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Essa história de BITOLA!
Essa história de BITOLA!
Boa noite galera... continuo minha pesquisa para a monografia.
Tenho achado bastante material, e empaquei (literalmente), nessa história de BITOLA!
Já entendi que no Brasil usamos uma diferente que os outros paises, que permanecem na medida que sempre foi usada.
Mas... qual o problema? rs
Não podemos continuar usando a nossa medida? Isso impede de unir nossa ferrovia com as outras? É possivel uni-las?
É mais barato? Mais caro?
Quais são os prós? Os contras?! Faz mesmo diferença?
Não entendo!
PQ TANTA DISCUSSÃO A CERCA DA BENDITA BITOLA?!
Já vi alguns topicos aqui falando nisso... mas desculpem a minha ignorancia, rs, foram discuçoes muito avançadas para a minha compreensão.
Obrigada!
Tenho achado bastante material, e empaquei (literalmente), nessa história de BITOLA!
Já entendi que no Brasil usamos uma diferente que os outros paises, que permanecem na medida que sempre foi usada.
Mas... qual o problema? rs
Não podemos continuar usando a nossa medida? Isso impede de unir nossa ferrovia com as outras? É possivel uni-las?
É mais barato? Mais caro?
Quais são os prós? Os contras?! Faz mesmo diferença?
Não entendo!
PQ TANTA DISCUSSÃO A CERCA DA BENDITA BITOLA?!
Já vi alguns topicos aqui falando nisso... mas desculpem a minha ignorancia, rs, foram discuçoes muito avançadas para a minha compreensão.
Obrigada!
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- COORDENADOR
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- Localização: Rio de Janeiro/RJ
Re: Essa história de BITOLA!
Acho que o problema de bitolas no Brasil é algo quase que histórico... As ferrovias do Brasil foram construidas por diversos governos e empresas e em épocas muito diferentes, e aparentemente nunca houve fiscalização ou planejamento no que estava sendo feito a nível de integração das ferrovias.
No Brasil temos muitas bitolas diferentes: 0,60, métrica, internacional (que não é tão "internacional" assim visto que quase só se utilizava na Europa), bitola larga entre outras...
O problema cara é que unir ferrovias com diferentes bitolas causa retrabalho: o material rodante é feito por bitola então é necessário criar linhas de bitola mista, desperdiçando mais dinheiro.
Ou, em alguns casos no lugar da bitola mista, muitas vezes a bitola é reduzida ou aumentada. Quando foi criada a Rede de Viação Fluminense ela encapou várias ferrovias da região serrana do Rio de Janeiro (EF Rio das Flores, EF Vassourense, etc) mas esbarraram num problema: a EF União Valenciana (que era grande!) tinha bitola diferente então reduziram a bitola pra conseguir integrar a ferrovia à Rede de Viação Fluminense.
Não sou técnico do assunto mas sobre as diferenças, tudo o que posso dizer é que aparentemente, quanto mais larga é a bitola, menor a trepidação, por isso os metrôs e trens urbanos são construidos nessas bitolas. Já para cargas no Brasil é muito comum a bitola métrica, mas não sei dizer porque hehehehe...
No Brasil temos muitas bitolas diferentes: 0,60, métrica, internacional (que não é tão "internacional" assim visto que quase só se utilizava na Europa), bitola larga entre outras...
O problema cara é que unir ferrovias com diferentes bitolas causa retrabalho: o material rodante é feito por bitola então é necessário criar linhas de bitola mista, desperdiçando mais dinheiro.
Ou, em alguns casos no lugar da bitola mista, muitas vezes a bitola é reduzida ou aumentada. Quando foi criada a Rede de Viação Fluminense ela encapou várias ferrovias da região serrana do Rio de Janeiro (EF Rio das Flores, EF Vassourense, etc) mas esbarraram num problema: a EF União Valenciana (que era grande!) tinha bitola diferente então reduziram a bitola pra conseguir integrar a ferrovia à Rede de Viação Fluminense.
Não sou técnico do assunto mas sobre as diferenças, tudo o que posso dizer é que aparentemente, quanto mais larga é a bitola, menor a trepidação, por isso os metrôs e trens urbanos são construidos nessas bitolas. Já para cargas no Brasil é muito comum a bitola métrica, mas não sei dizer porque hehehehe...
Central-Caxias: 1:30 de trânsito pela Linha Vermelha. Ou 29 minutos pela Supervia.
Re: Essa história de BITOLA!
Caro coordenador,
a bitola denominada de Normal, Internacional, Standard ou UIC, de 1435 mm, descende directamente da usada na linha original L&MR (Liverpool & Manchester Railway) normalmente considerada a decana das linhas férreas.
Esta bitola tambem é denominada de Stephenson derivado do nome do engenheiro chefe dessa linha, George Stephenson.
No inicio da expansão do Caminho de Ferro, ie no sec XIX, esta bitola espalhou-se por toda a Europa, America Central e do Norte, Norte de Africa e parte importante da Asia. Tem portanto uma abrangência de âmbito mundial.
O simples facto de ter aparecido em Inglaterra e se espalhado pela França, Alemanha, Itália, Holanda, Belgica, Suiça, Suecia, Noruega, Dinamarca, Grécia, Jugoslávia, Hungria, Checoslováquia, Polónia, Romenia, Bulgária, Turquia, Irão, Iraque, Arábia Saudita, Israel, Marrocos, Argélia, China, Estados Unidos da América, Canadá, México, ... deve ser suficiente para merecer o título de Internacional, certo?
A bitola standard representa hoje em dia 60% da quilometragem construida de Caminho de Ferro sendo os restantes 40% divididos por uma quantidade grande de outras.
Para obter informações genéricas sobre bitolas, sugiro a leitura dos artigos abaixo, ambos da wikipedia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Track_gauge
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_rail_gauges
Abraços
rp
a bitola denominada de Normal, Internacional, Standard ou UIC, de 1435 mm, descende directamente da usada na linha original L&MR (Liverpool & Manchester Railway) normalmente considerada a decana das linhas férreas.
Esta bitola tambem é denominada de Stephenson derivado do nome do engenheiro chefe dessa linha, George Stephenson.
No inicio da expansão do Caminho de Ferro, ie no sec XIX, esta bitola espalhou-se por toda a Europa, America Central e do Norte, Norte de Africa e parte importante da Asia. Tem portanto uma abrangência de âmbito mundial.
O simples facto de ter aparecido em Inglaterra e se espalhado pela França, Alemanha, Itália, Holanda, Belgica, Suiça, Suecia, Noruega, Dinamarca, Grécia, Jugoslávia, Hungria, Checoslováquia, Polónia, Romenia, Bulgária, Turquia, Irão, Iraque, Arábia Saudita, Israel, Marrocos, Argélia, China, Estados Unidos da América, Canadá, México, ... deve ser suficiente para merecer o título de Internacional, certo?
A bitola standard representa hoje em dia 60% da quilometragem construida de Caminho de Ferro sendo os restantes 40% divididos por uma quantidade grande de outras.
Para obter informações genéricas sobre bitolas, sugiro a leitura dos artigos abaixo, ambos da wikipedia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Track_gauge
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_rail_gauges
Abraços
rp
Re: Essa história de BITOLA!
Certo? ERRADO!
Se fizer parte do sistema "MKS" aí eu aceito como INTERNACIONAL! rs
Tinha que ser coisa de inglês: 1 4 3 5MM. Depois brasileiro faz piada de português.
Brincadeira, patrício.
Fazendo analogia à polegada, pé, etc, vindo da "terrinha" a tal bitola deve ser a medida da orelha de algum inglês.
Brincadeira, patrício.
Ingleses....
Pessoalmente não vejo absolutamente ganho algum em relação à 1600mm, nem em largura de túnel, nem em desgaste de nada, o que cheira a argumentação "técnica" (comercial...), até porque nenhum vagão ou carro terá medida igual aos tais 1435mm para economizar alguma coisa, a não ser um pouco de vergalhão, concreto ou madeira, dos dormentes.
(agora é que o o Tiago chega com seu A-10 disparando sua 30mm, rs )
abs!
Se fizer parte do sistema "MKS" aí eu aceito como INTERNACIONAL! rs
Tinha que ser coisa de inglês: 1 4 3 5MM. Depois brasileiro faz piada de português.
Brincadeira, patrício.
Fazendo analogia à polegada, pé, etc, vindo da "terrinha" a tal bitola deve ser a medida da orelha de algum inglês.
Brincadeira, patrício.
Ingleses....
Pessoalmente não vejo absolutamente ganho algum em relação à 1600mm, nem em largura de túnel, nem em desgaste de nada, o que cheira a argumentação "técnica" (comercial...), até porque nenhum vagão ou carro terá medida igual aos tais 1435mm para economizar alguma coisa, a não ser um pouco de vergalhão, concreto ou madeira, dos dormentes.
(agora é que o o Tiago chega com seu A-10 disparando sua 30mm, rs )
abs!
Re: Essa história de BITOLA!
Evidentemente que faz parte do MKS, quanto mais não seja por motivos de legacy.
E, evidentemente, que a origem é Imperial (4 ft 8 1⁄2 in).
O facto de ser a mais usada acaba por ter impactos até nos custos do material circulante. Especialmente quando falamos de material tractor da ultima geração com toda a sofisticação que lhe é subjacente. Como exemplo serve a bitola ibérica usada em Portugal e Espanha e que é de 1668mm. O acrescimo de custo no material costuma ser calculado como variando entre 5 e 10%. Valores deste tipo "fazem mossa".
Abraços
rp
E, evidentemente, que a origem é Imperial (4 ft 8 1⁄2 in).
O facto de ser a mais usada acaba por ter impactos até nos custos do material circulante. Especialmente quando falamos de material tractor da ultima geração com toda a sofisticação que lhe é subjacente. Como exemplo serve a bitola ibérica usada em Portugal e Espanha e que é de 1668mm. O acrescimo de custo no material costuma ser calculado como variando entre 5 e 10%. Valores deste tipo "fazem mossa".
Abraços
rp
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Re: Essa história de BITOLA!
racia, obrigado pelas informações, mas quando eu disse que só se utilizava na "Europa", quis dizer que só empresas européias a utilizavam
Falha minha
Falha minha
Central-Caxias: 1:30 de trânsito pela Linha Vermelha. Ou 29 minutos pela Supervia.
Re: Essa história de BITOLA!
Renanfsouza escreveu: racia, obrigado pelas informações, mas quando eu disse que só se utilizava na "Europa", quis dizer que só empresas européias a utilizavam
Falha minha
Mas tambem não é verdade! A bitola do Stephenson foi a maioritariamente usada e a que mais se espalhou pelos EUA, Canada, Australia, China, ou seja, todos os continentes.
Como curiosidade, em Portugal, os primeiros caminhos de ferro usaram essa bitola, simplesmente como Espanha decidiu usar uma outra mais larga, Portugal foi obrigado a converter as linhas construídas ja que apenas tem fronteiras terrestres com esse país (até hoje estamos todos a pagar essa decisão).
Em Inglaterra, o Great Western Railway entre 1838, data das primeiras circulações, e 1892 usou uma bitola de 2140 mm. Ao ser construido para uma bitola tão larga, as obras de arte do GWR são monumentais. Nos finais do sec. XIX foi integralmente convertido para bitola standard.
Todas as vias de AV, são construídas usando a bitola standard. Existe uma única excepção explorada a 250 km/h que já agora, deixo aqui a pergunta, alguem sabe qual é?
Mesmo o original Tokaido de AV, foi construído usando os 1435mm, num país onde a maior quilometragem é a de 1067mm (denominada a bitola do cabo).
Por regra, decide-se a utilização de bitolas mais reduzidas de forma a conter os custos de construção. É por isso que a bitola métrica e sub-métricas são normalmente usadas em linhas secundárias e/ou traçados difíceis.
Abraços
rp
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Re: Essa história de BITOLA!
Li uma vez um artigo onde diziam que a bitola standard saiu da medida da largura necessária à passagem da carruagem real. Não sei se é verdade, mas...
Sobre a mistura de bitolas em "terra brasilis", há uma explicação:
-quando do início da ferrovia por aqui, adotou-se a bitola irlandesa - larga, de 1600mm- numa das principais ferrovias, a SPR, aqui em SP. E ela tinha grande importância econômica, pois era a única ligação de alta capacidade com o porto de Santos. Assim, a bitola de 1600mm ficou mais concentrada em SP / RJ / MG.
-tempos depois, quando começaram a explorar mais o modal ferroviário, outras companhias surgiram e houve a política não só de contenção de custos de construção, mas de "meu trem não roda na sua linha nem a pau". E aí, houve uma adoção em boa parte do resto do país de bitola de 1000mm.
Em decorrência disso, nunca tivemos malha decentemente integrada.
Sobre a mistura de bitolas em "terra brasilis", há uma explicação:
-quando do início da ferrovia por aqui, adotou-se a bitola irlandesa - larga, de 1600mm- numa das principais ferrovias, a SPR, aqui em SP. E ela tinha grande importância econômica, pois era a única ligação de alta capacidade com o porto de Santos. Assim, a bitola de 1600mm ficou mais concentrada em SP / RJ / MG.
-tempos depois, quando começaram a explorar mais o modal ferroviário, outras companhias surgiram e houve a política não só de contenção de custos de construção, mas de "meu trem não roda na sua linha nem a pau". E aí, houve uma adoção em boa parte do resto do país de bitola de 1000mm.
Em decorrência disso, nunca tivemos malha decentemente integrada.
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- MODERADOR RJ
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Re: Essa história de BITOLA!
Ué, a pioneira de Guia de Pacobaíba até Petrópolis era métrica, a irlandesa não veio depois?
O amor nos conecta...
Droga, estou offline!
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Re: Essa história de BITOLA!
Se não me falha a memória, a bitola inicial da E.F. Mauá era 1,676m, posteriormente alterada para 1,000m quando da encampaçào desta pela E.F. Leopoldina.
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