[Notícia] Luta pelo trem de alta velocidade

[Pablo ITT]

Revista Ferroviária 20/03/09


"Luta pelo trem de alta velocidade"

20/03/2009 - Gazeta de Riberião

O esforço de entidades ligadas ao turismo para reivindicar o prolongamento traçado do Trem de Alta Velocidade (TAV) até Brasília, com pontos de parada em Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia e Brasília, começa a tomar corpo, com eventos de discussão e mobilização. O traçado original previsto é de Rio de Janeiro a Campinas, com ponto de parada em São Paulo.

A pressão sobre o Ministério dos Transportes, neste momento, é para prorrogar o prazo de definição final do traçado, previsto para o dia 2 de abril. "Vamos buscar ampliar e esse prazo, para que possamos pressionar pelo traçado que contemple também Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia e Brasília", disse ontem o presidente do Ribeirão Convention & Visitors Bureau, Márcio Santiago.

No próximo dia 9 acontece o primeiro evento de discussão do assunto, em Ribeirão, com a presença de autoridades de cidades da região, entre eles secretários de Turismo de várias cidades. "Um representante do Ministério dos Transportes fará uma palestra explicando os motivos da definição do traçado e um representante da iniciativa privada argumentará sobre as vantagens do TAV nas cidades", afirmou.

A intenção é fazer encontros nas outras três cidades, com o objetivo de sensibilizar o governo federal a re-estudar o trajeto. Márcio Santiago diz estar em contato permanente com os presidentes dos conventions das duas cidades mineiras e do Distrito Federal. Ele também diz estar em contato com o Ministério dos Transportes.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério, não há ainda um pedido formal dos conventions para extensão do traçado. No dia 2 de março, quando a ministra da Casa Civil esteve em Campinas para apresentar um balanço do Programa de Aceleração Econômica (PAC), o assunto teria sido tratado, de maneira informal, com o secretário executivo do Ministério, Paulo Sérgio Passos.

A previsão é que o TAV tenha 518 quilômetros de extensão, com previsão de investimentos privados de US$ 11 bilhões, ao longo de cinco anos. A velocidade prevista é de 180 quilômetros por hora. A resistência em incluir outras cidades deve-se justamente à redução da velocidade e aumento de investimentos.

Briga por trem é antiga em RP

A briga para a linha férrea chegar a Ribeirão Preto, no século 19, também não foi fácil. A Companhia Mogiana começou a ser constituída em março de 1872, pela família Silva Prado, Antônio de Queirós Teles e José Estanislau do Amaral que eram grandes proprietários de plantações de café, e o Barão de Tietê.

O primeiro trecho, de 34 quilômetros, foi entre Campinas e a cidade de Jaguari, hoje Jaguariúna. Depois se estendeu até Mogi Mirim, chegando a 41 quilômetros. A linha contemplou ainda Amparo e Casa Branca. Só depois de muitos e acalorados debates, no ano de 1880, a Mogiana conseguiu a concessão para prolongar seus trilhos até Ribeirão Preto, seguindo depois para Franca e Minas Gerais. A produção de café foi determinante para a definição.

Hoje os argumentos são a riqueza da região e a necessidade de alternativa de transporte de pessoas.

Se por um lado toda "briga" é assunto desagradável, por outro podemos verificar que o interesse pelas ferrovias está aumentando e o que é melhor sendo divulagado à população naturalmente, sem gastos com marketing, ainda que em alguns casos seja só pelo "modismo" que o TAV tem provocado.
Como o bom mineiro sempre falou "A propaganda é a alma do negócio"

[Espartano_bsb]

Vai ser uma luta árdua... Mas seria um sonho um TAV chegando aqui em Brasília... Acredito que exista demanda sim... O Aeroporto Internacional de Brasília é um dos mais movimentados do país e muitos moradores da RM de Goiânia fatalmente usariam a estação. Isso sem contar Uberlândia e Ribeirão Preto que são grandes cidades do interior... Mas vamos ver... Já está uma novela o trecho Rio-São Paulo!

[Vicente]

Isso, Brasil!
Larguemos o modal ferroviário...
E vejamos a que pé chegamos:
-Rodovias perigosas;
-Aeroportos superlotados;
-Custos de transporte de mercadorias altíssimos;

E quando há qualquer movimentação para a inclusão de um ramal ferroviário moderno, as cidades pedem que ele as atendam como crianças frente a uma vitrine de brinquedos...
Se fizerem junto ao TAV uma rede de trens de média distância e cargueiros, vamos progredir rápido, e atender a muitos anseios de nossa sociedade.

[Roberto]

Oi nois na fita(trilho) do TAV.(Berlândia,Beraba e a Bos.. de Araguari)

Falando sério, quando se discutia a Ferrovia Norte, foi só prefeitos querendo a ferrovia dentro de suas cidades, agora é o TAV, isto vem provar que o TRANSPORTE FERROVIÁRIO é uma ótima solução.

O maior problema de tudo é que se ficar cedendo daqui e dali o sonhado TAV se transformara em TbV ou PARADOR

[HGP]

O que talvez possa ser uma pequena solução para essas vontades de ter trens, seria que a partir de determinados trechos, criariam-se linhas com trens de média velocidade e mais paradas, correndo em paralelo ao TAV.

Assim : Ter um TAV : Brasília-Uber(aba ou lândia)-Campinas-São Paulo-São José dos Campos- Rio de Janeiro.

Trechos intermediários - Vale do Paraíba Carioca-Paulista; Campinas-Ribeirão, Brasília-Uber, com paradas em x cidades...


Isso permitiria agradar gregos e troianos

[Pablo ITT]

O que talvez possa ser uma pequena solução para essas vontades de ter trens, seria que a partir de determinados trechos, criariam-se linhas com trens de média velocidade e mais paradas, correndo em paralelo ao TAV.

Assim : Ter um TAV : Brasília-Uber(aba ou lândia)-Campinas-São Paulo-São José dos Campos- Rio de Janeiro.

Trechos intermediários - Vale do Paraíba Carioca-Paulista; Campinas-Ribeirão, Brasília-Uber, com paradas em x cidades...


Isso permitiria agradar gregos e troianos

Maravilha das maravilhas se isto fossecolocado emprática.

[AGV]

Mas não há problema algum em se criar várias ferrovias/TAV´s, interligando ao TAV SP/RJ.

O que não dá é tentar ficar "esticando" este projeto que foi proposto, e está em andamento.

O que pode acontecer, isso sim, é vir outros projetos, com o sucesso do TAV, seja interligando o TAV, com eles ou não, sendo eles TAV ou de média velocidade.

Depois, quem está reivindicando irá participar ($$$) ou não???

Agora o que pode se fazer é criar novos projetos, como eu havia dito a respeito em outro pots: Os governos estaduais poderias criar suas próprias malhas de trens expressos/média/alta velocidade, cada um no seu Estado, e, interligando os Estados, com participação do Governo Federal.

Só que ficar mexendo neste projeto é pedir pra não sair.


Aliás, lá na RF estão descendo a lenha, vejam:

20/03/2009 - Comentário de Marco Antonio Bussotti -

Minha gente: vamos construir primeiro o trecho Campinas, Sao Paulo, Rio.

Com o tempo, sera muito mais facil incorporar ramais, que poderao, inclusive, serem financiados pelo menos em parte, com as rendas provenientes deste primeiro trecho.

Hoje em dia, os brasileiros tem apenas tres maneiras de se locomoverem em viagens longas: aviao, carro proprio ou onibus com os perigos de acidentes do conhecimento de todos. Alguns estados ainda manteem um serviço regular de transporte de passageiros sobre trilhos: Para e Minas Gerais.

Com o TAV sera uma quarta opçao para viajar: seguro, ecologico, rapido e economico.

Vamos construir o primeiro trecho, os outros virao depois e creio ate, rapidamente.

20/03/2009 - Comentário de FABIO MARQUES DE SOUZA -

É sempre assim... Quando algo está para (finalmente) sair do papel, tem sempre alguém tentanto protelar as coisas. Por que não esperar as obras iniciarem, o projeto ter andamento, para então solicitar a extensão da linha? Não! Pára tudo, porque parece que se não for agora, não será nunca mais! Se não fizer para a gente, não farão para mais ninguém... Eita, povo brasileiro!!!

20/03/2009 - Comentário de Manrco Antonio Borges -

O TAV é um projeto que se arrasta a mais de 30 anos no Brasil, devido a interesses "de forças ocultas" este projeto sempre fica para depois, acho MUITO BOM, atrasar este projeto mais um pouco, e incluir mais um pedaço, depois de incluído, atrasar mais um pouco, para incluir uma parada de Sanduicheira, e depois, mais um atraso de carga e descarga de minhocas, e assim por diante... e assim no ano de 4500 teremos um trecho experimental construído na Marginal Tiete, para mais 2000 anos de estudos pelos Hipoliticos deste país.
Desculpe leitores e redatores da revista... mais o Brasil e cheio de reuniões para definir o que será definido na reunião de definições de reuniões.
Obrigado pela oportunidade.

Essa foi ótima.

20/03/2009 - Comentário de José dos Passos Nogueira -

Assim fica difícil. O País está na estaca zero com relação ao transporte ferroviário de passageiros. Um passo da cada vez. Esta estória de fazer trem bala de Brasília a Goiania virou piada. Dizem que não saiu porque o pessoal precisa durante o percurso, de parar no restaurante Jerivá, então para viabilisar o TAV, seria necessário incorporar na composição um carro com o citado restaurante.

20/03/2009 - Comentário de Sergio Florentino Pereira Rangel -

Haverá tanta discursão e pedidos, que o TAV ligando o Rio e S.Paulo, só saindo no papel na próxima década.

[Ramos]

É possível preparar uma ferrovias convencional para trens circularem em velocidades acima de 160km/h. A Variante Itirapina- Santa Gertrudes,por exemplo, construída em 1976 pela Fepasa foi dimensionada para velocidades de 160km/h. Se em 1976 o Brasil conseguia construir ferrovias para trens circularem até 160km/h, hoje podemos construir mais ferrovias e variantes , além de recuperar trechos de ferrovias para trens circularem até 180 ou 200km/h.

[Vicente]

A pergunta é: querem fazer isso?

Esse ramal foi onde a V8 bateu o recorde, Ramos?

Cada vez que eu entendo mais o que fizeram com os trilhos nesse país, fico mais e mais triste...

A ferrovia, independente de ser com TAV ou não, é necessária.
Cara, temos frota de TUE's que dão belos 140km/h. Se quiserem fazer um bom ramal para trens de passageiros, bastaria usar o 2100... Maaaaas... cadê a eletrificação? As concessionárias arrancaram!!!

[AGV]

Ou adquirir algumas diesel-elétricas, como as que operam nas linhas da amtrak, que chegam a 160 km/h.

É uma ótima alternativa ao custo de manutenção e operação de um sistema puramente elétrico.

Vejam que ele é muito mais utilizado na Europa (países pequenos). Já nos EUA, quase não têm, e é um país maior que o Brasil.