Linha do Litoral - km 318,000 (1960) RJ-4501
Inauguração: 1911?
Uso atual: abandonada com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1911
HISTORICO DA LINHA: O que mais tarde foi chamada "linha do litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia constrtuído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim,foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória.
Fonte: Site "Estações ferroviárias"
Em setembro de 2010, estive pelo Norte Fluminense por motivo de estudo (não ferroviário, mas aproveitei a passagem) e percorri as cidades de Macaé, Carapebus, Quissamã e Campos. Em Macaé estive fazendo um curso na área petrolífera; em Quissamã passava as noites pois é terrinha dos meus avós paternos e tenho alguns parentes por lá ainda; em Campos fiz uma prova para concurso público e ... em Carapebus não fiz nada, passei apenas por passar.
No último fim de semana de passagem pela região, fui prestar concurso público na cidade de Campos dos Goytacazes, ou simplesmente Campos. O local da prova ficava no belo e histórico Colégio Nilo Peçanha, no centro da cidade. Como cheguei 2:30 antes do horário (o transporte de Quissamã para Campos é péssimo, coisa que eu já sabia) e além de estar nervoso já havia estudado um bocado, resolvi dar uma volta pela cidade. Minha primeira intenção era chegar ao Rio Paraíba do Sul, e depois ver a ponte ferroviária que foi construída em 1908 ligando as duas margens, consolidando a linha direta Rio-Campos-Vitória (ES), o famoso e lendário Trem "Cacique". Após andar por uns 20 minutos, cheguei ao Rio e avistei a ponte ferroviária. Mais uns 20 minutos de caminhada fotografando a paisagem e muitos ônibus antigos que ainda circulam pela cidade (foto abaixo de um Caio Gabriela, a venda !),
cheguei à ponte, uma magnífica obra de engenharia. Tirei várias fotos (vejam abaixo):
Por baixo da ponte, sentido Vitória (ES):
Por baixo da ponte, sentido Campos (RJ):
A partir desta foto, comecei a reparar em uma construção ao lado da histórica ponte, do lado esquerdo da foto abaixo:
Pensei comigo: "Parece uma estação ferroviária ..."
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EF Leopoldina (Linha do Litoral) - Estação Campos-Cargas
Moderador: Caco
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EF Leopoldina (Linha do Litoral) - Estação Campos-Cargas
Editado pela última vez por DadoDJ em 20 Out 2010, 13:37, em um total de 1 vez.
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Re: EF Leopoldina (Linha do Litoral) - Estação Campos-Cargas
Pensei comigo novamente: "Mas qual estação seria esta, já que conheço a estação Campos por fotos e sei que ela é grandiosa, muito maior do que esta, que parece um armazém". Atravessei a avenida e observei a fachada voltada para a avenida. Constatei que havia um dístico, com a data de 1911.
Enfiei o braço e a câmera fotográfica por dentro do portão metálico (e quente ! ! !) e fiz a foto abaixo. Para minha surpresa, o local é (era) um pátio ferroviário, e ainda havia um vagão fechado estacionado nele !
Vi a hora e reparei que faltava 65 minutos para a prova ... e eu não havia almoçado ainda ! É agora ou nunca ! Contornei o terreno e não encontrei algum local que poderia adentrar para investigar o pátio. A linha férrea passa por uma rampa elevada que cerca o pátio ferroviário pelo lado da rua ! Do outro lado eu não poderia entrar, pois eram terrenos particulares (casas e prédios), mas eis que me surge um monte de entulho ao lado da rampa ! Subi por este entulho e consegui alcançar (com certa dificuldade, pois a rampa é alta) os trilhos ! Abaixo uma foto no sentido Campos:
Como não conhecia a cidade, fiquei meio receoso com o ambiente (aprazível de modo geral, no final das contas, me senti muito mais seguro do que em Macaé) e com alguns dos seus habitantes, que me olhavam diferente ... por isso algumas fotos ficaram tremidas, como a foto abaixo (sentido Vitória):
Na foto abaixo pode-se ver a ponte ao fundo, os trilhos sobre a alta rampa, a suposta estação e o vagão abandonado:
Me sentindo mais seguro, tirei algumas fotos do pátio da suposta estação:
Pátio tomado de mato:
Vagão abandonado:
A estação:
A ponte:
Um antigo poste telegráfico:
Depois desta foto, ouvi alguém me chamando a atenção, mas não localizei de onde vinha a voz. Bati em retirada saltando os dormentes e quase caí de cima da rampa. Acredito que a voz tenha vindo de um morador de rua do vagão abandonado, pois a voz parecia vir daquele lado. Após descer da rampa, ainda consegui um pequeno flagrante de um antigo sinal ferroviário, atrás da favelinha que se forma na beira dos trilhos:
No almoço, peguei meu companheiro de viagem na mochila (o livro "A formação das Estradas de Ferro no Rio de Janeiro - O resgate da sua história) e encontrei o que queria. A dúvida estava sanada: no livro há um mapa que aponta uma estação logo após a estação Campos - Passageiros, antes de cruzar o Rio Paraíba do Sul: a estação Campos - Cargas. Após isso tudo, me dirigi ao local da prova correndo, sem deixar de passar antes na estação de Campos - Passageiros e tirar algumas fotos rapidamente. Claro, não poderia perder a oportunidade ...
Enfiei o braço e a câmera fotográfica por dentro do portão metálico (e quente ! ! !) e fiz a foto abaixo. Para minha surpresa, o local é (era) um pátio ferroviário, e ainda havia um vagão fechado estacionado nele !
Vi a hora e reparei que faltava 65 minutos para a prova ... e eu não havia almoçado ainda ! É agora ou nunca ! Contornei o terreno e não encontrei algum local que poderia adentrar para investigar o pátio. A linha férrea passa por uma rampa elevada que cerca o pátio ferroviário pelo lado da rua ! Do outro lado eu não poderia entrar, pois eram terrenos particulares (casas e prédios), mas eis que me surge um monte de entulho ao lado da rampa ! Subi por este entulho e consegui alcançar (com certa dificuldade, pois a rampa é alta) os trilhos ! Abaixo uma foto no sentido Campos:
Como não conhecia a cidade, fiquei meio receoso com o ambiente (aprazível de modo geral, no final das contas, me senti muito mais seguro do que em Macaé) e com alguns dos seus habitantes, que me olhavam diferente ... por isso algumas fotos ficaram tremidas, como a foto abaixo (sentido Vitória):
Na foto abaixo pode-se ver a ponte ao fundo, os trilhos sobre a alta rampa, a suposta estação e o vagão abandonado:
Me sentindo mais seguro, tirei algumas fotos do pátio da suposta estação:
Pátio tomado de mato:
Vagão abandonado:
A estação:
A ponte:
Um antigo poste telegráfico:
Depois desta foto, ouvi alguém me chamando a atenção, mas não localizei de onde vinha a voz. Bati em retirada saltando os dormentes e quase caí de cima da rampa. Acredito que a voz tenha vindo de um morador de rua do vagão abandonado, pois a voz parecia vir daquele lado. Após descer da rampa, ainda consegui um pequeno flagrante de um antigo sinal ferroviário, atrás da favelinha que se forma na beira dos trilhos:
No almoço, peguei meu companheiro de viagem na mochila (o livro "A formação das Estradas de Ferro no Rio de Janeiro - O resgate da sua história) e encontrei o que queria. A dúvida estava sanada: no livro há um mapa que aponta uma estação logo após a estação Campos - Passageiros, antes de cruzar o Rio Paraíba do Sul: a estação Campos - Cargas. Após isso tudo, me dirigi ao local da prova correndo, sem deixar de passar antes na estação de Campos - Passageiros e tirar algumas fotos rapidamente. Claro, não poderia perder a oportunidade ...
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