Esta foi a última viagem do lendário bonde "Camarão" da CMTC.
Re: O "adeus" aos bondes paulistanos
Enviado: 28 Jun 2009, 00:46
por Ramos
Os bondes foram desativados mais como desculpa para a construção do metrô, do que por serem obsoletos.
Re: O "adeus" aos bondes paulistanos
Enviado: 28 Jun 2009, 12:22
por Vicente
É verdade, Ramos. E a falta de visão leva hoje a inúmeros planos de... VLT, que são a versão mais moderna!
Re: O "adeus" aos bondes paulistanos
Enviado: 13 Fev 2010, 02:26
por André Aquino
Ramos escreveu:Os bondes foram desativados mais como desculpa para a construção do metrô, do que por serem obsoletos.
Segundo meu pai, os bondes foram desativados pelo Faria Lima com discursos de modernidade. Um dos argumentos foi que algumas ruas de mao dupla ao ficarem de mao unica os bondes atrapalhavam.
Re: O "adeus" aos bondes paulistanos
Enviado: 13 Fev 2010, 22:08
por Jorge Luis
Para quem não conhece.
museu dos transportes CMTC. SP
Re: O "adeus" aos bondes paulistanos
Enviado: 13 Fev 2010, 23:22
por André Vasconcellos
Aí ao q se parece conservaram um trólebus,como se pode ver na última foto.Aqui o destino deles foi bem diferente...........................
Aliás uma breve história sobre trólebus no RJ:
Estes veículos foram fabricados na Itália pelo consórcio Fiat (carroceria)/Alfa Romeo (chassis)/General Electric di Milano (parte elétrica e tração). Segundo o livro "História do Transporte Urbano no Brasil", do Prof. Waldemar Corrêa Stiel (1984), para o Rio de Janeiro foram 200 trólebus, que chegaram à Cidade Maravilhosa em dezembro de 1958. Um deles, por falha na amarração de um navio, caiu no mar e a CTC jamais conseguiu recuperá-lo, apesar das inúmeras tentativas feitas. Com isso, a frota de trólebus do Rio de Janeiro jamais passou dos 199 carros, tendo sido a maior frota de trólebus do Brasil entre a inauguração do sistema, em 1962, até o ano de 1969, quando São Paulo ultrapassou a marca dos 200 trólebus em sua frota (esta última informação é de Jorge Françozo de Moraes). E ainda em depoimento, o Prof. Waldemar cita: "Com muito custo é terminada a instalação da rede aérea e, após os novos veículos serem obrigados a passar por uma reforma em vista do tempo em que ficaram no cais, no dia 31 de agosto de 1962 o governador do então Estado da Guanabara, Carlos Lacerda, em companhia de Juracy Magalhães, inaugura a primeira linha de ônibus elétricos do Rio de Janeiro. O primeiro veículo foi da Esplanada do Castelo ao Morro da Viúva".
A deterioração/desativação do sistema tem início em 1966, quando são removidos os primeiros trechos de rede aérea, na Zona Sul. Em 1968, inicia-se a conversão de parte da frota em sistema diesel, operação esta designada "transplante".A desativação total do sistema ocorreu em 1971, devido a constantes altas na tarifa de energia elétrica. Alguns equipamentos de rede e subestações foram vendidos a outros sistemas. Parte da frota convertida a diesel circulou até 1977, quando foi transferida para Niterói - RJ.
Os modelos são bem parecidos com os BH antigamente
Re: O "adeus" aos bondes paulistanos
Enviado: 14 Fev 2010, 14:48
por Rafael Lopes
Se bem que os trólebus daqui estão com um pé na cova: todo dia tem ocorrência de quebra de rede, veículos pelas ruas etc. De um total de 140 novos previstos em contrato com o Consórcio Leste 4 (do qual a Himalaia, operadora deles, faz parte), apenas 11 chegaram! Um Millennium sob MBB O500U foi reprovado pela SPTrans por algumas especificações técnincas não baterem. Agora vem aí um Trólebus Ibrava para testes. E como a Busscar, que fez os 11 trólebus conforme especificados pela SPTrans, está numa crise financeira braba, usaram esse pretexto para não renovarem.
Em março o contrato da AES Eletropaulo com a Prefeitura vence e o mesmo não foi renovado. Ambas alegam prejuízos. O sistema de 60 anos está em xeque!
Re: O "adeus" aos bondes paulistanos
Enviado: 14 Fev 2010, 18:24
por PrpPedro
Muita gente diz que trólebus é um atraso de vida. Dizem que com ocorrências do tipo queda de alavanca de contato atrasam o trânsito. De fato, é um belo impecilho. Mas isso é causado por motoristas mal treinados. Outra acusação é que os trólebus são lentos. É, eles não andam tão rápido mesmo, mas uma coisa que não se pode esquecer é que em alguns lugares em que eles foram implantados a n anos atrás, não tinham o movimento que tem hoje. Os trólebus então levam a culpa pelo trânsito caótico de Sampa. PS: Mal recapeamento também causa queda de alavanca, e sabemos bem que SP não mantém corretamente a maioria de seus logradouros. Uma solução viável para o trólebus, em que ele não atrapalharia por lentidão ou queda de alavanca, seriam os corredores, à exemplo do JAB - Ferrazópolis - São Mateus, embora lá não operem só trólebus.
É, do jeito que vai, o fim dos trólebus será o mesmo que se deu aos bondes =/
Re: O "adeus" aos bondes paulistanos
Enviado: 14 Fev 2010, 18:37
por Rafael Lopes
O Taxab enterrou o projeto do Corredor Celso Garcia, que previa melhor aproveitamento dos trólebus.
De lentos não têm nada: se deixar num lugar sem movimento eles correm (principalmente os Pluss, que numa arrancada já corre).
Esse martírio começou com a Tia Taxa destruindo mais de 50% do sistema. Em 2005 o Serra entrou e ordenou a paralização dos leilões e dos planos de retirar o restante da rede. Deu sobrevida. E vemos isso hoje.
Re: O "adeus" aos bondes paulistanos
Enviado: 14 Fev 2010, 19:14
por André Aquino
Landrail escreveu:Os modelos são bem parecidos com os BH antigamente
01/05/2011 - 09h24 São Paulo perde seu último bonde
CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO
Eis o bonde prefixo 38, de 94 anos, o último a circular na cidade de São Paulo.
No final de fevereiro, ele voltou a Santos para ser restaurado e passar a funcionar em sua cidade natal. Lá, ele circulou entre 1917, vindo da Escócia, e 1971.
Na capital, fazia o pequeno trecho entre o Memorial do Imigrante, na zona leste, e a estação de metrô Bresser-Mooca, a 500 metros dali.
(Favor conferirem a matéria original)
E como dito nos comentários da Folha: Nesses dias até o bonde São Paulo está perdendo para Santos.