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Barulho do Fepasão
Moderador: Lipe Andreense
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Autor do tópico - MEMBRO SENIOR
- Mensagens: 1139
- Registrado em: 22 Dez 2008, 20:14
- Localização: No meio entre V. Jacuí e Ponte Rasa, São Paulo.
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Re: Barulho do Fepasão
Vai da tração deles! Cada um tem um jeito.
Chegou o primeiro Cobrasma reformado!!!!!!!
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- MEMBRO SENIOR
- Mensagens: 2020
- Registrado em: 05 Jun 2008, 16:55
- Localização: São Paulo
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Re: Barulho do Fepasão
Tem sim. Trata-se do sistema de tração do trem. No caso dos 5000, e também dos 2000, 3000, 5500 e 7000, e também os trens do Metrô-SP, o sistema utiliza componentes eletrônicos de potência (ou seja, eles lidam diretamente com alta tensão) para fornecer corrente aos motores. Esses componentes têm frequências de operação que na maioria das vezes estão dentro da faixa de frequências que o ser humano ouve. É mais ou menos isso, o Erick, por exemplo, pode fornecer detalhes muito maiores a esse respeito.
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- MEMBRO PLENO 2.0
- Mensagens: 639
- Registrado em: 01 Jan 2009, 12:16
- Localização: São Paulo, SP
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Re: Barulho do Fepasão
Valeu Tiago!!! Valeu pelo passe, daqui eu consigo marcar o gol!!!
Bem, para responder a dúvida do nosso amigo wesley, vou trasncrever aqui o que eu comentei no tópico da Série 3000:
O chopper apareceu no Brasil nos anos 70, inicialmente devido à uma teimosia do corpo técnico da Companhia do Metropolitano de São Paulo (que "peitou" os consultores do HMD - Hochtief / Montreal / Deconsult). O chopper foi adotado por algumas razões técnicas, a saber:
- permitia a utilização de uma frenagem elétrica efetiva regenerativa, de forma a evitar o acúmulo de calor nos túneis devido à frenagem elétrica 100% reostática;
- nos anos 70, com a crise do petróleo (devido à guerras no Oriente Médio), nada mais cômodo que a utilização de um sistema de tração elétrico que permitisse economizar energia (e a economia de energia de um trem equipado com chopper para um trem equipado com eixo de cames oscila de 25% à 30%).
Nos sistemas de trens metropolitanos, quem bancou a aposta no chopper foi a #FEPASA - Ferrovia Paulista S.A., que quando adquiriu novos trens dentro do plano de modernização dos subúrbios paulistas optou também por trens equipados com chopper.
Ufa!!! Acho que consegui explicar a dúvida do nosso amigo wesley e ainda por cima mais um pouquinho de aula técnica [convencido!!! ]
Bem, para responder a dúvida do nosso amigo wesley, vou trasncrever aqui o que eu comentei no tópico da Série 3000:
No caso das séries 5000 e 5500 Fase I o equipamento que controla a tensão nos bornes dos motores de tração é o chopper (recortador em português). O chopper é uma chave eletrônica, que permite uma variação linear da tensão para os motores de tração. A principal vantagem é que essa variação linear evita o incômodo tranco na partida do trem.erick_ut440r escreveu:A "musiquinha" da partida do Série 3000 (assim como no 2000 Fase I) deve-se ao equipamento eletrônico de controle de potência do trem (no caso dessas séries citadas, o GTO - Gate Turn Off Thyristor). Já o TUE Série 2000 Fase II e os Alstom A96 também fazem a "musiquinha" para sair. Entretanto, nessas séries o equipamento eletrônico de potência é o IGBT - Insulated Gate Bipolar Transistor. O IGBT é um equipamento moderno (trata-se da evolução do GTO).
Historicamente falando, temos a seguinte evolução na tração elétrica (refiro-me ao controle de tração):
Eixo de Cames (Séries 1100, 1400, 1600, 1700, 2100, 4400, 4800) => Contatores (Série 5500 Fase II) => Chopper Tiristor (Séries 5000 e 5500 Fase I) => GTO (Séries 2000 Fase I e 3000) => IGBT (Série 2000 Fase II).
Se formos analisar o sistema da SuperVIA, temos a seguinte distribuição:
Eixo de Cames (Séries 400, 500, 700 original e modernizada, 800, 900 original e 1000) => Contatores (Séries 900 modernizada e 8000) => Chopper Tiristor (Série 9000) => IGBT (Série 2005).
Os trens dos sistemas da CBTU (Demetrô BH, Metrorec, Salvador e Trensurb) utilizam como sistema de controle de tração o eixo de cames.
Os trens do Metrô SP podem ser divididos da seguinte forma:
- Chopper Tiristor (Budd Linha 1, Cobrasma e Mafersa Linha 3, Miênio Linha 2)
- IGBT (Alstom Metropolis Linha 5, Alstom A96 Linha 2, Siemens/Rotem Linha 4, CAF Linhas 1 & 3)
Já os trens do Metrô RJ possuem uma única divisão, a saber:
- Chopper Tiristor (Mafersa Linhas 1 & 2, Alstom Linha 2)
O chopper apareceu no Brasil nos anos 70, inicialmente devido à uma teimosia do corpo técnico da Companhia do Metropolitano de São Paulo (que "peitou" os consultores do HMD - Hochtief / Montreal / Deconsult). O chopper foi adotado por algumas razões técnicas, a saber:
- permitia a utilização de uma frenagem elétrica efetiva regenerativa, de forma a evitar o acúmulo de calor nos túneis devido à frenagem elétrica 100% reostática;
- nos anos 70, com a crise do petróleo (devido à guerras no Oriente Médio), nada mais cômodo que a utilização de um sistema de tração elétrico que permitisse economizar energia (e a economia de energia de um trem equipado com chopper para um trem equipado com eixo de cames oscila de 25% à 30%).
Nos sistemas de trens metropolitanos, quem bancou a aposta no chopper foi a #FEPASA - Ferrovia Paulista S.A., que quando adquiriu novos trens dentro do plano de modernização dos subúrbios paulistas optou também por trens equipados com chopper.
Ufa!!! Acho que consegui explicar a dúvida do nosso amigo wesley e ainda por cima mais um pouquinho de aula técnica [convencido!!! ]
Avatar: Trem Cobrasma/Francorail/Société MTE da Companhia do Metropolitano de São Paulo, composição C-311 no PIT (Páteo Itaquera).
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