TGVBR

Nome: São Pedro da Aldeia

Inauguração: 1937
Histórico de Concessões e Ferrovias:
. Estrada de Ferro Maricá (1937-?)
. Estrada de Ferro Leopoldina (?-?)
Uso Atual: Abandonada

Neste carnaval (2008) eu viajei a São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro com a minha namorada. Quem tiver a oportunidade, vale a pena conhecer. Lindíssimas praias.

Assim que chegamos à rodoviária de São Pedro da Aldeia eu notei essa bela construção que se assemelhava a uma antiga estação ferroviária. E chegando à pousada eu confirmei com os funcionários.

Aquela edificação foi uma estação ferroviária de passageiros nos anos 60, integrando o extinto Ramal de Cabo Frio. Posteriormente foi utilizada como rodoviária, mas como era muito pequena, uma nova rodoviária foi construida ao lado (a atual) e hoje em dia a antiga estação não possui uso algum. O dono da pousada aonde nos hospedamos informou que ela será usada como fábrica de artesanatos.

Foto 1: Vista lateral


Foto 2:


Foto 3: Plataforma. O dono da pousada me informou que os trilhos permanecem abaixo do asfalto


Foto 4: Porta


Foto 5: Mais algumas fotos da plataforma


Foto 6:


Foto 7:


Foto 8:


Foto 9: Lateral pelo outro lado


Foto 10:


Foto 11:


Foto 12: Vista traseira


Foto 13:


Foto 14:


Foto 15:


Foto 16:


Foto 17: Interior, visto pela grade


Foto 18:


Foto 19: Interior visto pela janela


Foto 20:


Créditos

Texto: Renan Souza
Fotos: 1-20 por Renan Souza em 02/2007

que bom que você conseguiu resgatar esse tópico renan! :roll:

Por Eduardo


Enviada: Qui Fev 07, 2008 15:07 Assunto:

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Bonitinha a estação, bem conservada apesar do desuso. Não conheço essa cidade, mas acho que esse prédio podia servir de atração turística, um pequeno museu, sei lá. Fábrica de artesanato também é legal, podiam trabalhar artesanatos com temas ferroviários

Por cacobiachi

Enviada: Qui Fev 07, 2008 22:52 Assunto:

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Belo relato e belas fotos, Renan, pena que o tempo estava chuvoso deste jeito. A estação é minúscula, bem parecida com as do Ramal do Parateí, aqui em São Paulo.

Já passei uma vez por essa região, quando fui à Búzios. Demos uma passado aí em São Pedro da Aldeia, onde há grande produção de sal e em Cabo Frio, que eu apelidei de "Cabo Quente", pois os termômetros marcavam 40 graus naquele dia.

Clássica construção como as estações de cidades pequenas de sua época. Quando comparada à outras contemporâneas, pode-se dizer que seu estado de conservação é bom para excelente

Por Renanfsouza



Enviada: Sex Fev 08, 2008 12:26 Assunto:

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Realmente como o Caco falou, a estação é muito pequena. Mas São Pedro até hoje é uma cidade bem pequena. Nos anos 60, quando ela foi desativada, devia ser muito, mas muito menor. Sei lá... Essa estação devia ser compatível com a demanda.

Por Willdh

Enviada: Sáb Fev 09, 2008 21:24 Assunto:

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belo trabalho renan

pequenininha ela...mas gostei

uma pena ela estar ai 'boiando' no meio da cidade

Simpática estação. Se eu não me engano, eu já passei por ela em alguma ocasião. E que bom que a prefeitura pretende preservá-la com alguma função útil. Boas fotos Renan.

Recuperada, estação de trem em São Pedro D'Aldeia atrai quem passa pela RJ-106

Paulo Roberto Araújo (pra@oglobo.com.br)


Com a cor original, a estação de trem de São Pedro abrigará escritório do Iphan (Foto: Divulgação / Iphan)

RIO - Às margens da RJ-106, a rodovia que liga Niterói à Região dos Lagos, uma pequena construção histórica volta a ter destaque na paisagem. Por anos parada obrigatória dos trens que circulavam pela estrada de ferro de Maricá, a estação de São Pedro D'Aldeia passava desapercebida até o ano passado na movimentada rodovia. A realidade começou a mudar quando o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) decidiu restaurar o espaço e transformá-lo no seu escritório técnico na Região dos Lagos.

Desde que começaram as obras, há um ano, viajantes voltaram a se interessar pela velha construção, de estilo art déco e cor amarelo ocre, antes encoberta sob diversas camadas de tintas. O ponto alto desse processo será na quarta-feira, quando a sede do Iphan na Região dos Lagos será inaugurada e aberta à população. Foram gastos R$ 200 mil na restauração.

O chefe do escritório, o arquiteto Ivo Barreto, também autor do projeto de restauração, diz que a estação ferroviária começou a operar em 1937 para escoar a produção local, principalmente de sal. Na década de 60, ela foi desativado. O fim da linha significou décadas de falta de conservação do antigo prédio, que chegou a funcionar como um terminal rodoviário. Durante as obras, a marquise teve que ser quase totalmente refeita, tamanho o desgaste. A estrutura estava comprometida e corria o risco de ir abaixo. Os letreiros haviam desaparecido. Agora, o nome da estação e as informações sobre localização e distâncias ganharam destaque.

O superintendente do Iphan no Rio, Carlos Fernando de Andrade, diz que um mapeamento iniciado em 2007, quando foi extinta a Rede Ferroviária Federal, concluiu que há cerca de 350 construções do tipo no estado, a maioria esquecida. O Iphan fechou parcerias com prefeituras para que prédios com valor histórico sejam recuperados. No momento, há em andamento 20 projetos com essa proposta. Na lista, está a restauração da estação Conde de Araruama, em Quissamã.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/08 ... 129154.asp

Rapaz, hoje uma estação ferroviária desta se ainda estivesse ativa, seria muuuito interessante. Pra início de conversa, cidades como Maricá, São Pedro da Aldeia, Araruama e dentre outras que fazem parte da região dos Lagos são um destino turístico muito visado pelos cariocas em geral, em feriados como Natal, Ano Novo e Carnaval. Conheço tanta gente e parentes também que foram para lá e adoraram, sempre voltando para lá posteriormente.

É óbvio que o lobby rodoviarista(isso se ele realmente existe, enfim, discussões a parte) ajudou a terminar com estas ferrovias. Hoje empresas como 1001, Macaense, Util e dentre tantas outras que oferecem o serviço de ônibus para essas regiões em modelos tipo Leito e Semi-leito lucram bastante, e somente a ferrovia estava em pé de competir com eles, não em questões de rapidez, mas em questões de charme(cidades com ferrovias turísticas sempre são muito admiradas pelo público em geral), beleza e quiçá a comodidade que estes poderiam oferecer.

A equipe que catalogou para o IPHAN as 350 estações do estado que se encontram em estado deplorável ou abandonadas, foi a mesma equipe que deu carona para mim e o Julio quando estivemos percorrendo a EF Rio d'Ouro !