TGVBR

É com grande alegria e satisfação que venho, através deste tópico, informar a todos que a CPTM - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos lançou o Edital n° 8279103061 - Categoria Pregão Eletrônico, Tipo Menor Preço, cujo objeto é: Prestação de serviços para recuperação e adaptação dos carros ferroviários de longo percurso PC 3016, SI 3110 e RI 3354, para utilização como Expresso Turístico nas linhas da CPTM, com fornecimento de equipamentos, materiais e insumos.

Os carros integrantes do Edital são os seguintes:

PC 3016 - Carro de aço carbono, fabricado pela Pullman Standard para a CP;
SI 3110 - Carro de aço inox da série 500, fabricado pela The Budd Company para a EFS;
RI 3354 - Carro de aço inox da Série 500, fabricado pela The Budd Company para a EFS.

Os três carros encontram-se nas oficinas de Rio Claro (originalmente da CP, posteriormente #FEPASA e atualmente ALL).

De acordo com o Edital, as poltronas dos carros PC 3016 e SI 3110 deverão ser substituídas por poltronas de linha automotiva com revestimento de couro, enquanto o carro RI 3354 deverá ser reformada sua cozinha, com instalação de geladeira, forno de microondas, armários e gabinetes. [Maiores informações, vide Edital].

Agora resta saber: Esses carros serão reformados para compor o trem para Pindamonhangaba e Aparecida, já que um dos carros contemplados é um carro restaurante?

Boas novas vem aí... app

fonte: www.cptm.sp.gov.br

Segundo o blog "Almanaque da Refesa":

SI 3110 - Utilizado no Trem Bandeirante.
1a Classe
Ano: 1951;
Assinatura Original: E.F.S.;
Assinatura de Fábrica: (1950): E.F.S.;
Assinatura Modificada: (Década de 70): FEPASA (diferentes tipologias)
Capacidade oficial: 60 passageiros;
Tara original: 32.000 kg .

RI3354 - Utilizado no Trem Bandeirante ( sem modificações)
Carro restaurante
Ano: 1951;
Assinatura Original: E.F.S.;
Assinatura de Fábrica: (1950): E.F.S.;
Assinatura Modificada: (Década de 70): FEPASA (diferentes tipologias);
Capacidade oficial: 30 passageiros;
Tara original: 34.000 kg;

Bom, isso é ótimo, mas temos de nos conter um pouco.
A reforma vai acontecer, o turístico vai ser ampliado, mas mesmo com o trem reformado, ainda há um longo caminho a percorrer (e talvez o Francis ou o jplopes que postou lá na automotriz Budd possam confirmar se são essas as etapas):
- as prefeituras das cidades também precisam se engajar no projeto (os roteiros, a estrutura de acolhimento, etc);
- é necessária uma autorização do DNIT para que o trem opere;
- é necessário negociar a passagem com as empresas de carga (MRS ou ALL, conforme o caso);

deve uma noticia mês passado

-que um grupo de funcionarios da CPTM que tentaram tirar uns carros de passagueiros que estão na Estação de Bauru, mas esses carros estão em tramites na ANTT para o museu ferroviario de Bauru, levaram até umas sapatas fenolicas para os carros que reformarem claro que o pessoal do museu não deixou


agora eu tenho umas duvidas

-tem uns 7 carros entre as Estações da Mooca e Ipiranga (estes acho que é irrecuperável)
-no Patio da Estação Presidente Altino em Osasco tem mais uma porrada de carros da antiga EFS
-e na Lapa também tem vários carros parados

por que a CPTM não entra com um pedido pra reforma um boa parte desses carros ??
não seria mais fácil rebitolar

ErickSato, por enquanto é melhor a gente esquecer estes carros da Mooca e de Altino, pois fazem parte do espólio da RFFSA, que é de responsabilidade do DNIT. Sem a autorização desse órgão federal, não se pode mover 1 cm daqueles carros do lugar. Sem contar que a burocracia, é enorme pra liberação caso venha a ser solicitada.

Tudo que é/era da RFFSA ficou inservível e intocável.Esse foi sem dúvida o lado péssimo da política neoliberalista do FHC, mas não quero desviar para a política...

Agora quais são os carros que a CPTM pode pegar? Há alguma lista destes?

E outra, daria para salvar os carros da Série 141 para isso ou seria muita ousadia?

André, creio que se fosse possivel isto, daria pra salvar os 141 que estão na Lapa, pois os da Mooca, já deram PT (perda total), mas não lembro por qual motivo.

Pois bem, é isso que eu não entendo. Pelo que sei, a CPTM chegou a operar os 141 (são as litorinas Budd-Mafersa, certo? Sou péssimo para lembrar os prefixos da RFFSA) por um breve período. Por quê não reavê-los? Será que a CPTM, ao baixar esses carros, devolveu-os à Rede? Se não, deve ser muito mais fácil para recuperá-los, não?

E quanto à escolha de pegar os carros de Bauru ao invés de usar alguns encostados ao longo das linhas, pelo que transpareceu na reportagem, os carros já pertenciam à CPTM, foram requisitados na época do Covas (se não me falha a memória e se a reportagem estiver correta).

se bem que eu me lembre meu caro harmalov , os carros que estão aos longo das vias são de propiedade da RFFSA (que está sob guarda do DNIT) ,ou seja, pro DNIT entregar algo é sempre aquela longa espera, toda aquela burocracia e que as vezes não da em nada , já aquele episódio dos carros em bauru o pessoal de lá, argumenta que a CPTM não pode levar os carros pois estes estão em processo no dnit e parece que a requisição está vencida , e quanto a sua outra pergunta sobre as litorinas, meu tio que trabalhou na Rede disse que a CPTM ficou com apenas 3 delas, o resto está sob cuidados(se é que se pode falar isso) do DNIT.

ACHEI A NOTICIA

01/09/2010 02:35
CPTM quase leva vagões históricos da estação
Investida mobiliza entidades preservacionistas da cidade e prefeitura

Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA

O engenheiro Ricardo Bragnato, do Codep: “Ninguém tira o que é nosso” O engenheiro Ricardo Bragnato, do Codep: “Ninguém tira o que é nosso”

Uma confusão na Estação Central Ferroviária envolvendo a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), da Capital, mobilizou nesta terça-feira (31) à tarde prefeitura, DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte), Codep (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio) e APFFB (Associação de Preservação Ferroviária e Ferromodelismo de Bauru).

Segundo o vice-presidente do Codep, engenheiro Ricardo Bragnato, funcionários da empresa vieram preparar dois carros de passageiros de um trem desativado, para, posteriormente, levá-los embora. Mas não conseguiram.

“Esses vagões integram processo de tombamento do patrimônio histórico de Bauru. Já estão arrolados, resguardados por lei para posterior restauração”, explica Ricardo.

A reportagem tentou falar com os funcionários da CPTM, mas eles disseram que não podiam dar entrevistas.

Episódio é recorrente, diz Codep
De acordo com Ricardo, não é a primeira vez que empresas de fora vêm a Bauru buscar material de importância histórica ferroviária. “Muitos falam que tudo isso aqui está abandonado. Mas há processo de transmissão de tudo isso do DNIT para o município.”

O conselheiro contou ao BOM DIA que a empresa alegou ter autorização para colocar sapatas de freio e lona para depois os deslocarem até à Capital, “porém não a apresentou”.

“Não existe autorização do DNIT para eles e, mesmo se tivessem, nós iríamos questionar. Ninguém tira mais de Bauru nosso patrimônio, nossa história.”

A assessoria de imprensa da CPTM foi questionada e até o fechamento desta edição não tinha respondido sobre as acusações. O DNIT também foi procurado e não retornou à reportagem.

Vagões serão transformados em trens turísticos
A secretária de Cultura Janira Bastos esteve no local para acompanhar o caso, mas os funcionários da CPTM já tinham ido embora. “Estou me inteirando do assunto, mas tive o cuidado de tomar as providências iniciais para resolver o problema.”

A intenção do poder público local e dos conselhos que defendem a manutenção dos vagões em Bauru é transformar aquilo que hoje parece ferro velho em desenvolvimentos de trens turísticos ferroviários e culturais. Mas não há previsão disso sair do papel a curto prazo.

“Vem de um longo processo de liquidação da Rede Ferroviária Federal e agora, desta articulação da sociedade civil, da iniciativa privada e do poder público, nós podemos implementar estes grandes projetos preservacionistas”, garantiu Ricardo.

Recentemente, o imóvel que durante anos foi a Central da Estação hoje pertence à prefeitura de Bauru. O pátio é de responsabilidade da ALL (América Latina Logística) e os vagões pertencem à União.

“Queremos trazer de volta aquilo que nos foi levado e não deixar levarem mais daqui. Como conselheiros, temos a obrigação de agirmos neste sentido”, finaliza o engenheiro.

http://www.redebomdia.com.br/Noticias/D ... da+estacao

Ou seja a CPTM tentou levar... Mas não entendi nada nessa história, quem foi que impediu a retirada dos vagões, o DNIT e a ABPF de Bauru???

André Vasconcellos escreveu: Ou seja a CPTM tentou levar... Mas não entendi nada nessa história, quem foi que impediu a retirada dos vagões, o DNIT e a ABPF de Bauru???

tive q editar a noticia porque ele a tava mal copiada ehhehehe

mas parece que foi a:

Codep (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio) e
APFFB (Associação de Preservação Ferroviária e Ferromodelismo de Bauru)

que não deixaram levar os vagões

Ahhh tá


Mais uma coisa: O que essas duas entidades querem com os carros lá, se estragando??? Prefiro eles reformados e rodando do que parados sem uso. E a APFFB também não moveu um dedo para fazer alguma coisa com relação aos carros... Quando tiver tempo comento melhor.

eu creio que seria para isso abaixo:

Projeto de trem turístico mobiliza Bauru e Agudos

21/09/2010 - Agência Bom Dia

Um projeto de trem histórico que começa a ser formatado pelas Prefeituras de Bauru e de Agudos vai fomentar o segmento turístico dos dois municípios.

Apoiada pelo BOM DIA, a proposta reuniu nesta terça-feira na redação do jornal o prefeito de Agudos, Everton Octaviani (PMDB), o vereador Luciano Durães, assessores e a secretária de Cultura, Janira Fainer Bastos, que compareceu com a diretora de Patrimônio Público, Cleide Biancardi, e Alex Sanches, da Divisão de Pesquisa e Documentação.

O encontro definiu que as duas prefeituras vão trabalhar em conjunto para viabilizar a circulação da Maria Fumaça 278 e seus vagões de madeira entre as duas estações, em trajeto de 23 quilômetros.

Na reunião de ontem, ficou acertado entre o prefeito e a secretária a formação de uma comissão permanente que se responsabilizará pelo estudo do projeto e seu registro na ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Seus membros também se encarregarão dos contatos com representantes da ALL (América Latina Logística) e com o Ministério dos Transportes, visando buscar a solução para o tráfego do trem de turismo.

Nas próximas semanas, os prefeitos Everton Octaviani e Rodrigo Agostinho assinarão a minuta que dará início à formação do consórcio intermunicipal.

Potenciais serão explorados

Entre as propostas discutidas na reunião desta terça no BOM DIA está a que “venderá” às agências de turismo do país o projeto do trem turístico nos mesmos moldes dos já existentes, como os de Curitiba-Paranaguá (no Paraná) e São João Del Rei-Tiradentes (em Minas Gerais).

Além de atender a demanda de passageiros das duas cidades, o projeto oferecerá um pacote turístico para visitantes que virão de outros lugares do país para o passeio.

Em Bauru, por exemplo, eles poderão conhecer o Museu Ferroviário, onde estão peças e fotografias das companhias Noroeste do Brasil, Estradas de Ferro Sorocabana e Paulista.

O receptivo também explorará outras potencialidades turísticas da cidade, como o zoológico municipal e o templo Tenri-Kyo, entre outros.

Em Agudos, os turistas vão conhecer fazendas com seus casarões centenários, o Seminário Santo Antonio e a beleza arquitetônica do centro da cidade.

“Acredito que esse projeto revolucionará o segmento turístico nas duas cidades. Será uma guinada”, comenta o prefeito de Agudos, Everton Octaviani.

Proposta movimentará o segmento turístico

O projeto que viabilizará a circulação da Maria Fumaça e seus vagões entre Bauru e Agudos vai criar nas duas cidades uma movimentação turística que trará dividendos econômicos no futuro. O apelo da composição histórica vai atrair turistas de várias regiões do país e até mesmo interessados do exterior. As duas prefeituras acertam ao buscar alternativas para fomentar o segmento de turismo. A estrutura está praticamente pronta e só depende de algumas adaptações.

http://www.revistaferroviaria.com.br/in ... eria=11493

agora vem o mais estranho

se forem os mesmos carros de passageiros que eu vi uns vídeos e fotos dos Encontros de Ferreomodelismo de Bauru 1 e 2 existem pelo menos 2 Carros Budd-Pionner Serie 800 da Larga e uma Santa-Matilde (Azul) os 2 Budd são da larga e eles vão reformar pra fazer o turistico na metrica

ErickSato escreveu:agora vem o mais estranho

se forem os mesmos carros de passageiros que eu vi uns vídeos e fotos dos Encontros de Ferreomodelismo de Bauru 1 e 2 existem pelo menos 2 Carros Budd-Pionner Serie 800 da Larga e uma Santa-Matilde (Azul) os 2 Budd são da larga e eles vão reformar pra fazer o turistico na metrica

E depois ainda insistem em dizer que os portugueses é que são burros.

ORA POIS!!!

Estranha essa informação.

Até onde eu sei, os carros Budd que estão em Bauru são Budd 800 da bitola métrica.

Os Budd da bitola larga são da série 1000.

Qualquer que seja a informação, uma coisa é certa: quando se tem pessoas dispostas a resgatar e restaurar um tipo de material como este, sempre terão outras pessoas com uma enorme motivação pra atrapalhar e estragar tudo. Daqui a pouco a CPTM vai se encher e não vai mais querer estes carros, e aí estas pessoas que estão empacando os tramites vão ter que se virar pra pra fazer o serviço.

"Vocês querem os carros, agora se virem pra restaurar e botar pra rodar o trem que vocês tanto sonham."

Eu literalmente, já estou de saco cheio de ver esse tipo de coisa acontecer, e quem paga por essa briguinha ridicula, é o material que fica mais anos a mercê do tempo apodrecendo.

http://mafuadohpa.blogspot.com/2010/09/ ... nosso.html
não tenho certeza se é o mesmo carro

mas eu tenho certeza que é da Larga por causa dos truques

Erick_UT440R escreveu: Estranha essa informação.

Até onde eu sei, os carros Budd que estão em Bauru são Budd 800 da bitola métrica.

Os Budd da bitola larga são da série 1000.

desculpa chará
eu pensava que tanto os da Larga quanto os da Métrica fossem 800 com a diferença do nome apesar como sendo:
Budd-Pionner/Mafersa - Larga
e apenas Budd-Mafersa - Métrica

eu não sabia dessa diferença de series 800 e 1000

Esses Budd da VM são serie 800:

Sinceramente não dá pra entender isso.

Primeiro o fato de não deixar a CPTM pegar o carro, MESMO JÁ TENDO SIDO ANUNCIADA A REFORMA DESTES.

E que patrimônio histórico Bauru está mantendo???? Desculpa mas não vejo nada de histórico aí, o que vejo é descaso, e aí quando a CPTM arregaça as mangas para tirá-los daí para reformar e botar pra rodar alguém vem e diz que eles serão "restaurados" e não querem "trazer de volta aquilo que nos foi levado e não deixar levarem mais daqui."

É quase certo de que no final de tudo a CPTM desiste, a prefeitura deixa de lado e fica tudo como fica.

Ah e marquem a cara do cidadão que não deixou tirar os carros de Bauru, se não virar trem turístico por parte da prefeitura de Bauru:


O engenheiro Ricardo Bragnato, do Codep: “Ninguém tira o que é nosso”