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Restauração do patrimônio ferroviário em Minas

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Alexandre Gurgel Martins
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Restauração do patrimônio ferroviário em Minas

Mensagem não lida por Alexandre Gurgel Martins » 18 Jun 2010, 08:33

http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia ... INAS.shtml

Acordo garante restauração do patrimônio ferroviário em Minas

Junia Oliveira - Estado de Minas
Publicação: 18/06/2010 06:56 Atualização: 18/06/2010 07:40


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Em 2006, MP Estadual recolheu objetos na sede da rede, em BH

Belo Horizonte resgata, a partir de desta sexta-feira, uma parte da história abandonada durante anos entre trilhos e papéis. Um termo de compromisso, que será assinado entre várias instituições, prevê o tratamento do acervo documental, bibliográfico e móvel do extinto Museu Ferroviário da capital, a recuperação do casarão da antiga Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), na Rua Sapucaí, no Bairro Floresta, na Região Leste, além da criação do Centro de Preservação Ferroviária de Belo Horizonte. Esse é o primeiro passo para recuperar um patrimônio há muito tempo deixado de lado pelas autoridades.

O acordo será firmado entre o Ministério Público Federal (MPF), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e o Setor de Inventariança da RFFSA (criado depois da extinção da rede e formado por um grupo de servidores federais encarregados do levantamento do espólio). Também serão tomadas providências relativas ao Museu Ferroviário de Araguari, no Triângulo.

O estado tem cerca de 1,5 mil bens da antiga RFFSA, a maioria completamente abandonada, à espera de restauração. Ao lado de São Paulo e Rio de Janeiro, é o maior patrimônio brasileiro neste segmento, erguido entre o fim do século 19 e o início do 20.

De acordo com o superintendente do Iphan em Minas, Leonardo Barreto, o trabalho deve ser concluído em até três anos. O processo terá várias etapas. A primeira, já concluída, foi o repasse da antiga sede da RFFSA ao Iphan. No local, funciona hoje, num anexo, a sede da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). O casarão tem cinco pavimentos e é todo recoberto e ornado. Um deles será destinado à inventariança, que deve concluir os levantamentos do acervo em 2011. O projeto de restauração do prédio está em andamento e deve ser finalizado ainda este ano. Os reparos começarão pelo telhado e serão feitos de andar por andar – lotados de livros e papeis – para não atrapalhar o trabalho da de inventário dos bens.

A partir daí, o espaço será ocupado pelo Centro de Memória Ferroviária, que tem um valioso acervo bibliográfico, documental e de arquivos – boa parte também está sendo restaurada. “Vamos manter outras atividades no local, como o ferromodelismo, para os amantes da ferrovia. Inicialmente, eles ficaram preocupados, com medo de terem que sair, mas isso não ocorrerá. É uma atividade cultural importante. Queremos um espaço multifacetado para garantir e preservar a memória não só de Minas, mas da história ferroviária”, afirma Barreto.

Ele diz que a ideia ainda está em formatação, pois depende do restauro do prédio. “É uma edificação do início da cidade, associada à criação de BH. Concentrava todo o trabalho de cantaria, que era levada para a construção do palácio do governo. A rede ferroviária é a base de transporte de peças, de tudo”, ressalta. Assim como BH, outras cidades poderão ter, em breve, uma solução para o patrimônio ferroviário. O Iphan deve concluir, ainda este ano, o inventário dos imóveis – estações ferroviárias, garagens e oficinas de trens, casas e diversas edificações – que pertenciam à RFFSA. O objetivo é conhecer as condições de conservação e avaliar possibilidades de destinação para fins sociais e culturais. Depois de restaurados, eles poderão se tornar bibliotecas, centros de cultura, museus e pontos de convívio dos moradores, entre outras possibilidades.

Interior

Em âmbito estadual, providências para salvar esse patrimônio estão unindo Ministério Público Estadual (MPE) e municípios. No fim do ano passado, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas, o Iphan e a SPU firmaram termo de compromisso para preservar estações de Mariano Procópio (distrito de Juiz de Fora, na Zona da Mata), Andrelândia (Sul de Minas), Conselheiro Mata (distrito de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha), Velho da Taipa (em Conceição do Pará, no Centro-Oeste do estado) e Uberaba (Triângulo).

Outros cinco municípios entraram na roda de negociações. Foi concedido prazo de dois anos às prefeituras para recuperar e dar destinação sociocultural às estações de Miguel Burnier (em Ouro Preto) e Lobo Leite (em Congonhas), na Região Central, Campanha (Sul de Minas), Lassance (Norte) e Chiador (Zona da Mata). As administrações assumiram a obrigação de fazer obras emergenciais e de restaurar os prédios.

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