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[CCVF] Abrigo de Bondes na Marquês de Paraná

Enviado: 01 Jul 2010, 21:52
por Renanfsouza
CCVF - Abrigo de Bondes na Marquês de Paraná

No dia 24/06/2010 aproveitei que fui liberado do trabalho por algumas horas por conta do jogo Brasil x Portugal e resolvi ir a Niterói fotografar este antigo abrigo da Companhia Cantareira e Viação Fluminense, empresa que administrava diversas linhas de bonde em Niterói e também o serviço de barcas para a Praça XV.

O abrigo foi restaurado há pouco tempo. Na verdade pelo que fui informado o Supermercado Guanabara (que fica ao lado) conseguiu a licença para abrir com a condição de que reformasse o velho abrigo.

Foto 1: Geral
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Foto 2: O abrigo fica na esquina das ruas Marquês de Paraná e São João e ocupa o quarteirão todo
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Foto 3:
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Foto 4:
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Foto 5: Dístico da CCVF
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Foto 6:
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Foto 7:
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Foto 8:
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Foto 9: Hoje o abrigo é um centro cultural
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Foto 11: Algumas gerais
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Foto 13:
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Foto 14:
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Foto 16: Geral da imensa gare
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Foto 17:
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Foto 18:
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Foto 19: O outro lado
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Foto 20:
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Foto 22:
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Foto 23: O Supermercado Guanabara fica bem ao lado esquerdo da fato
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Créditos

Texto: Renan Souza
Fotos: 1-23 por Renan Souza em 24/06/2010

Re: [CCVF] Abrigo de Bondes

Enviado: 02 Jul 2010, 06:54
por André Vasconcellos
Muito lindo,muito lindo...

Re: [CCVF] Abrigo de Bondes

Enviado: 04 Jul 2010, 16:09
por Pablo ITT
Que bom que voce postou estas fotos. Nunca mais fui para esteslados prevendo o pior.
Em 2003 recebi uma ligação do então secretário deCultura de Niteroi para fazer uma analise e posterior estudo de aproveitamento do espaço para ser um centro cultural e abrigar a Banda Sinônica local. Quando vi o projeto apresentado por um determinado grupo eles tinham marcado uma cota de 17,00 m que indiria as oficinas inviabilizando o projeto e destruindo o patrimônio, foi por pouco.

http://www.tgvbr.protrem.org/phpBB3/vie ... f=5&t=2970

Em 2005 no seminário da MPF aqui no Rio, apresentei o projeto no tópico de preservação do patrimônio ferroviário construído.
Neste memo seminário apresentei um trabalho sobre turismo ferroviário e cultura que envolvia as antigas oficinas Trajano em Pilares esquinqa da Suburbana(atual D. Helder Câmara) com linha amarela. 20 dias depois da apresentação demoliram o galpão e deram sumiço na estrutura de ferro que tinha vindo de Paris nos primeiros anos do século passado. Esta estrutura foi projetada por George Eiffel (sim o mesmo da Torre) para ser utilizada em um pavilhão da feira universal em Paris no ano de 1889 em comemoração aos100 anos da revolução francesa.
O pior é que moro perto e não vi o massacre de tão rápido que foi. A edificação fora tombada pelo município e depois destombada. Detalhe a construtora poderia ter feito um projeto mantendo a estrutura e ainda tiarando proveito da fama da estrutura. Pasmem a construção está demorando muito parece que estão com problemas. Se alguém tiver interesse me avise.
:gr:

Re: [CCVF] Abrigo de Bondes

Enviado: 09 Jul 2010, 23:46
por Nina
Passei por esse lugar ontem a tardinha. Não sei se perceberam que uma das pontas esta faltando.Foi destruida para a abertura da Marques de Parana

Re: [CCVF] Abrigo de Bondes

Enviado: 10 Jul 2010, 00:04
por Pablo ITT
Nina escreveu:Passei por esse lugar ontem a tardinha. Não sei se perceberam que uma das pontas esta faltando.Foi destruida para a abertura da Marques de Parana
É o pogréssio.
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Histórico
Data de 1871 o aparecimento, na cidade, dos primeiros bondes, tornando-se Niterói a sétima cidade brasileira a contar com tal meio de transporte. A primeira concessão foi dada ao Ten.- Cel. João Frederico Russel, em janeiro de 1871. Logo em seguida, a Companhia de Ferro Carril Nictheroyense adquire a concessão e inaugura, em agosto daquele mesmo ano, a primeira linha de bondes, a qual saía da estação das barcas de São Domingos, atravessava os bairros do Ingá e Icaraí e findava junto ao Morro do Cavalão.

Aos poucos, outras linhas iam sendo construídas e, logo, vários pontos da cidade puderam contar com aquele tipo de transporte: Largo do Marrão, Largo do Quartel, Viradouro, Santo Rosa, Canto do Rio, Cubango etc. Posteriormente, a Ferro Carril compraria a empresa de Barcas Fluminenses.

Durante os anos seguintes, várias empresas estiveram à frente das atividades: Trilhos Urbanos de Nictheroy (1877); a Companhia Carris Urbanos de Nictheroy (1883); Empresa de Obras Públicas no Brasil (1889) e, finalmente, a Companhia Cantareira e Viação Fluminense que, em 1892, ficou como responsável pela expansão da malha.

Em 1905, por pressão de Nilo Peçanha, então Presidente do Estado, a Cia. Cantareira transformou o sistema de tração animal em tração elétrica, inaugurando esse serviço em 31 de outubro de 1906. Para tanto, foi necessária a montagem de uma usina geradora de eletricidade, além de toda a estrutura de maquinaria, trilhos e fiação que dariam suporte para as novas transformações urbanas. O antigo Abrigo de Bondes foi construído, então, para abrigar a usina e oficinas de reparos dos veículos.
A edificação, de caráter industrial, possui no seu galpão principal, uma estrutura metálica importada, conferindo ao espaço amplidão e versatilidade. Essa estrutura encontra-se envolvida por fachadas de alvenaria com elementos decorativos classicizantes. A fachada principal, voltada para a Rua Marechal Deodoro, embora parcialmente mutilada em 1977 quando do alargamento da Avenida Marquês de Paraná, ainda mantém suas características arquitetônicas; sua empena forma um frontão constituído de entablamento e cornijas descontínuas; chama a atenção um relógio, de origem inglesa, colocado na abertura central do frontão. A fachada lateral interna é constituída por alvenaria com quinze vãos em arco pleno conferindo-lhe caráter clássico.

Os motores dos bondes provinham da Companhia Westinghouse. Os trucks vieram da empresa J. G. Brill e a lotação, de quarenta passageiros, distribuía-se em dez bancos de teca ( teak-wood) envernizados. Os bondes, que inicialmente ficavam guardados nas oficinas de seção de navegação em São Domingos, após a inauguração do Abrigo, passaram a ocupar aquele espaço.

No início da década de 60, a introdução dos trolley-bus e a criação da SERVE marcaram o final dos bondes dando início à decadência do prédio. A partir dessa época, o imponente prédio transformou-se paulatinamente em garagem para ônibus. O lugar foi sendo sucateado e esquecido. Em 1999, a Prefeitura tornou-o de utilidade pública para fins de desapropriação.

Por seu valor histórico e arquitetônico para a cidade, a Prefeitura Municipal tombou provisoriamente o imóvel através do Decreto nº 6.595 de 7 de abril de 1993.

Em 2009, a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Meio Ambiente do Núcleo de Niterói firmou um Termo de Ajustamento de Conduta com a “P.R.A Empreendimentos e Participações de Bens Ltda.” e o Município de Niterói, para organizar a construção de uma loja do Supermercado Guanabara em área tombada pelo patrimônio histórico municipal, no prédio do Abrigo de Bondes, onde também foi inaugurado um Centro Cultural.

Atualmente o Centro Cultural Antônio Callado (Abrigo dos Bondes) funciona como centro cultural, com shows, peças de teatro, e eventos culturais. No local tamém há uma exposição permanente sobre a história dos Bondes em Niterói. O espaço fica aberto de terça a sábado, das 10 às 18h e com entrada gratuita. O endereço é Rua Marquês do Paraná, nº 100, Centro – Niterói, RJ.
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http://sosniteroi.wordpress.com/2010/04 ... -bondes-2/