e dos baixos investimentos em transporte público, cujos resultados são os caóticos trânsitos das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, entre outras.
A matéria ressalta que, até provarem em contrário, o metrô tem sido a melhor solução para o transporte de massa, visto que não disputa espaço com os automóveis e tem grande capacidade de transporte, apesar de ser caríssimo, tanto na implantação, quanto na operação, razão pela qual somente o mundo desenvolvido possui enormes redes de metrô e os países em desenvolvimento contabilizam poucas linhas. Mesmo assim, o metrô se tornou uma onda quase incontrolável no Brasil, no meio político, já que foi prometido como solução para as cidades, nas eleições municipais de 2008.
Hoje, existem cerca de 140 redes de metrô em todo o mundo, sendo que as duas maiores redes são a de Londres e de Nova Iorque, com cerca de 408 km de extensão, cada uma. Em seguida, podem ser citadas as grandes redes de Moscou (292 km), Tóquio (292 km), Seul (286 km), Madri (226 km) e Paris (212 km).
No Brasil, a cidade de São Paulo possui um metrô com apenas 61 km de extensão, mas considerado um dos mais eficientes, modernos e limpos do mundo. Entretanto, o governo paulista está implantando o mais ousado plano de expansão e melhoria de transporte público do país, com aplicação de grandes recursos para o aumento e modernização do metrô, que, em breve, passará a transportar muito além dos atuais 3,3 milhões de passageiros, diariamente.
Nas demais grandes cidades brasileiras, somente Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Recife e Belo Horizonte possuem sistemas metroviários em operação. Salvador e Fortaleza estão com metrôs em implantação.
O metrô do Rio de Janeiro, cuja operação encontra-se sob concessão privada, transporta, atualmente, cerca de 550 mil passageiros por dia e, com a indicação da cidade como sede olímpica, espera receber grandes investimentos para sua expansão.
Na capital do país, o metrô, que é operado pela Companhia do Metropolitano do Distrito Federal, possui 42,4 km de extensão e transporta cerca de 150 mil passageiros por dia. Existem planos para a expansão do sistema, mas há previsão de entrega de apenas uma estação em 2010.
Em Porto Alegre, existe somente uma linha de metrô, com 33,8 km de extensão, que é operada pela Trensurb, empresa do governo federal. Atualmente, com investimentos do PAC, essa linha está sendo expandida em mais 9,3 km, cuja previsão de conclusão é dezembro de 2011. Atualmente, o sistema transporta 170 mil passageiros por dia.
Os metrôs de Recife e Belo Horizonte, com 37,8 km e 28,2 km de extensão, respectivamente, são operados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa do governo federal. Atualmente, Recife transporta 184 mil passageiros por dia e Belo Horizonte, 148 mil. O metrô de Recife vem recebendo investimentos do PAC e está sendo modernizado e ampliado, com previsão de conclusão para o final de 2010.
Penso que esse pequeno resumo que fiz da matéria citada seja suficiente para o leitor tirar suas próprias conclusões do tamanho do problema
_______________________________________________________________________________
Fonte:http://www.jblog.com.br/ttp.php?itemid=17020
É, precisamos crescer nossos trilhos. E muito...
Por Marcus Quintella
A revista Rodovias & Vias, em sua edição de set/out-2009, traz como matéria de capa um panorama do sistema de metrô no Brasil, onde faz um paralelo entre os sistemas de metrô no mundo e a realidade nas cidades brasileiras. Como achei essa matéria muito interessante e de suma importância para o desenvolvimento do setor, resolvi transcrever aqui os principais pontos da matéria em questão, para que os leitores conheçam um pouco de um modo de transporte ainda pouco desenvolvido em nosso país, mas que deveria ser prioritário e inquestionável como a solução para o transporte público das grandes cidades brasileiras.
Inicialmente, a matéria toca num ponto fraco da vida urbana do brasileiro, que é o assustador aumento das perdas de tempo nos trânsitos de nossas médias e grandes cidades, a cada ano que passa, pelo excesso de veículos nas ruas. Um dado impressionante, fornecido pelo Denatran, é o tamanho da frota brasileira de automóveis, cerca de 33 milhões de unidades, com tendência de crescimento, face ao aumento da renda média dos brasileiros e dos baixos investimentos em transporte público, cujos resultados são os caóticos trânsitos das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, entre outras.
A matéria ressalta que, até provarem em contrário, o metrô tem sido a melhor solução para o transporte de massa, visto que não disputa espaço com os automóveis e tem grande capacidade de transporte, apesar de ser caríssimo, tanto na implantação, quanto na operação, razão pela qual somente o mundo desenvolvido possui enormes redes de metrô e os países em desenvolvimento contabilizam poucas linhas. Mesmo assim, o metrô se tornou uma onda quase incontrolável no Brasil, no meio político, já que foi prometido como solução para as cidades, nas eleições municipais de 2008.
Hoje, existem cerca de 140 redes de metrô em todo o mundo, sendo que as duas maiores redes são a de Londres e de Nova Iorque, com cerca de 408 km de extensão, cada uma. Em seguida, podem ser citadas as grandes redes de Moscou (292 km), Tóquio (292 km), Seul (286 km), Madri (226 km) e Paris (212 km).
No Brasil, a cidade de São Paulo possui um metrô com apenas 61 km de extensão, mas considerado um dos mais eficientes, modernos e limpos do mundo. Entretanto, o governo paulista está implantando o mais ousado plano de expansão e melhoria de transporte público do país, com aplicação de grandes recursos para o aumento e modernização do metrô, que, em breve, passará a transportar muito além dos atuais 3,3 milhões de passageiros, diariamente.
Nas demais grandes cidades brasileiras, somente Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Recife e Belo Horizonte possuem sistemas metroviários em operação. Salvador e Fortaleza estão com metrôs em implantação.
O metrô do Rio de Janeiro, cuja operação encontra-se sob concessão privada, transporta, atualmente, cerca de 550 mil passageiros por dia e, com a indicação da cidade como sede olímpica, espera receber grandes investimentos para sua expansão.
Na capital do país, o metrô, que é operado pela Companhia do Metropolitano do Distrito Federal, possui 42,4 km de extensão e transporta cerca de 150 mil passageiros por dia. Existem planos para a expansão do sistema, mas há previsão de entrega de apenas uma estação em 2010.
Em Porto Alegre, existe somente uma linha de metrô, com 33,8 km de extensão, que é operada pela Trensurb, empresa do governo federal. Atualmente, com investimentos do PAC, essa linha está sendo expandida em mais 9,3 km, cuja previsão de conclusão é dezembro de 2011. Atualmente, o sistema transporta 170 mil passageiros por dia.
Os metrôs de Recife e Belo Horizonte, com 37,8 km e 28,2 km de extensão, respectivamente, são operados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa do governo federal. Atualmente, Recife transporta 184 mil passageiros por dia e Belo Horizonte, 148 mil. O metrô de Recife vem recebendo investimentos do PAC e está sendo modernizado e ampliado, com previsão de conclusão para o final de 2010.
Penso que esse pequeno resumo que fiz da matéria citada seja suficiente para o leitor tirar suas próprias conclusões do tamanho do problema
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Fonte:http://www.jblog.com.br/ttp.php?itemid=17020
É, precisamos crescer nossos trilhos. E muito...
Re: [Artigo]UM PANORAMA DO METRÔ NO BRASIL
"Assustador" porque quando se, por exemplo, em 1987 você fala que é um absurdo a perda de tempo, dinheiro, vitalidade para o trabalho, isso é "balela" algo que pode (e deve) ser "absorvido", pela cadeia produtiva e sociedade como um todo, como se os milhões perdidos diariamente fossem apenas mais um custo, "normal".Vicente A.O.Junior escreveu:UM PANORAMA DO METRÔ NO BRASIL
Por Marcus Quintella
Inicialmente, a matéria toca num ponto fraco da vida urbana do brasileiro, que é o assustador aumento das perdas de tempo nos trânsitos de nossas médias e grandes cidades, a cada ano que passa, pelo excesso de veículos nas ruas.
Mesmo tendo de ser assim, no estilo "não tem pra onde jogar a sujeira pra debaixo do tapete" aliado ao inegável benefício (até político) de se ampliar os sistemas metroferroviários, esperamos que seja algo permanente a partir de agora, e que não se adotem soluções "econômicas" em trilhos, como o pequeno "boom" de VLT´s e "monotrilho" que se tem tido noticia por aí recentemente.
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Re: [Artigo]UM PANORAMA DO METRÔ NO BRASIL
Vamos resumir o que aconteceu com a nossa economia nos últimos meses:
1) Os americanos facilitaram demais o crédito e os bancos explodiram em calotes. Nunca entendi muito bem isso, mas concluo que os Estados Unidos não devam ter um órgão similar ao SERASA, mas enfim.
2) O crédito ficou escasso e isso levou o setor automobilístico foi pro buraco porque ninguém tem dinheiro pra comprar carros a vista.
3) O governo brasileiro tenta estimular a economia reduzindo o IPI.
Ou seja, a solução para a crise foi qual ? Reduzir um imposto para que as pessoas continuem com o hábito de comprar automóveis. Se alguma coisa fica de importante para ser aprendida com a crise mundial é o seguinte: nós somos completamente dependentes, de uma forma ou de outra, desta máquina que destrói o meio ambiente e cujo impacto social tem sido cada vez mais negativo.
A culpa disso ? Não tenho certeza... Mas a solução a longo prazo com certeza passa por incentivos governamentais que favoreçam o aumento da gama de produtos produzidos pelas grandes empresas, transformando-as em grandes conglomerados. Isso as deixa mais fortes perante crises setoriais.
A Mitsubishi, por exemplo: fabrica desde canetas até satélites. Claro que ficou prejudicada com a crise, mas ao menos a empresa fabrica outros produtos, é possível se manter. A Rotem e a Bombardier são outros dois bons exemplos. A Rotem fabrica até tanques de guerra e hummers, enquanto a Bombardier fabrica trens além dos seus famosos aviões.
O automóvel é um meio de transporte extremamente exclusivo e nós estamos na era de inclusão na sociedade! Vejam o caso de Tóquio, que maravilha: empregados e chefes, todas as classes utilizando o metrô, o mesmo meio de transporte. Quando eu falo exclusivo eu falo no sentido mais ínfimo da palavra: se todo brasileiro tivesse um carro, ninguém poderia sair na rua então só alguns podem ter e não há sustentabilidade nisso.
1) Os americanos facilitaram demais o crédito e os bancos explodiram em calotes. Nunca entendi muito bem isso, mas concluo que os Estados Unidos não devam ter um órgão similar ao SERASA, mas enfim.
2) O crédito ficou escasso e isso levou o setor automobilístico foi pro buraco porque ninguém tem dinheiro pra comprar carros a vista.
3) O governo brasileiro tenta estimular a economia reduzindo o IPI.
Ou seja, a solução para a crise foi qual ? Reduzir um imposto para que as pessoas continuem com o hábito de comprar automóveis. Se alguma coisa fica de importante para ser aprendida com a crise mundial é o seguinte: nós somos completamente dependentes, de uma forma ou de outra, desta máquina que destrói o meio ambiente e cujo impacto social tem sido cada vez mais negativo.
A culpa disso ? Não tenho certeza... Mas a solução a longo prazo com certeza passa por incentivos governamentais que favoreçam o aumento da gama de produtos produzidos pelas grandes empresas, transformando-as em grandes conglomerados. Isso as deixa mais fortes perante crises setoriais.
A Mitsubishi, por exemplo: fabrica desde canetas até satélites. Claro que ficou prejudicada com a crise, mas ao menos a empresa fabrica outros produtos, é possível se manter. A Rotem e a Bombardier são outros dois bons exemplos. A Rotem fabrica até tanques de guerra e hummers, enquanto a Bombardier fabrica trens além dos seus famosos aviões.
O automóvel é um meio de transporte extremamente exclusivo e nós estamos na era de inclusão na sociedade! Vejam o caso de Tóquio, que maravilha: empregados e chefes, todas as classes utilizando o metrô, o mesmo meio de transporte. Quando eu falo exclusivo eu falo no sentido mais ínfimo da palavra: se todo brasileiro tivesse um carro, ninguém poderia sair na rua então só alguns podem ter e não há sustentabilidade nisso.
Central-Caxias: 1:30 de trânsito pela Linha Vermelha. Ou 29 minutos pela Supervia.
Re: [Artigo]UM PANORAMA DO METRÔ NO BRASIL
Olá,
uma questão: todas as redes de metro referidas no artigo, são redes pesadas, ie, utilizam material ferroviário considerado pesado?
Lendo as estatisticas, algumas bandas de tráfego são caracteristicas de soluções baseadas em material ligeiro do tipo "ligth rail". Esse tipo de sistemas tem a vantagem de ser de implementação mais rápida e barata e, normalmente, funcionar como elemento catalisador do ordenamento à superfície.
Que cidades usam esse tipo de sistemas?
Obrigado
rp
uma questão: todas as redes de metro referidas no artigo, são redes pesadas, ie, utilizam material ferroviário considerado pesado?
Lendo as estatisticas, algumas bandas de tráfego são caracteristicas de soluções baseadas em material ligeiro do tipo "ligth rail". Esse tipo de sistemas tem a vantagem de ser de implementação mais rápida e barata e, normalmente, funcionar como elemento catalisador do ordenamento à superfície.
Que cidades usam esse tipo de sistemas?
Obrigado
rp
Re: [Artigo]UM PANORAMA DO METRÔ NO BRASIL
Só que aqui, na terra do sabiá, Racia, não é como na Europa.
Temos se ser vigilantes e não permitir que se instale um monotrilho/vlt aonde requer um Metrô/trem.
Existe uma "cultura" em solução porca por aqui que temos de combater, principalmente se esta "solução" vem acompanhada de tempo menor em implantação.
Re: [Artigo]UM PANORAMA DO METRÔ NO BRASIL
Caro AGV,
eu peço desculpa mas não percebi muito bem a resposta. Os vossos sistemas de metro com bandas de tráfego < 200.000 / pax dia são redes com material pesado? Devem ter previsões de grande crescimento porque são soluções muito mais demoradas e caras que a implantação de um "light rail".
Abraços
rp
eu peço desculpa mas não percebi muito bem a resposta. Os vossos sistemas de metro com bandas de tráfego < 200.000 / pax dia são redes com material pesado? Devem ter previsões de grande crescimento porque são soluções muito mais demoradas e caras que a implantação de um "light rail".
Abraços
rp
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Re: [Artigo]UM PANORAMA DO METRÔ NO BRASIL
Racia,
Aqui no Brasil, salvo Rio, SP e Brasília, as redes de metrô foram construídas sobre antigas ferrovias de carga, não são projetos urbanos. São geralmente um tanto afastadas das áreas centrais da cidade, o que não gera tanta demanda. E como os trens pesados já existiam, foi aproveitado o material já existente...
Aqui no Brasil, salvo Rio, SP e Brasília, as redes de metrô foram construídas sobre antigas ferrovias de carga, não são projetos urbanos. São geralmente um tanto afastadas das áreas centrais da cidade, o que não gera tanta demanda. E como os trens pesados já existiam, foi aproveitado o material já existente...
Re: [Artigo]UM PANORAMA DO METRÔ NO BRASIL
Ok, agora entendo. Obrigado
e que tipo de material é usado? o conceito tram-train e a experiencia de Karlsruhe são-vos familiares?
Abraços
rp
e que tipo de material é usado? o conceito tram-train e a experiencia de Karlsruhe são-vos familiares?
Abraços
rp
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