TGVBR

Vale lança instituto

11/12/2009

A Vale faz o lançamento do Instituto Tecnológico Vale (ITV), anuncia a construção de três novos centros de pesquisa e ainda um investimento de R$ 120 milhões em parceria com três das principais agências de fomento à pesquisa do Brasil. Os anúncios acontecem nesta quinta-feira, 10/12, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, com a presença do diretor-presidente da Vale, Roger Agnelli, e do governador de Minas Gerais, Aécio Neves.

Estruturado no início deste ano, o ITV foi concebido para coordenar as ações de ciência e tecnologia da empresa. Com esta iniciativa, a Vale pretende fomentar a produção de pesquisas científicas, o desenvolvimento econômico de base tecnológica no país, além de gerar e difundir novos conhecimentos para o desenvolvimento socioeconômico, ambiental e para a cadeia da mineração sustentável no país. O ITV é uma instituição sem fins lucrativos, de pesquisa e ensino de pós-graduação, voltada para a inovação em áreas estratégicas.

Para levar adiante essa missão, a Vale irá construir três unidades do Instituto Tecnológico Vale, cada uma com uma vocação específica. A de Minas Gerais será erguida em Ouro Preto, e será especializada em temas de Mineração. A unidade do Pará ficará em Belém e priorizará as pesquisas em Desenvolvimento Sustentável. A de São Paulo será voltada para as inovações em Energia, tendo como um dos principais parceiros o centro tecnológico da Vale Soluções em Energia (VSE), em São José dos Campos.

Convênio com Fundações de Amparo à Pesquisa

Uma experiência inédita no país está unindo a Vale e três das principais agências de fomento à pesquisa do Brasil com o objetivo de desenvolver e apoiar projetos de pesquisa científica e tecnológica. Serão investidos até R$ 120 milhões no programa que, além da Vale, reúne as Fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados de Minas Gerais (Fapemig), Pará (Fapespa) e São Paulo (Fapesp). Para serem elegíveis ao financiamento, as pesquisas devem contribuir para o avanço do conhecimento científico e da tecnologia nas áreas de Mineração, Processos Ferrosos para Siderurgia, Energia, Ecoeficiência e Biodiversidade, e, simultaneamente, contribuir para a aplicação do conhecimento gerado na promoção do desenvolvimento da tecnologia nacional. Cerca de R$ 72 milhões serão aportados pela Vale e o valor restante dividido entre os demais parceiros.

O convênio prevê o financiamento a itens de custeio, de capital e todas as modalidades de bolsas pagas pelas FAPs envolvidas - iniciação científica, mestrado, doutorado, pós-doutorado. Terá mais chances de ser contemplado o projeto que proponha o desenvolvimento de pesquisas em redes interestaduais, ou seja, uma universidade do Pará em parceria com uma de Minas ou São Paulo e vice versa. Um de nossos principais objetivos é promover a troca de experiências e o intercâmbio de conhecimento, recursos e infraestrutura entre as instituições, explica o diretor do ITV, Luiz Mello O convênio prevê o financiamento a itens de custeio, de capital e todas as modalidades de bolsas pagas pelas FAPs envolvidas - iniciação científica, mestrado, doutorado, pós-doutorado. Terá mais chances de ser contemplado o projeto que proponha o desenvolvimento de pesquisas em redes interestaduais, ou seja, uma universidade do Pará em parceria com uma de Minas ou São Paulo e vice versa. Um de nossos principais objetivos é promover a troca de experiências e o intercâmbio de conhecimento, recursos e infraestrutura entre as instituições, explica o diretor do ITV, Luiz Mello.

Para o presidente da Fapemig, Mario Neto Borges, esta parceria incentiva a articulação entre três elos - empresa privada, meio acadêmico e governo - que historicamente têm deficiências de comunicação. Estamos quebrando paradigmas. O peso do nome da Vale abre portas para que outras empresas se interessem em fazer parcerias, acredita ele.

Dentre as linhas propostas para pesquisa estão temas como métodos indiretos de prospecção mineral, melhoria no sistema de monitoramento de barragens, reutilização de resíduos, novas rotas de biocombustíveis, melhorias de eficiência na geração hidrelétrica, conservação de ecossistemas e descoberta de novos produtos, entre outros. Os desafios de pesquisa nestas áreas são relevantes tanto para o desenvolvimento tecnológico e industrial da Vale como para a acumulação de conhecimento necessário para aplicação em diversos campos da sociedade brasileira.

Recursos

Valor global: R$ 120 milhões
Aporte Vale: R$ 72 milhões
Aporte Fapespa: R$ 8 milhões
Aporte Fapemig: R$ 20 milhões
Aporte Fapesp: R$ 20 milhões

Fapemig

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais é uma agência de fomento à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico de Minas Gerais. É uma fundação do Governo Estadual, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, que tem como missão induzir e fomentar a pesquisa e a inovação científica e tecnológica para o desenvolvimento do Estado de Minas Gerais.

Outros investimentos do ITV

A primeira atuação do ITV ocorreu no Pará, no início deste ano, através do estímulo à produção acadêmica por meio da destinação de R$ 4 milhões para 84 bolsas de mestrado e doutorado no estado. Os projetos escolhidos têm temas variados e não precisavam estar ligados à mineração. Foram selecionados trabalhos de áreas como Ciência da Computação, Biologia, Genética, Neurociência, Engenharia, Botânica, Física, entre outros. A proposta desta iniciativa foi promover a interação empresa, universidade e instituições do governo para o incentivo à produção científica de excelência, beneficiando toda a comunidade do estado.

Em novembro último, o ITV e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq) lançaram um edital para selecionar e apoiar propostas de pesquisa dentro das linhas definidas pelo estudo intitulado Projeto Setor Mineral - Tendências Tecnológicas Brasil 2015, que elaborou uma agenda de prioridades para investimento no setor mineral. A iniciativa oferece um total de R$ 6,9 milhões, dos quais R$ 4,7 milhões aportados pela Vale e o restante financiado pelo Fundo Setorial Mineral (CT-Mineral). O edital ainda está em vigor e as propostas de pesquisa podem ser apresentadas ao CNPq até 18 de janeiro de 2010.

Outros Investimentos em Minas Gerais

Além do aporte de R$ 72 milhões na parceria com as Fundações de Amparo à Pesquisa, récem-anunciado, a Vale realizou importantes investimentos no Estado de Minas Gerais no decorrer deste ano. Entre os principais destaques estão a inauguração do Terminal Intermodal de Pirapora, que recebeu investimento da ordem de R$ Além do aporte de R$ 72 milhões na parceria com as Fundações de Amparo à Pesquisa, récem-anunciado, a Vale realizou importantes investimentos no Estado de Minas Gerais no decorrer deste ano. Entre os principais destaques estão a inauguração do Terminal Intermodal de Pirapora, que recebeu investimento da ordem de R$ 300 milhões e desponta como a principal alternativa logística para a exportação de grãos produzidos no Noroeste de Minas Gerais e a modernização do contorno ferroviário da Capital. Desenvolvida em parceria com o Ministério dos Transportes, ao custo preliminar de R$ 137,5 milhões, a modernização prevê grandes intervenções urbanas em BH e na região metropolitana da capital, devendo beneficiar diretamente cerca de 250 mil pessoas de 10 bairros da região.

Em setembro último, a Vale inaugurou também em Minas o Projeto Itabiritos, um investimento de R$ 2,3 bilhões. Localizado nos municípios de Nova Lima e Itabirito, o projeto integra uma pelotizadora e uma usina de concentração de minério de ferro com capacidade nominal para 10 milhões de toneladas e 7 milhões de toneladas de pelotas anuais.

Em parceria com o Governo do Estado, foi lançada também, desta vez em Diamantina, a primeira Estação Conhecimento - Núcleo de Desenvolvimento Humano e Econômico no Estado. Programa da Fundação Vale, a Estação tem como premissa buscar o empreendedorismo, a criatividade, a inovação, a articulação de parcerias, a participação e o compartilhamento de ações entre o governo, sociedade civil organizada e as comunidades envolvidas. A Vale investirá cerca de R$ 10 milhões na unidade, que oferecerá cursos profissionalizantes e atividade com ênfase em esporte, arte e cultura a 1.500 jovens de 7 a 19 anos, de 23 municípios do Vale do Jequitinhonha. O início das atividades da Estação está previsto para o próximo ano.