TGVBR

Pessoal, estou estudando o conceito de atrito roda-trilho e gostaria de saber qual a rampa máxima que uma composição de passageiros pode operar.

Há variações, pois, há diferenças entre trens com todas as rodas motrizes (rampas de até 4%, como os trens do Metrô de SP,RJ,Brasília, além de trens como o ICE ou Velaro) e trens com carros motor e reboque.


O exemplo do Velaro temos aqui:

http://www.revistaferroviaria.com.br/nt ... rilhos.pdf


Obrigado!

Na EFCJ eu li que é simples aderência com rampas de 11%.

Qêêêêêêêêêê?????

Cacilda!

Bom, lembrei nesse instante que os bondes de Santa teresa quase sobe parede lá no RJ

É verdade.


Mas preciso saber se há trens de passageiros que trabalhem nornal trafegando em vias com 4%.

Um dado interessante é que a normatização no Brasil, praticamente "ignora" os trens de passageiros, isso, é claro, lendo nas entrelinhas. (Na verdade deve estar faltando Know-How....), pois a prática do tráfego está voltada para as cargas. (Ou seja, trabalho a fazer...)


Por isto estou procurando este material, não somente o material rodante como a Normatização, que tem de andar juntas.

Exemplo: Não adianta um trem poder andar em 6% de rampa (tração em todos os eixos) e a norma permitir 2.

Que eu saiba, o padrão da CBTU de meados de 1980 (das séries de trens 700, 800 e 900, e dos trens do Metrô-BH e Metrorec) também estabelece que os trens possam subir rampas de 4%, com 50% de motorização. A CPTM manteve esse padrão.

Já os VLTs são projetados para rampas mais "loucas", como o VLT de Tenerife, que sobe rampas de 8,5%. Não sei de VLTs que sobem rampas ainda mais severas com simples aderência (mas que devem existir).

Ou seja, se for de até 4%, o trem é "configurado" para isto.


Tudo bem que não usei como referência nada "oficial" (embora esta fonte seja da Poli-USP (rss)

http://www.poli.usp.br/d/PTR0540/downlo ... rampas.pdf

Só que aqui fala-se de rampas mínimas. (suponho que seja considerando ferrovias para carga )

O documento fala em raio mínimo e rampa máxima

Escreví errado. Desculpe. Era rampa máxima.

Rampa mínima é ZERO!

...Ué




Depois eu corrijo o post, limpo estas respostas e continuamos o assunto, sem estas retificações

Que eu saiba o Metropolitano, quando descia a crema, ia numa hitachi, que é 10% de rampa lá.
Mas eu acho que isso depende de tipo de trem, peso e outras coisas.

Recentemente ficamos sabendo que a ALL não opera mais Dash 9 na Mairinque - Santos porque, na chuva, se ela patinar, é um abraço.

Segundo julgo saber, o caminho-de-ferro de passageiros actualmente em exploração em simples adesão, com a rampa mais acentuada do mundo, é o Trogenerbahn na Suiça (http://fr.wikipedia.org/wiki/Trogenerbahn). A inclinação máxima atingida é consistentemente da ordem dos 7.3%.

Nas linhas de Alta Velocidade, nomeadamente nas LGV francesas e nas Neubaustrecke alemãs, é comum encontrar pendentes até 4%. Isso faz baixar os custos de construção ao permitir que a via acompanhe melhor os desníveis do terreno, no entanto obriga à utilização de material circulante com boa relação peso/potência o que não é problemático devido à extrema especialização do tráfego que as utiliza (o que não impede os franceses de fazerem passar comboios de mercadorias clássicos (maquina e vagoes) a 200 km/h...)

Abraços
rp

Gustavodc escreveu: Recentemente ficamos sabendo que a ALL não opera mais Dash 9 na Mairinque - Santos porque, na chuva, se ela patinar, é um abraço.

É a conceito de física: Atrito estático x atrito dinâmico.

Quase o mesmo esquema pro carro. Derrapou, invariavelmente, perdeu o controle. Imagina uma Dash...

racia escreveu:Segundo julgo saber, o caminho-de-ferro de passageiros actualmente em exploração em simples adesão, com a rampa mais acentuada do mundo, é o Trogenerbahn na Suiça (http://fr.wikipedia.org/wiki/Trogenerbahn). A inclinação máxima atingida é consistentemente da ordem dos 7.3%.

Nas linhas de Alta Velocidade, nomeadamente nas LGV francesas e nas Neubaustrecke alemãs, é comum encontrar pendentes até 4%. Isso faz baixar os custos de construção ao permitir que a via acompanhe melhor os desníveis do terreno, no entanto obriga à utilização de material circulante com boa relação peso/potência o que não é problemático devido à extrema especialização do tráfego que as utiliza (o que não impede os franceses de fazerem passar comboios de mercadorias clássicos (maquina e vagoes) a 200 km/h...)

Abraços
rp

Sim, depende da combinação de fatores como a rampa x peso do trem x tração, entre outros.

AGV escreveu:

Gustavodc escreveu: Recentemente ficamos sabendo que a ALL não opera mais Dash 9 na Mairinque - Santos porque, na chuva, se ela patinar, é um abraço.

É a conceito de física: Atrito estático x atrito dinâmico.

Quase o mesmo esquema pro carro. Derrapou, invariavelmente, perdeu o controle. Imagina uma Dash...

No carro se tu soltar o pé um pouco a roda traciona e tem como controlar.

Numa Dash carregada...

Só lembrando que aqui em São Paulo havia trilhos de bonde com rampa de 12% . Um desses lugares é a Augusta (acho que a Teodoro não fica muito atrás).

Conforme se pode ver na wikipedia, (http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrada_de ... ord%C3%A3o) a Estrada de Ferro Campos do Jordão possue uma rampa de 11% que é vencida por livre aderência. É a mesma que conduz ao Alto do Lageado, ponto culminante ferroviário do Brasil, com altitude de 1.743 m. Eu tive o imenso prazer de pessoalmente conferir estes dados, por viajar em uma das automotrizes que servem esta ferrovia.

Caros,

É a minha primeira visita a esse fórum...

Na cremalheira Piaçaguera - Paranapiacaba os trens de subúrbio de São Paulo podiam subir sozinhos, sem o auxílio das Hitachi, se não me engano. Estou pesquisando pra saber com certeza. As RDC Budd também podiam subir a Serra sem auxílio.

Antigamente, os trens unidade diesel-elétrico Cometa, Planeta e Estrela venciam a Serra de paranapiacaba sem auxílio das locobreques.

Em um livro meu, eu vi algumas fotos interessantes, como a de um trem de subúrbio Budd subindo a Serra Nova, sem carros-motor e tracionados por uma locobreque, e uma composição de subúrbio passando pelo viaduto antigo da Serra Velha, tracionada por uma locobreque.

Eu tenho algumas dúvidas sobre a Serra Velha: Até quando os Serrabreques foram usados? Quais foram as modificações feitas na Serra Velha para uso das locobreques? Quando a linha da Serra Velha foi abandonada?

Dúvida sobre a Serra Nova: Alguma das máquinas fixas ainda possuem chaminé???

Grande abraço.