[CPEF] Estação Vinhedo
Enviado: 02 Out 2010, 16:39
Do site Estações Ferroviárias:
A estação da Cachoeira, um lugar perdido no meio do nada entre as pequenas Louveira e Valinhos, era a segunda parada na viagem inaugural do trecho pioneiro Jundiaí-Campinas, em 31 de março de 1872. Em 1873, o Almanak da Provincia de São Paulo dava como chefe de estação o sr. Albino da Silva Espindola. O nome de Rocinha passou a ser usado para a estação entre 1874 e 1879. No inicio do século XX, construiu-se um novo prédio para substituir o original, que por sua vez foi reformado nos anos 30, deixando somente a fachada da plataforma inalterada. Com a autonomia do município, em 1948, veio o novo nome, Vinhedo. No final dos anos 70, a estação foi desativada, e hoje serve como sede para os escoteiros do município. Felipe da Silva Marques, de Vinhedo, discorda: ele diz que a estação seguiu aberta (teria ela fechado e sido reaberta?) em 1982, quando ele era criança e viajava para São Paulo com os pais de trem (bons tempos!) e mesmo nos anos seguintes. Ele se lembra de "um senhor cujo nome agora não lembro, e que usava muletas e cuidava do pluviômetro que tinha na estação". Já Luiz Garcia Bertotti, por sua vez, afirma que, em 1982, "ela era, pelo menos, usada para embarque e desembarque de passageiros. A litorina que saía da Luz no início da noite parava lá em seu trajeto até Campinas. No final da década de 80, em viagens que fiz para Valinhos e Jaú, os trens também pararam lá, mas com certeza já não havia bilheteria, pois o prédio principal era usado como delegacia de polícia (os escoteiros ocuparam o local bem depois). Os passageiros que embarcavam nessa e em outras paradas eram em sua maioria indigentes, às vezes famílias inteiras. Não pagavam as passagens nem nas estações e nem ao chefe do trem. Ocupavam os corredores e muitos se trancavam nos banheiros durante toda a viagem. Aliás, numa das viagens a Jaú que fiz no efêmero "Expresso do Quércia", o tal chefe do trem desceu antes de Campinas e deixou a composição seguir só com o maquinista, com gente pendurada nas portas como nos trens de subúrbio em horário de pico. Coisas da saudosa Fepasa". "Em Vinhedo há 3 carros de trens antigos, sendo que um deles era um carro hospedaria creio, com espelho de cristal, janelas de madeira, acessórios impecáveis, tudo quase feito à mão... e tudo jogado ao tempo, apodrecendo. Levaram para lá estes carros, cercaram-nos - a cerca já esta abandonada - e lá foram deixados. Tudo isso é de cortar o coração" (Vinicius Costa, 11/2007).
http://www.estacoesferroviarias.com.br/v/vinhedo.htm
Prédio da estação
Poste caído na plataforma
Via que a MRS ainda usa
Olhando sentido interior
Carros estacionados no pátio
Nesse aqui dá pra ler "Fepasa" e "Administração"
Interior do carro da Administração
As portas dos armários ainda abrem e fecham
Olha só! Dormentes de aço na via do pátio
Marco quilométrico
A cabine de manobras, lacrada
Escureceu rápido
Brita novinha, parece que andaram mexendo por aqui
Já teve um sinal aqui
Olhando sentido capital
A estação da Cachoeira, um lugar perdido no meio do nada entre as pequenas Louveira e Valinhos, era a segunda parada na viagem inaugural do trecho pioneiro Jundiaí-Campinas, em 31 de março de 1872. Em 1873, o Almanak da Provincia de São Paulo dava como chefe de estação o sr. Albino da Silva Espindola. O nome de Rocinha passou a ser usado para a estação entre 1874 e 1879. No inicio do século XX, construiu-se um novo prédio para substituir o original, que por sua vez foi reformado nos anos 30, deixando somente a fachada da plataforma inalterada. Com a autonomia do município, em 1948, veio o novo nome, Vinhedo. No final dos anos 70, a estação foi desativada, e hoje serve como sede para os escoteiros do município. Felipe da Silva Marques, de Vinhedo, discorda: ele diz que a estação seguiu aberta (teria ela fechado e sido reaberta?) em 1982, quando ele era criança e viajava para São Paulo com os pais de trem (bons tempos!) e mesmo nos anos seguintes. Ele se lembra de "um senhor cujo nome agora não lembro, e que usava muletas e cuidava do pluviômetro que tinha na estação". Já Luiz Garcia Bertotti, por sua vez, afirma que, em 1982, "ela era, pelo menos, usada para embarque e desembarque de passageiros. A litorina que saía da Luz no início da noite parava lá em seu trajeto até Campinas. No final da década de 80, em viagens que fiz para Valinhos e Jaú, os trens também pararam lá, mas com certeza já não havia bilheteria, pois o prédio principal era usado como delegacia de polícia (os escoteiros ocuparam o local bem depois). Os passageiros que embarcavam nessa e em outras paradas eram em sua maioria indigentes, às vezes famílias inteiras. Não pagavam as passagens nem nas estações e nem ao chefe do trem. Ocupavam os corredores e muitos se trancavam nos banheiros durante toda a viagem. Aliás, numa das viagens a Jaú que fiz no efêmero "Expresso do Quércia", o tal chefe do trem desceu antes de Campinas e deixou a composição seguir só com o maquinista, com gente pendurada nas portas como nos trens de subúrbio em horário de pico. Coisas da saudosa Fepasa". "Em Vinhedo há 3 carros de trens antigos, sendo que um deles era um carro hospedaria creio, com espelho de cristal, janelas de madeira, acessórios impecáveis, tudo quase feito à mão... e tudo jogado ao tempo, apodrecendo. Levaram para lá estes carros, cercaram-nos - a cerca já esta abandonada - e lá foram deixados. Tudo isso é de cortar o coração" (Vinicius Costa, 11/2007).
http://www.estacoesferroviarias.com.br/v/vinhedo.htm
Prédio da estação
Poste caído na plataforma
Via que a MRS ainda usa
Olhando sentido interior
Carros estacionados no pátio
Nesse aqui dá pra ler "Fepasa" e "Administração"
Interior do carro da Administração
As portas dos armários ainda abrem e fecham
Olha só! Dormentes de aço na via do pátio
Marco quilométrico
A cabine de manobras, lacrada
Escureceu rápido
Brita novinha, parece que andaram mexendo por aqui
Já teve um sinal aqui
Olhando sentido capital