Inconfidente escreveu:É uma dúvida que sempre tive.
Um metrô só pode ser subterrâneo?
Um metrô só pode operar dentro do limite de um município?
Essa dúvida decorre do fato de que BH não tem metrô sub-terrâneo daí pra gente tudo é metrô. :shock:
Já me ví em reportagem do Record News que a grande característica do metrô é ter motor em todos os eixos.
Fora isso, até hoje só me deram pareceres vagos e subjetivos, nada técnico.
E aí, quais seriam as diferenças técnicas?
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Metrô X Trem Urbano: Quais seriam as diferenças técnicas
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Metrô X Trem Urbano: Quais seriam as diferenças técnicas
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HGPFILHO escreveu:Não que a questão seja simplista assim, mas vejo o headway como um grande difenciador. Headways abaixo de 3-4 min são comuns à maioria dos metrôs mundiais. Mas acho que o Tiago Costa pode dar maiores subsidios a essa questão P.O.L.Ê.M.I.C.A....Inconfidente do SSC escreveu:Quê! :shock: Só isso?HGPFILHO escreveu:Hedways pequenos caracterizam os metrôs. Não é obrigatorio serem subterraneos ou servir a apenas um municipio.....
O headway é o intervalo entre as composições, não é?
Qual seria o limite entre o headway grande e o pequeno?
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[D.S.R] David SR escreveu:Já eu acho q Headway de Metrô não é abaixo de 3-4minutos, porque se for, aki no Rio de Janeiro não tem Metrô, o menor intervalo aki é de 3.4 minutos e o mais alto é de 5.3 minutos, e temos a Linha 1 q é 100% Subterrânea e a Linha 2 q é 90% em superficie. Em BH acho q recebeo o título de Metrô porque é pequeno e tem realtivamente muitos Trens.
No RJ só se tem 42km, e em SP 61, e em ambas caidades o Metrô não sai da Metrópoli, mas não significa q nunca irão sair, no RJ a Linha 2vai sair da cidade até 2020.
como nas outras capitais tem Trem Metropolotano q é chamado de Metrô, pode-se dizer q só RJ e SP tem Trens Metropolitanos (é diferente de Metrô q é só METROPOLITANO)
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cacobianchi escreveu:Já ouvi discussão sobre quais seriam as características de um trem urbano e do metrô, seja pelo intervalo entre as composições, sua localização, subterrâneo ou não.
Acho que cada sistema deve ser avaliado caso a caso para que se faça a sua classificação, pois cada cidade ou região metropolitana guarda suas peculiaridades.
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Tiago Costa escreveu:Pois é, pra mim o Metrô é uma forma de operação de um sistema ferroviário. Vou explicar fazendo contraste com os trens:
-No trem você sabe exatamente em que horário vai sair (mas isso não significa intervalos necessariamente longos, vejam o quadro de horários da Supervia), no metrô você sabe o tempo máximo que vai esperar pelo próximo trem.
-Os trens têm uma velocidade comercial bem maior do que os metrôs, porque o propósito deles é cobrir maiores distâncias em menor tempo, e geralmente eles ligam manchas urbanas distintas, ao contrário dos metrôs, que na grande maioria das vezes servem para atender a uma mesma mancha urbana.
Mais detalhes técnicos:
-A média da distância das estações dos metrôs no mundo é de cerca de 1000-2000 metros. Já a dos trens é geralmente de 4, 5, 10 quilômetros. -São poucas estações por mancha urbana.
-A taxa de aceleração dos metrôs geralmente é de 0,5 m/s² ou mais, pela sua influência direta na velocidade comercial. Já a dos trens geralmente é menor que 0,5 m/s², para maior conforto dos usuários.
-A velocidade máxima dos trens geralmente é de 80 km/h ou mais, para uma maior velocidade comercial. A dos metrôs geralmente é de 80 km/h ou menos, porque ela não costuma ser atingida devido à curta distância das estações.
-O sistema de sinalização dos metrôs permite curtos intervalos, curtos como 60 segundos nos sistemas mais avançados, e de 3-5 minutos na média mundial.
-O tempo de parada das estações costuma durar de 1 a 2 minutos nos trens, e nos metrôs costuma ser de 15 a 30 segundos, sendo que no horário de pico ele pode ser baixo como 5 segundos, se um trem está atrasado em relação ao "carrossel".
Agora, vamos às considerações:
-O Metrô-SP tem todas as características de Metrô que eu listei, com a distância das estações das linhas bem distinta:
-Na Linha 1 a média de distância das estações têm 918 metros, a Linha 2 tem a média de 1070 metros, a Linha 3 tem a média de 1294 metros e a Linha 5 tem a média de 1680 metros, e diminuirá quando a linha for expandida até Chácara Klabin. Já na Linha 2 a distância já foi de 1000 metros, e tende a aumentar, podendo atingir até 1150-1200 metros quando for expandida até o Tatuapé.
-A velocidade comercial dessas linhas é de 32 km/h na Linha 1, 35 km/h na Linha 2, 42 km/h na Linha 3 e 41 km/h na Linha 5. A velocidade máxima dos trens é de 87 km/h nas Linhas 1, 2 e 3 e 68 km/h na Linha 5, devido a limitação das vias (também existente em trechos das outras linhas), e vai aumentar para 80 km/h nos trechos de túneis.
-O intervalo mínimo regular que o sistema dessas linhas permite é de 90 segundos para as Linha 1, 2 e 3. Na Linha 5 eu não sei, mas acredito que seja ainda menor. Em situações de interferência, os trens podem ter até 30 segundos de distância uns dos outros (nos túneis, já que nas estações tem o tempo das portas abrirem, ocorrer o desembarque e embarque dos passageiros e das portas fecharem).
-Na CPTM, a distância das estações nas linhas é de 3247 metros na Linha A (Luz-Francisco Morato), 1857 metros na Linha B (Júlio Prestes-Itapevi), 1733 metros na Linha C, 2861 metros na Linha D, 3387 metros na Linha E (Luz-Estudantes), sendo 4000 metros no Expresso Leste (Luz-Guaianazes) e 2978 metros na "banda B" (Guaianazes-Estudantes), e 4311 metros na Linha F (Brás-Calmon Viana), e vai diminuir para 3880 metros com a inauguração da Estação USP Leste e para 3233 metros quando as estações Jardim Helena e Jardim Romano entrarem em operação.
-A velocidade média comercial é similar à do Metrô, sendo a maior a da Linha A, com 46 km/h na Linha A (Luz-Francisco Morato) e a menor a da Linha B, com 36 km/h (Júlio Prestes-Itapevi).
-Os intervalos dos trens no pico é de 9 minutos na Linha E ("banda B"), 8 minutos nas Linhas A, D, e F, 7 minutos na Linha B e 6 minutos na Linha C e Linha E (Expresso Leste), sendo que praticamente todas as linhas têm sistema de sinalização que permite intervalos de 3 minutos entre os trens, e o trecho das vias entre Barra Funda e Brás permite intervalos de 90 segundos em todas as linhas.
-Os trens da CPTM operam por intervalos, os do Metrô-BH, Trensurb e Metrorec também.
-A distância entre estações da Linha 1 do Metrô-BH é de 1561 metros, e a velocidade comercial é de 38 km/h. O intervalo mínimo entre os trens é de 4 minutos.
-A distância entre estações da Linha 1 do Metrorec (2 ramais) é de 1200 metros, em média, e a velocidade média dos trens é de 40 km/h.
-A distância entre estações da Linha 1 do Trensurb é de 2112 metros e a velocidade média dos trens é de 49 km/h, e a aceleração dos trens é de 0,8 km/s².
Diante disso, pergunta-se: partes da CPTM não opera como Metrô, pelo menos em parte de suas linhas? Os sistemas de Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte não são caracterizados como metrô? Lembrando que os limites que eu coloquei não são rígidos, ou seja, velocidade de 87 km/h do Metrô-SP não o caracteriza como trem. O Trensurb possui características de Metrô e Trem, tendo distância das estações menor em Porto Alegre e maior nas outras cidades.
Considerações finais:
-Existem no mundo Metrôs com diversas formas de alimentação elétrica, sendo terceiro trilho a mais utilizada. Mas também existem muitos Metrôs com catenária, tanto rígida quanto convencional. Algumas linhas são assentadas sobre dormentes, outras sobre bibloco de concreto, alguns biblocos são assentados diretamente sobre o substrato de concreto, e outros sobre massa mola. O Metrô de Roma possui catenária e os trilhos são assentados em dormentes sobre brita, e é quase totalmente subterrânea. Fora que os metrôs de Paris, México e Santiago (e muitos outros) têm linhas com trens de pneus! E não dá pra não chamá-los de Metrô. Então essa é uma discussão longa, e complicada. É com eu falei com o forista Dourado, do SSC: cada um tem uma visão diferente do que é metrô, cada um faça a sua, ehehehe. O problema é que a Linha 1 do Metrô-SP é referência para nós do que é Metrô, porque foi a primeira a ser construída. Mas depois de ver os metrôs da Europa, percebi que metrô é um termo muito mais abrangente. Recomendo a visita aos sites:
http://www.urbanrail.net - metrôs do mundo todo
http://en.wikipedia.org/wiki/Rubber-tyred_metro - metrôs com pneus
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_ra ... third_rail - sistemas que utilizam terceiro trilho
http://en.wikipedia.org/wiki/Urban_rail_transit - Definição sobre sistemas de trânsito urbano ferroviários
Contribuam para a discussão, demonstrem suas idéias!
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Tiago Costa escreveu:Não só EL e C, mas também a B, fora que as outras linhas também têm certas características metroviárias (segundo minha noção), exceto o trecho entre FMO (Francisco Morato) e JUN (Jundiaí) e entre IPV (Itapevi) e AMB (Amador Bueno). Não sejamos xiitas, a distância entre estações da Linha B seria de uns 1600-1500 metros se não fosse o trecho entre PAL (Presidente Altino) e JPR (Júlio Prestes). Fora que os trens têm aceleração de 0,7 m/s², que garante uma velocidade comercial de 36 km/h. Uma consideração: os 2100 não são "metroviários", visto que foram feitos para serviços de longa distância, tendo apenas 0,4 m/s² de aceleração e atinge até 140 km/h. Um legítimo trem. E se vocês vissem o CCO-U da CPTM, vocês não saberiam diferenciar ele do CCO ou do CC5 do Metrô. Outra coisa importante é que estado de conservação das estações e trem não tem nada a ver com o critério de classificação, vide o caso de muitos metrôs europeus.
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[D.S.R] David SR escreveu:Mas sendo q em velocidade, o Metrô do Rio regeita um pouco esses termos, como o intervalo é de 300 segundos (5 Minutos) OK. E velocidade dos Trens da Linha 2 chegam a 97km/h e em 2 trechos da Linha essa velocidade é alcansada, tornando muito superior aos Trens da Supervia, e o Ramal Deodoro em alguns dias não tem grade de horários e chega a operar com intervalos de 40 segundos, foram comprados 20 Trens novos para este Ramal q podem servir tecnologicamente com o padrão Metrô, podendo alcansar a incrivel velocidade de 167km/h, (Este Ramal é + Metrô do q o próprio Metrô :? ,Poderia ser considerado Metrô?
Também existe os ramais de Japeri e Sta Cruz q tem intervalo médio de 5 minutos também.
Realmente, no Brasil e no mundo é complicadisso essa classificação de Metrô, No RJ mesmo estão planejando a a total substituição de material rodante (Trens) da Supervia por trens do tipo Metrô q funcionam por Catenária, e após isto o governo diz... PLIN= de Trem Urbano pra Metrô até 2020./ acho q tudo pode estar certo, mas também errado. hehe :?:
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Tiago Costa escreveu:Legal, David! Mas nos dê informações mais precisas, para que possamos comparar! Os trens da Linha 2 chegam a 97 km/h em operação comercial? Ou foi em testes, como o trem da Supervia quando alcançou os 167 km/h? Mesmo assim, isso não caracteriza necessariamente a Linha 2 como sendo trem. O intervalo de 300 segundos do Metrô-Rio não é anormal, pelo contrário, veja outros metrôs do mundo, eles têm intervalos iguais ou até maiores que esse. E, como eu disse, intervalos de 5 minutos são "metroviários", mas na Supervia os trens têm horário certo para sair, no Metrô eles têm intervalos regulares, sendo que quando acontece um atraso em uma viagem, todas as outras são atrasadas para compensar e manter o intervalo, sendo o atraso lentamente recuperado com o tempo. Mas se ela adotar intervalos ao invés de grade horária, já acho a operação dela fica mais como a de um metrô, já que os procedimentos operacionais mudam (passam de estáticos para dinâmicos). E os novos trens coreanos realmente têm características metroviárias, reflexo da transformação das linhas de trem em linhas de metrô.
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Dourado escreveu:Em BH:
Velocidade comercial: cerca de 40km/h
Distância média entre estações: cerca de 1,5km
Aceleração: essa eu não sei, mas lembro de ter ouvido de um professor meu que é metade da aceleração do metrô de São Paulo.
Eu tinha a convicção de que o metrô de BH era, na verdade, um trem urbano. O Tiago está quase conseguindo me convencer de que é um metrô mesmo, especialmente por causa da questão headway x quadro de horários.
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Tiago Costa escreveu:Com certeza! Mas agora o conceito de metrô está mudando devido ao fato de as manchas urbanas ficarem muito grandes. Por isso, a velocidade comercial das novas linhas é bem maior do que as linhas mais antigas. Só que isso se consegue basicamente aumentando a distância entre as estações. Mas também agora se pensa melhor na integração dos metrôs com outros meios de transporte, sendo a linhas de metrô as articuladoras de transporte e outros meios de transporte são alimentadores de passageiros e complementadores (levam os passageiros aonde o metrô não leva). Mas um planejamento estratégico deve ser feito cuidadosamente para toda a mancha urbana. O que não acontece na RMSP, por exemplo, já que a STM só controla a EMTU, Metrô e CPTM, e não as empresas de ônibus de cada cidade. Já a RATP na Île-de-France (RM de Paris) é um exemplo de transporte integrado. Todos os trens, metrôs e ônibus são coordenados por ela e fazem com que o transporte nessa região seja ágil e eficiente. Outra empresa que merece destaque é a muita (Mass Transit Authority), da região de Nova York. Lá também todos os meios de transporte, inclusive pontes e túneis, são gerenciados por ela.
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will.dh escreveu:gostei das observações que voce fez, thiago :o
bem...no Brasil , infelizmente, a definição de metrô envolve politica tambem... :evil:
alem disso,
se os 2000 foram feitos pra andar a até 140km/h, porque eles não andam um pouco mais rapido então ?
Editado pela última vez por Tiago Costa em 09 Jun 2008, 15:32, em um total de 1 vez.
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Os 2100 não andam mais rápido por 2 motivos:
1. A taxa de aceleração deles é muito baixa (0,4 m/s², sendo necessária uma distância considerável (não precisa ser enorme, mas 1000-1500 metros não dá um bom desempenho) entre as estações, o que é inadequado pra Linha C, mas é mais adequada (embora ainda não acho totalmente adequada) para a Linha D.
2. A via permanente da CPTM (os trilhos ) não permite velocidades maiores que 90 km/h (em algumas linhas, 80 km/h).
Então, das 2 características do trem, só sobra a aceleração, que é baixa, e aliada à velocidade limitada a 80 km/h (que é mais do que adequada para a distância entre estações da CPTM). Isso confere ao trem um baixo desempenho para o tipo de serviço que ele está prestando (transporte urbano), mas seria excelente em transporte interurbano (em vias que suportem essa velocidade de 140 km/h). Já se a aceleração dele fosse o dobro do que é (0,8 m/s²) já teria outro desempenho, aí sim adequado para a operação em transporte urbano.
1. A taxa de aceleração deles é muito baixa (0,4 m/s², sendo necessária uma distância considerável (não precisa ser enorme, mas 1000-1500 metros não dá um bom desempenho) entre as estações, o que é inadequado pra Linha C, mas é mais adequada (embora ainda não acho totalmente adequada) para a Linha D.
2. A via permanente da CPTM (os trilhos ) não permite velocidades maiores que 90 km/h (em algumas linhas, 80 km/h).
Então, das 2 características do trem, só sobra a aceleração, que é baixa, e aliada à velocidade limitada a 80 km/h (que é mais do que adequada para a distância entre estações da CPTM). Isso confere ao trem um baixo desempenho para o tipo de serviço que ele está prestando (transporte urbano), mas seria excelente em transporte interurbano (em vias que suportem essa velocidade de 140 km/h). Já se a aceleração dele fosse o dobro do que é (0,8 m/s²) já teria outro desempenho, aí sim adequado para a operação em transporte urbano.
Editado pela última vez por Tiago Costa em 09 Jun 2008, 15:30, em um total de 1 vez.
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Ah, sobre o comentário do HGP do metrô aumentar sua extensão incorporando as linhas da CPTM: o que impede das 2 empresas serem consideradas tudo metrô é a diferença de qualidade. Mas operacionalmente, as duas empresas são Metrô. Claro que tecnologicamente o Companhia do Metropolitano de São Paulo está muito mais avançado que a CPTM, mas olhando os metrôs ao redor do mundo e até mesmo no Brasil (que muitos não aceitam ser metrô), percebe-se que a CPTM também opera como se suas linhas fossem metroviárias. Mesmo que algumas linhas tenham distâncias grandes entre suas estações, reflexo de as regiões por onde passam terem um adensamento bem mais recente do que sua construção, isso não impede que elas sejam também consideradas linhas urbanas, já que atendem a uma mesma região e mancha urbana (RMSP), salvo as poucas exceções. Por isso, ao melhorar a qualidade dessas linhas (incluindo aí a construção de novas estações) deve-se sempre pensar em 2 serviços oferecidos no corredor ferroviário: um expresso e outro parador, já que a inclusão de novas estações nesses corredores diminuiria a velocidade comercial e tornaria mais demorada a viagem dos usuários que moram longe de seus empregos. Daí a criação do Expresso ABC, por exemplo. Pelo tamanho das linhas da CPTM, acho que deveriam também ter trens expressos nas Linhas A e B.
Editado pela última vez por Tiago Costa em 09 Jun 2008, 15:30, em um total de 1 vez.
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HGPFILHO escreveu:Essa questão voltará a ser discutida cada vez com mais enfâse, digo isso baseando-me da realidade de Sâo Paulo. A melhoria do sistema na CPTM e sua integração e facilitação ao metrô tenderão a fazer com que a população considere tudo a mesma coisa e muitos defendam cada vez mais a fusão das companhias para o futuro. Veremos.... E relembrando, 2008, ano CPTM!
Editado pela última vez por Tiago Costa em 09 Jun 2008, 15:30, em um total de 1 vez.
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Com certeza, HGP! Quando os serviços prestados pelas 2 empresas for bem nivelado (não tarda muito a isso acontecer), não fará sentido ter duas empresas operando trens em São Paulo. Acredito que no futuro a CPTM vai ser responsável só pelos trens regionais (ainda creio que eles existirão, como o PITU 2020 prevê), e o Metrô vai ser responsável pelo transporte da região metropolitana (como já fazem os metrôs do resto do mundo).
Editado pela última vez por Tiago Costa em 09 Jun 2008, 15:29, em um total de 1 vez.
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