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Pacific 370 - Zezé Leone volta à ativa em MG

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Vicente
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Pacific 370 - Zezé Leone volta à ativa em MG

Mensagem não lida por Vicente » 09 Dez 2008, 15:39

Essa eu quase chorei aqui... É em Santos Dumont, "pertim" de Mercês, a cidade de meu pai, cuja estação postei aqui. Essas imagens são de ontem,8/12/2008

Recebi o link do vídeo do amigo Thomas Corrêa... é pena que só posso ver à noite, o firewall bloqueia aqui...

http://br.youtube.com/watch?v=6rrIzb0r66o
(Se não funicionar, procure no youtube como "Zezé Leone")

Dá gosto ver que tem gente que está fazendo algo pra ajudar a preservar a memória tão curta do brasileiro! <O>


Landrail
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Mensagem não lida por Landrail » 09 Dez 2008, 15:49

Pois é, não sei se você visitou as ofoicinas de Santos Dumond, pois lá tem vários carros de passageios abandondos. wll wll

Dizem que a ZeZe Leone vai voltar entre Juiz de Fora - Barbacena - Santos Dumond, mas acho difícil a MRS liberar o trecho (mesmo no fim de semana) :gr: :(
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Mensagem não lida por Vicente » 09 Dez 2008, 16:45

Barbacena - Santos Dumont??

Isso daria umas duas horas, não?

Aí é que eu vou visitar a família nas férias!!!

Lembro de um pontilhão ferroviário muito bonito, no caminho entre a rodoviária e o centro (Praça do Globo)...


Landrail
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Mensagem não lida por Landrail » 10 Dez 2008, 11:50

Algumas fotos da "Vaporosa" e que vaporosa!!! :WUB:

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céditos: Arthur Bilheri

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Mensagem não lida por Vicente » 11 Dez 2008, 10:14

landrail escreveu:Pois é, não sei se você visitou as ofoicinas de Santos Dumond, pois lá tem vários carros de passageios abandondos. wll wll

Dizem que a ZeZe Leone vai voltar entre Juiz de Fora - Barbacena - Santos Dumond, mas acho difícil a MRS liberar o trecho (mesmo no fim de semana) :gr: :(
Land, eu considero que isso seria possível: a MRS foi patrocinadora do restauro. É interessante para a empresa formar uma imagem positiva na população, usando um trem turístico. Se a Vale faz, porque a MRS não faria??


Landrail
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Mensagem não lida por Landrail » 11 Dez 2008, 15:07

Locomotiva Zezé Leone volta a rodar em MG

09/12/2008


A Zezé Leone foi entregue ao público de Santos Dumont (MG) após passar por reforma completa

A locomotiva 370 da antiga Rede Ferroviária Federal foi ontem (08/12) entregue ao público de Santos Dumont (MG) pela Notícia & Cia. A máquina pertenceu inicialmente à Estrada de Ferro Central do Brasil, a quem foi doada pelo rei Alberto I da Bélgica por ocasião do Centenário da Independência, em 1922. Pertence à classe Pacific, com quatro rodas guia na frente, para estabilidade; seis rodas de tração no meio de grande diâmetro, para velocidade, e duas rodas atrás, para apoio. Foi fabricada pela Alco americana.


A Pacific é uma das locomotivas mais famosas do tempo do vapor, usada em todo o mundo para trens expressos de passageiros. Foi projetada para alta velocidade (atinge 100 km/h) e ganhou um poema sinfônico do compositor franco-suisso Arthur Honneger intitulado “Pacific 4-3-1”. No Brasil a Central do Brasil tinha 30 dessas máquinas, todas da série 300, servindo nos trens expressos Rio-São Paulo e Rio-Belo Horizonte. Restaram duas, a 353, hoje no Museu do Imigrante, em São Paulo, e a 370, agora recuperada.


A Zezé Leone tem esse nome por causa da Miss Brasil eleita em 1922, ela também famosa na sua época. Ganhou filme, marchinha, busto de mármore e nome de rua. É conhecida até hoje por uma receita de doce que ainda é seguida nas casas de Minas e São Paulo (Zezé Leone era de Santos): um creme de baunilha de coloração rosada como a cor da sua pele.


O velho maquinista


Em Santos Dumont, a meio caminho entre o Rio e Belo Horizonte, no pé da Serra da Mantiqueira, havia cinco Pacific, abrigadas no IV Depósito de Locomoção, importante centro de manutenção de locomotivas da Central e depois da Rede Ferroviária Federal. Havia também -- se a memória não falha ao maquinista Domingos Marinho da Costa, de 80 anos, que conduziu a 370 na década de 50 -- outras 28 locomotivas de carga e passageiros, de fabricação americana e alemã. Contando com as máquinas de passagem, o IV Depósito mantinha permanentemente, segundo o velho maquinista, 46 locomotivas “acesas”, ou seja, com a caldeira aquecida e prontas para atender a solicitações do Movimento, o departamento de operação da ferrovia.


Ele conta que a Zezé Leone veio para Santos Dumont na década de 50, e que antes operava no trecho Rio-São Paulo, junto com a 353, que lá ficou.


O IV Depósito foi desativado na privatização da ferrovia, no final da década de 90, e guarda hoje velhos vagões, carros de passageiros e dois guindastes a vapor. No tempo da Central, segundo seu Domingos, que começou como graxeiro, depois foi a foguista e depois maquinista, o Depósito tinha ferraria, fundição, caldeiraria e ferramentaria: “isso aqui era um formigueiro, havia 800 homens trabalhando”. Tinha também caixa d’água e carvoaria para abastecimento das locomotivas que vinham de Barra do Piraí (RJ) para subir a serra.


“Daqui até o alto da serra – recorda seu Domingos – levava umas três horas. Para a viagem a Belo Horizonte o trem saía do Rio de Janeiro em tração elétrica até Barra do Piraí, trocava para vapor, seguia até Três Rios, trocava de novo para outra locomotiva a vapor, vinha até Santos Dumont; aqui a gente engatava uma dessas máquinas e subia até Conselheiro Lafaiete, uns 120 km serra acima. Lá trocava novamente e seguia até Belo Horizonte.”


Ele explica que as trocas eram feitas para abastecimento de água e carvão, lubrificação e o ajuste das engrenagens das locomotivas a vapor.


“Em todo lugar onde tinha água a gente parava para reformar (ou seja, para abastecer). Daqui até Conselheiro Lafaiete a gente parava em Mantiqueira, Sítio (hoje Antonio Carlos), Alfredo Vasconcelos, Ressaquinha e Cristiano Ottoni. Uma locomotiva a vapor com caldeira acesa não pode nunca ficar sem água”. Seu Domingos conduziu a locomotiva na viagem inaugural, dia 8 de dezembro, entre a Estação de Santos Dumont e o IV Depósito.


Reforma


A locomotiva estava guardada dentro do IV Depósito e foi localizada em 2005 pelo pesquisador Sergio Martire, durante a elaboração do Inventário das Locomotivas a Vapor, um catálogo de todas as locomotivas a vapor existentes no Brasil (são 419) produzido pela Notícia & Cia, a mesma empresa que faria a restauração da Zezé Leone. Em 2007 a Notícia & Cia apresentou o projeto de restauro ao Ministério da Cultura e obteve autorização para captar o valor necessário, dentro da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). A MRS Logística ofereceu-se para a patrocinar o valor integral e a reforma foi inicada em março de 2008.


A MRS é a sucessora histórica da EF Central do Brasil, e seus trens são hoje tracionados por locomotivas diesel elétricas de última tecnologia. Passam pela mesma linha por onde passava a Zezé Leone há 80 anos atrás, o Ramal de São Paulo e a Linha do Centro. O Ramal de São Paulo foi por onde começou a ser construída Central do Brasil quando ainda se chamava EF Dom Pedro II, inaugurada em dezembro de 1858, portanto há 150 anos.


A reforma consistiu em trocar todos os tubos da caldeira e refazer o seu revestimento; refundir os mancais de bronze, desaparecidos quando a locomotiva ficou ao ar livre depois de desativada; substituir os rodeiros (eixos e rodas) do tender, onde são armazenados água e carvão; desmontar e reajustar os cilindros; reparar gerador de vapor de energia elétrica, compressor de vapor para freio e válvula de segurança; refazer a caixa do tender e a cabine; refazer os comandos de válvulas que desapareceram ao longo do tempo; refazer o limpa trilhos e outros serviços de menor importância. Tudo foi feito em nove meses, tempo recorde para um empreendimento deste tipo.


O trabalhou serviu para reativar o IV Depósito e para recontratar ferroviários aposentados da era do vapor, como o maquinista Domingos: o ajustador Francisco, que todos chamam de Baiano, responsável pelo delicado trabalho de equilibro das engrenagens das rodas, e o chefe de equipe José Hamilton, que veio da Estrada de Ferro Teresa Cristina, a última das ferrovias brasileiras a abandonar a tração a vapor, na década de 80. Serviu também como primeira experiência profissional dos alunos do Centro Municipal de Educação Profissional de Santos Dumont, felizes de fazer voltar à vida a máquina da geração de seus avós.


Para Regina Perez, diretora da Notícia & Cia, o trabalho em Santos Dumont apenas começou e deve continuar agora no restauro dos carros de passageiros guardados no IV Depósito, deteriorando-se ao tempo.


“Um trem a vapor é um atrativo importante para qualquer cidade, e não só porque agrada aos moradores. A Zezé Leone vai atrair muitos visitantes de outras cidades, inclusive de outros países, e isso quer dizer turismo e renda para Santos Dumont”.

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A equipe responsável pelo restauro

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À esquerda, Julio Fontana, da MRS. À direita, Evandro Nery, prefeito de Santos Dumont

Fonte: http://www.revistaferroviaria.com/index ... a=&pagina=
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Mensagem não lida por Landrail » 13 Dez 2008, 16:13

Vicente A.O.Junior escreveu:
landrail escreveu:Pois é, não sei se você visitou as ofoicinas de Santos Dumond, pois lá tem vários carros de passageios abandondos. wll wll

Dizem que a ZeZe Leone vai voltar entre Juiz de Fora - Barbacena - Santos Dumond, mas acho difícil a MRS liberar o trecho (mesmo no fim de semana) :gr: :(
Land, eu considero que isso seria possível: a MRS foi patrocinadora do restauro. É interessante para a empresa formar uma imagem positiva na população, usando um trem turístico. Se a Vale faz, porque a MRS não faria??
Vicente, existe um grande abismo entre MRS e EFVM, enquanto EFVM tem mais de 650 km duplicados e linha totalmente retificada de Vitória a Belo Horizonte, a MRS tem suas linhas (tronco da EFCB) desde o século passado com exceção da Ferrovia do aço.
Eu poderia citar varíos outros motivos como dormentes de aço, trilhos TR-68 (na MRS os trilhos são TR-57) além do principal o sitema de sinalisação, na MRS o sistema é anlógico no "bom" e velho CTC, já na EFVM o sitema é digital com o moderno e eficiente ATC, isso permite que os trens de passageiros possam manobrar de forma segura sem correr o risco de acidentes, na EFVM mesmo sendo duplicada a Ferrovia não possuí um sentido de circulação como numa linha linha metroviária, então muitas vezes os trens são obrigados mudar de via para "ultrapassar" um trem de carga ou para sair de uma via em manutenção.
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Mensagem não lida por Inconfidente » 13 Dez 2008, 21:46

Legal, então é Santos Dumont - Barbacena - Juiz de Fora?

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