Reproduzo aqui os comentários e foto do nosso colega forista Dado na comunidade Resgate dos Trens e Ferrovias:
Para não ficar só no copia-cola, era um dos 3 intrépidos que não desistiu seguiu em frente debaixo do sol quente. O casal mencionou que a parada fora construída por moradores, e que o condutor do trem parava por gentileza sempre que nela havia alguém ou quando solicitado por um dos passageiros.(...) Após ficarmos ao mesmo tempo surpresos com a grandiosidade de Visconde de Itaboraí e chateados com o abandono do local, partimos em direção à próxima escala: Parada Amaral.
Observando as informações que tínhamos, constatamos que esta parada ficava a pouco mais de 4kms de onde estávamos. Neste momento eu já tinha ingerido uns 2 litros de bebidas variadas (refigerante, água, guaraná, guaraná com açaí... o sol tava rachando a cuca!!!)... continuamos seguindo pela linha até o ponto que ela se bifurca, uma linha em sentido Parada Amaral e a outra no sentido Magé (via Sernambitiba). Seguimos em frente... o mato começou a ficar mais alto... a linha afundou em uma valeta tomada de vegetação... a mata ficando cada vez mais densa ... até que o Guilherme Pinho, que era o mais alto da turma, sumiu no meio da floresta! Decidimos voltar e tentar outro caminho, depois de uns 300 metros adentrando a mata... quando alcançamos novamente a estrada, parte do nosso grupo decidiu seguir de ônibus e eu e mais 3 continuamos a pé... só sei de duas coisas: 10 minutos de caminhada e eu recebo o telefonema do Paulo, avisando que já haviam chegado à Parada Amaral. E nós, em uma velocidade de 3, 4 km/h (segundo meu GPS), não tínhamos nem alcançado a linha novamente! O sol estava tão forte que eu peguei uma camisa pra cobrir minha cabeça, que já estava com um boné! Parecia que não chegaríamos mais... mas eis que algo nos anima na expedição: uma estação desconhecida!!!
Não sabíamos que estação/parada seria aquela... então decidimos continuar, até que cruzamos com um casal no caminho. Perguntamos e eles nos disseram: o nome do bairro chama-se "Village do Sol" e se originou a partir de um loteamento de parte da "Fazenda Sampaio", uma bela fazenda que ainda possui suas instalações funcionando nas proximidades.
Este casal ainda nos contou que antes desta não-oficial Parada "Village do Sol" (que foi construída pelos moradores e que o trem da Central parava, quando necessário) havia uma outra parada, de madeira e também construída pelos moradores. Não a vimos, talvez por sairmos do leito da linha em parte do caminho devido às dificuldades encontradas ... de qualquer forma, vou vasculhar pelo Google Earth depois. (...)
Naturalmente, mapeei a parada no OpenStreetMap. Veja também no Google Maps.