BEM VINDOS, MEMBROS E USUÁRIOS DO TGVBR
CONTATO PARA REATIVAÇÃO DE LOGIN OU QUALQUER DÚVIDA: tgvbr.org@gmail.com
ATUALIZE SEU E-MAIL DE CONTATO!
CONTATO PARA REATIVAÇÃO DE LOGIN OU QUALQUER DÚVIDA: tgvbr.org@gmail.com
ATUALIZE SEU E-MAIL DE CONTATO!
[EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Moderador: Caco
-
Autor do tópico - MEMBRO MILLENIUM - SENIOR
- Mensagens: 1018
- Registrado em: 23 Ago 2009, 22:06
- Localização: Rio de Janeiro
- Contato:
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Adenilson, tá na mão !
Link para download do mapa:
http://www.4shared.com/photo/qJCUH2VL/A ... lanta.html
Trecho da Av.dos Democráticos (antiga Estrada da Penha) em destaque:
Vendo o mapa em destaque, imagino que o morro que aparece na foto de 1938 postada por você seja o Morro de Bonsucesso ... mas me parece muito alto para ser ele ... de qualquer forma, é um palpite ...
Link para download do mapa:
http://www.4shared.com/photo/qJCUH2VL/A ... lanta.html
Trecho da Av.dos Democráticos (antiga Estrada da Penha) em destaque:
Vendo o mapa em destaque, imagino que o morro que aparece na foto de 1938 postada por você seja o Morro de Bonsucesso ... mas me parece muito alto para ser ele ... de qualquer forma, é um palpite ...
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Senhores. Bom dia.
Há algumas semanas venho acompanhando este fórum que achei buscando informações sobre o ramal de Maria Angu da EFRdO. Tenho muita curiosidade e interesse pela história da cidade, por locais antigos e, por consequência, por ferrovias.
Estou há algum tempo para entrar na discussão sobre esses ramais de Maria Angu e do Matadouro (da EF Leopoldina). Moro nessa região e por isso tenho alguns conhecimentos. Tomei coragem agora em me cadastrar no fórum por vocês terem tocado exatamennte no assunto do Ramal do Matadouro, já que moro no loteamento do antigo campo da boiada.
O Mapa montado pelo Dado é semelhante ao do matadouro, porém não é igual. Mais tarde eu volto a postar aqui com mais calma e explico o que sei, por informações do meu pai que mora nessa região desde o início da década de 60 e conheceu o terreno do matadouro e o antigo ramal, acredito que ainda em funcionamento.
Há algumas semanas venho acompanhando este fórum que achei buscando informações sobre o ramal de Maria Angu da EFRdO. Tenho muita curiosidade e interesse pela história da cidade, por locais antigos e, por consequência, por ferrovias.
Estou há algum tempo para entrar na discussão sobre esses ramais de Maria Angu e do Matadouro (da EF Leopoldina). Moro nessa região e por isso tenho alguns conhecimentos. Tomei coragem agora em me cadastrar no fórum por vocês terem tocado exatamennte no assunto do Ramal do Matadouro, já que moro no loteamento do antigo campo da boiada.
O Mapa montado pelo Dado é semelhante ao do matadouro, porém não é igual. Mais tarde eu volto a postar aqui com mais calma e explico o que sei, por informações do meu pai que mora nessa região desde o início da década de 60 e conheceu o terreno do matadouro e o antigo ramal, acredito que ainda em funcionamento.
-
Autor do tópico - MEMBRO MILLENIUM - SENIOR
- Mensagens: 1018
- Registrado em: 23 Ago 2009, 22:06
- Localização: Rio de Janeiro
- Contato:
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Ôpa, Amaral !Amaral escreveu:Senhores. Bom dia.
Há algumas semanas venho acompanhando este fórum que achei buscando informações sobre o ramal de Maria Angu da EFRdO. Tenho muita curiosidade e interesse pela história da cidade, por locais antigos e, por consequência, por ferrovias.
Estou há algum tempo para entrar na discussão sobre esses ramais de Maria Angu e do Matadouro (da EF Leopoldina). Moro nessa região e por isso tenho alguns conhecimentos. Tomei coragem agora em me cadastrar no fórum por vocês terem tocado exatamennte no assunto do Ramal do Matadouro, já que moro no loteamento do antigo campo da boiada.
O Mapa montado pelo Dado é semelhante ao do matadouro, porém não é igual. Mais tarde eu volto a postar aqui com mais calma e explico o que sei, por informações do meu pai que mora nessa região desde o início da década de 60 e conheceu o terreno do matadouro e o antigo ramal, acredito que ainda em funcionamento.
Seja bem vindo !
Fique a vontade e participe sempre que quiser !
Aguardo ansioso suas novas informações !
Valeu !
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Valeu Dado!
Obrigado pelo link.
Eu não conseguia achar esse mapa na Biblioteca digital de jeito algum.
Amaral!
Seja benvindo.
Só para resumir, os aspectos mais discutidos sobre o ramal de Maria Angu tem sido:
A inauguração, que teria sido em 1883 ou 1890, sendo o primeiro ano, anterior a construção da E.F.Norte e 1890, que teria sido depois.
No caso de ter sido depois, a E.F.Rio D'ouro teve que cruzar com a E.F.Norte na altura da Penha.
A localização exata de suas estações intermediárias. (V.Carvalho X Porto).
A utilização do ramal por parte de E.F.Norte (Leopoldina).
Até que ano operou o ramal e no encerramento, quais eram os pontos que interligavam.
Abraços!
Obrigado pelo link.
Eu não conseguia achar esse mapa na Biblioteca digital de jeito algum.
Amaral!
Seja benvindo.
Só para resumir, os aspectos mais discutidos sobre o ramal de Maria Angu tem sido:
A inauguração, que teria sido em 1883 ou 1890, sendo o primeiro ano, anterior a construção da E.F.Norte e 1890, que teria sido depois.
No caso de ter sido depois, a E.F.Rio D'ouro teve que cruzar com a E.F.Norte na altura da Penha.
A localização exata de suas estações intermediárias. (V.Carvalho X Porto).
A utilização do ramal por parte de E.F.Norte (Leopoldina).
Até que ano operou o ramal e no encerramento, quais eram os pontos que interligavam.
Abraços!
-
Autor do tópico - MEMBRO MILLENIUM - SENIOR
- Mensagens: 1018
- Registrado em: 23 Ago 2009, 22:06
- Localização: Rio de Janeiro
- Contato:
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Adenilson escreveu:Valeu Dado!
Obrigado pelo link.
Eu não conseguia achar esse mapa na Biblioteca digital de jeito algum.
Ok, valeu !
Amaral!
Seja benvindo.
Só para resumir, os aspectos mais discutidos sobre o ramal de Maria Angu tem sido:
A inauguração, que teria sido em 1883 ou 1890, sendo o primeiro ano, anterior a construção da E.F.Norte e 1890, que teria sido depois.
No caso de ter sido depois, a E.F.Rio D'ouro teve que cruzar com a E.F.Norte na altura da Penha.
Segundo o livro do Hélio Suêvo, a data de inauguração do ramal seria 1890. Isso já tinha sido falado aqui. Mas para confirmar, segue abaixo uma página do Relatório Ministerial da Agricultura, de 1891, que fala sobre o ramal.
Encontrei este relatório hoje ...
Curiosamente o ramal não foi construído para o transporte de fiéis religiosos da Igreja da Penha, nem para embarque e desembarque de passageiros no Porto de Maria Angu. Foi construído com a intenção principal de transportar os tubos para a construção da adutora de Xerém e Mantiquira, que foi concluída anos depois ... como o relatório é de 1891, acredito que seja relatando os acontecimentos do começo do ano ou do ano anterior, certo ? Podemos confirmar 1890 como o ano de inauguração do ramal ?
A localização exata de suas estações intermediárias. (V.Carvalho X Porto).
Eu já postei no fórum a localização das estações e paradas ... tem um documento que relaciona as paradas do caminho e suas respectivas quilometragens ... vou tentar encontrar este documento ...
A utilização do ramal por parte de E.F.Norte (Leopoldina).
O livro do Hélio não fala sobre isso ?
Até que ano operou o ramal e no encerramento, quais eram os pontos que interligavam.
Abraços!
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Vou começar pelo Ramal Maria Angu. Sobre ele pouco sei de fontes "caseiras". É um ramal do qual certamente já não haviam mais vestígios "ferroviários" na década de 60. O que eu descobri foi pela Internet e através de Fotologs.
O Porto de Maria Angu ficava exatamente sobre a.... Av. Brasil! A linha litorênea original, no trecho entre a atual Praia de Ramos e início do mercado São Sebastião era aproximadamente no atual traçado da Av. Brasil. O Porto ficava no final da atual Rua Gruçaí, atual esquina com Av. Brasil, rua pela qual passa um canal até hoje conforme foto no fotolog Saudades do Rio:
http://fotolog.terra.com.br/luizd:73
Na foto a linha férrea "morre" junto a área verde no canto esquerdo da foto onde fica a atual estação de tartamento de esgoto.
Desconheço a data de inauguração do ramal do Porto. Mas certamente o mesmo foi construído por dois motivos; Primeiro, e principal motivo, uma opção de despachar a produção agrícola das freguesias de Irajá e até Jacarépagua, ainda altas no final do século XIX, para o porto de Maria Angu (antes esse transporte era feito por carroças mesmo) por onde ela seria despachada por via marítima até o mercado da Praça XV, que ficava, para a época, distante da Central do Brasil/Leopoldina/Francisco Sá. O segundo motivo seria o deslocamento de fiéis para a Igreja da Penha. Apesar de ser um movimento bastante alto, era sazonal (principalemente no mês de Outubro, durante a festa da Penha). Neste período, provavelmente haveria uma parada no Largo da Penha e outras em alguma sede de fazenda que poderiam haver no caminho.
Depois, há um período um pouco obscuro, que seria a utilização ou não do ramal pela Leopoldina. Talvez (acredito nesta hipótese) em determinado momento tenha havido a erradicação do trecho Vicente de Carvalho x EF Leopoldina, quando o ramal passou a ser inviável economicamente pela queda de produção agrícola da região, e o trecho EF Leopoldina x Porto de Maria Angu tenha sido encampado pela Leopoldina apenas para deslocamento de fiéis semente na época das festas, como uma alternativa à EF Leopoldina, vindo da Praça XV e/ou Ilha do Governador. Tenho relatos de família, que um tio do meu avó, vindo de Portugal, lá pelos idos da década de 10/20, usou esse transporte para chegar a festa da Penha. Nesta época, provavelmente a linha era Porto de Maria Angu x Estação da Penha da EF Leopoldina de onde os fiéis partiam a pé pela Rua dos Romeiros até alcançar a entrada do Santuário no Parque da Penha.
Como tenho informações de que o Porto foi desativado na década de 20 ou 30, acredito ter sido inviável e desnecessária a manutenção deste ramal após a desativação do Porto, já que o ramal seria utilizado basicamente para acesso do porto à Igreja da Penha. Portanto acredito que o ramal foi extinto junto com o Porto.
Sobre o traçado, como a Variante (antigo nome da Av. Brasil) foi construída da década de 50 através de aterros, aterros esses que também formaram a atual área da marinha do outro lado da mesma, duvido muito que o antigo Ramal de Maria Angu tenha atravessado a Av. Brasil. É quase certo que o ramal tenha sido erradicado aproximadamente 20 anos antes dos aterros. O canal que margeia a Av. Brasil pelo lado da marinha, é exatamente fruto dos aterros, uma espécie de "respiro" para uma área antes formada pro manguezais.
Pelo que vi até hoje o traçado do Ramal seria de identificação bastante simples nos dias atuais.
Ele saíria da Estação Vicente de Carvalho da EFRdO no cruzamento da Av. Automóvel Clube com Av. Vicente de Carvalho, seguiria pela Av. Vicente de Carvalho até o encontro com a Av. Braz de Pina na Praça do Carmo, seguiria pela Av. Braz de Pina até o largo da Penha, onde seguia pela Av. Monsenhor Alves da Rocha para encontrar com a EF Leopoldina na Rua José Maurício. Aqui, atentar que neste trecho o o leito da EFRdO seguiria por onde passa o trânsito atual de veículos, e não pela Av. Braz de Pina que foi fechada no trecho do largo da Penha após sucessivas reformas de diversos governos. Talvez a atual Monsenhor Alves da Rocha tenha sido criada sobre o antigo leito do ramal, se tornando uma alternativa à Av. Bras de Pina. Daí ele cruzava a EF Leopoldina por onde hoje há uma passarela que termina em algo que atualmente se parece com um pedaço de rua e que realmente o era. Ali existiu até uns 40 anos atrás uma passagem de nível para veículos. Ainda hoje pelo lado da Rua Uranos pode-se ver os paralelepípedos entrando pelo muro da linha férrea. Novamente, o antigo leito da EFRdO foi aproveitado pelo tráfego rodoviário.
Do outro lado, a partir do cruzamento com a Rua Leopoldina Rego, o leito passa a se "esconder" por dentro dos quarteirões entre as ruas Tenente Arakem Batista e Affonso Ribeiro. Se esconde entre "aspas" pq pelo Google é nítido o seu leito. Ele entra por um terreno até hoje baldio em curva nas esquinas da Ruas Leopoldina Rego e Ten. Arakem Batista, e segue paralelo às duas ruas. Notam-se as cicatrizes do leito pelo google. Em qause todos os trechos, o leito foi anexado aos terrenos da casas vizinhas, porém em alguns foram feitas expassões das construções, em outros, mantidos como terreno vazio ou jardim. A cicatriz segue até cruzar com a Rua Costa Rica. Após ela, o terreno é até hoje descontruído até alcançar as fronhas da elevação da fazendinha (área verde junto à Av. Brasil e a Estação de Tratamento da CEDAE). O leito acopanhava essa elevação e terminava exatamente onde hoje fica a estação de tratamento da CEDAE. Acredito que ali fosse a estação terminal. Talvez houvesse ali um pequeno pátio ferroviário para manobras. Notem que pelo Google, após cruzar a Costa Rica o terreno se abre em V como se pudesse haver ali um ramal circular exatamente nos terrenos da CEDAE. Coincidentemente, a ETE da Penha foi construída entre 1938 e 1940, logo após a possível erradicação do ramal (EFRdO - CEDAE, mais uma vez, será coincidência).
Acho que falei demais. Depois falo sobre o Ramal do Matadouro.
O Porto de Maria Angu ficava exatamente sobre a.... Av. Brasil! A linha litorênea original, no trecho entre a atual Praia de Ramos e início do mercado São Sebastião era aproximadamente no atual traçado da Av. Brasil. O Porto ficava no final da atual Rua Gruçaí, atual esquina com Av. Brasil, rua pela qual passa um canal até hoje conforme foto no fotolog Saudades do Rio:
http://fotolog.terra.com.br/luizd:73
Na foto a linha férrea "morre" junto a área verde no canto esquerdo da foto onde fica a atual estação de tartamento de esgoto.
Desconheço a data de inauguração do ramal do Porto. Mas certamente o mesmo foi construído por dois motivos; Primeiro, e principal motivo, uma opção de despachar a produção agrícola das freguesias de Irajá e até Jacarépagua, ainda altas no final do século XIX, para o porto de Maria Angu (antes esse transporte era feito por carroças mesmo) por onde ela seria despachada por via marítima até o mercado da Praça XV, que ficava, para a época, distante da Central do Brasil/Leopoldina/Francisco Sá. O segundo motivo seria o deslocamento de fiéis para a Igreja da Penha. Apesar de ser um movimento bastante alto, era sazonal (principalemente no mês de Outubro, durante a festa da Penha). Neste período, provavelmente haveria uma parada no Largo da Penha e outras em alguma sede de fazenda que poderiam haver no caminho.
Depois, há um período um pouco obscuro, que seria a utilização ou não do ramal pela Leopoldina. Talvez (acredito nesta hipótese) em determinado momento tenha havido a erradicação do trecho Vicente de Carvalho x EF Leopoldina, quando o ramal passou a ser inviável economicamente pela queda de produção agrícola da região, e o trecho EF Leopoldina x Porto de Maria Angu tenha sido encampado pela Leopoldina apenas para deslocamento de fiéis semente na época das festas, como uma alternativa à EF Leopoldina, vindo da Praça XV e/ou Ilha do Governador. Tenho relatos de família, que um tio do meu avó, vindo de Portugal, lá pelos idos da década de 10/20, usou esse transporte para chegar a festa da Penha. Nesta época, provavelmente a linha era Porto de Maria Angu x Estação da Penha da EF Leopoldina de onde os fiéis partiam a pé pela Rua dos Romeiros até alcançar a entrada do Santuário no Parque da Penha.
Como tenho informações de que o Porto foi desativado na década de 20 ou 30, acredito ter sido inviável e desnecessária a manutenção deste ramal após a desativação do Porto, já que o ramal seria utilizado basicamente para acesso do porto à Igreja da Penha. Portanto acredito que o ramal foi extinto junto com o Porto.
Sobre o traçado, como a Variante (antigo nome da Av. Brasil) foi construída da década de 50 através de aterros, aterros esses que também formaram a atual área da marinha do outro lado da mesma, duvido muito que o antigo Ramal de Maria Angu tenha atravessado a Av. Brasil. É quase certo que o ramal tenha sido erradicado aproximadamente 20 anos antes dos aterros. O canal que margeia a Av. Brasil pelo lado da marinha, é exatamente fruto dos aterros, uma espécie de "respiro" para uma área antes formada pro manguezais.
Pelo que vi até hoje o traçado do Ramal seria de identificação bastante simples nos dias atuais.
Ele saíria da Estação Vicente de Carvalho da EFRdO no cruzamento da Av. Automóvel Clube com Av. Vicente de Carvalho, seguiria pela Av. Vicente de Carvalho até o encontro com a Av. Braz de Pina na Praça do Carmo, seguiria pela Av. Braz de Pina até o largo da Penha, onde seguia pela Av. Monsenhor Alves da Rocha para encontrar com a EF Leopoldina na Rua José Maurício. Aqui, atentar que neste trecho o o leito da EFRdO seguiria por onde passa o trânsito atual de veículos, e não pela Av. Braz de Pina que foi fechada no trecho do largo da Penha após sucessivas reformas de diversos governos. Talvez a atual Monsenhor Alves da Rocha tenha sido criada sobre o antigo leito do ramal, se tornando uma alternativa à Av. Bras de Pina. Daí ele cruzava a EF Leopoldina por onde hoje há uma passarela que termina em algo que atualmente se parece com um pedaço de rua e que realmente o era. Ali existiu até uns 40 anos atrás uma passagem de nível para veículos. Ainda hoje pelo lado da Rua Uranos pode-se ver os paralelepípedos entrando pelo muro da linha férrea. Novamente, o antigo leito da EFRdO foi aproveitado pelo tráfego rodoviário.
Do outro lado, a partir do cruzamento com a Rua Leopoldina Rego, o leito passa a se "esconder" por dentro dos quarteirões entre as ruas Tenente Arakem Batista e Affonso Ribeiro. Se esconde entre "aspas" pq pelo Google é nítido o seu leito. Ele entra por um terreno até hoje baldio em curva nas esquinas da Ruas Leopoldina Rego e Ten. Arakem Batista, e segue paralelo às duas ruas. Notam-se as cicatrizes do leito pelo google. Em qause todos os trechos, o leito foi anexado aos terrenos da casas vizinhas, porém em alguns foram feitas expassões das construções, em outros, mantidos como terreno vazio ou jardim. A cicatriz segue até cruzar com a Rua Costa Rica. Após ela, o terreno é até hoje descontruído até alcançar as fronhas da elevação da fazendinha (área verde junto à Av. Brasil e a Estação de Tratamento da CEDAE). O leito acopanhava essa elevação e terminava exatamente onde hoje fica a estação de tratamento da CEDAE. Acredito que ali fosse a estação terminal. Talvez houvesse ali um pequeno pátio ferroviário para manobras. Notem que pelo Google, após cruzar a Costa Rica o terreno se abre em V como se pudesse haver ali um ramal circular exatamente nos terrenos da CEDAE. Coincidentemente, a ETE da Penha foi construída entre 1938 e 1940, logo após a possível erradicação do ramal (EFRdO - CEDAE, mais uma vez, será coincidência).
Acho que falei demais. Depois falo sobre o Ramal do Matadouro.
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Dado,
Realmente eu não me lembrava da localização das estações intermediárias postada por você.
Foi muita informação até agora.
Uma ou outra pode passar desapercebida.
O livro do Hélio aborda isso sim, mas estou me referindo ao depoimento do Nando que leva em consideração essa utilização em períodos mais modernos e não a uma extinção tão antiga.
De qualquer forma, vou dar outra forma no livro.
Realmente eu não me lembrava da localização das estações intermediárias postada por você.
Foi muita informação até agora.
Uma ou outra pode passar desapercebida.
O livro do Hélio aborda isso sim, mas estou me referindo ao depoimento do Nando que leva em consideração essa utilização em períodos mais modernos e não a uma extinção tão antiga.
De qualquer forma, vou dar outra forma no livro.
-
Autor do tópico - MEMBRO MILLENIUM - SENIOR
- Mensagens: 1018
- Registrado em: 23 Ago 2009, 22:06
- Localização: Rio de Janeiro
- Contato:
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Realmente, Adenilson !
Informações demaaaaaaaaaaaaais !
Amaral, pelo seu relato, de muita valia com certeza, temos a nítida noção do percurso que este ramal da EFRdO tinha. E bate exatamente com o calculado por nós. Eu me baseei neste mapa de 1929 que o Adenilson citou algumas mensagens atrás, e comparei com as ruas de hoje em dia, o que deu pra ter uma boa noção do percurso.
E segundo outros mapas antigos, havia um pequeno pátio no local onde hoje é a ETE da Penha, composto basicamente de uma divisão em duas linhas para manobra, com uma pequena oficina de manutenção. Não sei se havia alguma linha circular ou triângulo de reversão, mas acredito que não. E sim, como você afirmou corretamente, a linha não chegava além de onde hoje é a Av.Brasil. No máximo, chegava até ela, na pista de subida. Do canal pra lá é tudo aterro !
Estou ansiosíssimo para saber o percurso do ramal de Matadouro ! ! ! Este sim eu não tenho a mínima certeza, nunca vi nada detalhado sobre ele, apenas temos estimativas próprias, especulações, nada confirmado. Podemos estar no caminho certo ... ou não !
Informações demaaaaaaaaaaaaais !
Amaral, pelo seu relato, de muita valia com certeza, temos a nítida noção do percurso que este ramal da EFRdO tinha. E bate exatamente com o calculado por nós. Eu me baseei neste mapa de 1929 que o Adenilson citou algumas mensagens atrás, e comparei com as ruas de hoje em dia, o que deu pra ter uma boa noção do percurso.
E segundo outros mapas antigos, havia um pequeno pátio no local onde hoje é a ETE da Penha, composto basicamente de uma divisão em duas linhas para manobra, com uma pequena oficina de manutenção. Não sei se havia alguma linha circular ou triângulo de reversão, mas acredito que não. E sim, como você afirmou corretamente, a linha não chegava além de onde hoje é a Av.Brasil. No máximo, chegava até ela, na pista de subida. Do canal pra lá é tudo aterro !
Estou ansiosíssimo para saber o percurso do ramal de Matadouro ! ! ! Este sim eu não tenho a mínima certeza, nunca vi nada detalhado sobre ele, apenas temos estimativas próprias, especulações, nada confirmado. Podemos estar no caminho certo ... ou não !
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
De acordo com a planta da SMU a Rio D'Ouro e a Mosenhor Alves (antiga Sobragy) conviviam juntas.Amaral escreveu: Pelo que vi até hoje o traçado do Ramal seria de identificação bastante simples nos dias atuais.
Ele saíria da Estação Vicente de Carvalho da EFRdO no cruzamento da Av. Automóvel Clube com Av. Vicente de Carvalho, seguiria pela Av. Vicente de Carvalho até o encontro com a Av. Braz de Pina na Praça do Carmo, seguiria pela Av. Braz de Pina até o largo da Penha, onde seguia pela Av. Monsenhor Alves da Rocha para encontrar com a EF Leopoldina na Rua José Maurício. Aqui, atentar que neste trecho o o leito da EFRdO seguiria por onde passa o trânsito atual de veículos, e não pela Av. Braz de Pina que foi fechada no trecho do largo da Penha após sucessivas reformas de diversos governos. Talvez a atual Monsenhor Alves da Rocha tenha sido criada sobre o antigo leito do ramal, se tornando uma alternativa à Av. Bras de Pina. Daí ele cruzava a EF Leopoldina por onde hoje há uma passarela que termina em algo que atualmente se parece com um pedaço de rua e que realmente o era. Ali existiu até uns 40 anos atrás uma passagem de nível para veículos. Ainda hoje pelo lado da Rua Uranos pode-se ver os paralelepípedos entrando pelo muro da linha férrea. Novamente, o antigo leito da EFRdO foi aproveitado pelo tráfego rodoviário.
"Engenho de Dentro... Quem não saltar agora só em Realengo"
-
Autor do tópico - MEMBRO MILLENIUM - SENIOR
- Mensagens: 1018
- Registrado em: 23 Ago 2009, 22:06
- Localização: Rio de Janeiro
- Contato:
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Bom a Nina postar esta planta da SMU (há outras mostrando inclusive a linha circular da Penha - EF do Norte) pois mostra que a EFRdO não tinha vínculo com a EF do Norte no que tange a questão da estação da Penha. Se eu não me engano, as estações da EFRdO no ramal de Maria Angu eram:
Vicente de Carvalho (entroncamento com a linha tronco)
Largo da Penha
Fazenda Grande
Maria Angu (Porto)
Sendo assim, provavelmente a EFRdO tinha sua própria estação, ou parada, no bairro da Penha, independente da EF do Norte.
Outra coisa: pelo relatório que postei pouco antes, a intenção da construção do ramal foi para transporte de material na implementação da adutora de Xerém e Mantiqueira (ou Mantiquira), sendo que depois o ramal ficou sendo utilizado para:
1-Manutenção e manobras de trens da Inspetoria de Obras Públicas
2-Transporte de produtos agrícolas oriundos da Baixada Fluminense e de alguns bairros da zona norte
3-Transporte de romeiros para a Festa da Penha, nos meses de outubro. Aliás, já postei aqui algumas páginas de relatórios e Diários Oficiais da época, com quadro de horários para estas festividades. Me parece também que havia um transporte de barcas entre este Porto de Maria Angu e o Centro da Cidade e também com o bairro da Urca ! ! !
Vicente de Carvalho (entroncamento com a linha tronco)
Largo da Penha
Fazenda Grande
Maria Angu (Porto)
Sendo assim, provavelmente a EFRdO tinha sua própria estação, ou parada, no bairro da Penha, independente da EF do Norte.
Outra coisa: pelo relatório que postei pouco antes, a intenção da construção do ramal foi para transporte de material na implementação da adutora de Xerém e Mantiqueira (ou Mantiquira), sendo que depois o ramal ficou sendo utilizado para:
1-Manutenção e manobras de trens da Inspetoria de Obras Públicas
2-Transporte de produtos agrícolas oriundos da Baixada Fluminense e de alguns bairros da zona norte
3-Transporte de romeiros para a Festa da Penha, nos meses de outubro. Aliás, já postei aqui algumas páginas de relatórios e Diários Oficiais da época, com quadro de horários para estas festividades. Me parece também que havia um transporte de barcas entre este Porto de Maria Angu e o Centro da Cidade e também com o bairro da Urca ! ! !
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Realmente acredito serem essas as estações/paradas:
Vicente de Carvalho (entroncamento com a linha tronco)
Largo da Penha - para o acesso dos fiéis
Fazenda Grande - onde havia o tal "pátio ferroviário". Mesmo a parte ferroviário tendo sido composta apenas por uma divisão em duas linhas para manobras e por uma pequena ofinina, acho que o terreno desse pátio era relamente grande e provavelmente deve ter sido originalmente o tal depósito de tubos do Dr. Frontin que chegariam ali pelo porto e depois levados pelo ramal até a linha tronco, sendo este terreno do depósito sido aproveitado posteirormente pela CEDAE para construção da ETE da Penha.
Maria Angu (Porto) - Esta estação deve ter sido posterior a inauguração da linha, conforme a seguinte citação que encontrei:
Dado, conforme as suas informações, apesar de que eu não sabia até agora o real motivo da construção do ramal (acesso ao pátio de tubos), acho que os pontos foram ligados:
- O ramal foi construído para o transporte do material depositado no pátio do Dr. Frontin.
- Após a construção da adutora, passou a ser utilizado para manutenção e manobras de trens da Inspetoria de Obras Públicas e para o transporte dos produtos agrícolas da região.
- E posteriormente, o Prefeito Pereira Passos construiu uma ponte para acesso de barcas de passageiros com destino a Igreja da Penha.
Com isso, uma das minhas últimas dúvidas foram sanadas. O porque de, nos mapas da época, haver uma ponte por onde os trens chegavam ao mar na direção da atual ETE e de a foto que postei ontem ter um cais mais à direita, em frente a Rua Gruçaí. O Porto original ficava realmente na Rua Gruçaí, porém Pereira Passos construiu uma ponte na direção de onde terminava o Ramal (Pátio de Fazenda Grande) para acesso de passageiros (provavelmente semelhante ao de Guia de Pacobaíba), tendo assim o Porto ficado com dois "Terminais" - um de cargas e um de passageiros.
Ontem não consegui postar sobre o ramal do matadouro mas vou tentar agora. Fechei algumas informações com meu pai ontem para ter mais certeza.
Vicente de Carvalho (entroncamento com a linha tronco)
Largo da Penha - para o acesso dos fiéis
Fazenda Grande - onde havia o tal "pátio ferroviário". Mesmo a parte ferroviário tendo sido composta apenas por uma divisão em duas linhas para manobras e por uma pequena ofinina, acho que o terreno desse pátio era relamente grande e provavelmente deve ter sido originalmente o tal depósito de tubos do Dr. Frontin que chegariam ali pelo porto e depois levados pelo ramal até a linha tronco, sendo este terreno do depósito sido aproveitado posteirormente pela CEDAE para construção da ETE da Penha.
Maria Angu (Porto) - Esta estação deve ter sido posterior a inauguração da linha, conforme a seguinte citação que encontrei:
O antigo porto de Mariangu ganhara, durante a administração do prefeito Pereira Passos, entre 1902 e 1906, uma ponte para as barcas da Companhia Cantareira atracarem, facilitando a ligação com o Cais Pharoux, na Praça XV de Novembro, no Centro, de onde vinham muitos dos fiéis para as festas da Penha. Retirado de http://www.museudapessoa.net/sescrio/ar ... enha.shtml.
Dado, conforme as suas informações, apesar de que eu não sabia até agora o real motivo da construção do ramal (acesso ao pátio de tubos), acho que os pontos foram ligados:
- O ramal foi construído para o transporte do material depositado no pátio do Dr. Frontin.
- Após a construção da adutora, passou a ser utilizado para manutenção e manobras de trens da Inspetoria de Obras Públicas e para o transporte dos produtos agrícolas da região.
- E posteriormente, o Prefeito Pereira Passos construiu uma ponte para acesso de barcas de passageiros com destino a Igreja da Penha.
Com isso, uma das minhas últimas dúvidas foram sanadas. O porque de, nos mapas da época, haver uma ponte por onde os trens chegavam ao mar na direção da atual ETE e de a foto que postei ontem ter um cais mais à direita, em frente a Rua Gruçaí. O Porto original ficava realmente na Rua Gruçaí, porém Pereira Passos construiu uma ponte na direção de onde terminava o Ramal (Pátio de Fazenda Grande) para acesso de passageiros (provavelmente semelhante ao de Guia de Pacobaíba), tendo assim o Porto ficado com dois "Terminais" - um de cargas e um de passageiros.
Ontem não consegui postar sobre o ramal do matadouro mas vou tentar agora. Fechei algumas informações com meu pai ontem para ter mais certeza.
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Ramal Matadouro
Infelizmente eu não posso postar imagens daqui do trabalho. Mais tarde vou tentar postar um mapinha que eu fiz do Ramal.
Antes de tudo é preciso definir os limites do antigo matadouro. A linha passava por dentro dele, rente ao seu limite, que era razoavelmente paralelo a atual Rua Prof. Plinio Bastos porém entre os quarteirões entre esta e a Rua Bariri.
Por exemplo, o estádio do Olaria co-existiu com o Matadouro pois foi inaugurado em 1947 e o terreno do matadouro foi loteado em 1966 (data do PAA da área). Porém o campo ficava no sentido transversal ao atual. Ao invés de paralelo a Rua Lucena, ficava paralelo a Rua Bariri entrando por onde atualmente ficam as piscinas. Quando do loteamento do matadouro, o Olaria recebeu a aprte do terreno que fechava o quarteirão até a nova Rua Prof. Plínio Bastos e inverteu o sentido do seu campo construindo novas instalações sociais na outra parte do terreno.
A Praça Marechal Maurício Cardoso e seu triângulo não existiam. Eles foram resultado do loteamento do matadouro já que outro limite era a Rua Leopoldina Rego.
Os limites, pelo menos na sua última configuração eram: Paralela no quarteirão entre Rua Bariri e Rua Prof. Plinio Bastos, Rua Leopoldina Rego, IAPI da Penha e Praia de Maria Angu, posteriormente Av. Brasil.
Foto do local com o estádio invertido:
http://fotolog.terra.com.br/znorte:133
Quanto ao ramal, ele saía da linha da Leopoldina. Ele não vinha da Rio d'Ouro pela Democráticos como proposto pelo Dado. Porém o Ramal saía exatamente do local onde o Dado colocou como cruzamento com a Leopoldina (no local onde a antiga Estrada da Penha cruzava com ela). A única diferença é que o raio da curva era um pouco maior. O Ramal entrava por dentro do atual Supermercado Extra (antiga Sendas) ao lado de uma antiga casa de 1929 (conforme dístico) que até hoje está no local na Rua Leopoldina Rego(Google Street View)
Após cruzar por dentro do terreno do supermercado ele cruzava a atual Rua Eng Edmundo Regis Bittencourt e cortava o atual terreno do Olaria um pouco acima da linha do meio de campo atual, indo par ao lado da Plinio Bastos. Notem como parte da arquibancada atual é diferente (a parte mais nova, após 66) está bem mais escura na imagem - Link Google Map) Por baixo, pela Rua Lucena, vê-se ainda melhor a diferença entre as estruturas dos trechos de arquibancada.
Do outro lado da Lucena, passando por trás do fórum, hoje em dia existem casas. Porém a uns 25 anos atrás (quando eu tinha uns 4, 5 anos) eu lembro de aqueles terrenos serem baldios! O atual fórum era uma pracinha onde eu brincava e atrás os terrenos estavam sendo invadidos por uma família de pedreiros que faziam obras na área e que construíram casas para toda a família naquele terreno (pelo menos ali, não ficou com cara de favela). Ou seja, aquele era o antigo leito do Ramal. Seguindo, por trás da Escola Miguel Couto existe hoje e sempre existiu desde que me lembro, um ferro velho, que segundo meu pai era por onde passava a linha (FerroVelho). Como detalhe, ao lado desse ferro velho, existia um terreno também vazio que foi invadido e que seria utilizado para a extensão da Rua Nair até a Rua Lucena (esse infelizmente tem cara de favela). Cruzando a Nair, existe hoje uma escola particular infantil e um portão em um muro amarelo. Exatamente muro, segundo meu pai, entrava a linha do ramal que seguia naquela direção até a Rua Prof. Luis Rondelli (Muro Amarelo).
Ali é o ponto onde tenho dúvidas. Seguindo em frente, na mesma direção, chega-se nos fundos de onde ficava o antigo prédio do matadouro, na metade do quarteirão entre a Av. Brasil, a Rua Cmte Vergueiro da Cruz, a rua Nair e a Rua Prof. Plinio Bastos, do lado da Rua Nair (Local do antigo prédio do matadouro), onde foi depois construído o depósito do Discão (depois Paes Mendonça, atual Zona Sul). Detalhe que esse trecho da Plinio Bastos não foi aberto antes de 1975/1980.
Porém, meu avô, já falecido, dizia e chegou a me mostrar um antigo pedaço de muro que ficava (não sei se ainda está lá) numa pequena comunidade junto a Rua Cmte Vergueiro da Cruz que seria o antigo portão por onde entravam os trens para descarregar os bois (Pequena "favelinha". E há dois fatos que corroboram com isso. O primeiro é que naquele ponto realmente existia algo que foi aproveitado, provavelmente por ex-funcionários do matadouro, como moradia, como mostra uma atiga foto do início do loteamneto da área que pode ser visto na terceira foto deste link do site http://www.rioquepassou.com.br/2006/02/ ... -da-penha/ do grande conhecedor de história do Rio, Andre Decourt. Ou seja, aquela pequena comunidade já existia antes do loteamento da área. O segundo fato é puxado pela minha memória.
Rente a Cmte Vergueiro da Cruz passava e ainda passa um pequeno canal (de uns 5m) que deságua naquele grande canal da Av. Brasil. Ele "surgia" logo após o IAPI e "sumia" após a Plínio Bastos. Hoje em dia este canal está canalizado e coberto. Mas até o final dos anos 90 ele era aberto e aí é que aparece a minha suspeita. Haviam 3 pontes sobre este canal. Um, mais próximo ao IAPI, era o acesso ao Discão para clientes. Outro era o acesso ao Discão para cargas, mais próximo à Plinio Bastos. E entre os 2 havia um terceiro, que ficava exatamente em frente a esta favelinha. Naquela época não teriam construído uma ponte naquele local apenas para acesso a uma favelinha onde moravam bem menos de 50 pessoas. A minha suspeita é que de essa ponte fosse uma antiga ponte ferroviária que acessava aquele ponto para descarga da boiada.
Portanto a partir da Rua Luis Rondelli acredito que hajam 3 possibilidades: uma é a de que o ramal seguia reto até o prédio do matadouro. Outra é de o ramal fizesse uma leve curva à esquerda e terminasse numa espécie de terminal de descarga para os bois. E uma terceira é de que, como no matadouro de Santa Cruz, houve um ramal circular que ligasse as duas possibilidades anteriores para que o trem pudesse manobrar.
Para fechar, uma curiosidade. Existe até hoje, próximo ao local, uma vila residencial construída para os funcionários do matadouro. Nos últimos anos as casas tiveram suas fachadas bastante modificadas (algumas inclusive ganharam novos pavimentos), mas até 20 anos atrás eram todas iguaizinhas e com um telhado único para todas. Ficam neste ponto onde o Dado achava que passava o ramal num trecho fechado a carros entre as Rus Prof. Luis Rondelli e Noêmia Nunes Google.
A vila por onde você achava que passava o ramal e que se inicia nessa vila para funcionários do matadouro até a Cmte Vergueiro da Cruz, não é uma rua de depósitos. É uma vila residencial, razoavelmente antiga (contemporânea ao matadouro) onde inclusive eu já morei.
Como eu escrevi.. hehe
Agora vem a parte boa. Discutir as informações. Vamos lá.
Infelizmente eu não posso postar imagens daqui do trabalho. Mais tarde vou tentar postar um mapinha que eu fiz do Ramal.
Antes de tudo é preciso definir os limites do antigo matadouro. A linha passava por dentro dele, rente ao seu limite, que era razoavelmente paralelo a atual Rua Prof. Plinio Bastos porém entre os quarteirões entre esta e a Rua Bariri.
Por exemplo, o estádio do Olaria co-existiu com o Matadouro pois foi inaugurado em 1947 e o terreno do matadouro foi loteado em 1966 (data do PAA da área). Porém o campo ficava no sentido transversal ao atual. Ao invés de paralelo a Rua Lucena, ficava paralelo a Rua Bariri entrando por onde atualmente ficam as piscinas. Quando do loteamento do matadouro, o Olaria recebeu a aprte do terreno que fechava o quarteirão até a nova Rua Prof. Plínio Bastos e inverteu o sentido do seu campo construindo novas instalações sociais na outra parte do terreno.
A Praça Marechal Maurício Cardoso e seu triângulo não existiam. Eles foram resultado do loteamento do matadouro já que outro limite era a Rua Leopoldina Rego.
Os limites, pelo menos na sua última configuração eram: Paralela no quarteirão entre Rua Bariri e Rua Prof. Plinio Bastos, Rua Leopoldina Rego, IAPI da Penha e Praia de Maria Angu, posteriormente Av. Brasil.
Foto do local com o estádio invertido:
http://fotolog.terra.com.br/znorte:133
Quanto ao ramal, ele saía da linha da Leopoldina. Ele não vinha da Rio d'Ouro pela Democráticos como proposto pelo Dado. Porém o Ramal saía exatamente do local onde o Dado colocou como cruzamento com a Leopoldina (no local onde a antiga Estrada da Penha cruzava com ela). A única diferença é que o raio da curva era um pouco maior. O Ramal entrava por dentro do atual Supermercado Extra (antiga Sendas) ao lado de uma antiga casa de 1929 (conforme dístico) que até hoje está no local na Rua Leopoldina Rego(Google Street View)
Após cruzar por dentro do terreno do supermercado ele cruzava a atual Rua Eng Edmundo Regis Bittencourt e cortava o atual terreno do Olaria um pouco acima da linha do meio de campo atual, indo par ao lado da Plinio Bastos. Notem como parte da arquibancada atual é diferente (a parte mais nova, após 66) está bem mais escura na imagem - Link Google Map) Por baixo, pela Rua Lucena, vê-se ainda melhor a diferença entre as estruturas dos trechos de arquibancada.
Do outro lado da Lucena, passando por trás do fórum, hoje em dia existem casas. Porém a uns 25 anos atrás (quando eu tinha uns 4, 5 anos) eu lembro de aqueles terrenos serem baldios! O atual fórum era uma pracinha onde eu brincava e atrás os terrenos estavam sendo invadidos por uma família de pedreiros que faziam obras na área e que construíram casas para toda a família naquele terreno (pelo menos ali, não ficou com cara de favela). Ou seja, aquele era o antigo leito do Ramal. Seguindo, por trás da Escola Miguel Couto existe hoje e sempre existiu desde que me lembro, um ferro velho, que segundo meu pai era por onde passava a linha (FerroVelho). Como detalhe, ao lado desse ferro velho, existia um terreno também vazio que foi invadido e que seria utilizado para a extensão da Rua Nair até a Rua Lucena (esse infelizmente tem cara de favela). Cruzando a Nair, existe hoje uma escola particular infantil e um portão em um muro amarelo. Exatamente muro, segundo meu pai, entrava a linha do ramal que seguia naquela direção até a Rua Prof. Luis Rondelli (Muro Amarelo).
Ali é o ponto onde tenho dúvidas. Seguindo em frente, na mesma direção, chega-se nos fundos de onde ficava o antigo prédio do matadouro, na metade do quarteirão entre a Av. Brasil, a Rua Cmte Vergueiro da Cruz, a rua Nair e a Rua Prof. Plinio Bastos, do lado da Rua Nair (Local do antigo prédio do matadouro), onde foi depois construído o depósito do Discão (depois Paes Mendonça, atual Zona Sul). Detalhe que esse trecho da Plinio Bastos não foi aberto antes de 1975/1980.
Porém, meu avô, já falecido, dizia e chegou a me mostrar um antigo pedaço de muro que ficava (não sei se ainda está lá) numa pequena comunidade junto a Rua Cmte Vergueiro da Cruz que seria o antigo portão por onde entravam os trens para descarregar os bois (Pequena "favelinha". E há dois fatos que corroboram com isso. O primeiro é que naquele ponto realmente existia algo que foi aproveitado, provavelmente por ex-funcionários do matadouro, como moradia, como mostra uma atiga foto do início do loteamneto da área que pode ser visto na terceira foto deste link do site http://www.rioquepassou.com.br/2006/02/ ... -da-penha/ do grande conhecedor de história do Rio, Andre Decourt. Ou seja, aquela pequena comunidade já existia antes do loteamento da área. O segundo fato é puxado pela minha memória.
Rente a Cmte Vergueiro da Cruz passava e ainda passa um pequeno canal (de uns 5m) que deságua naquele grande canal da Av. Brasil. Ele "surgia" logo após o IAPI e "sumia" após a Plínio Bastos. Hoje em dia este canal está canalizado e coberto. Mas até o final dos anos 90 ele era aberto e aí é que aparece a minha suspeita. Haviam 3 pontes sobre este canal. Um, mais próximo ao IAPI, era o acesso ao Discão para clientes. Outro era o acesso ao Discão para cargas, mais próximo à Plinio Bastos. E entre os 2 havia um terceiro, que ficava exatamente em frente a esta favelinha. Naquela época não teriam construído uma ponte naquele local apenas para acesso a uma favelinha onde moravam bem menos de 50 pessoas. A minha suspeita é que de essa ponte fosse uma antiga ponte ferroviária que acessava aquele ponto para descarga da boiada.
Portanto a partir da Rua Luis Rondelli acredito que hajam 3 possibilidades: uma é a de que o ramal seguia reto até o prédio do matadouro. Outra é de o ramal fizesse uma leve curva à esquerda e terminasse numa espécie de terminal de descarga para os bois. E uma terceira é de que, como no matadouro de Santa Cruz, houve um ramal circular que ligasse as duas possibilidades anteriores para que o trem pudesse manobrar.
Para fechar, uma curiosidade. Existe até hoje, próximo ao local, uma vila residencial construída para os funcionários do matadouro. Nos últimos anos as casas tiveram suas fachadas bastante modificadas (algumas inclusive ganharam novos pavimentos), mas até 20 anos atrás eram todas iguaizinhas e com um telhado único para todas. Ficam neste ponto onde o Dado achava que passava o ramal num trecho fechado a carros entre as Rus Prof. Luis Rondelli e Noêmia Nunes Google.
A vila por onde você achava que passava o ramal e que se inicia nessa vila para funcionários do matadouro até a Cmte Vergueiro da Cruz, não é uma rua de depósitos. É uma vila residencial, razoavelmente antiga (contemporânea ao matadouro) onde inclusive eu já morei.
Como eu escrevi.. hehe
Agora vem a parte boa. Discutir as informações. Vamos lá.
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Para complementar. A fundação do matadouro data entre o final do século XIX e início do século XX:
Meu pai (nascido em 1953) não tem lembranças do matadouro funcionando.
Conversei com minha avó ontem e ela disse que quando houve o caso da fera da Penha (1960), o matadouro já nao funcionava mais. Eles moraram alguns poucos meses em Olaria em 1952, ao chegar ao Brasil, mas só retornaram em 1959 próximo a estação de Olaria da Leopoldina.
O PAA do loteamento da área data de 1966.
Por estes relatos, o matadouro teria deixado de funcionar entre 1952-1959.
Quanto a seu fechamento, se meu avó realmente viu trens entrando pelo matadouro, ele ainda funcionava no início da década de 50 (ele veio de Portugal em 1952 e no início andava pelas ruas vendendo algodão doce).Custódio Nunes, um comerciante leopoldinense, conseguiu da prefeitura, em 1892, a permissão de abater seis cabeças de boi por semana para o seu açougue. Alugou um pequeno terreno dentro da Fazendinha da Penha, criou uma área para o pasto, levantou um galpão e começou a fornecer carne par a região com regularidade. A permissão temporária se estendeu e o número de cabeças de gado foi aumentando assim como a frota de carroças. Com a expansão dos negócios, Custódio Nunes pôde comprar terras da Fazenda Grande da Penha. A área destinada ao campo de boiada ficou tão grande que passou a ser chamada de a Invernada de Olaria (mais tarde, entre as décadas de 1960 e 1970, o local passaria a ser associado às páginas policiais).
Em 1902, então, Custódio Nunes convidou para sócio um dos chefes do Frigorífico São Diogo, Quincas Leandro. Ambos ficaram ricos e aplicaram a fortuna na compra de grandes terrenos por lá. Quando Custódio morreu, em 1916, Quincas admitiu como sócio o capitão Goulart e criaram a Irmãos Goulart S.A. Na época, havia o Irmão Goulart Futebol Clube, time dos funcionários do matadouro, que jogava aos sábados com outros olarienses. O campo ficava num terreno da Bariri, rua que, depois, abrigaria a sede do mais famoso clube da Leopoldina: o Olaria Atlético Clube, cujo terreno foi doado por Dona Noemia Nunes, filha de Custódio. O estádio, hoje modernizado, foi durante anos um campo de dimensões reduzidas, com uma pequena arquibancada de onde a torcida local exercia uma enorme pressão sobre os jogadores. Jogar no Olaria, naquela época, era então uma verdadeira "arapuca" para os adversários, que por sua vez tornaram o clube conhecido como o "Alçapão da Bariri".
Retirado de http://www.museudapessoa.net/sescrio/ar ... enha.shtml
Meu pai (nascido em 1953) não tem lembranças do matadouro funcionando.
Conversei com minha avó ontem e ela disse que quando houve o caso da fera da Penha (1960), o matadouro já nao funcionava mais. Eles moraram alguns poucos meses em Olaria em 1952, ao chegar ao Brasil, mas só retornaram em 1959 próximo a estação de Olaria da Leopoldina.
O PAA do loteamento da área data de 1966.
Por estes relatos, o matadouro teria deixado de funcionar entre 1952-1959.
-
Autor do tópico - MEMBRO MILLENIUM - SENIOR
- Mensagens: 1018
- Registrado em: 23 Ago 2009, 22:06
- Localização: Rio de Janeiro
- Contato:
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Sensacional, Amaral !
app
(Só espere que esta frase não vire um bordão ...)
Vou tentar traçar no Google Earth o traçado que você narrou ... algumas coisas batem com o que pensávamos (poucas coisas, na verdade). Mas acho que foi bem esclarecedor o trecho descrito. Muito bom ! Tirou um peso da minha cabeça, eu ficava tentando descobrir algo sobre este ramal ... cara, que alívio.
Entretanto, tenho umas perguntas:
1-A Praça Marechal Maurício Cardoso não tinha a forma de triângulo antes ? Se sim, será que não era realmente um triângulo de manobras ferroviário,de modo que as composições pudessem entrar e sair da linha da EF do Norte da Leopoldina tanto no sentido Barão de Mauá quanto no sentido Duque de Caxias ?
2-O gado que era transportado vinha de onde ?
3-Então a rua (que não era comercial e sim residencial) não era o leito da ferrovia ? Esta rua, afinal, tem nome ou não ?
4-Após o campo do Olaria fiquei meio perdido com o itinerário da linha. Vou ler com calma o texto novamente.
5-A ponta final do ramal ficava onde, então ?
Amaral, cara sua narrativa foi de extrema importância ! Agora cabe debatermos sobre isso, e de repente alguém ir ao local para tirar algumas fotografias ... talvez eu faça isso por estes dias ... de repente ainda tem alguma coisa que chame a atenção, relativa ao ramal ou ao Matadouro.
Novamente, Sensacional, Amaral !
Valeu !
app
(Só espere que esta frase não vire um bordão ...)
Vou tentar traçar no Google Earth o traçado que você narrou ... algumas coisas batem com o que pensávamos (poucas coisas, na verdade). Mas acho que foi bem esclarecedor o trecho descrito. Muito bom ! Tirou um peso da minha cabeça, eu ficava tentando descobrir algo sobre este ramal ... cara, que alívio.
Entretanto, tenho umas perguntas:
1-A Praça Marechal Maurício Cardoso não tinha a forma de triângulo antes ? Se sim, será que não era realmente um triângulo de manobras ferroviário,de modo que as composições pudessem entrar e sair da linha da EF do Norte da Leopoldina tanto no sentido Barão de Mauá quanto no sentido Duque de Caxias ?
2-O gado que era transportado vinha de onde ?
3-Então a rua (que não era comercial e sim residencial) não era o leito da ferrovia ? Esta rua, afinal, tem nome ou não ?
4-Após o campo do Olaria fiquei meio perdido com o itinerário da linha. Vou ler com calma o texto novamente.
5-A ponta final do ramal ficava onde, então ?
Amaral, cara sua narrativa foi de extrema importância ! Agora cabe debatermos sobre isso, e de repente alguém ir ao local para tirar algumas fotografias ... talvez eu faça isso por estes dias ... de repente ainda tem alguma coisa que chame a atenção, relativa ao ramal ou ao Matadouro.
Novamente, Sensacional, Amaral !
Valeu !
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Nem tudo eu sei, vamos lá:
1-A Praça Marechal Maurício Cardoso não tinha a forma de triângulo antes ? Se sim, será que não era realmente um triângulo de manobras ferroviário,de modo que as composições pudessem entrar e sair da linha da EF do Norte da Leopoldina tanto no sentido Barão de Mauá quanto no sentido Duque de Caxias ?
R: Duvido muito. Porque a praça não existia antes do loteamento. Inclusive, por uma das fotos que passei o link, só haviam construções do lado direto da Rua Leopoldina Rego no sentido centro. A praça foi criada quando do loteamento, conforme mostra o PAA do loteamento. Procure no site da SMU pelo PAA 8016. A Leopoldina Rego faz aquela curva pois era o traçado original da Estrada da Penha, depois Av. dos Democráticos e por fim desmembrada em vária vias. A Estrada da Penha cruzava a EF Leopoldina, fazia aquela curva e seguia por este lado da EF até cruzar novamente, pouco antes da Estação da Penha rumo à Av. Braz de Pina. Aquela curva existia pq há uma elevação do terreno para aquele lado que ela contornava (início do rochedo da Igreja da Penha), tanto que a Rua Uranos naquele trecho é bem elevada em relação ao leito da EF Leopoldina.
Para ter havido ali um triângulo, a linha deveria descer pela atual Plinio Bastos que é um de seus vértices, o que com certeza não ocorria.
2-O gado que era transportado vinha de onde ?
R: Essa se você descobrir você me avisa. hehe.
É incrível como não se encontra nada a respeito do matadouro como firma na internet. Todos os dados que se obtêm são relativos ao bairro de Olaria e ao loteamento da área. Dificulta ainda mais o fato de ser um matadouro particular e de sua área não constar detalhamentos em antigos mapas da região.
3-Então a rua (que não era comercial e sim residencial) não era o leito da ferrovia ? Esta rua, afinal, tem nome ou não ?
R: Não, ela não era o leito da ferrovia. Oficialmente a Rua se chama Rua Cmte. Vergueiro da Cruz, 187. Isso mesmo, ela é um endereço da Vergueiro da Cruz, onde se inicia. Por exemplo: Rua Cmte Vergueiro da Cruz, 187, casa 15. Mas há uma placa na entrada dela que se indica se chamar Vila Eliane, porém esse nome não é oficial.
4-Após o campo do Olaria fiquei meio perdido com o itinerário da linha. Vou ler com calma o texto novamente.
R: Se você notar com cuidado, vai reparar pelo google na "cicatriz" que existe no centro do quarteirão entre a Rua Nair e uma outra vila que passa entre ela e a Prof. Plinio Bastos (Essa vila, tal como a outra, tem como endereço um número da Rua Prof. Luis Rondelli onde se inicia, não tendo nome próprio). Ali era o limite do terreno do matadouro. E a linha passava paralela, bem rente a esse limite.
5-A ponta final do ramal ficava onde, então ?
R: Essa é a minha maior dúvida. Leia com calma para tentar ententer as 2 possibilidades de ponta do ramal.
A noite, de casa eu vou postar uma foto do google com a linha, possiveis pontas do ramal e ciatrizes existentes indicadas
1-A Praça Marechal Maurício Cardoso não tinha a forma de triângulo antes ? Se sim, será que não era realmente um triângulo de manobras ferroviário,de modo que as composições pudessem entrar e sair da linha da EF do Norte da Leopoldina tanto no sentido Barão de Mauá quanto no sentido Duque de Caxias ?
R: Duvido muito. Porque a praça não existia antes do loteamento. Inclusive, por uma das fotos que passei o link, só haviam construções do lado direto da Rua Leopoldina Rego no sentido centro. A praça foi criada quando do loteamento, conforme mostra o PAA do loteamento. Procure no site da SMU pelo PAA 8016. A Leopoldina Rego faz aquela curva pois era o traçado original da Estrada da Penha, depois Av. dos Democráticos e por fim desmembrada em vária vias. A Estrada da Penha cruzava a EF Leopoldina, fazia aquela curva e seguia por este lado da EF até cruzar novamente, pouco antes da Estação da Penha rumo à Av. Braz de Pina. Aquela curva existia pq há uma elevação do terreno para aquele lado que ela contornava (início do rochedo da Igreja da Penha), tanto que a Rua Uranos naquele trecho é bem elevada em relação ao leito da EF Leopoldina.
Para ter havido ali um triângulo, a linha deveria descer pela atual Plinio Bastos que é um de seus vértices, o que com certeza não ocorria.
2-O gado que era transportado vinha de onde ?
R: Essa se você descobrir você me avisa. hehe.
É incrível como não se encontra nada a respeito do matadouro como firma na internet. Todos os dados que se obtêm são relativos ao bairro de Olaria e ao loteamento da área. Dificulta ainda mais o fato de ser um matadouro particular e de sua área não constar detalhamentos em antigos mapas da região.
3-Então a rua (que não era comercial e sim residencial) não era o leito da ferrovia ? Esta rua, afinal, tem nome ou não ?
R: Não, ela não era o leito da ferrovia. Oficialmente a Rua se chama Rua Cmte. Vergueiro da Cruz, 187. Isso mesmo, ela é um endereço da Vergueiro da Cruz, onde se inicia. Por exemplo: Rua Cmte Vergueiro da Cruz, 187, casa 15. Mas há uma placa na entrada dela que se indica se chamar Vila Eliane, porém esse nome não é oficial.
4-Após o campo do Olaria fiquei meio perdido com o itinerário da linha. Vou ler com calma o texto novamente.
R: Se você notar com cuidado, vai reparar pelo google na "cicatriz" que existe no centro do quarteirão entre a Rua Nair e uma outra vila que passa entre ela e a Prof. Plinio Bastos (Essa vila, tal como a outra, tem como endereço um número da Rua Prof. Luis Rondelli onde se inicia, não tendo nome próprio). Ali era o limite do terreno do matadouro. E a linha passava paralela, bem rente a esse limite.
5-A ponta final do ramal ficava onde, então ?
R: Essa é a minha maior dúvida. Leia com calma para tentar ententer as 2 possibilidades de ponta do ramal.
A noite, de casa eu vou postar uma foto do google com a linha, possiveis pontas do ramal e ciatrizes existentes indicadas
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Caramba!
Estou impressionado com essa riqueza de detalhes.
Isso realmente demonstra que temos que tantar buscas mapas, fotos e coisas do gênero para compararmos épocas diferentes.
Eu não tinha idéia sobre a inversão do campo do Olaria, apesar de já ter visto aquela foto no site zona norte fotolog.
Eu iria mesmo comentar com o Dado em relação ao traçado da ferrovia proposto por ele, se não seria mais plausível passar em uma das duas ruas paralelas e próximas, mas para isso teria que ler tudo com o mapa na mão, pois conheço pouco a região.
Terei que ler tudo o que o Dado escreveu e agora o Amaral com o mapa na mão para entender tudo, mas de antemão, realmente todo aquele trecho hoje além da Avenida Brasil é aterro.
Dado, sobre as estações, você tinha postado sim e me lembrei logo quando você mencionou os nomes de novo.
Aliás ontem, fiquei um bom tempo buscando fotos antigas da Penha, sendo a maioria dos anos 40 e 50 e todas que eu vi apenas mostram ruas calçadas com paralelepípedos e o Parque Shangai, mas sem o menor sinal de trilhos da ferrovia. (Haviam apenas trilhos de bonde).
Também não havia o menos sinal dessa estação da Penha, quase em frente a igreja.
Talvez tenha sido uma simples parada.
O curioso é que entre V.Carvalho e Largo da Penha não haviam outras paradas. A estação de Fazenda Grande já era além da Penha, já chegando ao Porto como uma segunda estação do mesmo, conforme disse o Amaral.
A Nina postou algo interessante da Av. Brás de Pina e ainda terei que ter tempo para fazer, que é procurar nos mapas da SMU, obras nas Ruas Cardoso de Morais, Uranos e as ruas próximas a Higienópolis para termos algumas pistas do "suposto ramal da Democráticos" enquanto o nosso mapa do elo perdido da década de 40 e 50 não aparece.
Agora reparem o seguinte. Nas primeiras fotos que postei da suposta "Democráticos", existe uma curva em uma delas para a direita com a ferrovia do lado esquerdo.
Pelo mapa postado pela Nina da década de 40, se formos levar em consideração o início das Democráticos, a linha (a qual no mapa, acho que é de Bonde) segue a esquerda e curva para a esquerda.
Tendo em vista a inversão, na foto que postei, a curva sendo para a direita e se os trilhos fossem o mesmo do mapa, eles teriam que estar a direita também.
Entenderam o que quis dizer?
Claro que o trecho poderia ser outro, mas cada vez que olho o mapa de 1928, me convenço que o traçado das Democráticos não "bate" com a parte mais retilínea que postei na primeira foto da região.
Abraço e parabéns pelo trabalho e pesquisa de vocês.
Estou impressionado com essa riqueza de detalhes.
Isso realmente demonstra que temos que tantar buscas mapas, fotos e coisas do gênero para compararmos épocas diferentes.
Eu não tinha idéia sobre a inversão do campo do Olaria, apesar de já ter visto aquela foto no site zona norte fotolog.
Eu iria mesmo comentar com o Dado em relação ao traçado da ferrovia proposto por ele, se não seria mais plausível passar em uma das duas ruas paralelas e próximas, mas para isso teria que ler tudo com o mapa na mão, pois conheço pouco a região.
Terei que ler tudo o que o Dado escreveu e agora o Amaral com o mapa na mão para entender tudo, mas de antemão, realmente todo aquele trecho hoje além da Avenida Brasil é aterro.
Dado, sobre as estações, você tinha postado sim e me lembrei logo quando você mencionou os nomes de novo.
Aliás ontem, fiquei um bom tempo buscando fotos antigas da Penha, sendo a maioria dos anos 40 e 50 e todas que eu vi apenas mostram ruas calçadas com paralelepípedos e o Parque Shangai, mas sem o menor sinal de trilhos da ferrovia. (Haviam apenas trilhos de bonde).
Também não havia o menos sinal dessa estação da Penha, quase em frente a igreja.
Talvez tenha sido uma simples parada.
O curioso é que entre V.Carvalho e Largo da Penha não haviam outras paradas. A estação de Fazenda Grande já era além da Penha, já chegando ao Porto como uma segunda estação do mesmo, conforme disse o Amaral.
A Nina postou algo interessante da Av. Brás de Pina e ainda terei que ter tempo para fazer, que é procurar nos mapas da SMU, obras nas Ruas Cardoso de Morais, Uranos e as ruas próximas a Higienópolis para termos algumas pistas do "suposto ramal da Democráticos" enquanto o nosso mapa do elo perdido da década de 40 e 50 não aparece.
Agora reparem o seguinte. Nas primeiras fotos que postei da suposta "Democráticos", existe uma curva em uma delas para a direita com a ferrovia do lado esquerdo.
Pelo mapa postado pela Nina da década de 40, se formos levar em consideração o início das Democráticos, a linha (a qual no mapa, acho que é de Bonde) segue a esquerda e curva para a esquerda.
Tendo em vista a inversão, na foto que postei, a curva sendo para a direita e se os trilhos fossem o mesmo do mapa, eles teriam que estar a direita também.
Entenderam o que quis dizer?
Claro que o trecho poderia ser outro, mas cada vez que olho o mapa de 1928, me convenço que o traçado das Democráticos não "bate" com a parte mais retilínea que postei na primeira foto da região.
Abraço e parabéns pelo trabalho e pesquisa de vocês.
-
Autor do tópico - MEMBRO MILLENIUM - SENIOR
- Mensagens: 1018
- Registrado em: 23 Ago 2009, 22:06
- Localização: Rio de Janeiro
- Contato:
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Adenilson escreveu:Caramba!
Estou impressionado com essa riqueza de detalhes.
Eu também ! Sensacional !
Aliás ontem, fiquei um bom tempo buscando fotos antigas da Penha, sendo a maioria dos anos 40 e 50 e todas que eu vi apenas mostram ruas calçadas com paralelepípedos e o Parque Shangai, mas sem o menor sinal de trilhos da ferrovia. (Haviam apenas trilhos de bonde).
Pois é ... eu também já havia procurado por fotos antigas, mas não encontrei nada ...
Também não havia o menos sinal dessa estação da Penha, quase em frente a igreja.
Talvez tenha sido uma simples parada.
O curioso é que entre V.Carvalho e Largo da Penha não haviam outras paradas. A estação de Fazenda Grande já era além da Penha, já chegando ao Porto como uma segunda estação do mesmo, conforme disse o Amaral.
Achei bem curioso este fato: não ter estações ao longo da Av.Brás de Pina e Av.Vicente de Carvalho ... agora o estranho é que um amigo meu (o Maurício, já citado antes) jáme disse várias vezes como era a disposição das linhas de bonde e da EFRdO nestas avenidas ... mas como, se o ramal foi extinto há muito, e ele tem apenas 51 anos ?! Vou perguntar isso a ele de novo, ele deve ter informações de parentes e antepassados, só pode ser !
A Nina postou algo interessante da Av. Brás de Pina e ainda terei que ter tempo para fazer, que é procurar nos mapas da SMU, obras nas Ruas Cardoso de Morais, Uranos e as ruas próximas a Higienópolis para termos algumas pistas do "suposto ramal da Democráticos" enquanto o nosso mapa do elo perdido da década de 40 e 50 não aparece.
Eu já procurei muito na SMU por alguma informação dos arredores destas ruas, mas não encontrei nada ... pode ser que haja alguma coisa, é claro, vou pesquisar mais também. Mas é chato por exemplo, o fato o Google Street View não mostrar toda a extensão da Av.dos Democráticos , o que ajudaria a nos situar no caso das fotos da ferrovia por esta rua
Agora reparem o seguinte. Nas primeiras fotos que postei da suposta "Democráticos", existe uma curva em uma delas para a direita com a ferrovia do lado esquerdo.
Eu imagino que seja o trecho entre o Rio Timbó e a linha da Leopoldina em Bonsucesso. Mas estou forçando (muito) a barra. Visto que se fosse próximo a Bonsucesso, apareceriam residências e mais construções do que a primeira foto retrata, uma área rural e extensa ...
Pelo mapa postado pela Nina da década de 40, se formos levar em consideração o início das Democráticos, a linha (a qual no mapa, acho que é de Bonde) segue a esquerda e curva para a esquerda.
Tendo em vista a inversão, na foto que postei, a curva sendo para a direita e se os trilhos fossem o mesmo do mapa, eles teriam que estar a direita também.
Entenderam o que quis dizer?
Mais ou menos ... a linha seguia pela esquerda mas a curva é pra direita, não ? Outra coisa: uma das últimas fotos postadas, com a avenida em um trecho reto acompanhada da linha ferroviária à direita (a imagem deve estar em sentido inverso da primeira postada) sugere muito ser a linha da EF do Norte. Mas como a inscrição da foto diz ser a Av.dos Democráticos, então tudo bem ... o negócio que está me intrigando é o seguinte .. Amaral, tem certeza de que a linha do Matadouro não continuava do outro lado da linha da EF. do Norte ??? Porque consegui um ângulo da Rua Uranos parecido com a foto antiga postada pelo Adenilson. Será mesmo que não existia linha ferroviária do lado de lá pela Rua Uranos ? Vou postar as fotos abaixo ...
Claro que o trecho poderia ser outro, mas cada vez que olho o mapa de 1928, me convenço que o traçado das Democráticos não "bate" com a parte mais retilínea que postei na primeira foto da região.
Esse trecho retílineo da avenida poderia ser entre as proximidades da Parada Amorim e o Rio Timbó ... é o único trecho reto e de certa forma extenso desta avenida...
Abraço e parabéns pelo trabalho e pesquisa de vocês.
-
Autor do tópico - MEMBRO MILLENIUM - SENIOR
- Mensagens: 1018
- Registrado em: 23 Ago 2009, 22:06
- Localização: Rio de Janeiro
- Contato:
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Vamos comparar as fotos:
Imagem postada pelo Adenilson, mostrando a Av.dos Democráticos com os trilhos do lado direito (acredito que a foto esteja em sentido inverso ao de fotos anteriores ...). Repare no relevo ao fundo ...
Rua Uranos, no sentido de descida à Olaria e Bonsucesso ... o relevo ao fundo se parece com o da foto antiga ? Um pouco, eu admito ... mas digamos que seja. Esta foto foi feita do outro lado da EF do Norte, como se a linha para o Matadouro não apenas começasse na EF do Norte, mas cruzasse esta, continuando pela antiga Estrada da Penha/Av.dos Democráticos ...
Agora um detalhe que notei é que a via é bem larga ... diferente dos dias atuais, se o local for o mesmo ...
A foto que postei foi feita próximo ao antigo e desativado Cinema de Olaria, que se encontra na próxima esquina, se seguirmos em frente na foto ...
É apenas uma sugestão meio louca ... mas acho que vale a pena pensar sobre isso ...
Imagem postada pelo Adenilson, mostrando a Av.dos Democráticos com os trilhos do lado direito (acredito que a foto esteja em sentido inverso ao de fotos anteriores ...). Repare no relevo ao fundo ...
Rua Uranos, no sentido de descida à Olaria e Bonsucesso ... o relevo ao fundo se parece com o da foto antiga ? Um pouco, eu admito ... mas digamos que seja. Esta foto foi feita do outro lado da EF do Norte, como se a linha para o Matadouro não apenas começasse na EF do Norte, mas cruzasse esta, continuando pela antiga Estrada da Penha/Av.dos Democráticos ...
Agora um detalhe que notei é que a via é bem larga ... diferente dos dias atuais, se o local for o mesmo ...
A foto que postei foi feita próximo ao antigo e desativado Cinema de Olaria, que se encontra na próxima esquina, se seguirmos em frente na foto ...
É apenas uma sugestão meio louca ... mas acho que vale a pena pensar sobre isso ...
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Vamos lá pessoal.
O assunto é realmente cativante!
1) Dado, acho que ainda no tópico da Rua Bella, eu postei 2 fotos da pseudo "Democráticos", onde em uma delas aparecia a curva, para a direita com a linha a esquerda e outra onde aparecia um longo trecho reto. Dessas, a primeira foto, você recentemente voltou a postar aqui.
Comparando a disposição da linha (foto) e levando em consideração o mapa da SMU do alargamento da Suburbana nos anos 40, onde no mesmo (mapa) mostra a Democráticos fazendo uma curva para a esquerda até sair da abrangência do mapa e com uma linha misteriosa, também a esquerda, se você comparar esses 2 trechos, independente da posição do fotógrafo, a posição da linha (comparando mapa e foto) não bate.
É claro que eu estou levando em consideração apenas o trecho até o Faria Timbó, que seria o mais deserto.
Pode reparar que no mapa de 1928, já haviam muitos logradouros na região mais próxima a Bonsucesso e Ramos e mais deserta em Manguinhos e Vieira Fazenda.
2) Nessa foto da "Democráticos" acima onde aparece o morro, eu cheguei a confundir uma possível linha férrea a direita com outra estrutura, talvez uma vala, pois a ampliação distorceu a foto, mas acho que realmente é uma ferrovia. Repare ao fundo que tem uma mancha, que parece ser uma composição e logo acima há fumaça. Parece que está vindo uma composição do "fundo da foto" da direita para o trecho reto. Não confundir a fumaça com a mancha de contraste no morro, que está bem acima.
3) Comparando as duas fotos (antiga e atual) que você publicou, tive uma outra impressão. Parece que o morro que está bem em frente e ao fundo na foto a cores, está a direita quase no horizonte na foto em preto e branco, pois há um recorte estranho no morro. O morro que está de frente na foto antiga é mais homogênio, parecendo uma corcova.
O assunto é realmente cativante!
1) Dado, acho que ainda no tópico da Rua Bella, eu postei 2 fotos da pseudo "Democráticos", onde em uma delas aparecia a curva, para a direita com a linha a esquerda e outra onde aparecia um longo trecho reto. Dessas, a primeira foto, você recentemente voltou a postar aqui.
Comparando a disposição da linha (foto) e levando em consideração o mapa da SMU do alargamento da Suburbana nos anos 40, onde no mesmo (mapa) mostra a Democráticos fazendo uma curva para a esquerda até sair da abrangência do mapa e com uma linha misteriosa, também a esquerda, se você comparar esses 2 trechos, independente da posição do fotógrafo, a posição da linha (comparando mapa e foto) não bate.
É claro que eu estou levando em consideração apenas o trecho até o Faria Timbó, que seria o mais deserto.
Pode reparar que no mapa de 1928, já haviam muitos logradouros na região mais próxima a Bonsucesso e Ramos e mais deserta em Manguinhos e Vieira Fazenda.
2) Nessa foto da "Democráticos" acima onde aparece o morro, eu cheguei a confundir uma possível linha férrea a direita com outra estrutura, talvez uma vala, pois a ampliação distorceu a foto, mas acho que realmente é uma ferrovia. Repare ao fundo que tem uma mancha, que parece ser uma composição e logo acima há fumaça. Parece que está vindo uma composição do "fundo da foto" da direita para o trecho reto. Não confundir a fumaça com a mancha de contraste no morro, que está bem acima.
3) Comparando as duas fotos (antiga e atual) que você publicou, tive uma outra impressão. Parece que o morro que está bem em frente e ao fundo na foto a cores, está a direita quase no horizonte na foto em preto e branco, pois há um recorte estranho no morro. O morro que está de frente na foto antiga é mais homogênio, parecendo uma corcova.
Re: [EF Rio do Ouro] Curiosidades, vestígios e descobertas
Continuando...
4) De qualquer forma, acho uma pena que no trabalho, ando sem o tempo adequado para a busca desse morro, mas acho que ele é a nossa galinha dos ovos de ouro. Assim que puder vou tentar achar esse morro pelo Google, semelhante a uma corcova, o qual você suspeita fortemente ser o morro de Bonsucesso.
5) Outra coisa é sobre a linha. você se lembra quando eu postei uma foto de um ônibus Caxias X Penha passando ao lado de um linha férrea?
você suspeitou ser Cordovil, mas uma coisa me intriga.
A foto está muito rasante e pode naquela foto haver 2 linhas, mas sendo singela, não poderia ser a E.F.Norte.
Mesmo nas fotos mais antigas, a E.F.Norte, ainda métrica aparece duplicada.
Por isso acho que essas fotos da possível "Democráticos" não margeiam a linha tronco da E.F.Norte, pois a linha é singela e ainda parece singela nessa mais recente foto publicada, apesar da distorção.
Outro dia mesmo fui indagado pela Nina que tal foto (a 1ª publicada da Democráticos) poderia ter a via margeando a E.F.Norte. Eu respondi para ela usando esse argumento, qua a Leopoldina já era duplicada, então não poderia ser, pelo menos a linha tronco.
Depois de escrever tanto, não sei se ficou confuso o que quis dizer, mas se ficou algo não entendido sobre a minha opinião, tentarei explicar em outras palavras.
Estou tentando evitar publicar fotos já publicadas só para dar exemplos, pois temo que dê uma apagão no site de novo.
Abraço a todos.
4) De qualquer forma, acho uma pena que no trabalho, ando sem o tempo adequado para a busca desse morro, mas acho que ele é a nossa galinha dos ovos de ouro. Assim que puder vou tentar achar esse morro pelo Google, semelhante a uma corcova, o qual você suspeita fortemente ser o morro de Bonsucesso.
5) Outra coisa é sobre a linha. você se lembra quando eu postei uma foto de um ônibus Caxias X Penha passando ao lado de um linha férrea?
você suspeitou ser Cordovil, mas uma coisa me intriga.
A foto está muito rasante e pode naquela foto haver 2 linhas, mas sendo singela, não poderia ser a E.F.Norte.
Mesmo nas fotos mais antigas, a E.F.Norte, ainda métrica aparece duplicada.
Por isso acho que essas fotos da possível "Democráticos" não margeiam a linha tronco da E.F.Norte, pois a linha é singela e ainda parece singela nessa mais recente foto publicada, apesar da distorção.
Outro dia mesmo fui indagado pela Nina que tal foto (a 1ª publicada da Democráticos) poderia ter a via margeando a E.F.Norte. Eu respondi para ela usando esse argumento, qua a Leopoldina já era duplicada, então não poderia ser, pelo menos a linha tronco.
Depois de escrever tanto, não sei se ficou confuso o que quis dizer, mas se ficou algo não entendido sobre a minha opinião, tentarei explicar em outras palavras.
Estou tentando evitar publicar fotos já publicadas só para dar exemplos, pois temo que dê uma apagão no site de novo.
Abraço a todos.
Quem está online
Usuários navegando neste fórum: Nenhum usuário registrado e 1 visitante