Revista Ferroviária
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TAV deve absorver 53% do tráfego Rio-SP
04/06/2009 - O Globo
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem que, a despeito da crise, está mantida para o segundo semestre a licitação do trem-bala, que vai ligar o Rio a São Paulo e a Campinas.
A área técnica do governo estima para novembro o leilão e acredita que os favoritos na disputa são os grupos japoneses e coreanos. O empreendimento — com 511 quilômetros de extensão e cuja ligação entre as capitais paulista e fluminense deverá ficar pronta até a Copa de 2014 — está orçado em US$ 11 bilhões. O trem-bala pode abocanhar 53,5% do tráfego entre Rio e São Paulo.
— Todos eles (candidatos a investidores) estão bem sinalizados de que esse trem esteja funcionando para a Copa. Isso é importante porque esse meio de transporte é extremamente facilitador em uma região muito importante, no que se refere à movimentação da Copa — afirmou Dilma.
O governo deu um tratamento VIP para o Trem de Alta Velocidade (TAV) no sétimo balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ontem, no Itamaraty. Pela primeira vez, foi feita uma apresentação do projeto com simulação de trajeto, sinalização estações e indicação de pontes, túneis e trechos em superfície.
Dilma deu a entender que o setor ferroviário brasileiro deverá ganhar mais envergadura nos próximos anos, com a criação da nova Empresa de Pesquisas Ferroviárias (EPF), que irá coordenar a transferência de tecnologia não só do trem de alta velocidade, como de metrôs e trens convencionais.
— Para nós, transferência de tecnologia não é pegar uma empresa lá no exterior e fazê-la produzir aqui. Isso é investimento aqui. Queremos abrir o pacote tecnológico. É preciso uma empresa privada nacional, um instituto de tecnologia, uma rede de universidades ou institutos de tecnologia. E temos de ter o transferidor.
Segundo a ministra, já foi feito o mapeamento de tecnologias de trens de alta velocidade, bem como listados os institutos de pesquisa e universidades que poderão absorvê-las. Até as empresas que poderão desenvolver os projetos foram listadas. A gaúcha Marcopolo, por exemplo, poderia produzir o interior dos vagões.
— Queremos saber fazer via permanente de trem de alta velocidade e de trem em geral no Brasil. E de metrôs — disse a ministra.
O governo prevê ao menos oito estações obrigatórias para o trem-bala: duas em Campinas, uma em São Paulo, uma em Guarulhos, uma em São José dos Campos, uma entre Barra Mansa e Volta Redonda e duas no Rio (Galeão e Leopoldina). Há mais duas estações sugeridas, em Jundiaí e Aparecida.
Os primeiros estudos de demanda apontam que o trem-bala pode abocanhar 53,5% do tráfego entre Rio e São Paulo, considerando-se todas as paradas envolvidas e as ligações regionais (Campinas-Barra Mansa, por exemplo). O trem-bala tem potencial para roubar 67,1% da demanda atendida hoje pelos ônibus, 47,9% da dos automóveis e 47,3% do transporte por avião. Hoje, 60% do tráfego entre capitais é feito por avião, 16,5% por carro e 23% por ônibus.
Segundo técnicos do governo, as empresas japonesas e coreanas têm interesse no projeto, desde a questão do traçado até a dos equipamentos.
Já alemães e franceses — como Siemens e Alstom — parecem mais inclinados à venda de maquinário.
Os estudos do trem-bala estão sendo finalizados. Depois, vão a audiência pública por 30 dias. O projeto, então, será submetido à avaliação do Tribunal de Contas da União, o que leva 45 dias. Os passos seguintes são a publicação do edital e o leilão, possivelmente em novembro.
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[Notícia] Retirando passageiros de outros modais
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Re: [Notícia] Retirando passageiros de outros modais.
Realmente não consigo entender isto. Sim, é fundamental a aquisição da capacidade tecnologia para fazer a via permanente do TAV, isso não se discute, acredito que é unânime.Pablo ITT escreveu:— Queremos saber fazer via permanente de trem de alta velocidade e de trem em geral no Brasil. E de metrôs — disse a ministra.
Porém eu pergunto, não temos capacidade de fazer via permanente de “trem em geral”?
Ao que me constava o ramal Mayrink-Santos da Sorocabana já tinha sido feito por brasileiros com projeto e tecnologia brasileira no final da década de 20 do século passado.
O que dizer do Metrô de São Paulo então? Não foi feito por brasileiros?
Até onde eu sabia nas escolas de engenharia existe uma matéria sobre ferrovia, assim como aeroportos e rodovias.
Até onde eu pensava saber, os trilhos atualmente são feitos na China por uma questão econômica e não tecnológica.
Mas pelo jeito, não entendi nada.
E a licença ambiental prévia? O projeto não precisa?Pablo ITT escreveu:Os estudos do trem-bala estão sendo finalizados. Depois, vão a audiência pública por 30 dias. O projeto, então, será submetido à avaliação do Tribunal de Contas da União, o que leva 45 dias. Os passos seguintes são a publicação do edital e o leilão, possivelmente em novembro.
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Re: [Notícia] Retirando passageiros de outros modais.
PRANDA: Segundo li em algum lugar,(não lembro aonde) havia uma fabrica de trilhos em são paulo,como as ferrovias estavam sendo sucateadas, por falta de pedidos a fabrica fechou, como fechou a mafersa, cobrasma pelo mesmo motivo, hoje mandamos ferro bruto para a china a preço de banana, e recebemos trilhos a preço de ouro.
O mesmo passageiro que entra no trem, é o mesmos que desçe nas proximas estaçoes
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Re: [Notícia] Retirando passageiros de outros modais.
Mas isso não quer dizer que não temos tecnologia para faze-los, e muito menos quer dizer que não sabemos fazer via permanente de ferrovia normal e de Metrô como a Camarada Comissaria disse ai na matéria.
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Re: [Notícia] Retirando passageiros de outros modais
Sinceramente,não é melhor um edital só envolvendo tudo desde construção até os trens??Até pq vai ser algo bem estranho a Mitsui construindo o traçado e a Alstom fornecendo os TUEs...Segundo técnicos do governo, as empresas japonesas e coreanas têm interesse no projeto, desde a questão do traçado até a dos equipamentos.
Já alemães e franceses — como Siemens e Alstom — parecem mais inclinados à venda de maquinário.
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Re: [Notícia] Retirando passageiros de outros modais
A notícia não explica, porém o problema acredito que seja o do modelo economico a ser escolhido.
Japoneses e Coreanos tavez ainda topem, e achem interessante uma solução por PPP, onde, pelo que entendo das manifestações deles até hoje, eles pretendem ter mais liberdade de acertar o traçado e os equipamentos e vender um pacote completo de projeto e operação.
Franceses e Alemães, querem saber de vender os equipamentos para qualquer especificação, e provavelmente até com um nivel maior de nacionalização, porem sem vinculação a operação, investimento inteiro ao cargo do governo brasileiro.
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