Colisão de trens franceses

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Trens colidem no oitavo dia de greve dos transportes na França


Uma colisão entre dois trens deixou 24 feridos na ilha francesa de Córsega nesta quarta-feira. O acidente ocorreu no oitavo dia de greve dos transportes na França.

De acordo com o serviço de segurança local, cinco pessoas se feriram gravemente, entre elas os dois condutores. O acidente ocorreu pela manhã entre as cidades de Bastia and Ponte-Leccia.

As primeiras informações davam conta de que a colisão teria sido provocada por erro humano, mas o governo vai instaurar uma investigação para analisar as causas do acidente.

A companhia ferroviária SNCF denunciou atos de sabotagem em ferrovias francesas nesta quarta-feira.

No entanto, não há indicação de danos causados propositadamente na rede ferroviária de Córsega.

A direção da SNCF disse haver uma ação coordenada em algumas linhas dos trens de alta velocidade (TGV) do leste, norte e sudeste do país, destinadas a "dificultar a retomada do tráfego".

O secretário-geral da filial ferroviária do sindicato CGT, Didier Le Reste, qualificou as sabotagens como "atos inqualificáveis e cometidos por covardes", em entrevista à France Presse.

Em um desses atos, um incêndio nos cabos da rede de sinalização provocou danos de 30 km na linha Atlântica, segundo a denúncia.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, convocou a tropa de choque para conter as ações de vandalismo.

Segundo o primeiro-ministro francês, Francois Fillon, uma investigação está em curso e serão aplicadas punições severas.

Negociações

O governo, sindicatos e autoridades das companhias de transportes já deram início às negociações.

Sarkozy acusa os grevistas de prejudicar a população francesa e chamou-os de volta ao trabalho.

De acordo com sindicalistas, uma assembléia prevista para esta quinta-feira decidirá sobre o fim ou não das paralisações.

O presidente francês manteve ontem a sua determinação de promover a reforma. Ele afirmou que não haverá mudanças no ponto fundamental --o aumento do período de contribuição que dá direito a aposentadoria integral, de 37,5 anos para 40 anos.

Sarkozy, no entanto, insistiu numa abertura, afirmando que há pontos negociáveis