Metrô de Manaus

[AGV]

Governo agora fala em metrô na cidade
O governo do Estado vai pagar R$ 149 mil por um estudo de viabilidade técnica, operacional e financeiro para construção de um metrô de superfície em Manaus. A proposta não é nova e foi apreciada pela primeira vez por Arthur Neto, em 1988, após ser eleito prefeito de Manaus. Gilberto Mestrinho também propôs o metrô, quando ocupou o governo, em 1990. Mas a proposta foi mais recentemente usada como promessa de campanha em 1996, pelo hoje ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.

Naquele ano, Alfredo se elegeu com uma pequena vantagem sobre Serafim Corrêa. Durante o mandato, o projeto não saiu do papel. E para a campanha de reeleição, Alfredo propôs a criação do Expresso como solução para o transporte coletivo. O projeto foi concluído em 2002 e desativado em 2004. O investimento foi de R$ 102 milhões. Parte do dinheiro veio de um convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Hoje, só o que ainda funciona do Expresso são os ônibus articulados e algumas paradas do tipo plataformas.

O vice-governador Omar Aziz também propôs a construção de um metrô de superfície como solução para o acesso da população ao Estádio Vivaldo Lima, zona Centro-Sul. Aziz divulgou o projeto quando apresentou a candidatura de Manaus à subsede da Copa do Mundo de 2014, em agosto do ano passado, no Rio de Janeiro. Omar era o candidato a vice-prefeito de Alfredo Nascimento nas eleições de 1996 e 2000.

No final de março deste ano, a construção do metrô de superfície foi debatida na 1ª Conferência Municipal do Sistema de Transporte Coletivo, promovida pelo Conselho Municipal do Transporte Coletivo. De acordo com o então presidente do Conselho, Marcelo Ramos, cada quilômetro construído da linha do metrô deve custar, em média, R$ 40 milhões.


População reclama


No ano passado, o transporte coletivo foi um dos principais problemas da cidade, apontados pela população, em pesquisa encomendada pela Câmara Municipal de Manaus (CMM). A pesquisa foi feita em 31 bairros de Manaus e as deficiências do transporte coletivo dividiram as reclamações com os problemas da falta d’água e falta de segurança.

Em abril deste ano, o DIÁRIO entrevistou leitores e constatou que a população considera as promessas de resolver o transporte coletivo como uma das ‘grandes mentiras’ das campanhas eleitorais.