VLT ou metrô para Centro Administrativo de MG
Enviado: 20 Out 2009, 20:17
Ernesto Braga - Estado de Minas
Renato Weil/EM/D.A Press
A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), pensando no impacto que a transferência da sede do governo – 18 secretarias e 26 órgãos estaduais – para a Cidade Administrativa, no Bairro Serra Verde, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, causará no transporte coletivo, estuda opções para absorver o aumento da demanda. A estimativa é de que cerca de 20 mil pessoas, sendo 16 mil servidores, passem diarimente pelo empreendimento projetado por Oscar Niemeyer às margens da MG-010, parte da Linha Verde. A mudança está prevista para começar em janeiro. Segundo especialistas, a Setop analisa a viabilidade da criação de um ramal de veículo leve sobre trilhos (VLT) entre a Estação Vilarinho, do metrô, e o complexo de prédios do estado.
A diferença entre o VLT e o metrô é que o primeiro é todo em superfície, não precisa de rede elétrica para se locomover, pois é movido a biodiesel, e tem tecnologia 100% nacional. Cada quilômetro custa R$ 33 milhões, enquanto são gastos R$ 99 milhões em igual trecho de metrô. A análise que está sendo feita pela Setop foi confirmada por um técnico da autarquia, que pediu anonimato. Consultor em transporte e trânsito, o engenheiro Silvestre Andrade também confirma o interesse da secretaria. “Isso está sendo cogitado ainda no campo dos estudos. Não sei qual seria o traçado do VLT, mas é natural que passe perto da MG-010. As análises vão apontar o trajeto, custos, a necessidade de intervenções e desapropriações”, afirmou.
Paulo Tarso Resende, especialista em transporte e trânsito da Fundação Dom Cabral, ressalta que a criação de um ramal de VLT no Vetor Norte da capital é um sonho antigo. “Essa ideia existe há muito tempo, inclusive passando pela Avenida Cristiano Machado”, disse. Segundo o assessor de Mobilidade Urbana da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, João Ernani Antunes Costa, o estado analisa outras opções de transporte que atendam a Cidade Administrativa. “Poderá ser o VLT ou mesmo o prolongamento do metrô, a partir da Estação Vilarinho. Estudos da demanda e dos custos é que vão definir o tipo.” A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que não foi procurada pela Setop.
Silvestre Andrade destaca que outra opção poderá ser o transporte rápido por ônibus (TRO). “São veículos articulados, até biarticulados, que circulam por sítio próprio, e não em tráfego misto. As pessoas não pagam a passagem dentro do ônibus, mas em estações que ficam no mesmo nível das plataformas de embarque”, explicou. “O certo é que o reforço do transporte coletivo para a Cidade Administrativa vai começar com ônibus articulados, que serão a solução inicial. O que se está buscando com o VLT ou outras alternativas é o aumento na qualidade do serviço”, disse.
ÔNIBUS DE GRAÇA De acordo com a Setop, a criação de alternativas de transporte para a nova sede do governo é tratada pelo subsecretário de Estado de Assuntos Internacionais, Luiz Antônio Athayde, que coordena a Unidade PPP, mas não comenta o VLT. “Não é um assunto sobre o qual posso opinar, pois é processado na Setop”, rebateu o subsecretário. O governo do estado, por meio da Superintendência de Comunicação, não confirma a criação do ramal de veículo leve sobre trilhos e informou que a única discussão no Comitê da Cidade Administrativa, relativa ao transporte coletivo, se refere à criação de uma linha de ônibus articulado, partindo da Estação Vilarinho, que gastará sete minutos até o complexo. A passagem, segundo a superintendência, será gratuita para passageiros do metrô.
Segundo a BHTrans, a partir de janeiro haverá quatro linhas troncais partindo da área central de BH em direção à Cidade Administrativa, passando pelas avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos, Pedro II/Carlos Luz e Anel Rodoviário. Também haverá linhas entre as estações Vilarinho, São Gabriel (metrô/BHBus) e Venda Nova (BHBus). Um serviço executivo de ônibus partirá da Savassi, mas o preço da passagem ainda não foi definido.
http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2 ... erna.shtml
Renato Weil/EM/D.A Press
A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), pensando no impacto que a transferência da sede do governo – 18 secretarias e 26 órgãos estaduais – para a Cidade Administrativa, no Bairro Serra Verde, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, causará no transporte coletivo, estuda opções para absorver o aumento da demanda. A estimativa é de que cerca de 20 mil pessoas, sendo 16 mil servidores, passem diarimente pelo empreendimento projetado por Oscar Niemeyer às margens da MG-010, parte da Linha Verde. A mudança está prevista para começar em janeiro. Segundo especialistas, a Setop analisa a viabilidade da criação de um ramal de veículo leve sobre trilhos (VLT) entre a Estação Vilarinho, do metrô, e o complexo de prédios do estado.
A diferença entre o VLT e o metrô é que o primeiro é todo em superfície, não precisa de rede elétrica para se locomover, pois é movido a biodiesel, e tem tecnologia 100% nacional. Cada quilômetro custa R$ 33 milhões, enquanto são gastos R$ 99 milhões em igual trecho de metrô. A análise que está sendo feita pela Setop foi confirmada por um técnico da autarquia, que pediu anonimato. Consultor em transporte e trânsito, o engenheiro Silvestre Andrade também confirma o interesse da secretaria. “Isso está sendo cogitado ainda no campo dos estudos. Não sei qual seria o traçado do VLT, mas é natural que passe perto da MG-010. As análises vão apontar o trajeto, custos, a necessidade de intervenções e desapropriações”, afirmou.
Paulo Tarso Resende, especialista em transporte e trânsito da Fundação Dom Cabral, ressalta que a criação de um ramal de VLT no Vetor Norte da capital é um sonho antigo. “Essa ideia existe há muito tempo, inclusive passando pela Avenida Cristiano Machado”, disse. Segundo o assessor de Mobilidade Urbana da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, João Ernani Antunes Costa, o estado analisa outras opções de transporte que atendam a Cidade Administrativa. “Poderá ser o VLT ou mesmo o prolongamento do metrô, a partir da Estação Vilarinho. Estudos da demanda e dos custos é que vão definir o tipo.” A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que não foi procurada pela Setop.
Silvestre Andrade destaca que outra opção poderá ser o transporte rápido por ônibus (TRO). “São veículos articulados, até biarticulados, que circulam por sítio próprio, e não em tráfego misto. As pessoas não pagam a passagem dentro do ônibus, mas em estações que ficam no mesmo nível das plataformas de embarque”, explicou. “O certo é que o reforço do transporte coletivo para a Cidade Administrativa vai começar com ônibus articulados, que serão a solução inicial. O que se está buscando com o VLT ou outras alternativas é o aumento na qualidade do serviço”, disse.
ÔNIBUS DE GRAÇA De acordo com a Setop, a criação de alternativas de transporte para a nova sede do governo é tratada pelo subsecretário de Estado de Assuntos Internacionais, Luiz Antônio Athayde, que coordena a Unidade PPP, mas não comenta o VLT. “Não é um assunto sobre o qual posso opinar, pois é processado na Setop”, rebateu o subsecretário. O governo do estado, por meio da Superintendência de Comunicação, não confirma a criação do ramal de veículo leve sobre trilhos e informou que a única discussão no Comitê da Cidade Administrativa, relativa ao transporte coletivo, se refere à criação de uma linha de ônibus articulado, partindo da Estação Vilarinho, que gastará sete minutos até o complexo. A passagem, segundo a superintendência, será gratuita para passageiros do metrô.
Segundo a BHTrans, a partir de janeiro haverá quatro linhas troncais partindo da área central de BH em direção à Cidade Administrativa, passando pelas avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos, Pedro II/Carlos Luz e Anel Rodoviário. Também haverá linhas entre as estações Vilarinho, São Gabriel (metrô/BHBus) e Venda Nova (BHBus). Um serviço executivo de ônibus partirá da Savassi, mas o preço da passagem ainda não foi definido.
http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2 ... erna.shtml