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Trem de prata - pedido
Moderador: Caco
Trem de prata - pedido
Algum de vocês, enciclopédias-ambulates das ferrovias brasileiras ( ) podia postar aqui fotos e informações sobre o Trem de Prata? Cresci ouvindo falar nele, mas como todo o resto em relação aos trens, é mais uma história do passado.
É verdade que os trens eram de luxo, que o erro foi tentar competir com a ponte aérea? Como era a infra-estrutura das estações? Eram Central e Luz? Nessa época ainda era CBTU no Rio e em Sampa, né?
É verdade que os trens eram de luxo, que o erro foi tentar competir com a ponte aérea? Como era a infra-estrutura das estações? Eram Central e Luz? Nessa época ainda era CBTU no Rio e em Sampa, né?
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Re: Trem de prata - pedido
Lescaut, os carros do trem de Prata estão em Santos Dumont, MG.
Recomendo dar uma olhada na página do cartunista Carlos Latuff (acho que foi lá que vi umas fotos) e ler o Livro "carros Budd no Brasil", do pesquisador José Buzelin, onde há o histórico dele.
Recomendo dar uma olhada na página do cartunista Carlos Latuff (acho que foi lá que vi umas fotos) e ler o Livro "carros Budd no Brasil", do pesquisador José Buzelin, onde há o histórico dele.
Re: Trem de prata - pedido
Trem de Prata (Rio-São Paulo) - Um hotel sobre trilhos
Breve histórico;
Em 16 de fevereiro de 1991, o Santa Cruz, serviço que fazia a ligação Rio - São Paulo, fez sua última viagem após mais de 40 anos de circulação. Com isso o serviço ferroviário de passageiros da RFFSA ficou comprometido, pois o Santa Cruz era um dos trens mais utilizados, apesar dos atrasos e problemas na conservação da via férrea.
O Santa Cruz era muito utilizado por agências de viagem que vendiam pacotes de viagens de trem entre o rio de Janeiro e Corumbá, sendo queo seu cancelamento causou prejuízos econômicos.
Após tentativas mal sucedidas de se retomar o serviço, ocorridas em 1992, a RFFSA resolveu retomar a operação dos trens em parceria com a iniciativa privada.
Em 13 de agosto de 1993 é lançado o edital de licitação 033/SR-3/93,ode a iniciatva privada ficaria responsável pela organização do serviço e venda de passagens e caberia a RFFSA a locação de 25 carros Budd além de locomotivas.
Em 15 de outubro,são abertos os envelopes das propostas e o Consórcio Trem de Prata (formado pelas empresas União Interestadual de Transportes de Luxo, Interférrea Logística e Portobello Hotéis) foi declarado vencedor. Após ser apresentado à imprensa em 14 de novembro de 1994, as viagens são reiniciadas oficialmente em 8 de dezembro desse mesmo ano com uma composição fazendo partidas semanais , sendo que a segunda composição só rodaria em meados de 1995, garantindo dessa forma a circulação diária do Trem de Prata que partia do Rio às 23:00h e chegavam a São Paulo por volta de 08:30 h. No início suas passagens custavam R$ 85 (cabine simples) e R$ 120 (cabine dupla), apó algum tempo foram reajustadas para cabine simples, com cama de solteiro (R$ 120), cabine dupla, com beliches (R$ 240), e suíte, com cama de casal, banheiro amplo, frigobar, lavabo e armário (R$ 360).
Após alguns anos de funcionamento, o Consórcio Trem de Prata desiste da operação comercial do trem de prata, devido àos constantes atrasos provocados pela má conservação da via (que obrigava o trem circular em baixa velocidade), a concorrência com a ponte aérea (que se popularizou nessa época com a queda dos preços das passagens) além do fim da RFFSA, quando a malha ferroviária entre Rio e São Paulo foi concedida à empresa MRS Logística S/A.
O último Trem de Prata partiu na noite de 29 de novembro de 1998 da antiga estação Barra Funda (da EFSJ) chegao à estação Barão de Mauá (Leopoldina) na manhã de 30 de novembro.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trem_de_Prata
Na antiga estação Barra Funda, uma das duas composições com a locomotiva GE U20C (III padrão de cores da RFFSA) batizada Rio de Janeiro.
http://vfco.brazilia.jor.br/Carros/budd/93prataNews.htm
No pátio Barra Funda, a composição tracionada pela locomotiva GE U20C batizada Lorena
http://ferrovias.sp.googlepages.com/barrafunda
Na antiga estação Barra Funda (da Estrada de Ferrro Santos à Jundiaí)utilizada como terminal em São Paulo. Uma das composições do Trem de Prata partia pontualmente ás 20:30 da estação Barra Funda e chegava às 6:30 do dia seguinte na estação Barão de Mauá no Rio de Janeiro. A outra fazia a viagem inversa, aprtindo do Rio de Janeiro à noite e chegacva à São Paulo no dia seguinte.
Atualmente a estação está semi demolida, já que foi desativada em 1998 junto com o Trem de Prata.
http://ferrovias.sp.googlepages.com/barrafunda
Doze carros foram reformados de forma luxuosa sendo batizados com o nome de algumas cidades turísricas entre São Paulo e Rio de Janeiro:Guarujá (foto), Ilha Bela, Campos do Jordão,Mauá,Itatiaia, Paraty, Angra dos Reis, Itaquaquecetuba, Búzios, Ubatuba, Macaé e Petrópolis.
http://vfco.brazilia.jor.br/Carros/budd/93prata.htm
O Trem de Prata utilizava a estação Barão de Mauá no Rio de Janeiro. Desde 2001 esta estação está desativada.
http://www.estacoesferroviarias.com.br/ ... brmaua.htm
Trem de Prata na estação Barão de Mauá em 1998 - O Trem de Prata: mais caro e demorado que os aviões da ponte aérea, será desativado pela segunda vez.
http://veja.abril.com.br/181198/p_141.html
O último Trem de Prata, São Paulo-Rio de Janeiro chega á estação Barão de Mauá no Rio de Janeiro e o funcionário vai para não mais voltar. 30 de novembro de 1998. Foto: O Estado de S. Paulo
http://www.estacoesferroviarias.com.br/ ... 1-2002.htm
Atualmente seus carros foram recolhidos ao pátio de Juiz de Fora.
http://fotografiaferroviari.deviantart.com/gallery/
05/02/2006 - 10h18
Parado, Trem de Prata sofre ação do tempo
RICARDO GALLO
da Folha de S.Paulo
Fica atrás dos portões de ferro de uma estação da antiga RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.), em Juiz de Fora (MG), um patrimônio esquecido que a ação do tempo e dos vândalos trata de consumir aos poucos. O nome, um pouco empoeirado, permanece o mesmo: abandonado, sem manutenção, ali está, há quase oito anos, o Trem de Prata.
Símbolo de glamour, a composição prateada, que fazia o trajeto São Paulo-Rio, circulou entre dezembro de 1994 e novembro de 1998. Na ocasião, os passageiros haviam rareado, muito pela concorrência de companhias rodoviárias e aéreas. Uma passagem de avião SP-Rio custava cerca de R$ 80 à época, por uma viagem de apenas 50 minutos.
De trem, o percurso levava oito horas por R$ 120, na cabine mais barata. Também contribuiu para abreviar a vida do Trem de Prata sucessivos atrasos, causados pela precariedade das linhas.
O trem, da década de 40, fabricado pela americana Budd, está sob a guarda da RFFSA, que, desde 1999, está em fase de liqüidação. A empresa informou apenas que nenhum trem será vendido.
Enquanto nenhuma parceria é feita, o trem permanece encostado no pátio da estação de Francisco Bernardino da RFFSA. A aparência externa está conservada, graças à estrutura de aço inoxidável. Dentro, porém, o requinte e a limpeza deram lugar à sujeira, ao mofo e ao aspecto de abandono.
O período sem uso fez do trem alvo de ladrões. Segundo relatos de quem o visitou, foram furtadas peças do sistema hidráulico, componentes dos freios, cadeiras de vime e parte dos colchões dos dormitórios. A RFFSA informou desconhecer os furtos.
"É um trem muito bonito para ficar assim", afirma Wilson Geraldo Rodrigues, 62, o Wilson Mineiro, maquinista do Trem de Prata por um ano e meio.
Passageiro da última viagem do trem, o aposentado Walter Dreguer, 62, conta que, ao deixar de rodar, as composições já haviam perdido o glamour de antes. Para Dreguer, paulistano da Penha, saber que o trem está abandonado causa tristeza.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/coti ... 7992.shtml
Como já foi citado , um bom livro que fala sobre o Trem de Prata e outros trens é esse:
Carros Budd no Brasil - 1: os trens que marcaram época
Volume 1: "Santa Cruz", "Vera Cruz", "Trem de Prata", "Litorinas" de bitola larga da EFCB
http://www.trem.org.br/l03img.htm
Breve histórico;
Em 16 de fevereiro de 1991, o Santa Cruz, serviço que fazia a ligação Rio - São Paulo, fez sua última viagem após mais de 40 anos de circulação. Com isso o serviço ferroviário de passageiros da RFFSA ficou comprometido, pois o Santa Cruz era um dos trens mais utilizados, apesar dos atrasos e problemas na conservação da via férrea.
O Santa Cruz era muito utilizado por agências de viagem que vendiam pacotes de viagens de trem entre o rio de Janeiro e Corumbá, sendo queo seu cancelamento causou prejuízos econômicos.
Após tentativas mal sucedidas de se retomar o serviço, ocorridas em 1992, a RFFSA resolveu retomar a operação dos trens em parceria com a iniciativa privada.
Em 13 de agosto de 1993 é lançado o edital de licitação 033/SR-3/93,ode a iniciatva privada ficaria responsável pela organização do serviço e venda de passagens e caberia a RFFSA a locação de 25 carros Budd além de locomotivas.
Em 15 de outubro,são abertos os envelopes das propostas e o Consórcio Trem de Prata (formado pelas empresas União Interestadual de Transportes de Luxo, Interférrea Logística e Portobello Hotéis) foi declarado vencedor. Após ser apresentado à imprensa em 14 de novembro de 1994, as viagens são reiniciadas oficialmente em 8 de dezembro desse mesmo ano com uma composição fazendo partidas semanais , sendo que a segunda composição só rodaria em meados de 1995, garantindo dessa forma a circulação diária do Trem de Prata que partia do Rio às 23:00h e chegavam a São Paulo por volta de 08:30 h. No início suas passagens custavam R$ 85 (cabine simples) e R$ 120 (cabine dupla), apó algum tempo foram reajustadas para cabine simples, com cama de solteiro (R$ 120), cabine dupla, com beliches (R$ 240), e suíte, com cama de casal, banheiro amplo, frigobar, lavabo e armário (R$ 360).
Após alguns anos de funcionamento, o Consórcio Trem de Prata desiste da operação comercial do trem de prata, devido àos constantes atrasos provocados pela má conservação da via (que obrigava o trem circular em baixa velocidade), a concorrência com a ponte aérea (que se popularizou nessa época com a queda dos preços das passagens) além do fim da RFFSA, quando a malha ferroviária entre Rio e São Paulo foi concedida à empresa MRS Logística S/A.
O último Trem de Prata partiu na noite de 29 de novembro de 1998 da antiga estação Barra Funda (da EFSJ) chegao à estação Barão de Mauá (Leopoldina) na manhã de 30 de novembro.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trem_de_Prata
Na antiga estação Barra Funda, uma das duas composições com a locomotiva GE U20C (III padrão de cores da RFFSA) batizada Rio de Janeiro.
http://vfco.brazilia.jor.br/Carros/budd/93prataNews.htm
No pátio Barra Funda, a composição tracionada pela locomotiva GE U20C batizada Lorena
http://ferrovias.sp.googlepages.com/barrafunda
Na antiga estação Barra Funda (da Estrada de Ferrro Santos à Jundiaí)utilizada como terminal em São Paulo. Uma das composições do Trem de Prata partia pontualmente ás 20:30 da estação Barra Funda e chegava às 6:30 do dia seguinte na estação Barão de Mauá no Rio de Janeiro. A outra fazia a viagem inversa, aprtindo do Rio de Janeiro à noite e chegacva à São Paulo no dia seguinte.
Atualmente a estação está semi demolida, já que foi desativada em 1998 junto com o Trem de Prata.
http://ferrovias.sp.googlepages.com/barrafunda
Doze carros foram reformados de forma luxuosa sendo batizados com o nome de algumas cidades turísricas entre São Paulo e Rio de Janeiro:Guarujá (foto), Ilha Bela, Campos do Jordão,Mauá,Itatiaia, Paraty, Angra dos Reis, Itaquaquecetuba, Búzios, Ubatuba, Macaé e Petrópolis.
http://vfco.brazilia.jor.br/Carros/budd/93prata.htm
O Trem de Prata utilizava a estação Barão de Mauá no Rio de Janeiro. Desde 2001 esta estação está desativada.
http://www.estacoesferroviarias.com.br/ ... brmaua.htm
Trem de Prata na estação Barão de Mauá em 1998 - O Trem de Prata: mais caro e demorado que os aviões da ponte aérea, será desativado pela segunda vez.
http://veja.abril.com.br/181198/p_141.html
O último Trem de Prata, São Paulo-Rio de Janeiro chega á estação Barão de Mauá no Rio de Janeiro e o funcionário vai para não mais voltar. 30 de novembro de 1998. Foto: O Estado de S. Paulo
http://www.estacoesferroviarias.com.br/ ... 1-2002.htm
Atualmente seus carros foram recolhidos ao pátio de Juiz de Fora.
http://fotografiaferroviari.deviantart.com/gallery/
05/02/2006 - 10h18
Parado, Trem de Prata sofre ação do tempo
RICARDO GALLO
da Folha de S.Paulo
Fica atrás dos portões de ferro de uma estação da antiga RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.), em Juiz de Fora (MG), um patrimônio esquecido que a ação do tempo e dos vândalos trata de consumir aos poucos. O nome, um pouco empoeirado, permanece o mesmo: abandonado, sem manutenção, ali está, há quase oito anos, o Trem de Prata.
Símbolo de glamour, a composição prateada, que fazia o trajeto São Paulo-Rio, circulou entre dezembro de 1994 e novembro de 1998. Na ocasião, os passageiros haviam rareado, muito pela concorrência de companhias rodoviárias e aéreas. Uma passagem de avião SP-Rio custava cerca de R$ 80 à época, por uma viagem de apenas 50 minutos.
De trem, o percurso levava oito horas por R$ 120, na cabine mais barata. Também contribuiu para abreviar a vida do Trem de Prata sucessivos atrasos, causados pela precariedade das linhas.
O trem, da década de 40, fabricado pela americana Budd, está sob a guarda da RFFSA, que, desde 1999, está em fase de liqüidação. A empresa informou apenas que nenhum trem será vendido.
Enquanto nenhuma parceria é feita, o trem permanece encostado no pátio da estação de Francisco Bernardino da RFFSA. A aparência externa está conservada, graças à estrutura de aço inoxidável. Dentro, porém, o requinte e a limpeza deram lugar à sujeira, ao mofo e ao aspecto de abandono.
O período sem uso fez do trem alvo de ladrões. Segundo relatos de quem o visitou, foram furtadas peças do sistema hidráulico, componentes dos freios, cadeiras de vime e parte dos colchões dos dormitórios. A RFFSA informou desconhecer os furtos.
"É um trem muito bonito para ficar assim", afirma Wilson Geraldo Rodrigues, 62, o Wilson Mineiro, maquinista do Trem de Prata por um ano e meio.
Passageiro da última viagem do trem, o aposentado Walter Dreguer, 62, conta que, ao deixar de rodar, as composições já haviam perdido o glamour de antes. Para Dreguer, paulistano da Penha, saber que o trem está abandonado causa tristeza.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/coti ... 7992.shtml
Como já foi citado , um bom livro que fala sobre o Trem de Prata e outros trens é esse:
Carros Budd no Brasil - 1: os trens que marcaram época
Volume 1: "Santa Cruz", "Vera Cruz", "Trem de Prata", "Litorinas" de bitola larga da EFCB
http://www.trem.org.br/l03img.htm
Editado pela última vez por Ramos em 20 Abr 2009, 20:59, em um total de 1 vez.
Llevamos um pedazo de país em cada vagón. . .
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Re: Trem de prata - pedido
Valeu o complemento, Ramos! As fotos do Latuff eram exatamente estas!
E o livro é muito bom. Vale a pena ler, pessoal...
E o livro é muito bom. Vale a pena ler, pessoal...
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Re: Trem de prata - pedido
Se está afim de conhecer várias histórias ferroviárias... Este é o SITE
http://vfco.brazilia.jor.br/Carros/budd/93prata.htm
http://vfco.brazilia.jor.br/Carros/budd/93prata.htm
MFPC o mundo gira, a MFPC continua.
Re: Trem de prata - pedido
Muito bom saber disso, ver as fotos. Obrigado!
É triste ver como planejamento desastroso acabou por tornar o trem, no imaginário geral, uma espécie de "empecilho"...
É triste ver como planejamento desastroso acabou por tornar o trem, no imaginário geral, uma espécie de "empecilho"...
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Re: Trem de prata - pedido
E infelizmente foi isso. O modal ferroviário, por absoluta falta de planejamento, foi sendo abandonado, poucos investimentos, e a falência quase total. Depois da privatização, vemos um renascimento dos cargueiros. E aguardamos a volta dos de passageiros, com esperança.
Re: Trem de prata - pedido
Num programa jornalístico (De lá pra cá), um estudioso de ferrovias (ou que já trabalhou com isso, ou que ainda trabalha, não lembro), disse que não há falência nem substituição de modal. Que 90% do minério de ferro extraído no Brasil é transportado por trem.Vicente A.O.Junior escreveu:E infelizmente foi isso. O modal ferroviário, por absoluta falta de planejamento, foi sendo abandonado, poucos investimentos, e a falência quase total. Depois da privatização, vemos um renascimento dos cargueiros. E aguardamos a volta dos de passageiros, com esperança.
Quer dizer, legal, iriam transportar ferro de caminhão até os portos? Seria sandice demais... eu queria ver, também, o transporte efetivo de outras cargas (que sendo rodoviário encarece demais o produto e diminui competitividade) e sobretudo de passageiros.
Acho que linhas de longo percurso talvez sejam inviáveis hoje, com o avião -- a não ser que sejam TAVs -- mas as mais curtas precisam ser retomadas (por exemplo, ligando a capital de um estado a uma cidade média do interior, passando por outras várias).
Bem, a Vale mantém transporte de passageiros, quem sabe outras empresas que detém concessões não pensem em expandir os negócios também...
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Re: Trem de prata - pedido
Mas aí é que está! É quase que só minério!!!
Se você passa perto do porto do Rio aí, ou pega a Anchieta aqui em SP pra Santos, você vê centenas de caminhões indo pro porto.
Ora, se houvessem mais trens, poderíamos ter estradas mais seguras, com menos acidentes. Carga geral neles!!
Se você passa perto do porto do Rio aí, ou pega a Anchieta aqui em SP pra Santos, você vê centenas de caminhões indo pro porto.
Ora, se houvessem mais trens, poderíamos ter estradas mais seguras, com menos acidentes. Carga geral neles!!
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Re: Trem de prata - pedido
Eu cresci ouvindo história sobre ele também, sempre me encantava com ele quando eu passava pelo viaduto ali ao lado da Barão de Mauá durante o por do sol e ver os carros brilhando, sendo preparados para logo mais a noite. Sentia falta de um post dele.
Nunca andei, meu pai dizia que havia um esquema todo especial de sinalização que causava transtornos, pois assim logo que o trem partia da estação, os sinais de Japeri já estavam preparados só pra ele passar, cerca de 30min antes. Acho que poucos entenderam sua utilidade, o preço cobrado comparando com o ônibus e avião não trazia vantagens além do tempo de viagem que, pensando nesse ultimo, acredito que esta seria a grande jogada estratégica para mante-lo, pois poderia ter o objetivo de não fazer os passageiros chegarem com a sensação de cansaço de viagem já que havia todo uma serviço de bordo hoteleiro. Muitas vezes o trem quebrava na serra pela madrugada e fazia os passageiros percorrerem a pé pela linha até seguir viagem de ônibus fretado. Segundo um amigo, as cabines era barulhentas devido o ar-condicionado. Falando nisso, apesar de ter um Hotel de Angra no empreendimento como suporte era interessante, mas sinceramente, ter uma empresa de ônibus administrando junto o negócio não é muito de se imaginar explorando uma ferrovia, logo não deu certo. De qualquer forma creio nos dias de hoje não resistiria muito em atividade, vide a força que teve as companhias aéreas de baixo custo, uma vez que uma viagem de 40min não exigiria conforto e demoraram a perceber este detalhe. Se pensarmos por este lado não seria uma linha regular de passageiros.
Queria entender qual a logica para se ter uma partida por semana, salvo engano meu numa quinta-feria (Do RJ para SP), levando em consideração que são duas grandes metrópoles com alto fluxo de passageiros por serem próximas. Acho que fazer daí o trem atrativo para viagens ficava um pouco difícil...
Nunca andei, meu pai dizia que havia um esquema todo especial de sinalização que causava transtornos, pois assim logo que o trem partia da estação, os sinais de Japeri já estavam preparados só pra ele passar, cerca de 30min antes. Acho que poucos entenderam sua utilidade, o preço cobrado comparando com o ônibus e avião não trazia vantagens além do tempo de viagem que, pensando nesse ultimo, acredito que esta seria a grande jogada estratégica para mante-lo, pois poderia ter o objetivo de não fazer os passageiros chegarem com a sensação de cansaço de viagem já que havia todo uma serviço de bordo hoteleiro. Muitas vezes o trem quebrava na serra pela madrugada e fazia os passageiros percorrerem a pé pela linha até seguir viagem de ônibus fretado. Segundo um amigo, as cabines era barulhentas devido o ar-condicionado. Falando nisso, apesar de ter um Hotel de Angra no empreendimento como suporte era interessante, mas sinceramente, ter uma empresa de ônibus administrando junto o negócio não é muito de se imaginar explorando uma ferrovia, logo não deu certo. De qualquer forma creio nos dias de hoje não resistiria muito em atividade, vide a força que teve as companhias aéreas de baixo custo, uma vez que uma viagem de 40min não exigiria conforto e demoraram a perceber este detalhe. Se pensarmos por este lado não seria uma linha regular de passageiros.
Queria entender qual a logica para se ter uma partida por semana, salvo engano meu numa quinta-feria (Do RJ para SP), levando em consideração que são duas grandes metrópoles com alto fluxo de passageiros por serem próximas. Acho que fazer daí o trem atrativo para viagens ficava um pouco difícil...
Abraços,
Bruno
Bruno
Re: Trem de prata - pedido
Eu tinha a imagem de que o minério era transportado até o Porto de Itaguaí, mas tenho visto sempre montes de minério no Porto do Rio.
Pois é, minério de ferro tem que ser transportado por trem, não tem jeito. Agora, gastar todo nosso potencial nisso, sem explorar tudo o mais? Ainda mais num país continental com estradas péssimas... é loucura.
Bruno, eu acho que uma viagem como a do Trem de Prata tinha que ter apelo diferenciado... ou pelo preço (que não era o caso), ou pela proposta. Porque seria impossível competir com o avião, era uma viagem muito lenta.
Pois é, minério de ferro tem que ser transportado por trem, não tem jeito. Agora, gastar todo nosso potencial nisso, sem explorar tudo o mais? Ainda mais num país continental com estradas péssimas... é loucura.
Bruno, eu acho que uma viagem como a do Trem de Prata tinha que ter apelo diferenciado... ou pelo preço (que não era o caso), ou pela proposta. Porque seria impossível competir com o avião, era uma viagem muito lenta.
Re: Trem de prata - pedido
Brunoraraujo escreveu:Segundo um amigo, as cabines era barulhentas devido o ar-condicionado.
Isso se deve á reforma mal feita. Quando esses trens faziam os serviços Santa Cruz (Rio-SP) e Vera Cruz (Rio-BH) tanto na EF Central do Brasil como na RFFSA os carros eram mais silenciosos. Durante essa última reforma para o trem de prata, todo o interior dos trens foi refeito e a isolação acústica retirada.
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Re: Trem de prata - pedido
Tive oportunidade de viajar tanto no Santa Cruz quanto no Vera Cruz, a constatação era que a jornada fora criada para passageiros sem pressa. Era impossível querer competir com o avião em termos de horas/km, ou seja erro de marketing. Para a época (1980 a 1985 foi o período que utilizei) o serviço era razoável. A tentativa glamourosa do Trem de Prata foi uma idéia a frente do seu tempo, talvez hoje surtisse mais efeito devido à procura por trens turísticos. Já até postei aqui este slogan do trem de Prata na época:
Do Masp ao Cristo Redentor sobre trilhos.
Quanto aos detalhes citados - conforto e etc. realmente deixava adesejar pelo preço que era cobrado.
Do Masp ao Cristo Redentor sobre trilhos.
Quanto aos detalhes citados - conforto e etc. realmente deixava adesejar pelo preço que era cobrado.
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Re: Trem de prata - pedido
Eu cheguei a viajar no Trem de Prata. Mas era tão caro que a genté (eu, meu pai e minha irmã) só fomos de trem. Voltamos de ônibus para economizar.
Lembro que o tamanho da composição era tanto que não cabia na plataforma na Barra Funda. E lembro me também que a plataforma não era pequena. O mais legal foi o dia de comprar as passagens. Enquanto meu pai negociava, eu e meu primo brincavámos no pátio ao lado da estação. Pátio sem movimentação de trens, e diversos carros Pullman, com pintura da FEPASA, abandonados.
Durante a viagem, lembro ter passado ao lado da L3, durante a noite. Era dificil enxergar aalguma coisa por cima do muro alto do Metrô. Na minha memória o final da viagem era na Central, e não na Barão de Mauá. Na chegada ainda visitei a cabine da locomotiva.
Lembro que o tamanho da composição era tanto que não cabia na plataforma na Barra Funda. E lembro me também que a plataforma não era pequena. O mais legal foi o dia de comprar as passagens. Enquanto meu pai negociava, eu e meu primo brincavámos no pátio ao lado da estação. Pátio sem movimentação de trens, e diversos carros Pullman, com pintura da FEPASA, abandonados.
Durante a viagem, lembro ter passado ao lado da L3, durante a noite. Era dificil enxergar aalguma coisa por cima do muro alto do Metrô. Na minha memória o final da viagem era na Central, e não na Barão de Mauá. Na chegada ainda visitei a cabine da locomotiva.
Na foto: 3XX em Barra Funda. A 12 anos atrás.
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Re: Trem de prata - pedido
Lá na Barão de Mauá só sobrou esta lembrança.
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Re: Trem de prata - pedido
Isso tudo é de uma tristeza sem fim........
O trem que chega É o mesmo da partida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar
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Re: Trem de prata - pedido
Tudo o que eu sei é sobre a fase final do Trem de Prata, queria ter feito essas fotos durante o seminário, mas as pilhas da minha câmera arriaram no intervalo . O nome era bem emblemático também para remeter ao luxo, mas não sei, sendo de luxo com viagens e rotas longas também não é tão praticável se uma viagem seria feita em 9h, ainda se fosse como um viagem de turismo de longa distância(excursão). Ficava uma pequena incoerência que pode ser decisiva para escolher ir de trem ou não mesmo sendo à "passeio".
Abraços,
Bruno
Bruno
Re: Trem de prata - pedido
Prezados foristas,
Como vocês estão falando do trêm da prata,gostaria de indicar um livro que fala sobre os trans de longo percurso - Carros Budd no Brasil - volume 01.Ele é meio difícil de encontrar, mas eu conheço dois lugares que vendem ele - em cebos você também acha(procure no http://www.estantevirtual.com.br).Se for comprar novo, ele é meio salgado:R$80,00.Agora eu não me lembro o lugar que vende, mas um é em Santo André e outro em São Paulo.Depois eu vou postar os lugares.O Volume 02 ainda não foi relançado(ele fala sobre os trens de curto percurso - os metropolitanos).
Como vocês estão falando do trêm da prata,gostaria de indicar um livro que fala sobre os trans de longo percurso - Carros Budd no Brasil - volume 01.Ele é meio difícil de encontrar, mas eu conheço dois lugares que vendem ele - em cebos você também acha(procure no http://www.estantevirtual.com.br).Se for comprar novo, ele é meio salgado:R$80,00.Agora eu não me lembro o lugar que vende, mas um é em Santo André e outro em São Paulo.Depois eu vou postar os lugares.O Volume 02 ainda não foi relançado(ele fala sobre os trens de curto percurso - os metropolitanos).
CUIDADO COM O VÃO E ALTURA ENTRE O TRÊM E A PLATAFORMA!
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Re: Trem de prata - pedido
Revista Transporte Moderno, Dezembro de 1994. A primeira viagem do Trem de Prata foi em 8 de Dezembro do mesmo ano. A reportagem cobria a inaguração do serviço.
Na foto: 3XX em Barra Funda. A 12 anos atrás.
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