TGVBR

Vinicius escreveu:Veículo era novo e estava sendo testado na garagem da empresa Central

[ 02/06/2008 ] 02:01

Duilo Victor

Um bonde descarrilou ontem enquanto fazia testes na garagem da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central), em Santa Teresa, e quebrou a perna do segurança Vanderlei Paula Ribeiro. Com fratura exposta, ele foi levado ao Hospital Souza Aguiar, no Centro. A Polícia Civil apura se houve falha mecânica ou imperícia do engenheiro que fazia os testes no veículo.

O bonde estava carregado com sacos de areia para simular o peso dos passageiros. Em um dos testes de tração, um engenheiro da empresa T-Trans – responsável pela montagem do bonde – perdeu o controle do aparelho, que se chocou contra outro vagão. O segurança da garagem estava almoçando sentado atrás do segundo bonde e foi atingido por ele.

O diretor de operações da Secretaria Estadual de Transportes, Fábio Tepedino, informou que é comum a realização de testes na garagem dos bondes. Cada protótipo como o que foi avariado, segundo o diretor, fica, em média, seis meses nesse estágio.

A baixa em mais um bonde veio em péssima hora. Atualmente, apenas três veículos circulam pelo bairro, último do Rio a usar tal meio de transporte, o que também faz de Santa Teresa um atrativo turístico.

Protesto da associação

A Associação de Moradores de Santa Teresa aproveitou o incidente para protestar contra o modelo dos bondes que estão sendo testados. Encomendados pela Central – empresa do Estado que opera o transportes – os veículos em testes têm maquinário de tecnologia mais nova. O próximo a entrar na linha deve estrear no dia 15. Mas, segundo o historiador e integrante da associação Álvaro Braga, o uso da nova tecnologia descaracteriza o modelo de bonde tombado pelo Patrimônio Histórico, além de ser para ele um desperdício de dinheiro público:

– O bonde só sobreviveu por causa da tecnologia confiável. No lugar de gastar dinheiro um ano e meio fazendo testes com bondes que serviriam muito bem no Centro, o Estado deveria gastá-lo restaurando a frota.

O diretor da Secretaria de Transportes justifica os novos modelos dizendo que algumas peças de reposição dos bondes antigos não são encontradas mais à venda.

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/editorias/ ... 02005.html