Elas comandam trem
25/06/08
Já se passaram três décadas, desde que a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu oficialmente uma data reconhecendo a importância do trabalho da mulher, mas foi ao longo dos últimos 150 anos que o papel delas mudou completamente a família e a sociedade em que vivemos. Na CBTU METRÔ BH, a participação feminina não foge à regra e já representa cerca de 35% do número geral de empregados, entre próprios e terceirizados.
A Coordenadoria de Operação - que registra a maior presença feminina da CBTU METRÔ BH, traduz com fidelidade o avanço delas, até mesmo em áreas consideradas eminentemente masculinas, como o Controle de Tráfego. O crescimento do número de mulheres maquinistas, as que literalmente comandam o trem, revela ainda mais sobre as conquistas do gênero.
Há mais de 20 anos, a superintendência habilitava a primeira mulher maquinista. Hoje, elas já representam 10% do quadro operativo, totalizando 13 mulheres num universo formado por outros 125 homens. Uma das primeiras a ocupar o posto foi Silvana Duarte, empregada da companhia desde 1986. “Já senti muito preconceito na pele, mas acho que esse é o preço que se paga pelo pioneirismo”, reflete a maquinista.
Paixão sem limites
A paixão pelo trem é o que move Edvalnine Moreira. Desde o início da operação, a cada estação inaugurada, ela reunia os quatro filhos e os levava para conhecer os novos trilhos do metrô, mas até prestar concurso, em 2003, nem imaginava que mulheres podiam pilotar o trem. “Quando vi a oportunidade, não tive a menor dúvida. Hoje, e, há mais de cinco anos, meu maior orgulho é ser maquinista”.
A recusa de algumas famílias em aceitar a profissão delas e as freqüentes e indesejáveis piadinhas, foram desafios comuns à maioria do time feminino de maquinistas da Companhia. “Na cabeça das pessoas, pilotar trem ainda é uma tarefa só para homens”, destaca Renata Badaró.
Em 22 anos de operação comercial, a participação de mulheres maquinistas cresceu mais de cinco vezes na CBTU METRÔ BH.
Fonte: CBTU - Notícias