Pessoal, ja existe uma vontade politica de criar uma rede de VLTs que interligasse toda a regiao metropolitana de Belo Horizonte.
Entao para que nao enchessemos esta secao do forum com cada semana um topico diferente do mesmo assunto, peco aos colegas que postassem neste topico as noticias sobre este assunto em especifico.
Abracos!
So para esclarecer melhor a situacao, existem 3 frentes de mobilizacao:
1) VLT Betim-Contagem-Belo Horizonte
Horizonte: Copa 2014
Forma Legal: Consorcio entre as Prefeituras de Betim, Contagem e Belo Horizonte
Levantamento tecnico: Concluido
Custo total: R$530mi (1/3 do custo de expansao da linha 1 do MetroBH)*
Custo por KM: R$33mi
Extensao: 17,8 KM
Trajeto: Bairro Jardim das Alterosas (Betim) - Bairro Bernardo Monteiro (Contagem) - Bairro Eldorado (Contagem) - Regiao do Barreiro (Belo Horizonte)
Integracao: Futuro VLT Barreiro-Belvedere/Vila da Serra
Estrutura: Trecho sob atual concessao da FCA (Ferrovia Centro-Atlantica).
Populacao Beneficiada (estimativa): 1 milhao em 13 cidades
Municipios contemplados: Betim, Contagem e Belo Horizonte.
*No caso de via paralela.
Em Betim:
Trajeto: Bairro Jardim das Alterosas
Iniciativa formal: Protocolo da Prefeitura de Betim para participar do Consorcio Metropolitano sobre Trilhos (04/11/09)
Reuniao ja feita: Prefeitura de Betim e Contagem com CBTU
Estudo de Viabilidade: Pendente
Em Contagem:
Estudo de Viabilidade: Concluido
Apoio: FIEMG
Reunioes ja feitas**:
. Prefeituras de Contagem e Betim com CBTU com o objetivo de avaliar a implantacao
. Prefeitura de Contagem e Transcon (Autarquia de transito e transporte de Contagem) com FIEMG para apresentar o projeto
. Prefeitura de Contagem e FIEMG em 03/11/09 com o objetivo de firmar PPP (parceria publico privada)
Proximas Reunioes:
. Prefeitura de Contagem com ANTT
. FIEMG com FCA
. FIEMG com Governo de Minas
Plano de captacao de recursos da Prefeitura de Contagem: Inclusao no PAC Mobilidade
Plano de captacao de recursos da FIEMG: BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social)
Extensao: 16km
Trajeto: Bairros Bernardo Monteiro e Eldorado
Publico: 150.000 passageiros/dia
** Listadas em ordem cronologica.
Em Belo Horizonte:
Regiao: Barreiro
2) VLT Barreiro-Belvedere/Vila da Serra
Iniciativa: Agencia de Desenvolvimento da Regiao Metropolitana
Apoio: União das Associações de Bairros da Zona Sul
Estrutura: Ramal ferroviario de Aguas Claras sob uso da MRS Logistica
Trajeto: Da Regiao do Barreiro ate a divisa entre os bairros Belvedere e Vila da Serra (respectivamente nos municipios de Belo Horizonte e Nova Lima) passando pelo Bairro Olhos D'Agua (possibilidade de extensao ate o bairro Eldorado em Contagem).
Extensao: 22km
Velocidade maxima: 70km/h
Tempo gasto por viagem: 10 min (contra 90 min do onibus)
Integracao: Estacao BHBus Barreiro (possibilidade de integracao com o futuro VLT Betim-Contagem-Belo Horizonte).
Atual uso da via: Desativado entre a Mina de Aguas Claras em Nova Lima ate o Bairro Olhos D'Agua, o restante usado para transporte de cargas (com horarios ociosos).
Estudo de Viabilidade (trajeto ate o Eldorado): Concluido
Duracao de implantacao: Entre 2 e 3 anos
Custo aproximado: R$300mi
Material rodante: composicoes de 4 carros
Capacidade: 760 passageiros por composicao
Reuniao ja feita: Audiencia Publica (17/11/09) promovida pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH)
Proxima reuniao: Agencia Metropolitana com ANTT com objetivo de captar recursos
Municipios contemplados: Belo Horizonte (Regiao do Barreiro, Oeste e Centro-Sul) e Nova Lima
Municipio indiretamente beneficiado: Ibirite
Contra proposta da Prefeitura de Nova Lima: Via Estrutural Norte (avenida)
3) VLT Vilarinho-Centro Administrativo
Iniciativa: SETOP-MG(Secretaria de Estado de Obras Publicas de Minas Gerais)
Analise de criacao: Em andamento
Trajeto: Bairro Vilarinho (Regiao de Venda Nova) -Bairro Serra Verde (Regiao Norte)
Integracao: Estacao Vilarinho do Metro BH
Contra proposta: TRO (Transporte Rapido com Onibus)
Municipios contemplado: Belo Horizonte
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Mobilização por VLT em BH
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Autor do tópico - MEMBRO PLENO 2.0
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Mobilização por VLT em BH
Editado pela última vez por Inconfidente em 06 Dez 2009, 13:47, em um total de 12 vezes.
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Autor do tópico - MEMBRO PLENO 2.0
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Segue a capa do Jornal do Belvedere, jornal comunitario quinzenal de distribuicao gratuita no extremo sul de Belo Horizonte, da primeia edicao de dezembro:
A imagem a esquerda é o Ramal de Aguas Claras na divisa entre Belo Horizonte e Nova Lima, mais especificamente entre os bairros Belvedere (em Belo Horizonte) e Vila da Serra (em Nova Lima). O Ramal era usado por uma mineradora para escoar o minerio de uma mina na face sul da Serra do Curral, no municipio de Nova Lima. Com o esgotamento do mineiro o ramal foi desativado.
A imagem a esquerda é o Ramal de Aguas Claras na divisa entre Belo Horizonte e Nova Lima, mais especificamente entre os bairros Belvedere (em Belo Horizonte) e Vila da Serra (em Nova Lima). O Ramal era usado por uma mineradora para escoar o minerio de uma mina na face sul da Serra do Curral, no municipio de Nova Lima. Com o esgotamento do mineiro o ramal foi desativado.
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Autor do tópico - MEMBRO PLENO 2.0
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VLT Barreiro-Belvedere/Vila da Serra
Ramal Ferroviário Águas Claras. Qual o melhor caminho?
Moradores, empresários e autoridades debatem a utilização da linha férrea desativada indicando que a via seja destinada ao transporte de passageiros com a implantação do VLT, para construção de rodovia e até mesmo como parques ecológicos e área de lazer.
A necessidade de criar e ampliar o transporte coletivo da Grande BH, levou autoridades e empresários a iniciar um debate sobre a viabilidade de se aproveitar o Ramal Águas Claras, da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), para melhorar o transporte de passageiros na Capital, o que possibilitaria a retirada de dezenas de ônibus das ruas. Esta iniciativa desafogaria, também, o fluxo de carros, principalmente no vetor Sul. Uma das propostas discutidas é a utilização do ramal ferroviário desativado para o VLT - Veículo Leve Sobre Trilhos - ligando o BH Shopping, no bairro Belvedere, até o Big Shopping, no Eldorado/Contagem.
Outra questão que interessa aos moradores da região do Belvedere e Condomínios de Nova Lima é o destino do ramal férreo Águas Claras no trecho a partir do Belvedere/Vila da Serra até Nova Lima. A proposta da Prefeitura de Nova Lima é construir a Via Estruturante Norte, uma rodovia. No entanto, moradores, representantes de associações comunitárias e arquitetos são contra este projeto e fazem outras propostas. O JORNAL BELVEDERE & CONDOMÍNIOS DE NOVA LIMA, com o intuito de promover o debate sobre o assunto, traz nesta edição algumas opiniões sobre o assunto.
VLT como solução para transporte de passageiros
Estudos de viabilidade, realizados pela empresa de Consultoria Vertran, mostraram que é possível solucionar impasses na área da mobilidade urbana ligando o BH Shopping, no bairro Belvedere, na região Centro-sul da cidade, até o Big Shopping, no Eldorado, em Contagem, passando pelo município de Ibirité e região do Barreiro, através do aproveitamento do ramal de Águas Claras - hoje desativado - para transporte de passageiros. De acordo com o levantamento, diversas áreas de comércio, escolas, indústrias e universidades seriam beneficiadas com o projeto.
De acordo com o diretor da Vertran, Francisco da Rocha, a implantação levaria de dois a três anos e teria custo médio de R$ 300 milhões, sendo que cada composição teria quatro carros e capacidade de carregar até 760 passageiros. “Nossa Belo Horizonte está sobrecarregada. A avenida Antônio Carlos, por exemplo, vai saturar em cinco anos, mesmo com a duplicação. As vantagens do VLT são enormes. Pode-se chegar do Barreiro ao BH Shopping em 10 minutos, sendo que o mesmo trecho em coletivos levaria pelo menos 90 minutos”, informou Francisco.
O debate sobre a viabilidade de se aproveitar o Ramal Águas Claras, desativado da Rede Ferroviária, para melhorar o transporte de passageiros em Belo Horizonte foi o que motivou uma audiência pública promovida no último dia 17 de novembro, pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), por iniciativa do vereador Léo Burguês de Castro (PSDB).
De acordo com o vereador, com o aproveitamento do trecho e implantação transporte de passageiros, dezenas de ônibus seriam retirados das ruas e a iniciativa desafogaria, também, o fluxo de carros, principalmente no vetor Sul. “Não podemos pensar em Belo Horizonte, hoje, apenas como cidade, e sim como Região Metropolitana, uma vez que outros municípios dependem do transporte para que os cidadãos cheguem até aqui para cumprir seus compromissos no horário certo”, observou o parlamentar.
Em entrevista ao jornalista Carlos Viana, da Rádio Itatiaia, o prefeito Marcio Lacerda informou que o metrô que é administrado e operacionalizado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e depois entregue ao município e ao Estado, poderia sim ficar sob a responsabilidade e gestão de um consórcio formado por proprietários de empresas de ônibus, que por sua vez assumiriam toda a operação desses trens.
Moradores querem destinar área para trens e parques
A notícia veiculada no JORNAL BELVEDERE sobre a destinação do ramal ferroviário desativado da Rede Federal para os municípios de Nova Lima e Belo Horizonte acendeu a discussão sobre o assunto. O médico psicanalista e psiquiatra, Stelio Lage Alves, que possui consultório no bairro e é morador da região, entende que o assunto é bem amplo e deve ser muito discutido. Ele argumenta que por falta de planejamento urbanístico prévio o Belvedere agora está sendo penalizado pela explosão imobiliária, e consequentemente com aumento do trânsito no bairro.
Para o psiquiatra, a discussão sobre a via, antes de tudo, implica numa questão ecológica. “No meu entendimento, as mineradoras deveriam avaliar e parar com a exploração na região. Apesar de já obterem do Ibama a liberação para construção de um complexo de obras, deveriam desistir do projeto e devolver o espaço como área verde, parque ecológico e transformar o que resta em área de preservação”, disse, referindo-se ao Projeto Águas Claras da Vale, que utilizaria a via como acesso.
Segundo Stelio, o correto é destinar o ramal para a implantação de linhas de trens, esteticamente bonitos, economicamente viáveis e não poluentes. Esta seria a solução mais viável e que dificultaria a instalação de novos empreendimentos na região”, ressaltou o médico. Ele acredita que a luta das associações do entorno poderia criar uma via verde – uma espécie de corredor – ligando o Belvedere ao Mangabeiras. “A linha de metrô ou VLT é menos agressiva. O progresso que visa o retorno lucrativo imediato depara com problemas e transtornos absurdos, difíceis de serem solucionados depois. É preciso repensar antes e de forma global, pois existem respostas e soluções para o transporte que são mais inteligentes, elegantes e que implicam no envolvimento de outros setores como o do turismo, o ambiental e o cultural”, declarou.
Área de preservação
O empresário e administrador Paulo Henrique Matos também se opõe à destinação do ramal para a construção de uma via. Para ele é preciso promover um longo debate sobre o que realmente interessa à comunidade. “Entendo que o interessante nesse momento é manter a área preservada e criar espaços para lazer. Ali, por exemplo, poderia ser construída uma pista para caminhada ou cooper. E mais à frente, próximo ao BH Shopping, quem sabe instalar um trecho para um VLT não poluente!?”, ponderou.
Para o empresário, é preciso avaliar o impacto ambiental na região. “A população precisa parar de ficar passiva a tudo que acontece e participar mais das mudanças e das ações que estão sendo propostas pela cidade. E pensar a que preço estão dispostas a pagar pelo desenvolvimento”, questionou.
Na opinião de Paulo Henrique, o lugar poderia servir para lazer das famílias da região, a exemplo do que aconteceu em Nova York, mas precisamente em Manhattan, quando moradores da região cansados de conviver com o ramal abandonado, fundaram uma associação para discutir as formas de reintegrar a High Line ao espaço público. Construída na década de 30 e desativada nos anos 80, a High Line era uma ferrovia elevada, barulhenta e atormentava os moradores. Hoje, depois de inaugurada, a High Line Park, o primeiro parque elevado das Américas, faz a integração dos trilhos abandonados à paisagem da cidade em meio a muito jardins e bancos.
O lugar agora dá lugar a piqueniques nos fins de semana e às caminhadas de moradores. “Até uma associação foi criada – Amigos do High Line – e esta organiza pequenas apresentações artísticas e saraus”, ressaltou Paulo.
http://www.jornaldobelvedere.com.br/ima ... ez09_1.pdf
Integração da zona Sul com o metrô
O grande desafio nas grandes metrópoles é induzir o usuário de carro ou de moto a migrar para o transporte coletivo que, por sua vez, tem que operar com segurança, rapidez, conforto e pontualidade. Para atingir esses objetivos é preciso operar com pouca ou nenhuma interferência com o deslocamento de veículos ou pessoas. É o que se chama de segregação do transporte coletivo, que deve operar completamente isolado. Essa tese é defendida pelo engenheiro João Ernani Antunes Costa, assessor de Mobilidade da Agência Metropolitana da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), conforme apresentação feita, no último dia 4 de novembro, em seminário intitulado “RMBH nos Trilhos”, realizado em Betim, com o apoio da Sociedade Mineira de Engenheiros e a presença de diversos consultores e técnicos da TRANSBETIM, do CREA, da TRANSCON, METROBH, FCA, ANTT, SETOP-MG.
Segundo Antunes Costa, a RMBH, a terceira do País com 5 milhões de habitantes, apresenta uma limitada extensão de transporte coletivo segregado quando comparado com outras regiões metropolitanas brasileiras. São apenas 54,2 km, dos quais 26 km são de faixas e de pistas exclusivas para ônibus e somente 28,2 km para o metrô. “Perdemos para São Paulo (401 km), Rio de Janeiro (359 km), Recife (76,9km), Porto Alegre (58,4 km). Quando não existe linha de trem metropolitano, as viagens são realizadas por veículos, com característica pendular e concentradora nos picos, agravando os congestionamentos”, enfatiza Antunes.
O presidente da União das Associações de Bairros da Zona Sul, Marcelo Marinho, presente no seminário, disse que BH e cidades vizinhas fizeram uma opção equivocada pelo transporte coletivo que prioriza o ônibus: “Temos a menor extensão de transporte coletivo segregado por milhão de habitantes, apenas 10,9 km, e ocupamos o 9º lugar entre as regiões metropolitanas brasileiras. É necessário reverter essa desvantagem, adotando uma cultura de transportes integrados.” Tanto João Ernani quanto Marinho entendem que o poder local tem que assumir as regras da gestão do transporte metroferroviário, liderando as fases de viabilização, implantação e operação dos projetos do setor.
E compartilham da idéia de que um desses projetos é a integração do Ramal de Águas Claras com o metrô de superfície de BH no Barreiro, “o que possibilitará o deslocamento dos moradores do setor Sul da Capital, particularmente na divisa entre Belo Horizonte e Nova Lima, palco de crescimento explosivo, para toda a cidade e, também, para Betim e arredores, com a possibilidade futura de ligação ao aeroporto de Confins. É uma solução segura e confortável, que desafogará os congestionamentos na Avenida Nossa Senhora do Carmo, inclusive com a possível utilização do VLT”, afirmam.
http://www.jornaldobelvedere.com.br/ima ... ez09_1.pdf
Moradores, empresários e autoridades debatem a utilização da linha férrea desativada indicando que a via seja destinada ao transporte de passageiros com a implantação do VLT, para construção de rodovia e até mesmo como parques ecológicos e área de lazer.
A necessidade de criar e ampliar o transporte coletivo da Grande BH, levou autoridades e empresários a iniciar um debate sobre a viabilidade de se aproveitar o Ramal Águas Claras, da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), para melhorar o transporte de passageiros na Capital, o que possibilitaria a retirada de dezenas de ônibus das ruas. Esta iniciativa desafogaria, também, o fluxo de carros, principalmente no vetor Sul. Uma das propostas discutidas é a utilização do ramal ferroviário desativado para o VLT - Veículo Leve Sobre Trilhos - ligando o BH Shopping, no bairro Belvedere, até o Big Shopping, no Eldorado/Contagem.
Outra questão que interessa aos moradores da região do Belvedere e Condomínios de Nova Lima é o destino do ramal férreo Águas Claras no trecho a partir do Belvedere/Vila da Serra até Nova Lima. A proposta da Prefeitura de Nova Lima é construir a Via Estruturante Norte, uma rodovia. No entanto, moradores, representantes de associações comunitárias e arquitetos são contra este projeto e fazem outras propostas. O JORNAL BELVEDERE & CONDOMÍNIOS DE NOVA LIMA, com o intuito de promover o debate sobre o assunto, traz nesta edição algumas opiniões sobre o assunto.
VLT como solução para transporte de passageiros
Estudos de viabilidade, realizados pela empresa de Consultoria Vertran, mostraram que é possível solucionar impasses na área da mobilidade urbana ligando o BH Shopping, no bairro Belvedere, na região Centro-sul da cidade, até o Big Shopping, no Eldorado, em Contagem, passando pelo município de Ibirité e região do Barreiro, através do aproveitamento do ramal de Águas Claras - hoje desativado - para transporte de passageiros. De acordo com o levantamento, diversas áreas de comércio, escolas, indústrias e universidades seriam beneficiadas com o projeto.
De acordo com o diretor da Vertran, Francisco da Rocha, a implantação levaria de dois a três anos e teria custo médio de R$ 300 milhões, sendo que cada composição teria quatro carros e capacidade de carregar até 760 passageiros. “Nossa Belo Horizonte está sobrecarregada. A avenida Antônio Carlos, por exemplo, vai saturar em cinco anos, mesmo com a duplicação. As vantagens do VLT são enormes. Pode-se chegar do Barreiro ao BH Shopping em 10 minutos, sendo que o mesmo trecho em coletivos levaria pelo menos 90 minutos”, informou Francisco.
O debate sobre a viabilidade de se aproveitar o Ramal Águas Claras, desativado da Rede Ferroviária, para melhorar o transporte de passageiros em Belo Horizonte foi o que motivou uma audiência pública promovida no último dia 17 de novembro, pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), por iniciativa do vereador Léo Burguês de Castro (PSDB).
De acordo com o vereador, com o aproveitamento do trecho e implantação transporte de passageiros, dezenas de ônibus seriam retirados das ruas e a iniciativa desafogaria, também, o fluxo de carros, principalmente no vetor Sul. “Não podemos pensar em Belo Horizonte, hoje, apenas como cidade, e sim como Região Metropolitana, uma vez que outros municípios dependem do transporte para que os cidadãos cheguem até aqui para cumprir seus compromissos no horário certo”, observou o parlamentar.
Em entrevista ao jornalista Carlos Viana, da Rádio Itatiaia, o prefeito Marcio Lacerda informou que o metrô que é administrado e operacionalizado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e depois entregue ao município e ao Estado, poderia sim ficar sob a responsabilidade e gestão de um consórcio formado por proprietários de empresas de ônibus, que por sua vez assumiriam toda a operação desses trens.
Moradores querem destinar área para trens e parques
A notícia veiculada no JORNAL BELVEDERE sobre a destinação do ramal ferroviário desativado da Rede Federal para os municípios de Nova Lima e Belo Horizonte acendeu a discussão sobre o assunto. O médico psicanalista e psiquiatra, Stelio Lage Alves, que possui consultório no bairro e é morador da região, entende que o assunto é bem amplo e deve ser muito discutido. Ele argumenta que por falta de planejamento urbanístico prévio o Belvedere agora está sendo penalizado pela explosão imobiliária, e consequentemente com aumento do trânsito no bairro.
Para o psiquiatra, a discussão sobre a via, antes de tudo, implica numa questão ecológica. “No meu entendimento, as mineradoras deveriam avaliar e parar com a exploração na região. Apesar de já obterem do Ibama a liberação para construção de um complexo de obras, deveriam desistir do projeto e devolver o espaço como área verde, parque ecológico e transformar o que resta em área de preservação”, disse, referindo-se ao Projeto Águas Claras da Vale, que utilizaria a via como acesso.
Segundo Stelio, o correto é destinar o ramal para a implantação de linhas de trens, esteticamente bonitos, economicamente viáveis e não poluentes. Esta seria a solução mais viável e que dificultaria a instalação de novos empreendimentos na região”, ressaltou o médico. Ele acredita que a luta das associações do entorno poderia criar uma via verde – uma espécie de corredor – ligando o Belvedere ao Mangabeiras. “A linha de metrô ou VLT é menos agressiva. O progresso que visa o retorno lucrativo imediato depara com problemas e transtornos absurdos, difíceis de serem solucionados depois. É preciso repensar antes e de forma global, pois existem respostas e soluções para o transporte que são mais inteligentes, elegantes e que implicam no envolvimento de outros setores como o do turismo, o ambiental e o cultural”, declarou.
Área de preservação
O empresário e administrador Paulo Henrique Matos também se opõe à destinação do ramal para a construção de uma via. Para ele é preciso promover um longo debate sobre o que realmente interessa à comunidade. “Entendo que o interessante nesse momento é manter a área preservada e criar espaços para lazer. Ali, por exemplo, poderia ser construída uma pista para caminhada ou cooper. E mais à frente, próximo ao BH Shopping, quem sabe instalar um trecho para um VLT não poluente!?”, ponderou.
Para o empresário, é preciso avaliar o impacto ambiental na região. “A população precisa parar de ficar passiva a tudo que acontece e participar mais das mudanças e das ações que estão sendo propostas pela cidade. E pensar a que preço estão dispostas a pagar pelo desenvolvimento”, questionou.
Na opinião de Paulo Henrique, o lugar poderia servir para lazer das famílias da região, a exemplo do que aconteceu em Nova York, mas precisamente em Manhattan, quando moradores da região cansados de conviver com o ramal abandonado, fundaram uma associação para discutir as formas de reintegrar a High Line ao espaço público. Construída na década de 30 e desativada nos anos 80, a High Line era uma ferrovia elevada, barulhenta e atormentava os moradores. Hoje, depois de inaugurada, a High Line Park, o primeiro parque elevado das Américas, faz a integração dos trilhos abandonados à paisagem da cidade em meio a muito jardins e bancos.
O lugar agora dá lugar a piqueniques nos fins de semana e às caminhadas de moradores. “Até uma associação foi criada – Amigos do High Line – e esta organiza pequenas apresentações artísticas e saraus”, ressaltou Paulo.
http://www.jornaldobelvedere.com.br/ima ... ez09_1.pdf
Integração da zona Sul com o metrô
O grande desafio nas grandes metrópoles é induzir o usuário de carro ou de moto a migrar para o transporte coletivo que, por sua vez, tem que operar com segurança, rapidez, conforto e pontualidade. Para atingir esses objetivos é preciso operar com pouca ou nenhuma interferência com o deslocamento de veículos ou pessoas. É o que se chama de segregação do transporte coletivo, que deve operar completamente isolado. Essa tese é defendida pelo engenheiro João Ernani Antunes Costa, assessor de Mobilidade da Agência Metropolitana da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), conforme apresentação feita, no último dia 4 de novembro, em seminário intitulado “RMBH nos Trilhos”, realizado em Betim, com o apoio da Sociedade Mineira de Engenheiros e a presença de diversos consultores e técnicos da TRANSBETIM, do CREA, da TRANSCON, METROBH, FCA, ANTT, SETOP-MG.
Segundo Antunes Costa, a RMBH, a terceira do País com 5 milhões de habitantes, apresenta uma limitada extensão de transporte coletivo segregado quando comparado com outras regiões metropolitanas brasileiras. São apenas 54,2 km, dos quais 26 km são de faixas e de pistas exclusivas para ônibus e somente 28,2 km para o metrô. “Perdemos para São Paulo (401 km), Rio de Janeiro (359 km), Recife (76,9km), Porto Alegre (58,4 km). Quando não existe linha de trem metropolitano, as viagens são realizadas por veículos, com característica pendular e concentradora nos picos, agravando os congestionamentos”, enfatiza Antunes.
O presidente da União das Associações de Bairros da Zona Sul, Marcelo Marinho, presente no seminário, disse que BH e cidades vizinhas fizeram uma opção equivocada pelo transporte coletivo que prioriza o ônibus: “Temos a menor extensão de transporte coletivo segregado por milhão de habitantes, apenas 10,9 km, e ocupamos o 9º lugar entre as regiões metropolitanas brasileiras. É necessário reverter essa desvantagem, adotando uma cultura de transportes integrados.” Tanto João Ernani quanto Marinho entendem que o poder local tem que assumir as regras da gestão do transporte metroferroviário, liderando as fases de viabilização, implantação e operação dos projetos do setor.
E compartilham da idéia de que um desses projetos é a integração do Ramal de Águas Claras com o metrô de superfície de BH no Barreiro, “o que possibilitará o deslocamento dos moradores do setor Sul da Capital, particularmente na divisa entre Belo Horizonte e Nova Lima, palco de crescimento explosivo, para toda a cidade e, também, para Betim e arredores, com a possibilidade futura de ligação ao aeroporto de Confins. É uma solução segura e confortável, que desafogará os congestionamentos na Avenida Nossa Senhora do Carmo, inclusive com a possível utilização do VLT”, afirmam.
http://www.jornaldobelvedere.com.br/ima ... ez09_1.pdf
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Autor do tópico - MEMBRO PLENO 2.0
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Re: VLT Barreiro-Belvedere/Vila da Serra
A ideia de criar via verde – uma espécie de corredor – ligando o Belvedere ao Mangabeiras foi a que eu mais gostei. Imagina o potencial turistico que esta linha teria, com todas aquelas vistas maravilhosas que se tem passando pela parte alta da cidade. Ligaria varios cartoes postais como o Parque das Mangabeiras, a Serra do Curral com seu futuro Parque Paredao da Serra do Curral e o Alta Vila.
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